sexta-feira, 29 de maio de 2009

4ª rodada: informações e palpites.

Atlético-MG x Santo André: com Celso Roth no comando, são três vitórias e um empate. No Mineirão, venceu as duas vezes que atuou. Em 2006, pela série B, as equipes empataram em Belo Horizonte por 1 a 1. O Santo André tem a média de idade de 30 anos, a maior dos 20 times que disputam o campeonato. Em 2009, o Ramalhão venceu cinco, empatou duas e perdeu quatro vezes fora de casa. Na série B, foi o segundo melhor visitante com 44% de aproveitamento.
Palpite: Atlético-MG

Coritiba x Goiás: confronto de duas equipes que ainda não venceram na competição. O Coxa perdeu a única que jogou em casa – para o Santo André. O Goiás fora do Serra Dourada buscou um empate com o Santos depois de estar perdendo por 3 a 1. Em 24 jogos entre as equipes, nove vitórias dos paranaenses, oito dois goianos e nove empates. Ano passado, dois empates.
Palpite: Goiás

Botafogo x Sport: outro confronto dos que ainda não venceram no Brasileirão. O alvinegro, no Engenhão, empatou com o Corinthians. O Sport perdeu para o Vitória, como visitante. Enquanto Nei Franco tenta encontrar o substituto de Maicosuel (que pode ser Lucio Flavio, de volta à equipe), os pernambucanos não têm técnico nem Paulo Baier, após a crise do meio da semana.
Palpite: Botafogo

Santos x Corinthians: as equipes voltam a se enfrentar na Vila, após a final do paulista. Naquela oportunidade, 3 x 1 Corinthians, com dois gols de Ronaldo que, suspenso, fica de fora. Esse ano foram três jogos, um empate e dois triunfos do Timão. O Santos está empolgado após a goleada contra o Fluminense. Mano Menezes deve poupar alguns titulares, menos André Santos que depois da partida se apresenta à seleção.
Palpite: Santos

Flamengo x Atlético-PR: ano passado, o Fla não vencia há sete jogos, desde as saídas de Marcinho, Souza e Renato Augusto, voltou a vencer justamente o Atlético-PR no Maracanã. No segundo turno, última rodada do campeonato, os cariocas perderam na Arena por 5 a 2 e ficaram de fora da Libertadores. O Atlético é o lanterna, mas seu único ponto foi conquistado fora de casa, contra o São Paulo no Morumbi. O Flamengo venceu apenas uma, mas no Maracanã tropeçou contra o Avaí.
Palpite: Flamengo

São Paulo x Cruzeiro: a última derrota do Tricolor, em casa para o Cruzeiro, foi em 2003. De lá pra cá, dois empates e depois três vitórias nas últimas três partidas, em nenhuma delas o time mineiro marcou gol. A vitória na quarta-feira foi a única do Cruzeiro nos últimos dez jogos entre as equipes. O São Paulo ainda não venceu no campeonato, ano passado o primeiro triunfo veio apenas na quinta rodada. Remires pode fazer sua despedida. Se o Cruzeiro não passar pelo São Paulo na Libertadores, será o último jogo do meia pela Raposa.
Palpite: empate.

Náutico x Fluminense:
o Timbú faz seu melhor inicio de campeonato desde que voltou à Série A em 2007. A única partida que fez em casa, venceu: 2 a 0 no Cruzeiro. Já o Fluminense vem de goleada sofrida contra o Santos em pleno Maracanã. Torcedores invadiram o treinamento durante a semana, gerando clima tenso nas Laranjeiras. Ano passado, o Tricolor venceu nos Aflitos por 3 a 1, três gols de Washington, na segunda partida sob o comando de Cuca. Depois disso, o treinador não venceu mais nenhuma e foi demitido.
Palpite: Náutico.

Vitória x Grêmio: os donos da casa vem de derrota por 2 a 0 sobre o Cruzeiro e o Grêmio de vitória do mesmo valor contra o Botafogo. Ano passado, vitória baiana por 4 a 2. Os gremistas perderam oito dos 11 jogos que fizeram no Barradão, venceram apenas duas vezes. Paulo Autuori vai utilizar o time principal. Carpegiani ainda não sabe que time escalar. Se preferir o 3-5-2, apenas o goleiro Viafara, os zagueiros Wallace e Victor Ramos e o artilheiro Neto Baiano terão atuado nas quatro rodadas como titulares.
Palpite: Grêmio.

G. Barueri x Palmeiras: o Barueri ainda não venceu na competição e Pedrão, principal esperança de gols, só marcou uma vez em três jogos. Nos últimos quatro jogos, o Palmeiras perdeu dois e empatou dois, marcando apenas um gol. Keirrison marcou duas vezes nas últimas dez partidas. No campeonato paulista, vitória do Palmeiras por 3 a 0, no Parque Antártica.
Palpite: G. Barueri

Internacional x Avaí: o Colorado é o único 100% da competição, mesmo com dois jogos como visitante. O Avaí, apesar de não ter vencido também não perdeu: são três empates, dois em casa depois de estar vencendo. O Inter perdeu apenas uma vez na temporada, já está invicto há 23 jogos, mas não terá Nilmar que, machucado, desfalca a equipe, mas vai defender a seleção. Taíson, com o gol que marcou no meio da semana, chegou aos 23 e pulou a frente na corrida pela artilharia no país.

Palpite: Internacional.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Qual o tamanho da falta que Ramires faz?

Que Ramires vai deixar saudades é repetitivo dizer. Se formos olhar só os números, a ausência do meia não vai fazer tanta diferença. Foram 107 jogos com Ramires em campo desde 2007: 65 vitórias, 18 empates e 24 derrotas. Aproveitamento de 67%. Sem o atleta foram 27 partidas disputadas, com 15 vitórias, 3 empates e 9 derrotas do Cruzeiro. O rendimento cai para 60%.

A diferença de 7%, não condiz, no entanto, com a realidade. A presença de Ramires representa muito mais do que pouco menos de um décimo dos resultados da equipe. Não que o ex-volante seja decisivo em todos os jogos, mas é essencial sempre que entra em campo.

Principal arma de contra-ataque, Ramires tem versatilidade para jogar dos dois lados, defender e atacar com qualidade e bom posicionamento, feito centroavante, dentro da área. Por não ter outro assim no elenco, ou no futebol brasileiro, Adilson Batista se preocupa tanto com a venda de seu camisa 8.

O mais cotado para assumir a posição é Henrique. Aliás Marquinhos Paraná, que tem jogado mais a frente quando Ramires é o único meia do time. Henrique entra na vaga de Marquinhos, que vira terceiro homem de meio-campo. Dependendo da situação é uma boa. Eu recuaria Wagner para jogar nesse setor e lançaria Bernardo, ainda que aos poucos na equipe.

Qualquer que seja a formação que Adilson resolva adotar o Cruzeiro será diferente. Muito mais diferente do que 7%.

Éder e Tardelli precisam voltar a formar uma dupla.

Só para que você fique contextualizado, nos primeiros meses do ano e até mesmo depois do clássico contra o Cruzeiro, eu defendia o trabalho de Emerson Leão por julgar importante a renovação e criação de uma base para o Atlético. Achava que o time tinha falhas, mas que o antigo treinador era capaz de repara-las. Por fim, parece que a troca foi benéfica e Celso Roth detectou e solucionou os problemas mais rapidamente.

Pois bem, Roth ajustou o posicionamento da equipe que ganhou consistência, a saída em velocidade e a variação de jogadas. No entanto, o Atlético perdeu uma de suas principais armas na temporada: a dupla Éder Luís e Diego Tardelli.

Desde a chegada do novo treinador, foram quatro jogos e 10 gols. Um de Tardelli e dois de Éder. Em nenhum dos três, o companheiro participou. No período em que Leão dirigiu a equipe foram nove gols com assistências de um para o outro.

Celso Roth faz, a cada jogo, o time evoluir. A intenção aqui não é criticar o momento individual que vive cada um dos atacantes, é mostrar que ambos precisam funcionar melhor, como dupla. Precisam voltar a dialogar como faziam antes, estar mais próximos um do outro.

O entrosamento da dupla o que o Galo tinha de melhor antes. A variação das jogadas com muita gente chegando de trás em alta velocidade é a principal arma hoje. O ideal é que se consiga unir as duas coisas.

O Cruzeiro saiu vencedor?

O resultado foi bom pra quem no final das contas? São Paulo ou Cruzeiro? Os mineiros têm a vantagem no segundo jogo, podem empatar, voltaram a vencer o Tricolor após nove confrontos. Os paulistas, por sua vez, tiveram as melhores chances de gol no segundo tempo e se mostrarem um pouco mais dentro de casa, podem sair com a classificação.

A proposta do Cruzeiro, cantada pelos jogadores durante a semana, era vencer e, principalmente, não sofrer gols. A Raposa sabia que não era hora de simplesmente jogar bonito, o resultado é o que mais importava. No final das contas, o Cruzeiro mudou sua forma de atuar, não jogou bonito e nem conseguiu o que queria, pelo menos não completamente.

O São Paulo não queria perder. Se acontecesse, que fosse por diferença mínima e marcando gols. Justamente o que ocorreu. O time de Muricy não joga bem há muito tempo, não jogou ontem de novo, mas Fábio fez mais defesas difíceis do que Denis. Pelo menos três no segundo tempo, contra uma do jovem são-paulino.

Mostrar força, mesmo perdendo é um aviso do que pode acontecer no Morumbi, para os comandados de Muricy. A equipe de Adilson acredita que pode segurar um empate longe do Mineirão.

No placar, o Cruzeiro foi o vencedor. Na proposta deu São Paulo. Na satisfação com o resultado, empate. Ficou tudo pro segundo jogo.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Quem leva a Champions?

A maioria da mídia e dos expectadores acredita que Barcelona x Manchester United vai ser o confronto do futebol técnico, bonito e envolvente contra aquele de resultados, força, velocidade e competitividade. E é. Só não é apenas isso. O Barça também consegue se fechar, jogar feio e pelo resultado, como fez contra Lyon e Bayern fora de casa. O time inglês tem Cristiano Ronaldo, Tevez e Rooney. Não é só conjunto.

O que eu acredito que pode ser determinante na decisão são os desfalques. O Barça não terá Dani Alves, Rafa Marques e Abidal. Iniesta e Henry estavam machucados e ainda não sabem se jogam. Três titulares, certamente fora, e pode-se dizer que pelo menos três – Dani Alves e os dois últimos – são fundamentais no esquema de Pep Guardiola. Os Red Devils não contarão com Fletcher.

Quando a bola rolar, o time catalão tentará decidir o jogo com Xavi, Messi e Eto’o forçando as jogadas pela direita do ataque. Os ingleses devem apostar em cinco no meio-campo, com Carrick a frente dos zagueiros, Scholles e Anderson centralizados, Rooney pela esquerda e Park, ou Giggs pela direita. Ronaldo, isolado na frente, como foi contra o Arsenal nas semifinais.

Desenho tático não ganha jogo, mas costuma ajudar a perceber quem está mais próximo do bote. Com cinco no meio, contra três do Barcelona, o Manchester parece mais propício a roubar a bola, uma vez que o rival não terá a qualidade e velocidade habitual no passe, e partir em contra-ataque.

É só o esboço do que pode acontecer. Apesar da temporada muito mais fantástica do que a do Manchester, o Barça não chega favorito à decisão. A não ser que Iniesta e Henry joguem. Aí, aposto no azul-grená.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Com nova arma, Cruzeiro poderia ter goleado.

A culpa foi do Viafara. Era o pensamento dos jogadores do Cruzeiro após a partida contra o Vitória. Não há como não concordar. Foram pelo menos cinco defesas incríveis do goleiro colombiano, evitando uma goleada no Mineirão.

Pensando no São Paulo e com dificuldades de esconder isso, o time mineiro mostrou força pelos lados do campo, principalmente pela direita. Jonathan é, cada vez mais, arma importante no esquema de Adilson Batista. O time procura o lateral que tem sempre o apoio de Thiago Ribeiro para envolver o adversário.

O São Paulo teve o retorno de Dagoberto e André Dias. Jean deve voltar na quarta. Isso significa time no 3-5-2 com Jorge Wagner na ala. Com a grande fase do lateral cruzeirense e a qualidade do são-paulino podemos esperar que o principal duelo da partida aconteça por ali. Neste momento, é mais prudente apostar em Jonathan.

Com ajustes, o Galo pode ir mais longe.

A vitória sobre o Sport é emblemática. Primeiro porque mostra que o Atlético pode ser diferente, afinal nunca havia derrotado os pernambucanos em Recife, mas principalmente porque deixa clara a evolução da equipe, sem esconder os defeitos.

É comum no futebol, dizer que a vitória esconde os problemas, então vamos aponta-los. Quando pressionado, o alvinegro teve problemas no miolo de zaga e na proteção feita pelos volantes. O Sport chegava à intermediária com facilidade, a marcação deveria começar nos homens de ataque.

Por outro lado, o Galo conseguiu jogar em alta velocidade. Atacou, especialmente no primeiro tempo, com dois laterais, um meia e um volante além dos dois atacantes. Seis jogadores bem ofensivos, sufocando os donos da casa. Éder Luís mostrou o que nunca se duvidou que ele tem: qualidade técnica. A jogada do gol lembrou outra feita pelo próprio atacante ano passado contra o Vitória, defendendo o São Paulo. Sob o comando de Celso Roth falta à Éder e Tardelli jogar como dupla, como faziam na época de Emerson Leão. Mesmo assim, o ataque do Atlético marcou 10 gols em quatro partidas, cinco de atacantes.

Se o treinador conseguir deixar a equipe menos vulnerável e com a mesma força para atacar e surpreender, principalmente fora de casa, o Atlético pode ficar a frente do nono lugar, palpite deste colunista antes do início do campeonato.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

3ª rodada: informações e palpites.

Corinthians x G. Barueri: na série B, o confronto aconteceu na quinta rodada e o Corinthians venceu por 4 a 1, em Barueri. Depois disso, dois jogos no Pacaembu, uma vitória alvinegra e um empate. Mano Menezes vai poupar meio time. O Barueri vai se reforçando durante a competição. João Vitor, volante, é o sexto contratado.
Palpite: empate.

Goiás x Internacional: no primeiro jogo, o Goiás vencia por 3 a 1 e cedeu o empate. No segundo, fez o inverso e saiu com um ponto da Vila Belmiro. É dono do melhor ataque e pior defesa da competição. O Inter é líder com 100% de aproveitamento e tem o ataque que só passou em branco quatro vezes no ano.
Palpite: Goiás.

Cruzeiro x Vitória: Adilson Batista vai poupar titulares pensando na Libertadores no meio de semana. Pode ser o penúltimo jogo de Ramires no Mineirão, caso a equipe não avance na competição sulamericana. Paulo César Carpegiani conta com Apodi e Leandro Domingues que deixaram a Toca por ter poucas oportunidades com Adilson. Ano passado o Cruzeiro venceu duas vezes. Guilherme, Charles e Moreno marcaram os gols ( o outro foi de Bida, contra). Todos foram negociados.
Palpite: Cruzeiro

Palmeiras x São Paulo: nos três últimos jogos no Palestra, três resultados diferentes. Em 2007, deu São Paulo: 1x0. No Paulista do ano passado, 2x1 Palmeiras. No Brasileiro, o São Paulo abriu 2 a 0, mas permitiu a reação. Nem Muricy, nem Luxemburgo devem poupar titulares. André Dias, Jean e Dagoberto podem reforçar o tricolor. Washington, que não marca há seis jogos, e Keirrison que fez dois gols nas últimas oito partidas esperam melhor desempenho.
Palpite: Palmeiras

Fluminense x Santos: eliminado da Copa do Brasil, o Flu foca o Brasileirão. A última vez que Parreira disputou o campeonato, foi vice-campeão com o Corinthians, em 2002. Fred já não marca gols há cinco jogos. Santos não vence, também há cinco partidas. Ano passado, envolvido com a Libertadores, mas com o time principal, o Fluminense empatou em casa com o Santos de Cuca por 1 a 1.
Palpite: Fluminense

Grêmio x Botafogo: com sete vitórias e um empate, o Grêmio é o melhor time da Libertadores. No Brasileiro, um ponto em duas partidas. Paulo Autuori fará sua estreia. O último jogo do treinador, pela competição nacional, foi em 2005: vitória do São Paulo sobre o Atlético-PR por 3 a 1. O Botafogo não conta mais com Maicosuel, jogador que mais participou dos gols da equipe na temporada. Marcou 13 em 22 jogos. O meia foi vendido ao Hoffenheim da Alemanha por 4,5 milhões de euros. No Brasileirão, o Bota só empatou: 1 a 1 com o Santo André e 0 a 0 com o Corinthians.
Palpite: Grêmio

Atlético-PR x Náutico: ano passado, em jogo válido pela penúltima rodada, as equipes disputavam quem se manteria na série A em 2009. O Náutico venceu por 2 a 1 nos Aflitos, mas uma combinação de resultados manteve o Furacão na elite. No jogo do turno, o Atlético-PR, que havia tirado Roberto Fernandes do Timbú no inicio do campeonato, demitiu o treinador dois dias antes do confronto. Após derrota por 2 a 0, a diretoria do Náutico dispensou Pinado e re-contratou Fernandes.
Palpite: Atlético-PR

Santo André x Flamengo: na história do confronto apenas dois jogos, os da final da Copa do Brasil de 2004. Em São Paulo 2 a 2 e no Rio, vitória do Santo André por 2 a 0. O desmanche previsto no Flamengo para o meio do ano pode ter inicio agora. Zé Roberto pode ir para o Cruzeiro e Ibson para o CSKA. A equipe paulista vem surpreendendo no início da competição. Venceu o Coritiba fora de casa e empatou com o Botafogo. O time do ABC pode ter a estreia de Rodrigo Fabri.
Palpite: Flamengo.

Avaí x Coritiba: as equipes se enfrentaram na série B de 2006, o Coxa venceu na Ressacada por 2 a 1 e no Couto Pereira por 4 a 2. Pingo, volante, poderá fazer sua primeira partida pela equipe catarinense. O Coritiba, única equipe que ainda não pontuou deve ter cinco jogadores poupados, entre eles Marcos Aurélio e Rodrigo Mancha, destaques da equipe. Marcelinho Paraíba, suspenso na Copa do Brasil, joga.
Palpite: Avaí

Sport x Atlético-MG: ano passado, 0 a 0 até os 37 minutos do segundo tempo. Aos 43, 3 a 0 para os pernambucanos. O Galo nunca venceu na Ilha do Retiro, em 17 jogos disputados. Com Celso Roth no comando, são três jogos: duas vitórias e um empate. A única vitória do Sport em maio teve sabor amargo. 1 a 0 no Palmeiras e desclassificação nos pênaltis. Paulo Baier treinou entre os reservas e pode perder lugar no time.
Palpite: empate.

A culpa é do Dunga?

Culpa nenhuma, na minha opinião. Errado é o calendário brasileiro e sulamericano que prevê jogos importantes para os clubes em período da última grande competição que antecede uma Copa do Mundo. Antes o treinador era o vilão por não chamar Ramires e Nilmar. Agora que os convocou, Dunga é...vilão, de novo.

A Copa das Confederações é o teste final para quem quer disputar o mundial no ano seguinte. Ir bem ou mal na competição pode ser decisivo e é natural que os técnicos das seleções queiram dar descanso a alguns jogadores em final de temporada na Europa, já que no ano seguinte não haverá folga.

Internacional, Corinthians, Cruzeiro e Grêmio serão prejudicados, obviamente. Mas não adianta chiar com a CBF. É muito mais correto parar e refletir se não está na hora de adequar o nosso calendário, não ao Europeu, mas ao Mundial.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Dejá vù?

O torcedor do Cruzeiro que teve a impressão de já ter visto o filme quando Derlei e Carlinhos Bala deram a vitória ao Náutico, pode se animar um pouco.

Apesar de nova derrota fora de casa, o time mineiro mostrou-se diferente, especialmente no primeiro tempo, quando dominou o jogo com boa participação de Athirson que ditou o ritmo da equipe.

No segundo tempo, com a saída de Athirson e a entrada de Gérson Magrão, o time de Adilson Batista ganhou força e perdeu qualidade técnica. Em um lance inusitado em que dois jogadores escorregaram, o Náutico abriu o placar e ficou com o contra-ataque a favor.

Ano passado foram 18 jogos fora do Mineirão pelo campeonato brasileiro. O Cruzeiro venceu cinco, perdeu 11 e empatou dois. Pelo que mostrou até aqui esse ano, 2009 deve ser melhor. Resta saber se será o suficiente.

Valeu pela postura

O Atlético venceu com um gol de pênalti inexistente aos 48 minutos do segundo tempo, o que não quer dizer que o Galo tenha ido mal. A equipe mineira se defendeu bem, anulou as principais peças do adversário e mostrou boa movimentação pelos lados.

O Atlético mostrou, pela primeira vez, cara de Celso Roth. Uma equipe bem protegida que corre poucos riscos e sai em velocidade. Para jogar assim, o Atlético depende de Éder Luís, que voltou a jogar mal.

Mas independentemente do pênalti que não foi e se o alvinegro não houvesse vencido, a postura foi boa. No sábado, o Galo conseguiu conciliar postura e resultado. É o ideal.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

2ª rodada: informações e palpites.

Coritiba x Avaí: o Coxa estreou perdendo fora de casa para o Palmeiras. O Santo André empatou, como mandante. A equipe paranaense perdeu dois dos 17 jogos que fez no Couto Pereira na temporada. Já o Santo André, quando jogou contra times de série A, venceu dois (Barueri e São Paulo), empatou um (Corinthians) e perdeu para Santos e Palmeiras.
Palpite: empate.

Atlético-MG x Grêmio: o primeiro reencontro de Celso Roth com a equipe gremista. O time gaúcho, treinado por Marcelo Rospide, ex-auxiliar de Roth, é o mesmo deixado pelo antigo treinador. O Atlético não vence os grandes de Porto Alegre desde que voltou à série A em 2007. A dupla de ataque titular do Galo vive o maior jejum de gols na temporada: Tardelli não marca há cinco jogos e Éder Luís há sete.
Palpite: Grêmio

Flamengo x Avaí: o Flamengo perdeu apenas três vezes na temporada (Vasco, Resende e Cruzeiro). Em compensação, contra times da primeira divisão são nove jogos e apenas duas vitórias (Botafogo e Fluminense). Cuca não deve poupar jogadores pensando no confronto com o Internacional pela Copa do Brasil. De volta à elite, o Avaí terá que melhorar seu desempenho como visitante na temporada: foram cinco derrotas em 12 partidas até aqui.
Palpite: Flamengo

São Paulo x Atlético-PR: no último campeonato, as equipes se enfrentaram na segunda rodada. O São Paulo poupou jogadores em Curitiba e o jogo terminou empatado por 1 a 1. O Tricolor vive o pior momento da era Muricy: quatro derrotas nas últimas cinco partidas. A defesa, sempre apontada como setor mais forte da equipe, sofreu gols nos últimos oito jogos. O Furacão jogou 10 vezes fora da Arena no ano: venceu quatro.
Palpite: São Paulo

Botafogo x Corinthians: a última vitória do Botafogo foi há um mês: 2 a 1 sobre o Americano, jogo que marcou a eliminação dos botafoguenses nos pênaltis. O Corinthians deve poupar a maioria dos titulares, assim como fez contra o Inter e perdeu. Ano passado, pela Copa do Brasil, os cariocas venceram por 2 a 1. Jorge Henrique, hoje titular do Corinthians, marcou um dos gols.
Palpite: Botafogo.

G. Barueri x Fluminense: debutando na elite, o Barueri enfrenta a equipe carioca pela primeira vez na história. Carlos Alberto Parreira deve poupar Thiago Neves e Fred para o confronto com o Corinthians no meio da semana. Em seu primeiro jogo pela série A, a equipe paulista empatou por 1 a 1, gol de Pedrão – principal esperança de gols do time.
Palpite: Barueri

Internacional x Palmeiras: ano passado, o Colorado fez um de seus melhores jogos do ano e venceu por 4 a 1. Nas últimas dez partidas no Beira-Rio, oito vitórias, um empate e uma derrota do Internacional. Tite deve poupar jogadores. Luxemburgo vai colocar a equipe principal com Marcão, que enfrenta o ex-clube pela primeira vez.
Palpite: Palmeiras

Santos x Goiás: ano passado, Hélio dos Anjos estreou contra o Santos na Vila e venceu por 4 a 0. A equipe goiana não conta com Vitor, lateral-direito e uma das principais peças do time, que está machucado. O Santos conta com Kleber Pereira que, com uma proposta do Qatar, pode deixar a Vila em breve.
Palpite: empate.

Náutico x Cruzeiro: em 2008, com dois gols de Gilmar e dois de Felipe, o Náutico venceu o Cruzeiro por 5 a 2. Em 2007, a Raposa goleou por 4 a 1. Os pernambucanos têm, como maior esperança, Carlinhos Bala que defendeu o Cruzeiro. Adilson Batista não conta com Wagner e pode escalar o time com apenas Ramires na armação. Elicarlos, ex-Náutico, deve ganhar chance entre os titulares.
Palpite: empate.

Vitória x Sport: no último dia 13, o Vitória completou 110 anos e o Sport 94. Durante a semana, os baianos foram goleados por 4 a 0 pelo Vasco na Copa do Brasil e o Sport foi eliminado da Libertadores perdendo nos pênaltis para o Palmeiras. Quem tiver sentido menos o golpe deve sair vitorioso.
Palpite: Sport.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Qual é o mais forte?

Quatro brasileiros entre os oito classificados na Libertadores. Três deles passaram às oitavas-de-final na liderança dos respectivos grupos. Quem é o melhor brasileiro da competição? Ou, quem está, neste momento, mais forte?

O Palmeiras já passou por todas as situações imagináveis, inclusive a tensão dos pênaltis. Foi aprovado, evoluiu e ganhou moral.

O São Paulo saiu perdendo nos três jogos que fez no Morumbi, mas conseguiu reagir em todos. Fora do país, fez o melhor jogo do ano: contra o América, em Cali.

O Cruzeiro tem o desafio de jogar bem como visitante. Conseguiu nas oitavas-de-final, mas na primeira fase foi presa fácil diante do Estudiantes na Argentina. No Mineirão é muito forte.

O Grêmio foi o melhor da primeira fase e foi muito bem nas oitavas-de-final também. Dos oito jogos que fez na competição, venceu sete e empatou um. Melhor campanha absoluta.

Cruzeiro, Grêmio e Palmeiras parecem estar em um nível muito próximo. O São Paulo fica atrás. E embora seja tricampeão brasileiro, nos três últimos anos, o Tricolor foi eliminado por equipes do país: Internacional, Grêmio e Fluminense.

A equipe mineira entra como favorita no confronto mais difícil das quartas-de-final, o que não torna o jogo menos complicado.

Rummenigge sobre o pai de Diego: "O mestre dos mentirosos".

A explicação do presidente do Bayern de Munique, Karl-Heinz Rummenigge, para o fim das negociações com o meia Diego, recaem sobre o pai do jogador. Djair Cunha negociou com a Juventus e com o Bayern simultaneamente e chegou a acertar tudo com a equipe de Munique, mas depois fechou o negócio com os italianos.

Essa é a versão do presidente do Bayern, que chegou a chamar Djair de “o mestre dos mentirosos”, em uma entrevista à emissora de TV DSF. Foi na própria DSF que o diretor garantiu a contratação do meia, dois dias antes.

Diego vai mesmo jogar na Juventus e seu pai segue com a fama de mau negociador, como já havia acontecido em tempos de Porto e Santos.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Nada de Juventus, Diego vai para o Bayern.

A informação vem da Alemanha. O próprio diretor do Bayern de Munique, Karl-Heinz Rummenigge, confirma que o acerto de Diego com a Juventus não vai acontecer e o brasileiro vai se transferir para o Bayern de Munique.

O camisa 10 recusou os 3,5 milhões de euros oferecidos a ele pelo clube italiano e os alemães da Bavária devem pagar mais. A maior transação da história entre dois clubes da Bundesliga.

A notícia é péssima para o Santos que ficaria com boa parte dos 5% destinados ao clube formador, em caso de transferência internacional. O Peixe deixa de receber cerca de um milhão de Euros.

Rummenigge confirma também o acerto com o lateral-direito Rafinha, ex-Coritiba, e que defende o Shalke 04. O diretor só não confirma se é já para a temporada 2009/10 ou a seguinte.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Além de tudo, Marcos.

O Palmeiras não jogou bem. Foi dominado, apostou em contra-ataques, mas não teve velocidade. A classificação ficou por conta de Marcos. Foram quatro defesas incríveis durante o jogo. A última delas aos 47 minutos do segundo tempo. Depois, pegou três das quatro cobranças de pênalti.

O Palmeiras já havia mostrado, na primeira fase da competição, poder de superação, velocidade, individualidade e raça. Agora mostrou que tem também um goleiro ainda em condições de definir um jogo e, quem sabe, um título.

Se a equipe já vinha forte para as finais, mostra ainda um diferencial em relação ao poder de definição. Ter um goleiro decisivo é fundamental para ser campeão. Mas que não passe em branco: pressionado, o Palmeiras se retraiu e não conseguiu sair. Vanderlei Luxemburgo precisará mais do que as defesas de Marcos para conquistar sua primeira Libertadores.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Ramires: agora atacante?

Seis horas depois do término da partida já é repetitivo dizer que o Cruzeiro venceu na vontade. Vamos aos detalhes, que podem ser importantes para entender o comportamento das equipes durante o campeonato.

O Flamengo carece de um substituto a altura e com a liderança de Fábio Luciano. É evidente que vai depender muito dos gols de Adriano, mas mostrou que pode ser, se finalizar melhor, um time poderoso fora de casa. A equipe montada por Cuca joga em alta velocidade, explora bem os laterais e se conseguir manter Ibson, terá um jogador que distribui muito bem o jogo. Vencer como visitante fez a diferença no ano passado e se a superioridade dos mandantes continuar, os cariocas podem se dar bem.

Já o Cruzeiro lutou e se desdobrou em campo. Por que vencer o Flamengo era tão importante? Porque a equipe parece ter percebido mais cedo que em 2008 a importância dos confrontos diretos. Ano passado, no primeiro turno, venceu apenas um (o próprio Flamengo) dos quatro principais adversários ao título.

Adilson Batista perdeu, por três meses, Soares. Hoje a única opção de velocidade para o ataque é Thiago Ribeiro. Após a saída de Kleber, Wagner ficou mais centralizado e Ramires aparecia pela direita. Quando Wagner saiu, o camisa 8 virou, de fato, atacante. Quando perguntei sobre a possível opção que Ramires pode dar ao time, jogando ainda mais avançado, o técnico desconversou e não respondeu. Possivelmente querendo esconder dos adversários o que planeja fazer na seqüência.

Não foi a primeira vez que Ramires se comportou como homem de frente. Contra o próprio Flamengo no ano passado, após a saída de Jajá, ele encostou em Thiago Ribeiro e, na atual temporada, quando Thiago foi expulso contra o Atlético, (ainda na primeira fase do mineiro) Ramires fez dupla com Wellington Paulista.

Ramires não é atacante, mas pode virar durante o jogo.

sábado, 9 de maio de 2009

Classificação final do campeonato brasileiro 2009.

É mero palpite e palpite qualquer um pode dar, jornalista ou não. Para montar a minha classificação final me baseei no início da temporada das equipes, no campeonato passado e na possibilidade de perder jogadores. Aposto no brasileiãro, por pontos corridos, mais difícil desde 2003. Boas equipes como Botafogo e Santos ficaram na parte de baixo da tabela. Inter e Grêmio fora da vaga na Libertadores. Mas, repito: é mero palpite.

Responda: e pra você qual vai ser a classificação final do Brasileirão?

1 – São Paulo
2 – Corinthians
3 – Cruzeiro
4 – Palmeiras
5 – Internacional
6 – Grêmio
7 – Fluminense
8 – Sport
9 – Atlético-MG
10 – Goiás
11 – Santos
12 – Flamengo
13 – Botafogo
14 – Coritiba
15 – Atlético-PR
16 – Grêmio Barueri
17 – Avaí
18 – Vitória
19 – Santo André
20 – Náutico

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Agora sim.

A tensão era grande. Talvez não por parte dos jogadores que se mostraram tranquilos durante toda a partida. Tensão da torcida quanto a postura do Cruzeiro em atuar longe do Mineirão.

Antes que se aponte o “não-invencionismo” de Adilson Batista como preponderante para a vitória sobre a Universidade, o treinador não havia alterado a forma da equipe atuar contra Grêmio, Goiás, Náutico, Internacional e em outros fracassos durante o campeonato brasileiro. Mudar demais sem treinos o suficiente interfere, mas não é a única explicação.

O Cruzeiro foi tão bem porque aparenta ter amadurecido. A vocação para o ataque é inerente aos jogadores que Adilson tem à sua disposição e a equipe vai correr riscos de sofrer contra-ataques, mesmo jogando como visitante. Mas contra La U, o time soube tocar a bola, cadenciar e envolver o adversário. O meio-campo, tido como um dos melhores do Brasil, funcionou bem.

Ainda não coloco o Cruzeiro como favorito ao brasileiro ou a Libertadores exatamente pelo aproveitamento como visitante. Passando para as quartas-de-final e mostrando bom desempenho contra São Paulo ou Chivas, a Raposa pode comprovar a evolução e a força para chegar nas duas competições.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

O Atlético caiu de pé.

A eliminação para o Vitória pode até doer no torcedor atleticano, mas deixa uma ponta de esperança. O Galo fez um dos melhores jogos na temporada. Não pode doer tanto nos jogadores. Iniciar bem o brasileirão é fundamental para manter a tranqüilidade e paciência, necessárias a Celso Roth.

Jogou muito mais pelos lados, teve ótima participação de Thiago Feltri que fez pelo menos quatro cruzamentos perfeitos, um deles resultando no gol de Welton Felipe. A defesa foi bem protegida por Rafael Miranda e Renan. O primeiro chute do Vitória na direção do gol só aconteceu aos 14 minutos do segundo tempo.

Quem destoou foi Tardelli. Não é justo dizer que foi o mesmo jogador desligado de tempos de São Paulo e Flamengo. O artilheiro foi mal porque não fez os gols que se acostumou a marcar em 2009, mas não fugiu do jogo em momento algum.

Perder o último pênalti, sendo cobrado pelo capitão da equipe e que ficaria no banco de reservas caso Marcos tivesse condições é difícil de ser digerido por torcedores e atletas. Mas, para quem chegou ao Mineirão dado como eliminado e quase saiu com a vaga para as quartas-de-final, o Atlético superou, e muito, as expectativas.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Barça x Chelsea e as injustiças do futebol.

Um gol aos 47 minutos do segundo tempo corrigiu o que seria a grande injustiça do futebol europeu na temporada. Por tudo que fizeram de agosto de 2008 até aqui, Barcelona e Chelsea chegaram com sentimentos bem diferentes à semifinal da Liga dos Campeões.

O Barça com seu ataque magnífico, o típico exemplo de futebol bonito e (para os céticos) à espera de um adversário duro, defensivo e competitivo para sucumbir. Ao Chelsea, reconstruído em pouco tempo por Guus Hiddink, cabia este papel.

A equipe londrina fez muito bem o seu papel. Na Espanha, contou ora com grande competência de seus defensores, ora com a sorte. Na Inglaterra, o Chelsea foi ainda melhor. Depois que abriu o placar, o jogo ficou ainda mais à sua feição. Até que aos 47 minutos, Iniesta calou o Stamford Bridge.

Resultado absolutamente mentiroso. O Barça não criou, não jogou com passes curtos e ainda contou com erros de arbitragem que deixou de marcar pelo menos dois pênaltis para os Blues. A grande injustiça da temporada foi corrigida com outra injustiça. É por essas e outras que o futebol é o melhor esporte do planeta.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Campeonato mineiro: 60% de taxa, 40 de lucro.

A cada dez torcedores que foram aos estádios no campeonato mineiro, seis pagaram a conta das partidas. Os outros quatro deram lucro aos clubes. Dos mais de nove milhões e meio de reais adquiridos em renda, mais de cinco milhões foram gastos em impostos, taxas, funcionários, etc.

Apesar de ter média de público de quase nove mil torcedores por partida inferior que a do rival Atlético, levado 80 mil torcedores a menos ao Mineirão e ter arrecadado aproximadamente 700 mil reais a menos que o Galo com rendas, o Cruzeiro foi quem mais lucrou: superou o vice-campeão em mais de 200 mil reais.

Isso aconteceu por três razões: primeiramente, 15% de toda renda do Atlético é penhorada para o pagamento de dívidas do clube. O segundo motivo é o fato de o alvinegro ter perdido dois clássicos, jogos que envolvem rendas próximas a um milhão de reais. Em jogos contra Atlético e Cruzeiro, o vencedor fica com 60% da renda líquida e o perdedor 40%. Em caso de empate, metade para cada clube. Por fim, o preço médio dos ingressos em jogos da Raposa era mais alto.

O Villa Nova foi o único a ter prejuízo (neste critério) ao final do estadual. Ganhou, com renda, menos do que os custos totais das partidas em que foi mandante.

Seguem abaixo os números de cada equipe. São estatísticas diferentes das oficiais da Federação Mineira. O público foi considerado 100% de Atlético e Cruzeiro, inclusive nos jogos em que foram visitantes quando atuaram no Mineirão. Nos clássicos, a divisão foi feita de 50% para cada um. A exceção do último, considerado todo de torcedores do Cruzeiro. Nos jogos do interior, considerou-se os torcedores a favor de quem joga habitualmente no estádio.

AMÉRICA
Público (média): 6353 (1271)
Renda (lucro): 50.950,00 (96.169,69)
* O América teve a renda dividida nos clássicos com Atlético e Cruzeiro.

ATLÉTICO
Público (média): 260.184 (23.653)
Renda (lucro):4.118.625,25 (1.478.154,94)

CRUZEIRO
Público (média): 180.990 (15.082)
Renda (lucro): 3.443.977,75 (1.714.984,22)

DEMOCRATA
Público (média): 17.870 (2978)
Renda (lucro): 187.282,50 (82.869,32)

GUARANI
Público (média): 11.801 (1.867)
Renda (lucro): 136.052,50 (35.572,64)

ITUIUTABA
Público (média): 10.623 (1518)
Renda (lucro): 260.902,00 (74.533,73)

RIO BRANCO
Público (média): 14.624 (2.437)
Renda (lucro): 371.386,00 (203.647,64)

SOCIAL
Público (média): 8.845 (1.769)
Renda (lucro): 99.245,00 (28.239,25)

TUPI
Público (média): 26.201 (3.743)
Renda (lucro): 180.622,50 (61.381,57)

UBERABA
Público (média): 31.008 (4.430)
Renda (lucro): 266.320,00 (87.881,92)

UBERLÂNDIA
Público (média): 31.243 (6.247)
Renda (lucro): 389.435,50 (143.896,52)

VILA NOVA
6.499 (1083)
Renda (lucro): 58.825 (- 21.527,80)

segunda-feira, 4 de maio de 2009

A diferença entre o campeão e o vice.

Diferenças de poder econômico, de qualidade técnica dos atuais elencos, de organização não precisam ser discutidas agora. A grande diferença entre os clubes é a postura.

A atitude do técnico Emerson Leão, ao final do primeiro tempo, e novamente em sua entrevista coletiva, é emblemática. O treinador errou em todas as avaliações que fez sobre o trio de arbitragem. Assim como errou o presidente Alexandre Kalil quando viu pênalti em Diego Tardelli no último jogo.

No primeiro clássico do campeonato, as críticas sobre Alicio Pena Júnior colocaram em cheque a arbitragem mineira e gerou um estado de stress que levou Lincoln Afonso Bicalho a renunciar ao posto de Diretor de Arbitragem da Federação Mineira de Futebol. Ali, já se esquecia de discutir futebol. O Atlético teve mais 84 minutos para vencer o time misto do Cruzeiro e não conseguiu.

Em 2007, quando perdeu o título sendo goleado pelo rival, o Cruzeiro reclamou bastante da arbitragem da final do jogo. O “gol de costas” teria sido irregular, o árbitro da partida foi acusado de comemorar a vitória atleticana em uma pizzaria e o pênalti que acarretou no terceiro gol, já aos 45 minutos do segundo tempo, não teria acontecido.

A diretoria cruzeirense reclamou tanto quanto as pessoas do futebol do Atlético reclamam hoje. A diferença é que, naquela oportunidade, o Cruzeiro se desfez de jogadores que não rendiam, mudou de técnico, contratou outras peças. Se armou e chegou a brigar pelo título brasileiro, em determinado momento da competição.

Voltando ao inicio, e ao que é óbvio, essa não é a solução para o Atlético. Não se pode jogar por terra o bom trabalho de Emerson Leão, o clube não tem dinheiro para contratar vários jogadores e rescindir o contrato de outros. Não é certo e não é viável.

O que o Atlético pode fazer é parar para pensar. Qual o planejamento? Onde o time quer chegar no campeonato brasileiro? Peças para brigar pela Libertadores, parece não ter. Se ficar em sétimo, o trabalho vai ser desfeito como foi de 2003 para 2004 ou vai haver continuidade e maturação? Quem decide se o time precisa de um goleiro é o presidente ou o técnico?

Complementando o que disse no post de quarta-feira após o jogo contra o Vitória: reformulação se faz com paciência e tempo, mas também com inteligência e auto-crítica.

Sobre o Cruzeiro, parabéns pelo título, mas a entrevista de Adilson Batista reflete o que quer a Raposa. O treinador já estudou o Universidade de Chile, já pensou como armar a equipe e a comemoração, apesar do título invicto, foi contida. A sintonia já é outra.