segunda-feira, 30 de junho de 2008

A rodada de Flamengo e Palmeiras

Em uma rodada com seis empates em 10 jogos, se dá bem só aqueles que venceram. O Palmeiras chegou a terceira vitória seguida e chegou de vez. Um time que vai se mostrando cada vez mais consciente e competitivo. Ainda depende muito de Valdivia e Alex Mineiro, mas o elenco é altamente qualificado. O grande vencedor da rodada foi o Flamengo. Derrotar o Sport fora de casa é dificílimo e faz a diferença em um campeonato difícil, mais diferença ainda em uma rodada em que Cruzeiro, São Paulo e Grêmio empatam.
O Brasileirão desse ano se parece com os europeus no número de concorrentes ao título: quatro - Palmeiras, São Paulo, Flamengo e Cruzeiro. No entanto, os favoritos não estão tão distantes do grupo intermediário como na Inglaterra, por exemplo, onde a vantagem de Man. United, Liverpool, Arsenal e Chelsea é imensa para os demais. Aqui, Internacional, Grêmio, Sport, Fluminense, Botafogo, Coritiba e quase todos os outros complicam muito mais os jogos do que em outros campeonatos nacionais.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Werder Bremen negocia com Ramires

O Werder Bremen vai disputar em 2008/09 sua terceira Champions League em três anos. Para montar uma equipe mais forte, o time de Diego e Naldo vai contar com uma verba de 30 milhões de Euros para contratações. Daí, 20 milhões já estariam prontos para fechar a contratação do atacante Lucas Podolski que está com a seleção alemã na Eurocopa. Os 10 milhões restantes seriam para a contratação de um lateral-direito para substituir Owomoyela e um volante. O volante seria Ramires e a verba de 6 milhões de euros, quase metade do valor pretendido pelo Cruzeiro.

As negociações parariam por aí, não fosse o sucesso de Podolski. Depois da boa participação na UEFA Euro, o jogador dificilmente será negociado. Ainda mais após a grave lesão de Riberry. Pode-se então procurar um atacante mais barato e investir mais nas outras posições.

Ramires volta a pauta de negociaçãos.

Faltou "inventar"

Aqui em Minas, muito se critica a postura de Adilson Baptista que adapta sua equipe às principais virtudes e defeitos de seus principais adversários. Ontem no jogo do Fluminense se viu desde o primeiro minuto, literalmente, que Júnior César não teria condições de marcar Guérron. Talvez o lateral-esquerdo do Tricolor seja o pior dos homens defensivos da equipe brasileira no setor de marcação e Guérron, seguramente, o melhor apoiador dos equatorianos. Os dois nunca poderiam ter se encontrado durante o jogo. Ainda mais por 85 minutos. Além de um gol, o "duelo" (que foi praticamente um massacre) ainda valeu inúmeras jogadas perigosas da Liga que não soube matar o campeonato jogando em casa.
Semana que vem, no Maracanã, deveremos ver esse duelo novamente e o novo contratado do Getafe, poderá, de novo, fazer o que quiser por aquele lado, caso não haja uma cobertura ou troca de marcação.
Faltou ao Renato Gaúcho, "inventar" como faz o Adilson. Colocar o Roger desde o início de jogo ou deslocar um volante para jogar por ali e deixar Júnior César mais solto para avançar.

terça-feira, 24 de junho de 2008

O ataque do Atlético segue mal...muito mal.

Há pouco mais de um mês, eu havia postado sobre o jejum de gols do Atlético que marcou 1 gol em seis jogos. O jejum passou, mas os atacantes seguem marcando pouquíssimos gols.

Eder Luís: 4 jogos, 0 gol.
Marques: 14 jogos, 2 gols.
Danilinho: 23 jogos, 8 gols.
Beto: 2 jogos, 1 gol.
Almir: 9 jogos, 0 gol.
Petkovic: 11 jogos, 2 gols.
Souza: 6 jogos, 0 gols.
Marcelo Nicácio: 9 jogos, 3 gols.
Marinho: 17 jogos, 1 gol.
Eduardo: 14 jogos, 6 gols.
Vanderlei: 7 jogos, 2 gols.
Renan Oliveira: 12 jogos, 3 gols.
Castillo: 3 jogos, 0 gol.

No total, foram utilizados 13 jogadores (incluindo Petkovic, Almir e Souza) e foram marcados 25 gols. Tirando os três, 10 jogadores, 23 gols. O Galo marcou em 2008, 48 gols em 29 jogos, média de 1,65 por jogo. Se não considerarmos os meias, são 23 gols de atacantes, menos da metade do total.

Leandro Almeida é o terceiro principal goleador da temporada com 5 gols. Renan Garcia (o volante) marcou 3. Pouco, mas ainda assim fez mais do que Marques, Vanderlei, Marinho, Castillo, Petkovic...

Em nível de comparação, o Cruzeiro tem Marcelo Moreno como seu principal artilheiro na temporada com 17 gols marcados. Guilherme já tem 12, e Ramires, o terceiro goleador, está empatado com o artilheiro do Atlético, com 8 gols. Os três jogadores marcaram 37 gols.

Nos principais times do país, a história se repete: os principais atacantes marcaram quase o mesmo número de gols do time inteiro do Atlético.

Botafogo: 44. Wellington Paulista 19, Lúcio Flávio 16 e Zé Carlos 9.

Fluminense: 43. Washington 15, Thiago Neves 11, Dodô 9 e Cícero 8.

Palmeiras: 41. Alex Mineiro 23 gols, Valdivia 11 e Diego Souza 7.

Flamengo: 32. Marcinho 15, Souza 9, Obina 8.

São Paulo: 30. Adriano 17 e Borges 13.

Santos: 29. Kleber Pereira 22 e Molina 7.

Internacional: 26. Alex 18 e Fernandão 8.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Brasil x Argentina -as mudanças de Dunga e Basille

Eu discordo de quem diga que Brasil e Argentina vêm em mal momento. Na verdade, discordo 50%, porque o Brasil realmente está jogando mal, mas a partida dos argentinos contra o Equador me parece muito mais excessão do que regra. Há menos de um mês, a Argentina venceu o bom time do México por 4 a 1.
Logo mais no Mineirão, o Brasil deve ter duas ou três mudanças, assim como o rival. Dunga tira um volante para entrar Anderson que está se salvando nessas semanas desastrosas que os jogadores têm passado juntos. Esse volante vai ser Josué. Gilberto Silva não sai porque tem a confiança do técnico e Mineiro marcou Riquelme muito bem na final da Copa América, e agora vai ter a mesma missão. Júlio Baptista vai ganhar a vaga de Diego que não aproveitou as oportunidades. Diego sai porque jogou mal e não era titular antes, porque os outros também jogaram mal, mas vão ser mantidos. A outra alteração pode ser no ataque, mas acredito que Luís Fabiano ainda fique com a vaga e Adriano no banco.
Do outro lado, Basille não pode contar com Demichellis, suspenso, e Verón, machucado. Até agora, Mascherano ainda é dúvida. O substituto de Demichellis vai ser Coloccini que não joga em um time de ponta da Europa e está longe de ser um zagueiro de ponta. Na vaga de Verón entra Fernando Gago que é mais competitivo e menos pensativo do que o experiente jogador do Estudiantes. A outra mudança deve acontecer no ataque: o jovem Agüero, do Atlético Madri, tem um futuro muito promissor, aliás já tem um belo presente, vem de uma boa temporada no futebol espanhol. Seu concorrente essa noite é Júlio Cruz, da Inter de Milão, bem menos técnico e bem mais trombador. Basille pode apostar que a agilidade e inteligência de Agüero somadas a habilidade e velocidade de Messi sejam os trunfos para vencer o Brasil no contra-ataque ou então colocar Cruz para ocupar os zagueiros dentro da área e aproveitar jogadas que não sejam tão bem trabalhadas pelos jogadores da armação.

Quem diz que o confronto não terá grandes jogadores tem certa razão, mas os 22 que devem começar jogando vêm de 15 times diferentes, 14 deles da Europa. São quatro do Real Madri (Júlio Baptista, Robinho,henize e Gago) e quatro da Inter de Milão (Júlio César, Maicon, Zanetti e Burdisso), dois do Atlético Madri (Maxi Rodriguez e Agüero). Os maiores clubes do mundo: Bayern de Munique, Roma, Arsenal, Manchester United, Barcelona e Liverpool também vão estar representados, além de La Coruña, Boca Juniors, Tottenham, Sevilla, Hertha Berlim e Getafe.

domingo, 8 de junho de 2008

Vaias para Adilson?

O post de hoje começa em 27 de janeiro quando o Cruzeiro jogou pela primeira vez em 2008 e Marquinhos Paraná foi vaiado pela primeira vez. A torcida não vaiou o lateral-volante-meia, enfim...o faz-tudo do Cruzeiro. A torcida vaiou porque queria ver Adilson colocar Apodi no time e o técnico só fez isso quando achou que devia. Hoje no Mineirão, Jonathan e o treinador ouviram as vaias da torcida que gostava de ver o Cruzeiro atacar o Vasco com Jadilson, Ramires e Wágner pela esquerda. Adilson fez o que achou que devia, e deu certo. O Cruzeiro não goleou o Vasco com a substituição que foi feita e nem acabou com o rival, mas também não deixou o Vasco atacar, como aliás não atacou o jogo inteiro. Fez diferença a substituição? Nenhuma. Então por que tantas vaias e reclamação da imprensa? Tenho percebido que ficam todos a espera de qualquer ação de Adilson para culpá-lo.

O que o treinador fez, foi simplesmente ser competitivo. O que faltou ao Cruzeiro e sobrou ao São Paulo ano passado e quem foi o campeão? O pensamento foi colocar M.Paraná na esquerda, porque marca melhor que o Jadilson, e Jonathan, com fôlego de sobra, na direita para ajudar a segurar. Wágner, Ramires, Guilherme, Fabinho, Fabrício e Charles continuavam tendo liberdade para atacar. 6 jogadores, meio time. Chamar o time para trás, Adilson não chamou. Tanto que o Vasco seguiu sem chutar uma bola no gol. A tentativa era apenas de não correr o risco de em uma investida de Jean ou Leandro Amaral pela direita, o Cruzeiro não ter alguém ali para defender porque Jadilson avança e não marca.

Considero exagerada as críticas e vaias ao treinador que comandou o time em 31 jogos e venceu 21. Em seis meses, o Cruzeiro perdeu 4 jogos e tem aproveitamento de 76%. O time só não foi campeão mineiro invicto porque em um jogo com o time reserva o goleiro falhou. Perdeu na Libertadores em um jogo na altitude máxima das Américas e com 15 minutos já perdia por 2 a 0. As outras derrotas foram para o Boca Juniors. Todos hão de convir que é habsolutamente normal perder para o Boca. No Brasileiro, o Cruzeiro tem o melhor início da história.

Não tenho o porquê defender Adilson Baptista, mas também não consigo achar motivos para criticá-lo, a não ser por pensar que Ramires é meia...é terceiro homem de meio que chega bem de trás...

quinta-feira, 5 de junho de 2008

O Fluminense já fez história.

O Fluminense ainda não entrou para o grupo de brasileiros campeões da Libertadores, mas já fez história mesmo assim. A vitória de ontem a noite sobre o Boca Juniors por 3 a 1 fez o Tricolor ser o segundo brasileiro a passar pelo time xeneize na competição mais importante do continente. Antes, só o Santos de Pelé há 45 anos atrás. Renato Gaúcho colocou seu time para jogar ontem como manda o figurino: Ygor colava em Riquelme quando o camisa 10 se aproximava da área, mas quando estava no meio-campo Thiago Neves ou quem estivesse por ali não deixava Roman dar velocidade ao ataque. Como os argentinos é quem tinham que atacar, o Flu esperou e armou o bote com Conca, Thiago Neves, Cícero, Arouca , Gabriel e Júnior César. Um verdadeiro arsenal para contra-atacar, mas por nervosismo e preciosismo o gol não saiu no primeiro tempo. Me parecia um jogo lógico de que ou o Fluminense mataria o jogo fazendo gols no contra-ataque ou o Boca furaria o bloqueio dos cariocas e com a vantagem de um gol passaria a se aproveitar do nervosismo dos brasileiros.
Renato mudou certo ao colocar Dodô em campo com o time perdendo. O 'atacante dos gols bonitos' perdeu dois gols fáceis, mas sofreu a falta no lance do empate. Deu o passe para Conca fazer o segundo e ainda marcou o terceiro.
O jogo de ontem provou que o imponderável decide jogos e quem sabe, campeonatos. Quem imaginaria que Washington faria um gol de falta quando todos esperavam que Thiago Neves cobrasse? Ou ainda o gol que Thiago Silva evitou em cima da linha e o jogo ficaria empatado em 2 a 2. Por mais que os técnicos se armem, preparem suas equipes e se previnam contra as armas do rival, lances furtuitos podem sempre decidir para qualquer dos lados.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Adilson e o time.

Há quem diga, e acredito que seja a maioria, que o Cruzeiro tinha condições de vencer o Coritiba no último domingo se tivesse jogado de forma mais ousada. Na verdade, o grande trunfo do Cruzeiro foi esperar o Coritiba sem sofrer pressão em momento nenhum do jogo e tentar ganhar o jogo no erro do rival. Essa sensação que o Coritiba não tinha forças foi que deixou a impressão que a vitória do time de Adilson seria tranquila.

Por mais que na escalação o time tinha quatro volantes e um meia, o Cruzeiro jogou com o losango tradicional no meio e dois fixos na frente. A cartada de Adilson funcionou, mas só uma vez. No lance do gol, Fabrício abre para Jadilson que cruza. Wágner e Guilherme ocupavam os zagueiros no meio da área e Ramires entrou livre para marcar. Jadilson foi em vários momentos, meia esquerda, e Ramires, quarto homem de meio campo. Quando o time jogava pelo meio não dava certo, porque Ramires não tem habilidade para isso, mas quando saia pelas pontas, o camisa 8 entrava como elemento surpresa. Mais uma vez, Marquinhos Paraná foi ajudante de lateral-esquerdo e foi bem.

Não acho que faltou ousadia ao Cruzeiro para vencer o jogo. Faltou o que Adilson ainda não percebeu: Ramires não pode ser meia, tem de ser elemento surpresa. Se houvesse alguém mais capacitado para armar as jogadas e Ramires ser o volante que chega na área, o time teria mais condições de envolver o Coritiba.

Mas na conta do Brasileirão, empatar com o Coxa no Couto Pereira é bom negócio. Vencer o Vasco no Mineirão, é obrigação.

O Atlético de Gallo me parece o Atlético que Geninho...

O que o Atlético mudou dois jogos dirigidos por Gallo? Ele tirou um meia para colocar um zagueiro a mais. Tirou Marcos que estava lento e colocou Wélton Felipe que se mostrou mais ágil e reconhecidamente é ótimo no jogo áreo. Mudou ainda Feltri, Renan e Viana, por Calisto. O lateral é razoável, mas mesmo assim melhor que os outros três. Gallo tirou Rafael Miranda para colocar um volante que sai mais para o jogo e ajuda melhor Coelho na cobertura pela direita. Na frente, a intenção parece ser usar um homem de velocidade e outro mais fixo.

O que os dois primeiros jogos do novo técnico me lembraram foi o Atlético de 2002, curiosamente treinado por Geninho. Aquele time tinha três zagueiros - Nem (não o mesmo Nen que acaba de chegar ao alvinegro), Gutierrez e Neguette. Dois alas que avançavam bem, mas não tinham velocidade para serem pontas - Mancini e Michel. Um volante fixo, Hélcio. Um outro que saia pro jogo, Paulinho, e um camisa 10 que ditava o ritmo, Souza. No ataque, o mesmo Marques, porém seis anos mais novo e mais rápido e Kim ou Washington. Um saia mais da área para jogar e o outro esperava pela bola.

Hoje, Renan Oliveira seria o Kim de 2002 e Eduardo, o Washington. Claro, somente pelas características.

Coelho bate bem na bola, assim como Mancini que naquele ano, arrebentou. Calisto é um jogador mediano como Michel também era, mas finalizava bem de longe. Nas laterais, o time de 2002 era mais forte.

Hélcio dava mais experiência e marcava melhor que Renan.

Quando Paulinho, o Márcio Araújo de hoje, não jogava ou atuava mais avançado, Cleisson entrava no meio. Jogador raçudo e de muita marcação, assim como Rafael Miranda, que porém, não é violento.

Quanto aos trêz zagueiros, Almeida é melhor que Neguette foi. Vinícius é bem mais seguro do que Nem. Wélton Felipe ainda é difícil de analisar, mas Marcos está bem a frente de Gutierrez

Aquele time foi muito bem até precisar da força do elenco. Quando não tinha a defesa titular para enfrentar o Corinthians, o time entrou em pane e apanhou de 6 a 2 no Mineirão.

Sinceramente não acredito que o time atual tenha forças para repetir o sucesso da equipe de 2002 que terminou a primeira fase em sexto lugar depois de 25 jogos, mas que ao ver o time de Gallo enfrentar Portuguesa e Atlético-PR fiquei com a lembrança daquele tempo, isso fiquei.