quinta-feira, 31 de julho de 2008

Entre Gallos e Zettis

Coincidências no futebol são comuns. Ano passado, Zetti dirigiu o Atlético em 13 jogos e foi demitido após ser goleado pelo Vasco em São Januário por 4 a 0.

Com Zetti no comando, o Atlético fez 16 pontos, 41% de aproveitamento. Marcou 16 gols e sofreu 19. O time estava na 15ª colocação.

A era de Alexandre Gallo terminou depois de perder de 6 a 1 para o Vasco. Foram 14 jogos e também 16 pontos, 38% dos pontos conquistados. O Atlético marcou 18 gols e sofreu 23. Com 38%, o Galo está na 15ª colocação.

Emerson Leão comandou o Atlético em uma reação nas 10 últimas rodadas do campeonato, mas nos primeiros 14 jogos que dirigiu o time (mais do que Gallo e Zetti) conquistou apenas 14 pontos. 33% de aproveitamento. A partir do jogo contra o Grêmio fez 22 pontos nos 30 disputados.

Guilherme é craque, pelo menos no Mineirão.

Por mais que a torcida considere Guilherme um pouco preguiçoso, não há cruzeirense que resista a técnica apurada do jovem. No jogo contra o Náutico, quando mostrou um pouco mais de movimentação, o atacante mostrou mais uma vez que pode ser decisivo nesse campeonato. Falta agora ao atacante aprender a jogar fora de casa.

Guilherme fez 33 jogos em 2007 e mais 33 em 2008.
Foram 25 jogos fora do Mineirão e mais 41 "em casa".
Guilherme marcou ontem quando driblou o goleiro Eduardo seu 27º gol como profissional. 23 deles foram marcados no Mineirão e apenas 4 fora.
O maranhense marcou ano passado contra Botafogo (1x4) e Flamengo (1x3). Esse ano contra Palmeiras (2x5) e Fluminense (3x1).
Em Belo Horizonte, média de 0,56 gols por jogo.
Fora, o aproveitamento é abismal: 0,08. Média de menor do que 1 gol a cada 10 jogos.

Domingo, o atacante tem mais uma chance de mostrar seu valor em um jogo fora do Mineirão, contra o Flamengo no Maracanã, onde já fez 2.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

A queda do Náutico

Todos esperavam que o Náutico não ia ocupar as primeiras colocações do campeonato por muito tempo. A queda do time para o 12º lugar tem uma explicação: a força do Timbú sempre esteve intimamente ligada aos Aflitos. Nos primeiros 5 jogos em casa (contando dois no Arruda) foram quatro vitórias e um empate. Nos últimos 3, duas derrotas e um empate. Some-se isso ao fato de só ter vencido o time B do Fluminense como visitante e na 2ª rodada e você vai ver porque o time que esteve sempre entre os 6 primeiros enquanto venceu em casa, está hoje na parte de baixo da tabela.

O Flamengo pós-Marcinho.

Todos esperavam uma queda de rendimento do Flamengo depois da queda na Libertadores e da perda de Joel Santana. Não aconteceu. Pelo contrário, o time até começou a jogar melhor fora de casa. O time sentiu mesmo foi a saída de Marcinho. O Flamengo jogava com 3 atrás, sendo que um deles era o volante Jailton que fazia a saída de bola. A frente deles, Toró, cobrindo os laterais, principalmente pela esquerda. No meio, uma linha de 4 com dois alas que vão ao fundo e também entram na área pra finalizar e dois volantes que armam: Cristian e Íbson. Depois, Marcinho e Souza, sendo que o camisa 22 era quem vinha tabelar com os alas, os volantes e ainda levava a bola até Souza. Nem Diego Tardelli e muito menos Obina fazem essa função. Íbson, que tem jogado mais avançado, não tem a habilidade e a velocidade necessárias para jogar por ali.
Parece que falta um matador ao time, mas falta o articulador. Nos últimos 4 jogos, apenas dois gols. Um de zagueiro, depois de cobrança de escanteio e mesmo assim usando a mão e outro de Íbson, também em jogada irregular. Os atacantes desse Flamengo sempre marcaram pouco: O time tem o melhor ataque do campeonato com 27 gols marcados: Souza tem 3, Obina 2 e Diego Tardelli ainda não fez nenhum. Marcinho, já tinha 7, e não era o "matador".

A herança de Eurico.

Roberto Dinamite é o presidente do Vasco, mas o time é do Eurico. Um time que até poderia ter a defesa frágil que tem, mas s eo ataque funcionasse mais do que ela: Leandro Amaral, Morais, Jean, Edmundo e até Allan Kardec e Alex Teixeira. Vários jogadores qualificados, mas que não conseguem fazer mais gols do que a defesa leva. A herança de Eurico se estende ao técnico: Antônio Lopes escala o time com três zagueiros, um volante, dos meias pelas alas (Wágner Diniz e Mádson) e o resto são esses jogadores de frente que citei acima. 3 zagueiros e um volante, 4 jogadores no time marcam. O resto cerca e muito pouco. A equipe tem o quinto melhor ataque e a terceira pior defesa. O time não é competitivo e se continuar assim, Dinamite corre o risco de ser o presidente do Vasco no único rebaixamento do clube à série B.

O Cruzeiro deixou de ser normal.

Não sou um dos críticos mais ferrenhos de Adilson Batista, mas vejo uma falha fundamental no Cruzeiro de 2008: o time está muito "normal". O time empatou com o São Paulo, perdeu para Palmeiras, Sport, Grêmio e teve dificuldades com o Ipatinga fora de casa. Tudo isso é normal e não pode ser condenável. Do mesmo modo que venceu 5 dos 7 jogos que fez no Mineirão. Aproveitamento muito bom, mas nada de anormal. É o terceiro melhor time do campeonato jogando em casa.
A questão é que nesse campeonato, para ser campeão, é preciso ser diferente. São Paulo venceu o Flamengo no Rio. Flamengo venceu o Sport em Recife. Palmeiras tirou ponto do Grêmio no Olímpico. Internacional venceu o São Paulo.
O Cruzeiro saiu do normal ao vencer o Fluminense no Maracanã. Acredito que os outros times da parte de cima da tabela vão perder pontos contra o Tricolor carioca. No entanto, o time só recuperou os pontos perdidos contra o Goiás. Tivesse o Cruzeiro feito a lógica e batido os goianos, seria hoje, o líder isolado, devido ao "extra" que fez contra o Flu.

Além dos casos que citei, o Cruzeiro também foi normal ao perder para o Boca duas vezes e anormal ao vencer o Atlético 3 vezes em 4 jogos.

A ferida do Fluminense

Sábado faz um mês que o Fluminense perdeu a Libertadores. O Tricolor já disputou 7 partidas desde aquele fatídico dia. Dos 21 pontos em disputa, ganhou 10. Aproveitamento de 47,6% que o deixaria em nono lugar na competição. Bem a quem do que se espera de um time vice-campeão da Libertadores. Renato Gaúcho parece ter sido a maior vítima desse trauma. Os problemas do Flu não são mais apenas psicológicos: o time já perdeu Gabriel, Cícero, está sem os Thiagos Silva e Neves. Quatro titulares. Quando os dois melhores do time voltarem (se é que voltam) já terão se passado mais 7 rodadas e mantendo esse rendimento o Flu vai ter 23 pontos. O quarto colocado tem 26, com 58% de aproveitamento e mantendo esse rendimento vai ter 41 pontos na 23ª rodada. 18 pontos de diferença. O Fluminense não vai a Libertadores do ano que vem.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Galo já jogou um turno em 2008.

O Atlético jogou 19 vezes contra equipes da série A em 2008:
3 vitórias - Ipatinga, Portuguesa e Náutico (Copa do BR)
8 empates – Cruzeiro (Mineiro), Botafogo (Copa do BR) e Fluminense, Goiás, Atlético-PR, Figueirense, Palmeiras e Flamengo.
8 derrotas – Cruzeiro (três vezes), Náutico (duas vezes), Botafogo, São Paulo, Ipatinga (camp. Mineiro).

O Galo somou 17 pontos dos 57 possíveis. Aproveitamento de 29,8%.

Em 2007, o Corinthians foi rebaixado com 38%. Juventude e Paraná anda foram melhores do que o Atlético fez até aqui: 33% cada um.

Em 2006, Ponte Preta 34%, Fortaleza 33% e São Caetano 32% tiveram aproveitamento melhor, mas foram rebaixados mesmo assim.

Em 2005, todos os quatro que caíram tiveram aproveitamento superior: Coritiba 39%, Atlético 37%, Paysandu e Brasiliense 33%.

2004: Criciúma e Guarani: 36%, Vitória 35%, Grêmio 29%.

2003: os quatro últimos (lembrando que apenas dois foram rebaixados): Ponte Preta, Paysandu e Fortaleza 36% e Bahia 33%.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Atlético não receberá os 5% da transferência de Mancini.

O Atlético foi o principal clube formador do ex-lateral direito e agora meia-atacante Mancini, mas nem assim vai receber os 5% referentes a negociação do jogador que está saindo da Roma e indo para a Inter de Milão.
Conversei hoje pela manhã com o advogado do clube, Lucas Ottoni. Lucas disse que o código da FIFA determina que o percentual seja pago apenas em negociações internacionais e como a venda é doméstica o clube não tem o direito a receber nada.
Segundo o advogado, ainda que Mancini fosse jogar em outro país, esse percentual teria que ser dividido com Portuguesa e São Caetano. Embora o jogador tenha defendido essas equipes apenas por empréstimo, o vinculo contratual dele estava em poder dos paulistas, por isso o alvinegro não teria direito a receber os 750 mil euros, do total de 15 milhões da negociação.
Lembrando que quando Mancini deixou o Galo em 2003, o clube não recebeu nada, uma vez que devia direitos de imagem ao jogador que ganhou passe livre.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Fazer o dever de casa, fora de casa.

Em um campeonato equilibrado como o Brasileiro, a diferença está em vencer fora de casa. Nas primeiras 9 rodadas foram disputadas 90 partidas e os visitantes venceram 13 vezes. 14,4% de aproveitamento. Ou seja, a cada 20 jogos, três vitórias.
Analisando os últimos 5 campeonatos brasileiros, 2008 tem a média mais baixa.

Em 2007, foram 24 vitórias nos primeiros 90 jogos, 26,6%. No final da competição, 98 vitórias, 25,7%. O São Paulo foi o campeão e também o melhor time fora de casa.
Em 2006, 90 jogos, 22 vitórias que correspondem a 24,4%. No final, 92 vitórias, 24,2%dos jogos. O Internacional foi vice-campeão como melhor visitante. O São Paulo conquistou o título e fez um ponto menos que o Inter quando jogou fora de casa.

Em 2005, foram 99 jogos (tinham 22 times) - 27 vitórias - 27,27%. No final, 125 vitórias, 27,05%. O Corinthians foi campeão como melhor visitante.

Em 2004, 108 jogos em 9 rodadas (24 equipes), 22 vitóras - 20,3%. No final da competição: 124 vitórias, 22,4%. O Santos foi o melhor visitante e o campeão.

Em 2008, o Flamengo fez 4 jogos sem mando de campo e conquistou 10 pontos. 4 a mais do que Grêmio e São Paulo. O Cruzeiro fez 4 pontos em 4 jogos, o Atlético 3 pontos em 5 partidas e o Ipatinga 2 em 5.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Impressões sobre a nona rodada do Brasileirão.

O São Paulo é pra mim o principal favorito ao título, mas precisa manter-se concentrado em ser campeão. O time que jogou bem fora de casa contra o Cruzeiro e muito bem contra o Flamengo é bem diferente do time que jogou pouco contra o Sport e nada contra o Ipatinga no Morumbi.

Ontem fui ao Mineirão ver pela primeira vez "in loco" o time de Alexandre Gallo e conferir se o Palmeiras tinha a cara de Vanderlei Luxemburgo. Me decepcionei em dose dupla. O Atlético até melhorou em relação aos outros jogos, com dois atacantes Danilinho joga mais recuado e cai pelos dois lados ficando menos previsível do que aquele jogador que só arrisca pela direita e venceu muitas vezes o duelo com Pierre. O time combateu muito pouco. O Palmeiras não conseguia penetrar, é verdade, mas acredito que mais por conta de sentir falta de Valdívia e kléber do que por boa postura dos mineiros. Faltou combate para sair no contra-ataque mais vezes como aconteceu no lance do gol e em todas as jogadas de perigo, especialmente no primeiro tempo. Do lado do Palmeiras, um time muito lento e burocrático, sentindo falta dos laterais que são a válvula de escape quando Valdívia não joga e sentiu mais falta ainda de seu camisa 10. Ontem, Diego Souza ficava perdido no meio, muito lento ao lado dos igualmente lentos Martinez e Léo Lima.

No sábado, o Cruzeiro fez um belo primeiro tempo contra o Sport e mereceria vencer o jogo pela primeira etapa que fez. Boas jogadas do trio ofensivo em alta velocidade, duas ou três defesas estupendas de Magrão e uma bola na trave de Wágner. No segundo tempo, Adilson errou ao tirar Jadilson que realmente não marcava bem e o Sport se aproveitava para avançar no espaço que o lateral deixava. No entanto, Adilson Batista poderia ter tentado corrigir a postura de seu time ao invés de sacar o jogador. Sem ter que se preocupar com Jadilson, o time pernambucano pode olhar melhor para Wágner e Ramires que sozinhos não conseguiam puxar os contra-ataques. O Cruzeiro ficou previsível e foi anulado na segunda etapa.

Destaco ainda a boa partida feita pelo Ipatinga. Apesar da apatia do São Paulo, pela segunda vez seguida, e fora de casa, o time mineiro merecia a vitória. Rogério Ceni foi o melhor em campo e os ótimos Miranda e Alex Silva sofreram com Adeilson e companhia. As chegadas de Léo Silva, Sandro (se jogar) e Marinho podem dar novo ânimo ao Ipatinga, mas fugir do rebaixamento ainda é tarefa difícil. O jogo de ontem vai ter que se repetir várias vezes para que o Ipatinga permaneça na série A.

No mais, o Grêmio já mostrou que sente falta demais de Roger. Tcheco, que pode suprir sua ausência, joga a partir de agosto, mas até lá vão ser disputadas 9 rodadas. O Flamengo continua fortíssimo no Maracanã, além de já ter mostrado também qualidade fora dele. Os laterais são os melhores do Brasil e pelo menos contra o Náutico, Kléberson foi Ibson. O Fluminense ainda não acordou para a "brincadeira do Brasileiro", mas o Goiás já. O time com Iarley e Romerito é bem melhor daquele das primeiras rodadas. E o Internacional começa a ganhar a cara de Tite. Um time bem mais competitivo do que o de Abel Braga, venceu três e empatou uma no Beira Rio, além de merecer maior sorte no Gre-nal. Pra finalizar, palmas para o Vitória que mandou 11 jogadores embora depois da primeira rodada e deu certo: nos últimos 15 pontos disputados ganhou 13 e joga em casa contra o Botafogo no meio de semana. Não acredito que esse rubro-negro brigue por título ou Libertadores, mas enfrentá-lo nesse momento é um péssimo negócio.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Campeonato brasileiro - 9ª rodada.

Sábado:
Atlético-PR x Santos: o efeito Arena da Baixada ainda não fez efeito nesse brasileirão. Apesar de estar invicto dentro de casa, o Atlético só conseguiu vencer o Goiás, pó 5 a 0. No mais, empates com Atlético-MG, São Paulo e Coritiba. O time pode ter a estréia do paraguaio Julio dos Santos. Já o time paulista, não vence há 50 dias. Aliás, só venceu o Ipatinga no campeonato. O segundo pior ataque da competição vai reforçado: Thiago Luiz, preterido por Leão, ganha nova chance com Cuca.
Palpite: Atlético-PR

Flamengo x Náutico: o Flamengo não vai contar com Ibson que negocia sua renovação de contrato. Fabio Luciano suspenso e Toró, machucado, são os outros desfalques. Já o Náutico não vai ter quatro titulares, todos eles por suspensão:Negretti, Everaldo, Ticão e Alceu. Todos do setor defensivo. No ano passado, a reação do Flamengo no campeonato começou justamente em um jogo contra o Náutico no Maracanã. O Fla venceu de virada com gols de Fabio Luciano e Léo Moura aos 42 minutos do segundo tempo.
Palpite: Flamengo.

Sport x Cruzeiro: o Sport ainda não curou a ressaca da Copa do Brasil. Vem de três derrotas seguidas e jogando em casa tem apenas o 15º melhor aproveitamento – 58%. Problemas nas duas laterais para Nelsinho Baptista: Dutra suspenso e Diogo punido pelo clube por ter faltado a cinco dias de treinamentos, não jogam. Luisinho Netto entra na direita e o meia Franscisco Alex, na esquerda. Já o Cruzeiro vai completo e tenta vencer como visitantes depois de empatar com o Coritiba e ser goleado pelo Palmeiras. Na última vez que o Cruzeiro venceu o Sport na Ilha, Ricardinho foi o autor do gol.
Palpite: empate.

Domingo:
Figueirense x Vasco: o Figueirense tem a pior defesa do campeonato com 20 gols sofridos, mas em casa foram apenas 3. O Vasco só marcou duas vezes nas quatro partidas que fez fora e ainda não venceu longe de São Januário. Até por isso, o técnico coloca um time ofensivo com Wagner Moura, Morais, Jean, Leandro Amaral e Edmundo. 5 jogadores que praticamente não defendem quando o Vasco é atacado.
Palpite: Vasco.

Atlético-MG x Palmeiras: o Atlético faz o primeiro jogo da seqüência de 4 partidas dificílimas que vai ter em julho: pega na seqüência Flamengo, Cruzeiro e Internacional – no Beira Rio. O técnico Alexandre Gallo volta a utilizar o zagueiro Marcos após 5 rodadas e Castillo que perdeu um gol feito na primeira rodada contra o Fluminense, volta a ter chance no ataque. Do lado do Palmeiras, Valdivia e Kleber estão suspensos e Luxemburgo prepara o time para que Diego Souza seja o armador. Lenny entra no ataque. Ano passado, Martinez fez os dois gols dos paulistas na vitória no Mineirão. Enquanto jogou pelo Cruzeiro, Martinez nunca marcou contra o Galo.
Palpite: empate.

Internacional x Coritiba: o Inter deve contar com Magrão, recuperado de contusão. O técnico Tite deve promover ainda a estréia do lateral-direito Ângelo que defendeu o Cruzeiro ano passado. O Coxa tem uma crise em sua defesa: Jéci foi negociado com o Palmeiras, Maurício está suspenso e Nenê se machucou. Para piorar, o volante Leandro Donizete foi poupado dos últimos treinos e mesmo que jogue, não estará 100%. O Coritiba tem a sétima melhor defesa e o oitavo pior ataque do campeonato.
Palpite: Internacional

Goiás x Fluminense: o técnico Hélio dos Anjos vai comandar o Goiás pela primeira vez no Serra Dourada. Antes, fez dois jogos e conquistou 3 pontos. Mesmo em seus domínios, o time deve ter apenas Iarley na frente. Já o Fluminense não tem problemas de contusão ou suspensão. O time tenta se re-organizar depois da perda da Libertadores. Na sexta-feira, Dodô concedeu entrevista dizendo que pretende ficar no Tricolor e o zagueiro Thiago Silva também não deve sair. Ele recebe o maior salário do futebol brasileiro. Vai ser o segundo jogo do Fluminense com o time titular na competição: na outra partida, perdeu para o Grêmio por 2 a 1.
Palpite: Goiás.

Botafogo x Grêmio: o Botafogo ainda não venceu sob o comando de Geninho e é o primeiro time fora da zona de rebaixamento. O Grêmio venceu São Paulo e Goiás como visitante, mas perdeu no Rio de Janeiro – para o Vasco. Celso Roth prepara o time com três zagueiros, três volantes e só um atacante. Os quatro últimos gols da equipe foram marcados de pênalti. No entanto, o cobrador, Roger, não joga mais pelo Grêmio. Ele está se transferindo para o futebol do Qatar.
Palpite: empate.

Portuguesa x Vitória: as duas equipes subiram da série B, começaram mal o brasileirão, mas vêm se recuperando: a Portuguesa tem 12 pontos e o Vitória 14. As duas equipes somaram 10 dos últimos 12 pontos disputados. A Lusa vai ter um desfalque importante: o atacante Diogo que tomou o terceiro amarelo. O Vitória conta com Dinei que assim como Diogo marcou quatro vezes no campeonato.
Palpite: Portuguesa

São Paulo x Ipatinga: sem contar com André Dias, machucado, Muricy Ramalho prefere voltar ao 4-4-2 a colocar Juninho no time. O Tricolor é o time a mais tempo invicto no campeonato: 7 jogos e vem de três vitórias e um empate. Já o Ipatinga só venceu uma vez, é o penúltimo colocado e ainda não tem um time formado: nessa semana chegaram mais três jogadores: Marinho, Léo Silva e Sandro, vindos de Atlético e Cruzeiro.
Palpite: São Paulo

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Cruzeiro não quer Dodô

Conversei hoje (quinta-feira) a tarde com Eduardo Maluf, diretor de futebol do Cruzeiro, sobre o atacante Dodô. Confira o que de mais importante nós conversamos.

Maluf, o Cruzeiro também está na corrida para ter o atacante Dodô?
Não, é um jogador que não está nos nossos planos.

Mas o porquê do não interesse, já que o Cruzeiro perdeu o Marcelo Moreno? Adilson vetou a contratação ou o Cruzeiro entende que já tem atacantes demais no seu elenco?
Você não está se esquecendo que o Dodô vai ser julgado no caso de doping do ano passado, né?

Mas aí não pode ser feito um contrato de risco? Ou seja, se for condenado, ele reiscinde ou não recebe enquanto estiver suspenso?
Mas aí vão dizer que nós estávamos iludindo o torcedor, que sabíamos que ele seria suspenso e mesmo assim contratamos. O Dodô é um jogador que já nos interessou, no passado tentamos um acerto, mas não foi possível. Hoje, não existe nada. Estou sabendo pela imprensa que ele vai sair. Até onde eu sei, ele é jogador do Fluminense.


Caso doping: Dodô foi julgado em março pela Corte Aribtral do Esporte pelo caso de doping. A Corte não divulga o resultado na hora do julgamento, mas pode dar o parecer a qualquer momento. Com a Eurocopa e as Olimpíadas a tendência é que o resultado só saia em setembro, mas pode sair também amanhã.

Libertadores: venceu o melhor?

Por mais que a LDU não seja essa surpresa toda que se pintou, por ter conquistado 5 dos últimos 10 campeonatos equatorianos, por ter participado - e bem - das últimas cinco edições da Libertadores e por ser um clube estável, bem administrado, que construiu seu estádio há apenas 10 anos e investiu 6 milhões de dólares em contratações na última temporada, nem por tudo isso acredito que seja o melhor da América.
O Fluminense eliminou os dois melhores, sem ser também o mais credenciado a vencer. Afinal, Boca Juniors e São Paulo são melhores que o tricolor carioca.

O Fluminense para brilhar contou sempre com a individualidade de seus jogadores. No confronto contra o São Paulo, Rogério falhou, Thiago Silva jogou muito bem e Washington fez um gol marcado por três aos 48 do segundo tempo. Conjunto, o time não mostrou.
Contra o Boca, Fernando Henrique fez pelo menos quatro milagres na Argentina, impedindo uma goleada, e novamente o goleiro adversário falhou, garantindo um empate. No Maracanã, Dodô entrou e brilhou nos três gols, mais uma vez achei que o time de Renato Gaúcho foi inferior.
No primeiro jogo contra a LDU, um passeio, especialmente no primeiro tempo. No segundo jogo, Thiago Neves arrasou com a partida e por isso a disputa foi para os penaltis.
Em nenhum desses três confrontos, percebeu-se conjunto no Fluminense, mas por qualidade técnica de seus jogadores, o time conseguiu resolver seus jogos.

Quem é o melhor jogador da LDU? Guérron? Semana passada, postei nesse blog sobre o erro de Renato Gaúcho de deixar o meia confrontar com Júnior César que não sabe marcar. No lance do gol no Maracanã, era Ygor quem fazia a cobertura, mas foi infantilmente seduzido por Guérron que o puxou para o meio antes de levar para a ponta. O Fluminense que teve tanto cuidado para marcar o melhor do Boca, Riquelme, subestimou o melhor da LDU.

Já a Liga, mostrou-se um time sem medo, sem pudor e sem responsabilidade muitas vezes. Foi assim contra o San Lorenzo, contra o América e mais do que nunca contra o Fluminense. Um time que joga com uma linha de quatro atrás e praticamente uma linha de seis na frente. Um espaço tremendo entre o meio e a defesa, que foi bem explorado por Thiago Neves no segundo jogo. O time marca a saída de bola, e só. Depois só volta a dar combate dentro da própria grande área. Um time mais organizado, como Boca e São Paulo teria sabido ser competitivo contra essa audácia dos equatorianos.