terça-feira, 29 de setembro de 2009

Fluminense ou Palmeiras: em quem você acredita?

O Fluminense está a cinco pontos do Náutico, primeiro time fora da zona de rebaixamento. São Paulo e Goiás têm cinco de desvantagem para o líder Palmeiras. Internacional e Atlético-MG, seis. Qual caminho é mais difícil? O dos times que tentam tirar a vantagem de uma equipe que pontua muito ou o Flu que não faz ponto contra outros que também não saem do lugar?

A missão do Fluminense me parece mais fácil porque depende muito mais do próprio Fluminense do que qualquer outro. Quem briga pelo título precisa fazer o seu trabalho e vencer o máximo de jogos possíveis e ainda torcer por tropeços improváveis do Palmeiras. O time de Muricy ainda tem confrontos diretos com Goiás e Atlético-MG, ambos no Serra Dourada.

Dos que brigam para ser campeão, quem faz mais jogos contra os principais candidatos é o Atlético-MG: enfrenta Inter no Mineirão e Goiás, Palmeiras e São Paulo fora.

Na briga para fugir da série B, o Flu enfrenta Santo André e Sport fora de casa. A zona de rebaixamento se mostra próxima a um ponto conquistado por jogo desde o início do campeonato. Ou seja, quem vence tira dois pontos em uma única rodada.

No final das contas, o que fica é que o maior problema do Fluminense é ele mesmo e a maior dificuldade de quem quer ser campeão é secar o Palmeiras. Eu acho a vida do Fluminense mais fácil, mesmo assim não vejo o time se salvando.

E você? Acredita que o Palmeiras perde o suficiente para não ser campeão ou que o Tricolor carioca vence o bastante para se manter na série A?

O Botafogo se permitiu errar

“Estamos numa fase em que é permitido fazer bobagem, pois ainda há muita coisa para acontecer”. A frase absurda é do presidente botafoguense Maurício Santiago e vai completar um turno daqui a uma rodada.

Na partida entre Atlético-MG e Botafogo, na primeira metade do campeonato, perguntei ao presidente sobre a possibilidade de demitir o técnico Ney Franco caso o time carioca – então lanterna com seis pontos ganhos – perdesse para o rival mineiro. Maurício Santiago explicou com o argumento que ainda faltavam muitas rodadas para o campeonato terminar e não haveria problema em arriscar não buscar um substituto para Maicosuel ou para Reinaldo, na época, machucado. O Botafogo apostou em Laio, Jean Coral e outros jogadores sem condições de resolver o seu problema.

Naquele dia, o Botafogo jogou bem, segurou o líder do campeonato e voltou com um ponto para o Rio de Janeiro. Oito rodadas e 12 pontos depois, Ney Franco foi demitido. Com 19 pontos em 18 jogos. O rendimento de 39% não era bom, mesmo assim era quase o dobro dos 22% após a saída de Ney.

Parece que o presidente pensou que na 18ª rodada ainda era tempo de se fazer bobagem. Ter demitido Ney Franco não é o único motivo do fracasso da equipe, mas com ele era muito mais fácil evitar o rebaixamento. Enquanto Estevam Soares não se acerta no Rio, Ney Franco conquistou 14 pontos em oito jogos a frente do Coritiba. Realmente, quanta bobagem fez Maurício Santiago.

sábado, 26 de setembro de 2009

26ª rodada: informações e palpites.

Palmeiras x Atlético-PR: com 78% de aproveitamento no Parque Antarctica, o Palmeiras é o segundo melhor mandante do campeonato. O time não terá os dois laterais titulares e ainda Claiton Xavier, responsável por mais de um terço das assistências da equipe. O Furacão perdeu as três últimas como visitante. O time catarinense também não contará com seus laterais e nem com Alex Mineiro. Ano passado, vitória paulista por 1 a 0, gol do centroavante.
Palpite: Palmeiras

Barueri x Cruzeiro: dos doze jogos que fez na Arena, o Barueri só perdeu para o São Paulo, são oito vitórias dentro de casa. Fora, o time só venceu uma: justamente o Cruzeiro. Fernandinho, que pode reforçar o time mineiro ano que vem, ainda não volta à equipe paulista. O Cruzeiro tem a quinta pior defesa e o sétimo pior ataque até aqui. Fora de casa, o time não perde desde o dia 2 de agosto, 4 a 1 para o Grêmio, jogo apitado por Evandro Roman. De lá pra cá, cinco jogos com três vitórias e dois empates.
Palpite: Barueri

Internacional x Flamengo: na era dos pontos corridos, o Colorado venceu quatro e empatou duas contra o rubro-negro no Beira-Rio. No primeiro turno, o Fla venceu por 4 a 0, com três gols de Adriano. O Inter vem de duas derrotas, antes disso havia vencido três seguidas e anteriormente eram três jogos sem vitórias. O Flamengo fez 10 pontos nos últimos quatro jogos e voltou a pensar em Libertadores, mas fora do Rio só venceu duas vezes na competição.
Palpite: empate

São Paulo x Corinthians: na campanha do tri, o São Paulo só venceu o rival uma vez: 3 a 1, em 2006. Esse ano já foram quatro jogos, com três vitórias do Corinthians e um empate. Ricardo Gomes pode perder Richarlyson, autor do gol no primeiro turno, por contusão. Mano pode perder a dupla de zaga titular e também a dupla de volantes, além de não ter Elias a disposição. A distância de 10 pontos para o líder nunca foi tão grande para o Timão. Defederico e Edno estão liberados para jogar.
Palpite: São Paulo

Coritiba x Náutico: confronto direto entre equipes logo acima da zona de rebaixamento. Um dos dois, ou os dois, podem terminar a rodada na zona de rebaixamento. Ney Franco enfrentou o Náutico em Recife, ainda pelo Botafogo, e o jogo foi 2 a 2. O Coxa não terá Ariel, titular da equipe mas que marcou apenas quatro gols no campeonato. Geninho pode promover as estreias de Bruno Mineiro e Irênio, campeões da série C com o América. O Náutico só venceu uma vez fora de casa e foi em Curitiba: 3 a 2 no Atlético.
Palpite: Coritiba

Fluminense x Avaí: sem Kieza, suspenso, Cuca aposta em Conca adiantado ao lado de Adeilson. No meio da semana, a equipe marcou dois gols, o que não acontecia há 50 dias, desde a goleada por 5 a 1 sobre o Sport. Pior ataque e segunda pior defesa da competição, o Fluminense é, na 25ª rodada, o terceiro pior time da história dos pontos corridos, a frente apenas do Santa Cruz, 2006, e América-RN em 2007. O Avaí voltou a vencer na última rodada: 4 a 0 sobre o Barueri. Quando se enfrentaram no primeiro turno, o Flu tinha nove pontos e o Avaí quatro.
Palpite: empate.

Goiás x Grêmio: depois da atuação diante do Corinthians, Fernandão deve ganhar a vaga de Felipe, artilheiro do time ao lado de Iarley com 10 gols. No Serra Dourada, a última derrota foi para o Avaí em 15 de julho. O Grêmio venceu a primeira fora há duas semanas: 2 a 0 sobre o Náutico. Apesar do mau desempenho fora de casa, se vencer o Goiás e o Atlético-MG não vencer seu jogo, o Tricolor entra no G-4 pela primeira vez na competição. Maxi López volta de suspensão e é a novidade no ataque, seu último gol foi no dia 6 de agosto, contra o Palmeiras.
Palpite: Grêmio

Sport x Santo André: depois de esboçar uma reação com duas vitórias e um empate, o Sport perdeu as duas últimas e tenta se reencontrar jogando em casa. O atacante Wilson, destaque nas últimas rodadas, está suspenso e não joga. O Santo André surpreendeu na última rodada arrancando um empate do São Paulo. Wanderley e Marcelinho Carioca não jogam. O Ramalhão é o único time do campeonato que tem melhor campanha fora do que dentro de seu estádio. Contando jogos contra Corinthians e São Paulo como fora de casa, são 13 pontos contra 12 no Bruno J. Daniel.
Palpite: Sport

Atlético-MG x Santos: nos cinco jogos entre as equipes no Mineirão, desde o início dos pontos corridos, são três empates e uma vitória para cada lado. Apesar de só ter perdido um jogo no Mineirão, o Galo tem apenas o 10º melhor desempenho em casa, devido aos cinco empates em doze jogos como mandante. Éder Luís, vice-artilheiro do time com 10 gols, volta a ser titular. Ricardinho pode fazer sua estreia. Com duas derrotas e um empate nos últimos três jogos, o Santos se distanciou da vaga da Libertadores. Kléber Pereira, que não marca há quatro jogos, foi hostilizado por torcedores contra o Botafogo e não gostou.
Palpite: empate

Botafogo x Vitória: André Lima, artilheiro da equipe com seis gols, está suspenso e não joga. A última vitória do time carioca foi no dia 1º de agosto. Depois disso, oito jogos e cinco empates. O Botafogo tem o mesmo número de derrotas que o Grêmio, que pode entrar no G-4. Treze empates seguram o time alvinegro na zona de rebaixamento. O Vitória derrotou Palmeiras e Internacional nas duas últimas rodadas, mas fora do Barradão só venceu o Atlético-PR na primeira rodada. No primeiro turno, jogo emocionante e vitória baiana por 4 a 3.
Palpite: empate.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Evandro Rogério Roman e sua culpa.

A atuação de Evandro Rogério Roman no jogo entre Cruzeiro e Palmeiras foi ridícula. Vale lembrar que o Palmeiras também não aprovou a escolha do árbitro. Evandro Roman foi decisivo na derrota do Palmeiras para o Goiás no Serra Dourada. Ontem árbitro deixou de marcar pelo menos dois pênaltis a favor do time mineiro, não expulsou Jumar no lance com Fabrício e depois e mostrou o cartão vermelho para Armero injustamente. Roman foi fundamental para o resultado do jogo e pode ter sido no campeonato – mais para o campeonato do Palmeiras do que do Cruzeiro.

Ponto. Falar mais do que isso é: ou procurar culpados ou levantar hipóteses que devem ser apuradas.

Duas coisas devem ser levadas em consideração no episódio: a primeira é que o Cruzeiro jogou 37 minutos com um jogador a mais e sem nenhum lance duvidoso (o pênalti em Diego Renan no final da partida foi no 38º minuto dessa conta) e só conseguiu finalizar com perigo duas vezes: uma com Kléber e a outra com Leonardo Silva. Não se pode esconder a incompetência do time que, mais uma vez foi superior ao adversário, e mesmo assim perdeu o jogo.

A segunda é que uma coisa é um torcedor da arquibancada pensar que Roman está mal intencionado ou que Sérgio Corrêa não é isento. O torcedor achar é normal, movido que é pela paixão, mas quando um dirigente (como fez Zezé Perrella em seu blog) que está há mais de uma década militando no futebol levanta tais suspeitas é passivo de maior apuração. E se Roman não for apenas um árbitro mediano em péssima fase? E se Sérgio Corrêa não for apenas um diretor despreparado para a função que exerce?

Quem está a tanto tempo no meio do futebol e levanta essas questões deve saber de algo. Se não sabe ou se só imagina é melhor não dizer, porque aí se aproxima muito do torcedor da arquibancada e esse torcedor acredita piamente que o Cruzeiro só perdeu para o Palmeiras por causa da péssima atuação do árbitro.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Palmeiras "a là" Muricy

Quando Muricy chegou, o Palmeiras era vice-líder com 28 pontos - empatado com o Atlético-MG. Depois de conseguir três vitórias seguidas, a impressão que dava era que o treinador havia acertado o que faltava no time de Luxemburgo/Jorginho. Com 10 rodadas a frente da equipe, o treinador conseguiu 16 pontos.

Com os treinadores anteriores, o Palmeiras era mais rápido. Armero e Wendel jogavam bem avançados, Willians era aproveitado na frente ao lado de um dos centroavantes. Claiton Xavier, que vinha de trás, era quem mais participava dos gols da equipe, ou finalizando, ou com assistências. A média, até a chegada de Muricy, era de 1,8 gol/jogo. Agora, a caiu para 1,1.

A defesa que havia sofrido 14 gols em 14 jogos, sofreu nove em 10 partidas. E Pierre, o principal marcador do time, praticamente não jogou na segunda sequência. Muricy acertou a marcação segurando mais os laterais.

O novo técnico criou um Palmeiras mais compacto, mais lento também, que joga pouco pelos lados e apostou muito na força de Obina e Ortigoza. Agora, vai tentar uma dupla mais leve, mas que ainda joga dentro da área: Vagner Love e Robert. Pra quem gosta de comparar o Palmeiras ao São Paulo de Muricy, seria como trocar Adriano e Aloísio por Borges e Dagoberto (em termos de características). Para o jogo contra o Cruzeiro, Edmilson pode ser recuado e virar terceiro zagueiro. Seria mais uma proximidade com o esquema que deu certo no rival.

Com duas vitórias nos últimos oito jogos, 53% de aproveitamento contra 66% anterior, não é possível dizer que Muricy Ramalho melhorou o Palmeiras, é certo dizer que ele mudou. Também não é absurdo pensar que o time está cada vez mais parecido com o São Paulo tricampeão. No final do campeonato, se tiver dado certo, estará consolidado o estilo vencedor de Muricy, independente do clube os das peças que tem em mãos.

sábado, 19 de setembro de 2009

25ª rodada: informações e palpites.

Náutico x Atlético-MG: o Timbú oito desfalques, sendo quatro do time titular. A equipe pernambucana vinha de quatro vitórias seguidas dentro de seu estádio até perder para o Grêmio na última rodada. No primeiro turno, o Atlético venceu o Atlético-PR por 4 a 0 na Baixada e Geninho, hoje no Náutico, caiu. O Galo não vencia fora do Mineirão há cinco rodadas, até passar pelo Santo André. Carini deve fazer sua estreia. Márcio Araújo volta ao time depois de 50 dias.
Palpite: empate.

Vitória x Internacional: na última rodada o time baiano venceu o líder e agora pode derrotar o segundo colocado. O Vitória tem 75% de aproveitamento no Barradão, em 12 jogos perdeu apenas para o São Paulo. Depois da chegada de Wagner Mancini, oito pontos em seis rodadas. O Inter é o melhor visitante do campeonato, ao lado do Goiás e Atlético-MG, com cinco vitórias e dois empates em 12 jogos. Magrão negocia com o futebol árabe e não joga. Tite prepara o time com dois meias: D’Alessandro e Andrezinho.
Palpite: empate.

Atlético-PR x Sport: no primeiro turno, o Furacão venceu na Ilha, na estreia de Waldemar Lemos, segundo de três técnicos do time no campeonato. Com 24 gols marcados, o Furacão tem o segundo pior ataque do campeonato. Em apenas seis dos 24 jogos, o time fez mais de um gol. O Sport perdeu para o Flamengo por 3 a 0 na última rodada. Péricles Chamusca tem sete desfalques, sendo cinco do time titular. Fora de casa, o Leão não venceu nenhum dos 12 jogos que fez, conquistando apenas três pontos.
Palpite: Atlético-PR

Grêmio x Fluminense: o time gaúcho venceu nove das doze que jogou no Olímpico, o carioca perdeu oito das doze que fez como visitante. O Grêmio está invicto há quatro jogos, a última derrota foi há um mês contra o Santos na Vila. O Fluminense vai estrear o volante Urrutia, capitão da LDU no título da Libertadores ano passado. A última vitória do Flu foi no dia 6 de agosto, sete rodadas atrás. Antes disso, na 5ª rodada contra o Botafogo. Ano passado, na 24ª rodada, o lanterna Ipatinga tinha 21 pontos, três a mais que o Fluminense.
Palpite: Grêmio

Santo André x São Paulo: no primeiro turno, o último jogo de Muricy no comando do São Paulo pelo Brasileirão, empate por 1 a 1. O Santo André perdeu os últimos três jogos. O São Paulo tem a melhor defesa do campeonato, ao lado do Palmeiras, com 23 gols sofridos. Desde que voltou, há cinco jogos, Rogério Ceni levou apenas dois gols. Se vencer, o Tricolor pode assumir a liderança do campeonato pela primeira vez. Quando isso aconteceu em 2007 e 2008, a equipe não perdeu mais o posto e terminou campeão.
Palpite: São Paulo

Avaí x Barueri: depois de onze jogos sem perder, o time catarinense vem de três derrotas seguidas – todas sem marcar gols. O jejum coincide com a contusão de Willian, principal atacante da equipe, que volta hoje ao time. No ano passado, pela série B, o Avaí venceu por 3 a 0 na Ressacada. O Barueri só venceu o Cruzeiro. A grande notícia do Barueri é a volta de Fernandinho ao grupo. Ele ainda não joga hoje, mas pode ficar à disposição na próxima rodada.
Palpite: Avaí

Corinthians x Goiás: no primeiro turno, empate por 0 a 0 em Goiânia. No Pacaembu, o time paulista só perdeu uma vez no campeonato e mesmo assim jogando com o time reserva contra o Inter. O Goiás é um dos melhores visitantes da competição, com 5 derrotas em 12 jogos. Porém, quatro delas são seguidas. No meio da semana, Hélio dos Anjos garantiu que não há ciúmes do elenco com Fernandão. Depois da chegada do ídolo, foram quatro jogos com dois empates e duas derrotas.
Palpite: Corinthians

Santos x Botafogo: o Santos está a cinco pontos do G-4, o time não vai poder contar com George Lucas, que tem sete assistências em sete jogos com a camisa do Peixe. Desde a chegada de Luxemburgo, são sete jogos na Vila com quatro vitórias, dois empates e uma derrota. O Botafogo só venceu uma fora de casa, o Avaí. No meio da semana, Estevam Soares conseguiu sua primeira vitória no comando do time, pela Copa Sul-Americana. Lúcio Flávio volta a Vila, onde teve passagem apagada no início do ano.
Palpite: Santos

Flamengo x Coritiba: o Flamengo fez sete pontos nos últimos três jogos. Adriano é o artilheiro do campeonato, ao lado de Jonas do Grêmio, com 12 gols. Depois do Imperador, o maior goleador do Fla é Emerson que fez sete, mas já saiu. Léo Moura vem na seguida com apenas três. Ano passado, goleada por 5 a 0. A última vitória do Coxa no Maracanã foi em 2001, gol de Evair. Contra os cariocas, o Coritiba conseguiu duas vitórias e um empate no campeonato. Com Ney Franco, são 11 pontos dos 18 possíveis.
Palpite: empate.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Decepções que só o futebol proporciona.

Logo na primeira rodada, o atual campeão de tudo na temporada passada contra o tetra italiano, Eto’o contra Barcelona e Ibrahimovic contra Internazionale, confronto direto pelo primeiro lugar do grupo F da Liga dos Campeões. Tudo apontava para um jogaço, daqueles de dar vontade de parar tudo em uma quarta-feira a tarde para ver. Apontava, mas não foi.

A decepção maior fica por parte da Inter que apenas nos primeiros minutos de jogo arriscou jogar no ataque; ou pior: só se arriscou tocar a bola no início do primeiro tempo. A Inter começou – e acabou – o jogo com Samuel, Chivu, Lúcio e Salton. Três zagueiros e um lateral que praticamente só marca. E o jogo foi em Milão.

Ao Barcelona, restava o de sempre: tocar a bola de maneira rápida, tentando envolver, com Xavi e Dani Alves entrando na grande área adversária por várias vezes e Messi tentando driblar. Os habituais impressionantes 60% de posse de bola foram mantidos, mas faltou surpresa e espaço. Sem Iniesta, faltava apoio a Henry do lado esquerdo e faltava mais velocidade para surpreender a marcação implacável do time italiano.

Eto’o e Ibra não conseguiram jogar. O sueco porque o adversário não permitiu, o camaronês porque a solidão na frente o fez mal

O que frustra não é o 0 a 0, mas a forma com que tudo que se esperava não aconteceu. O jogo em si decepcionou, culpa da Inter e sua falta de ambição para vencer um time grande. A continuar assim, vai ser difícil apostar que o time de José Mourinho será favorito a alguma coisa além do campeonato italiano.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O Madrid ainda não é real.

Até os 40 do segundo tempo, o jogo estava 3x2, se terminasse assim seria injusto. Assim como não é correto pensar que o Real deu show, por isso fez cinco gols. O que se viu em campo foi ótimos jogadores, muito pouco de um time.

O posicionamento dos meias do Real ainda é estranho. Gago e Xabi Alonso são os volantes, Kaká compõe o meio pela esquerda e Cristiano Ronaldo na direita. Posições inversas as que se destacaram no Milan e Manchester United. Na frente, Raúl fica entre os zagueiros e Higuaín tenta abrir espaços. Na defesa, Arbeloa pela direita praticamente só defende, Denthre pela esquerda praticamente só ataca, Albiol e Pepe são os zagueiros.

Os volantes ainda se apresentam pouco na frente, Denthre quase não dialoga com Kaká, mas corre muito. Apenas no segundo tempo, Kaká e Ronaldo se aproximaram e tentaram trocar passes. A impressão que fica é que o Real tem dois times. Um que joga pela esquerda com o brasileiro, outro que joga pela direita com Ronaldo. Nenhum problema de relacionamento entre as estrelas, apenas posicionamento.

Os gols do Real saíram ou de falhas do goleiro adversário, ou jogadas esporádicas, como no caso do gol de Raúl. Além disso, a equipe de Mauro Pelegrini sofreu dois gols em dois minutos... e do Zurich. Na defesa, apesar de não ter passado mais sustos durante toda a partida, ainda não dá para confiar.

Por enquanto o Real ganha na individualidade de seus ótimos jogadores, se virar um time, é favorito a tudo que disputar.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Agora vai?

Em casa são nove vitórias e três empates, 33 gols marcados (o melhor do torneio) e onze sofridos (a terceira melhor defesa), o aproveitamento chega a 83%. Fora de casa eram três empates e oito derrotas, oito gols marcados (pior do Brasileiro) e 16 sofridos, 9% dos pontos conquistados. Sim, estamos falando do mesmo time, no mesmo campeonato e com os mesmos jogadores.

O Grêmio conseguiu na 24ª rodada, vencer fora do Olímpico pela primeira vez. A vítima foi o Náutico que vinha de quatro vitórias seguidas em seu estádio, o mesmo da Batalha dos Aflitos.

No Olímpico, o Tricolor marca forte, tem o apoio constante dos laterais, Souza sai da defesa para o ataque carregando a bola em alta velocidade. Os atacantes aparecem sempre bem colocados para finalizar, devido a grande movimentação da equipe e variação de jogadas.

Fora de casa, o Grêmio não consegue recuperar a bola com tanta voracidade, o time não marca tão forte, cede espaços e não tem força para sair em velocidade e contra-atacar com precisão. Os atacantes são facilmente marcados, porque são lentos e dependem da armação e deslocamento dos homens de trás para conseguir jogar.

A vitória com autoridade contra o Náutico não quer dizer que o time vá embalar longe de Porto Alegre, mas psicologicamente pode sim, produzir efeito. O time de Paulo Autuori havia feito bons jogos contra Palmeiras e Botafogo. Para sair com três pontos, faltou principalmente, acreditar que era possível.

Conseguindo vencer seus fantasmas, o Tricolor esbarrará apenas na falta de tempo para chegar ao grupo da frente. Com São Paulo, Inter e Palmeiras candidatíssimos a três vagas na Libertadores, faltará uma em disputa. Hoje, Atlético-MG e Goiás são os principais candidatos, mas se tiver que apontar um para correr por fora e chegar nos dois, eu aponto o Grêmio.

Soluções para Ricardo Gomes?

Contra o Cruzeiro, Marlos e Borges saíram do banco para dar a vitória ao São Paulo. Contra o Avaí, Washington participou do gol de Hugo, o segundo na vitória que deixou o Tricolor a um ponto da liderança. Os dois entraram no segundo tempo, nos lugares dos apagados Borges e Marlos – que participou do gol de Dagoberto, dominando mal a bola.

O otimista dirá que Ricardo Gomes tem opções no banco para mudar o panorama de um jogo. O pessimista acredita que a sorte não estará sempre ao lado do tricampeão. Na verdade, os dois tem razão, pelo menos em partes. A arrancada do São Paulo com oito vitórias em nove rodadas não passou por grandes momentos de Marlos ou Hugo, mas sim de Hernanes e Jorge Wagner e o melhor homem de ataque foi Dagoberto.

Com a contusão de Hernanes, Ricardo Gomes ainda busca acertar o melhor posicionamento de sua equipe. Sem o camisa 10, o Tricolor não jogou bem as duas últimas partidas, foi mais vulnerável e criou menos também. Mesmo assim venceu, competitivo como sempre, soube matar os jogos.

A outra dúvida que parece ainda pairar na cabeça do treinador é quem joga com Dagoberto. Afinal, o camisa 25 é absoluto na frente e, a continuar jogando o que está, pode ser apontado em breve como melhor jogador do Brasileiro. Washington marcou seis de seus sete gols no campeonato após a chegada de Gomes. Crescimento considerável, mas também natural de um centroavante aproveitando a ascensão da equipe.

Borges tem seis no Brasileirão, quatro deles ainda na “Era Muricy”. O atacante perdeu espaço justamente no melhor momento da equipe que começou na vitória sobre o Santos – com Borges suspenso. Em compensação ainda é artilheiro do time na temporada com 15 gols. Com tantos números e “poréns”, a única certeza é que Dagoberto é hoje o melhor dos três e que as características do jogo podem ditar quem tem mais chances de se dar bem.

A grande questão parece ser mesmo a ausência de Hernanes. Sem ele, o São Paulo correu mais riscos, esteve mais próximo de perder os pontos do que quando tinha o jogador em campo. A impressão que passa é que não está tão consistente quanto já foi, mesmo assim nunca esteve tão próximo da liderança. Caso Ricardo Gomes consiga encontrar um jogador capaz de manter o bom toque de bola e a proteção à defesa, o time pode arrancar para o quarto título seguido. Se não conseguir, vai oscilar, assim como os concorrentes. Uma coisa é certa, o São Paulo chegou, prova disso é que até longe de seus melhores dias vence jogos difíceis.

sábado, 12 de setembro de 2009

24ª rodada: informações e palpites.

Flamengo x Sport: no primeiro turno, vitória do Sport por 4 a 2 na Ilha do Retiro, com três gols de Weldon. No Maracanã, o Fla perdeu apenas para Palmeiras e Cruzeiro. O Sport não terá três titulares: Luciano Henrique, Andrade e Igor, em compensação, Paulinho, revelado pelo Atlético-MG, faz sua estreia. 7 dos 20 pontos que tem no campeonato, foram conquistados nos três últimos jogos.
Palpite: empate.

São Paulo x Avaí: no primeiro turno, empate por 0 a 0 em Florianópolis. O Avaí tem a maior série invicta do campeonato, 11 jogos, mas vem de duas derrotas seguidas. O São Paulo ficou nove sem perder, mas nas últimas três rodadas conseguiu só uma vitória. Borges volta a ser titular, ao lado de Dagoberto, deixando Washington no banco. O Tricolor está invicto no Morumbi pelo brasileirão.
Palpite: São Paulo

Vitória x Palmeiras: em 2002, jogo que marcou o rebaixamento do Palmeiras; em 2003, primeiro gol de Wagner Love pelo clube. Diego Souza, suspenso por três cartões, fica de fora. No primeiro turno, o Palmeiras venceu com gol de Maurício Ramos aos 46 do segundo tempo. O Vitória venceu apenas duas vezes nas últimas treze rodadas. No histórico do confronto, treze vitórias paulistas, três baianas e oito empates.
Palpite: Palmeiras

Atlético-MG x Atlético-PR: o time mineiro não vence em casa desde o dia 2 de agosto, quando derrotou o Coritiba por 3 a 2. Éder Luís, artilheiro da equipe no brasileiro, ao lado de Tardelli com 10 gols, fica no banco. O Furacão não marca gols há dois jogos (três incluindo a Sul-Americana). Venceu duas fora de casa na competição. Alex Mineiro marcou um gol no campeonato, pelo Grêmio, em nove jogos. Na era dos pontos corridos, o Atlético-MG nunca venceu o xará no Mineirão: dois empates e três derrotas.
Palpite: Atlético-MG

Internacional x Cruzeiro: o Inter vem de três vitórias seguidas e é o único time do campeonato que não saiu do G-4 em nenhuma rodada (tirando a pontuação com jogos atrasados). Sandro foi liberado da seleção sub-20 e vai jogar. O Inter só perdeu duas em Porto Alegre em 2009. O Cruzeiro nunca derrotou o Colorado no Beira-Rio no sistema de pontos corridos. Para chegar à Libertadores, o time de Adilson precisa vencer 11 das 15 partidas restantes.
Palpite: Internacional

Santos x Santo André: com Luxemburgo no comando, o aproveitamento do Santos é de 55%. O time perdeu seu vice-artilheiro, Paulo Henrique Ganso, para a seleção sub-20 por 40 dias. O Santo André conta com Sérgio Soares que foi técnico da equipe em 2008, terceiro treinador durante o campeonato. Wanderley, autor do gol contra o Atlético-MG, não joga por suspensão. Ele acumulava dois cartões da época do Cruzeiro. No primeiro turno, empate por 3 a 3 no ABC.
Palpite: Santos

Barueri x Goiás: jogando em casa, o Barueri perdeu apenas para o São Paulo, tem o 5º melhor aproveitamento da competição. Desde que Fernandinho saiu, há cinco rodadas, o time venceu apenas uma vez. Com cinco vitórias em 11 jogos fora de casa, o Goiás é o melhor visitante do torneio. Fernandão volta, mas Rafael Tolói e Douglas, ambos na seleção sub-20, desfalcam a equipe. No primeiro turno, empate por 2 a 2 no Serra Dourada.
Palpite: Goiás

Náutico x Grêmio: o Náutico venceu em casa na primeira partida que fez nos Aflitos, depois passou sete jogos sem vencer como mandante, e agora vem de quatro vitórias seguidas em seus domínios. O Timbú é dono da pior defesa do campeonato com 42 gols sofridos. O Grêmio ainda não venceu fora de casa e conta com o retorno de Maxi Lopes, vice-artilheiro do time com 7 gols. Com o gol marcado contra o Vitória, Jonas é artilheiro do campeonato com 11, ao lado de Val Baiano. O Grêmio tem o terceiro melhor ataque do campeonato com 41 gols.
Palpite: Náutico

Botafogo x Fluminense: o alvinegro venceu uma vez nas últimas oito rodadas. Sob o comando de Estevam Soares, nenhuma vitória. Reinaldo, com três gols, colocou Victor Simões (5) no banco. O Flu também venceu uma em oito rodadas, a única sob o comando de Renato Gaúcho, já demitido. No total, o Tricolor tem nove desfalques. Para chegar aos 44 pontos e não cair, o Fluminense precisa de nove vitórias em 15 jogos. Aproveitamento superior ao do São Paulo, 3º colocado. O Botafogo precisa de sete vitórias, aproveitamento igual ao do Grêmio.
Palpite: empate.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Cruzeiro: onde está o racha?

Quem dentro do Cruzeiro jogaria contra Adilson? Do time titular, o treinador indicou homens de sua confiança, além de boa qualidade técnica: Henrique, Marquinhos, Paraná, Fabrício, Leonardo Silva e Gilberto. Além disso, revelou Diego Renan e por que não dizer o Jonathan, de crescimento vertiginoso desde que assumiu a posição em agosto do ano passado. São pelo menos sete jogadores.

A questão não é procurar quem está contra e sim questionar: que jogo pareceu que o Cruzeiro perdeu por corpo mole ou falta de espírito de grupo? Eu não consigo apontar nenhum. O grupo pode ter jogadores que não são melhores amigos, assim como no meu ambiente de trabalho ou no seu.

Não há desculpas, não é por haver ou não racha, não é porque Kléber gosta do Palmeiras ou porque Adilson é ríspido nas respostas à imprensa. Não é por nada disso que o Cruzeiro está em 13º lugar e a 10 pontos do G-4.

O motivo da colocação aquém das expectativas é que o campeonato começou para o Cruzeiro na 11ª rodada. Quando acabou a Libertadores, absolutamente priorizada pelo clube (e mesmo assim, cinco jogadores contundidos na decisão), o time mineiro tinha 10 pontos em 11 jogos. Depois disso fez 19 em 12 partidas, aproveitamento de 53%. Colocando o aproveitamento nas 23 rodadas, o Cruzeiro teria somado 36 pontos.

Nada mal para um time que vendeu seus dois meias, um deles da seleção brasileira, teve jogadores expulsos em 10 jogos e não teve zagueiro pra colocar em campo em parte do campeonato. Poderia ser melhor? Sim. Como dito no blog no início da semana, Palmeiras, Inter e São Paulo superaram seus problemas e vão brigar pelo título. O Cruzeiro não conseguiu, ou não conseguiu superar tanto quanto à expectativa que se espera dele. Não há fantasmas, há um time em reformulação que começou mal a disputa porque priorizava outra.

O Cruzeiro, na minha opinião, não disputa a Libertadores do ano que vem, mas o problema não é racha, nem Adilson. O problema é ter começado o campeonato dez rodadas depois.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Nilmar e Dani Alves se dão bem: Dunga agradece.

Em 30 minutos, o Brasil viu que mesmo com desfalques importantes pode continuar jogando em velocidade e envolvente. Depois, em mais 30, descobriu que se tirar o pé e se desconcentrar, pode complicar o mais fácil dos jogos. Nos 30 restantes, Dunga pode ter definido um dos atacantes reservas para o Mundial.

O jogo contra o Chile foi bom para Nilmar e Dani Alves. Ruim para Adriano, Diego Tardelli e Miranda. Autor de três gols, Nilmar abre grande distância para os concorrentes, distância difícil de alcançar até o dia da convocação, até pela falta de jogos até lá. Dani Alves foi melhor que Elano e Ramires pela direita, tem mais qualidade técnica que os dois, dá dinâmica parecida à equipe e ajuda mais Maicon na defesa. Miranda foi discreto em um time que sofreu dois gols e passou alguns sustos. Se o jogo fosse tranquilo, ganharia pontos a seu favor.

Em um jogo que valia pela festa, Dunga pode ter ganhado também um titular no meio-campo e garantido o terceiro atacante na Copa. Se valia pouca coisa, quem mais ganhou foi o treinador. Que fase!

Argentina: um remendo de time e nada mais.

Depois de 16 jogos, a talentosa Argentina só tem um ponto a mais do que a esforçada Venezuela. A pontuação nas Eliminatórias é emblemática; o jogo contra o Paraguai mais ainda. A grande potência do futebol mundial pode até se classificar para a Copa do Mundo, mas precisa melhorar em todos os aspectos para disputá-la de fato.

Se a defesa tem problemas – e tem – o ataque não deveria ser motivo pra dor de cabeça, mas é. Apenas Colômbia e Peru fizeram menos gols que um time que conta com Messi, Aguero, Milito, Tevez, já teve Riquelme e outros.

Individualmente, o setor defensivo não conta com zagueiros de destaque ou velocidade. Os laterais Zanetti, aos 35 anos, não tem concorrência e joga em posição diferente da que faz na Inter e Heinze atua pela esquerda mais pela falta de opção do que por qualidade. Os goleiros estão aquém do nível dos grandes times do mundo: Brasil, Espanha e Itália, por exemplo.

Os grandes jogadores (Tevez, Messi, Mascherano, Aguero, Gago) não jogam nem de perto na seleção o que atuam em seus clubes. Tudo isso é fruto da falta de competência para montar um time que, espera-se, pelo menos faça mais gols do que sofre.

Se a Argentina não conseguir a vaga, a culpa não será apenas de Maradona, mas, quando assumiu, a equipe tinha 16 pontos em 10 rodadas sob o comando de Alfo Basile, agora são 22 em 16 jogos. O ex-craque fez seis pontos em seis jogos.

A péssima Argentina precisa melhorar muito em nove meses. Com Maradona eu não acredito que seja possível.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Os três que se superaram e vão brigar pelo título.

Palmeiras, Internacional e São Paulo estão se distanciando do resto e assumindo de vez a briga pelo título. Novidade? Nenhuma. O que chama a atenção são os diferentes caminhos que levaram cada uma das equipes ao topo.

O Palmeiras mudou duas vezes de técnico, teve seu melhor aproveitamento com o interino e tem o melhor jogador do campeonato: Diego Souza. Muricy mudou o Palmeiras. O time não é rápido como Luxemburgo gostaria que fosse, nem vulnerável como o antigo treinador tentava fazer com que não fosse.

O Inter é o único dos 20 clubes que esteve todas as rodadas no G-4. Tite, apesar das críticas e do momento conturbado em junho com a perda da Copa do Brasil e depois da Recopa, resistiu e deu nova cara à equipe após a saída de Nilmar. Ainda falta decidir quem são os três zagueiros titular e se D’Alessandro é titular ou não.

O São Paulo que começou mal deu lugar ao que venceu nove em 10 rodadas. Ricardo Gomes devolveu o bom futebol de Hernanes, Dagoberto, Miranda e Jorge Wagner. Fazer quatro das peças mais importantes do time jogarem bem é fazer os que estão em volta crescerem também.

Enquanto Tite, Muricy e Ricardo Gomes deram jeito em seus times, Paulo Autuori não conseguiu fazer o Grêmio jogar fora de casa, Celso Roth não manteve o mesmo padrão no Atlético-MG depois das contusões, Luxemburgo ainda não emplacou no Santos, Mano Menezes jogou a tolha cedo demais no Corinthians e Adilson Batista não fez o Cruzeiro superar lesões, vendas e trauma pós-Libertadores.

O campeonato ficou restrito a três equipes. Competentes três que superaram seus problemas.

sábado, 5 de setembro de 2009

23ª rodada: informações e palpites

Palmeiras x Barueri: no primeiro turno estreia de Obina e um gol do atacante no empate por 2 a 2. hoje, Wagner Love deve começar jogando. Do outro lado, Val Baiano é o artilheiro do campeonato com 11 gols. Nos últimos seis jogos, o Palmeiras venceu apenas um. Fora de casa, o Barueri venceu apenas uma vez: o Cruzeiro no Mineirão.
Palpite: Palmeiras

Grêmio x Vitória: melhor mandante do campeonato com 10 vitórias e um empate em onze jogos, o time gaúcho vem de sete vitórias seguidas no Olímpico. O Vitória só venceu o Grêmio em Porto Alegre uma vez em 18 jogos: em 1982. Fábio Rochemback, ex-Internacional, volta ao futebol brasileiro depois de oito anos na Europa. O time baiano está apenas três pontos atrás e pode encostar na tabela.
Palpite: Grêmio

Sport x Botafogo: confronto entre o penúltimo e o antepenúltimo colocado do campeonato. Nas últimas 10 rodadas, o Sport fez seis pontos e o Botafogo 11. A vantagem do time carioca é de seis pontos. O alvinegro ainda não venceu sob o comando de Estevam Soares: são cinco empates e uma derrota. A última vitória do Sport na Ilha do Retiro pelo confronto foi em 1998, de lá pra cá três jogos com uma vitória carioca e dois empates. Ano passado, Botafogo 1 a 0, gol de Jorge Henrique.
Palpite: empate

Atlético-PR x Flamengo: três posições e três pontos separam as equipes na tabela. O Flamengo nunca venceu o Atlético na Baixada: são oito derrotas e um empate. O Furacão marcou 24 gols e sofreu oito. Ano passado, derrota do Flamengo por 5 a 3 na última rodada tirou o time carioca da Libertadores. Adriano, na seleção é o principal desfalque, mas Maldonado começa jogando pela primeira vez.
Palpite: Atlético-PR

Goiás x Coritiba: o time esmeraldino venceu os últimos cinco jogos no Serra Dourada, o Coxa tem duas vitórias como visitante. Hélio dos Anjos não conta com Fernandão e Rafael Tolói, Nei Franco não pode escalar Marcelinho Paraíba, suspenso. Ano passado, empate por 2 a 2, no primeiro turno 1x1.
Palpite: Goiás

Cruzeiro x São Paulo: o Cruzeiro não perde há seis partidas, o São Paulo ficou 10 jogos invicto, mas não vence há duas partidas. Na história do campeonato, o Tricolor venceu 20 e o Cruzeiro sete em 38 confrontos. Adilson Batista não conta com Kléber, Thiago Heleno e Leonardo Silva, Marquinhos Paraná é dúvida. Já Ricardo Gomes não terá Miranda, Hernanes e Jorge Wagner. Borges e Washington ainda não estão confirmados. Se nenhum dos dois jogar, Marlos deve atuar na frente.
Palpite: empate.

Santo André x Atlético-MG: o time paulista está sem técnico: Alexandre Gallo pediu demissão durante a semana. Com o treinador, a equipe venceu duas e perdeu cinco em sete rodadas. Nos últimos oito jogos, o Atlético venceu apenas um e fez seis pontos. Fora de casa são quatro derrotas seguidas. O último jogo entre as equipes no Bruno José Daniel, o Atlético venceu por 2 a 1 na série B de 2006. Cris, Marcel, G. Nery e Ricardo Conceição são os desfalques do Ramalhão, Welton Felipe, Jonilson, Serginho, Márcio Araújo e Aranha não jogam pelo Atlético.
Palpite: Atlético-MG

Fluminense x Náutico: jogo entre o lanterna e o primeiro da zona de rebaixamento. O Flu venceu apenas uma vez nos últimos 17 jogos. O Náutico venceu duas nas últimas três rodadas, fora de casa vitória apenas na 2ª rodada da competição, contra o Atlético-PR. O Flu terá a estreia de Paulo César, lateral revelado pelo clube e que volta para encerrar a carreira. Na história do confronto, pelo brasileiro, sete vitórias para cada lado e quatro empates.
Palpite: Fluminense

Avaí x Internacional: na última rodada caiu a invencibilidade do Avaí que já durava 11 rodadas. Durante a semana, o clube completou 86 anos. O Inter vem de duas vitórias seguidas no Beira-Rio e encostou no líder Palmeiras. A dupla de ataque titular Alecsandro e Taíson retorna ao time, os reservas fizeram 7 gols em dois jogos. No primeiro turno, os reservas do Colorado venceram em Porto Alegre por 2 a 1. Se o Avaí vencer e o São Paulo for derrotado, o time catarinense retorna ao G-4.
Palpite: empate.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Agora o problema não é só o futebol.

Se o momento fosse de procurar culpados, o Atlético sairia logo da má fase. Afinal, Tardelli e Werley apontaram quem é quem no time de Celso Roth. O mais incrível é que eles estão certos (claro, o errado é discutir via imprensa os problemas da equipe).

Diego Tardelli tem razão em dizer que a defesa é vulnerável, Werley não está enganado quando fala das chances desperdiçadas lá na frente. Que o time perdeu o conjunto, já falamos aqui; das dificuldades que Roth tem de substituir Serginho e Márcio Araújo.

O que foi embora agora foi a tranquilidade. Não só pelas declarações ao final do jogo contra o Inter, mas pela postura da equipe quando está em adversidade. O time ia bem contra o Grêmio até sofrer um gol, o mesmo aconteceu no Beira-Rio. Contra o Sport, as vaias fizeram os mais jovens sentir a pressão.

Seguindo o caminho do time está o presidente. Chegar uma hora mais cedo na sede não fará o time jogar melhor o próximo jogo. Não é hora de jogar para a torcida, e sim de admitir que assim como vencer uma em nove não é normal, o início de campeonato com mais de 80% de aproveitamento também não era. Em uma equipe que corre o risco de se perder pela falta de calma, Celso Roth é o que resta de racionalidade, afinal mesmo quando o Atlético era líder, Celso falava da queda que poderia vir.

A três pontos do G-4, o alvinegro não saiu da briga e tem Santo André, Atlético-PR e Náutico na sequencia. Precisa melhorar o futebol, é evidente, mas o problema parece não estar mais só dentro de campo. O Atlético está perdendo a confiança em si próprio.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Sai Renato e entra Cuca: só não muda a política.

385 dias depois, o Fluminense repete a troca: sai Renato Gaúcho e entra Cuca. Ano passado, a mudança de treinador veio ao final do primeiro turno, quando o Tricolor perdeu para o Ipatinga por 2 a 1 de virada. Dessa vez, na 22ª rodada, depois de perder para o Santos na Vila.

Aquela altura, em 2008, o time tinha 16 pontos em 19 partidas. Cuca assumiu com vitória sobre o Atlético-MG por 1 a 0 e oito rodadas depois foi demitido. Entregou o time na mesma 19ª colocação, com 27 pontos. Com Cuca, o Flu conseguiu 41% dos pontos disputados. A salvação só veio na terceira troca, René Simões, e o desespero das rodadas finais.

No campeonato de 2009, Carlos Alberto Parreira dirigiu o time em nove rodadas, com 10 pontos conquistados. Vinícius Eutrópio comandou a equipe em dois jogos e perdeu os dois. Aí veio de novo Renato e conseguiu seis pontos nos 30 que disputou. Agora, Cuca é de novo chamado para salvar o clube em um turno. Se conseguir o mesmo desempenho que no ano passado, o Flu faz mais 20 pontos e cai para a série B.

Não que apostar em Cuca seja um engano. O erro é trocar tanto e não perceber que o problema não é o técnico.

Veja abaixo o desempenho dos últimos treinadores do Flu no Brasileirão.

Renato Gaúcho: 16 pontos em 19 jogos: 28% (2008). 6 pontos em 10 jogos: 20%(2009)
Cuca: 11 pontos em 9 jogos: 41%
René Simões: 18 pontos em 10 jogos: 60%.
C.A. Parreira: 10 pontos em 9 jogos: 37%.
Vinícius Eutrópio: 0 ponto em 2 jogos.