quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Obina e o problema da referência no ataque do Atlético.

Por um lado, a torcida do Atlético questiona a qualidade técnica de Obina. Por outro, admite que o problema do “homem de referência” está resolvido. E se a referência não for o problema?

Diego Tardelli definitivamente não é centroavante, mas pouco importa. O título de artilheiro do Brasil em 2009 com 42 gols em 56 jogos fala por si. Quando o Atlético contrata Obina espera dele os gols, pode-se imaginar que um dos dois não terá o devido espaço; tanto dentro de campo quanto nas estatísticas da artilharia.

O ex-palmeirense pode sim ser útil, mas em situações de jogo. Jogando dentro da grande área, limita a movimentação de Tardelli e a penetração do camisa 9. Ano passado, quando Renteria jogava isso já acontecia. Não por culpa exclusiva da má passagem do colombiano por BH, mas pelas características.

Renteria jogou 16 vezes com a camisa do Atlético, em 12 delas ele e Tardelli estiveram em campo juntos, cinco desde o início da partida. Nesses 12 jogos, o artilheiro do Brasil fez apenas um gol, contra o Vitória.

O exemplo claro que um centroavante atrapalha o goleador atleticano é o jogo contra o Atlético-PR pela 24ª rodada do último brasileiro. Renteria deixou a partida aos 31 do segundo tempo, jogo em que Tardelli estava apagado. Dois minutos depois, lançamento de Correa para o camisa 9, entre os zagueiros, na velocidade: gol do Atlético. Não gol de centroavante, gol de jogador que está presente dentro da área para marcar, mas que tem também outros recursos.

Se Obina for o mesmo do Palmeiras, ótimo. Se Diego Tardelli marcar tantos gols quanto em 2009, melhor ainda. Mas se um atrapalhar o futebol do outro, muito provavelmente Obina irá para o banco e pode voltar a sensação de que o problema é ter contratado o Obina do Flamengo. Aí, o torcedor vai pensar “ainda não encontramos o nosso homem de referência”. Repito: e se o problema não for a referência?

4 comentários:

Unknown disse...

Como dizem os sábios:
Oh oh Obina é melhor que o Eto!

Alison Pitangueira disse...

olá Marcelo! Concordo em partes com você, mas tem jogo, aquele mais amarrado, que pedem o centro-avantão na área, que chega trombando na bola, no zagueiro e tudo para marcar! Os jogos contra Botafogo, Santo André (ambos no Mineirão) são exemplos disso. Nem sempre Tardelli poderá resolver na velocidade. Agora, para mim, obina deveria ser opção de banco. já para Luxemburgo, que gosta do jogador, tenho minhas dúvidas. Grande abraço, Alison Pitangueira, Contagem (MG).

Filipe Araújo disse...

Não sei, Marcelão. Para mim, um dos motivos pelos quais, o Rentería teve uma passagem apagada pelo Atlético é justamente por ser o "substituto" do Éder. Ou seja, jogava aberto, longe da área. Dificilmente como uma "referência". E não tem qualidade para criar a jogada em direção à meta do adversário. Com o Obina deve ser diferente. Ele deve ficar fixo na grande área, não atrapalhando a movimentação do Tardelli.

Saludos!

htp://gambetas.blogspot.com

Esquemas Táticos disse...

Acredito que o problema pode ser resolvido se Tardelli e Obina forem escalados como centroavantes enfiados, com Muriqui vindo do meio. Tardelli poderá cair pelos lados de vez em quando, mas seria um atacante ao lado de Obina. Claro que sua média de gols vai cair, mas o ataque ficará mais forte. Abraços,

Marcelo Costa.