sábado, 5 de dezembro de 2009

Continuidade e projeto a médio prazo no Atlético: a última vez foi há 18 anos.

Já foi discutido aqui a falta de continuísmo do Atlético. O post é apenas para evidenciar tal postura. São 18 anos sem que um técnico trabalhe durante todo o campeonato brasileiro a frente do clube e seja mantido pelo menos até o início da competição na temporada seguinte, o mínimo de “projeto a médio prazo” que se fala.

Há 18 anos, Jair Pereira conseguiu a proeza e depois ninguém mais. Não será Celso Roth, demitido na noite de sábado. Celso foi, pelo menos, o único, em sete anos de pontos corridos a começar e terminar um brasileiro a frente da equipe mineira.

Confira os técnicos do Atlético que começaram / terminaram os últimos 18 campeonatos brasileiros.

2009: Celso Roth
2008: Geninho / Marcelo Oliveira
2007: Tico Santos (interino) – Zetti / Emerson Leão
2006: Lori Sandri / Levir Culpi
2005: Tite / Lori Sandri
2004: Paulo Bonamigo / Procópio
2003: Celso Roth / Procópio
2002: Geninho
2001: Levir Culpi
2000: Parreira / Nedo Xavier
1999: Daryo Pereira / Humberto Ramos
1998: Vantuir Galdino / Carlos Alberto Torres
1997: Leão
1996: Eduardo Amorim
1995: Gaúcho / Procópio
1994: Levir Culpi
1993: Otacílio Gonçalves / Vantuir Galdino
1992: Jair Pereira / Vantuir Galdino
1991: Jair Pereira

Você atleticano, que está feliz com a saída de Celso Roth, acha que é possível formar um time campeão em um ano?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Os impressionantes números de Fred, o coração do Fluminense.

A goleada de 3 a 0 sobre a LDU não foi o bastante, culpa do primeiro jogo, em Quito. Além de um time cheio de brios, o que mais uma vez impressionou ao ver o Fluminense em campo foi Fred, perigoso em praticamente todas as vezes que tocou a bola. Apesar da expulsão, Fred foi o melhor em campo, mais uma vez.

Desde que voltou de contusão foram 13 gols em 15 jogos. Ele é o artilheiro do time no campeonato brasileiro, tem média superior as de Diego Tardelli e Adriano na competição. Na Sul-Americana foram cinco gols em seis jogos. Com a camisa do Flu, 21 em 33 partidas.

Fred já impressionava em 2005, pelo Cruzeiro. Foi artilheiro do campeonato mineiro com 13 gols, da Copa do Brasil com 14 (artilheiro máximo da história do torneio, em uma só edição) e havia marcado 13 vezes no brasileiro – era também o artilheiro quando foi vendido ao Lyon. Naquela temporada, 43 jogos e 40 gols. No total, foram 71 partidas e 56 gols com a camisa do time mineiro.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Antes de dirigir o Cruzeiro, Luxemburgo era o freguês.

Depois que Vanderlei Luxemburgo deixou o Cruzeiro, o time mineiro perdeu sete jogos, empatou três e venceu um. Freguês de carteirinha do técnico que levou o clube à Tríplice Coroa. Mas antes de 2002, o desempenho de Luxa é desfavorável. Apenas quatro vitórias em 17 jogos. O primeiro jogo aconteceu no campeonato mineiro de 1985, vitória celeste por 2 a 0 em Valadares, quando o ex-treinador do Real Madrid comandava o Democrata.

São 11 jogos pós-Cruzeiro com uma vitória mineira. Nos 11 jogos pré-Raposa, o treinador carioca perdeu quatro vezes, aconteceram seis empates e Luxemburgo só venceu um jogo: a decisão do Brasileiro de 1998. Um dos empates foi na última rodada do Brasileirão de 1997, quando Vanderlei comandava o Santos: 2 a 2 na Vila Belmiro – mesmo se perdesse, o Cruzeiro se manteria na Série A.

No total, foram seis vitórias do Cruzeiro, sete empates e quatro vitórias de equipes treinadas por Luxemburgo.

Confira o histórico do treinador contra o Cruzeiro até de 2004.

1985: Democrata-GV
Cruzeiro 2 x 0

1990: Bragantino
Cruzeiro 0 x 3

1991: Guarani
Cruzeiro 0 x 2

1995: Flamengo
Cruzeiro 1 x 1
Cruzeiro 0 x 1

1995: Paraná Clube
Cruzeiro 2 x 1

1996: Palmeiras
Cruzeiro 1 x 1
Cruzeiro 2 x 1
Cruzeiro 0 x 0

1997: Santos
Cruzeiro 2 x 2

1998: Corinthians
Cruzeiro 3 x 1
Cruzeiro 1 x 1
Cruzeiro 2 x 1
Cruzeiro 2 x 2
Cruzeiro 1 x 1
Cruzeiro 0 x 2

2001: Corinthians
Cruzeiro 1 x 0

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Celso Roth: ele deve sair?

Antes de mais nada é bom que se diga: vem de fora para dentro o sentimento de que Celso Roth deve ser substituído para o ano que vem. Alexandre Kalil pensa que Celso é o homem certo para 2010 tanto que acertou a renovação do técnico no meio de setembro quando o time era o quarto colocado, quatro pontos atrás do líder Palmeiras.

É bom lembrar que Celso Roth assumiu a equipe após a perda do estadual e um dia antes do confronto com o Vitória pela Copa do Brasil. Hoje, seis meses e 25 dias depois, o time é sexto colocado no campeonato, tem o artilheiro da competição e brigou até a penúltima rodada da competição pelo título.

Parece ótimo, mas quem acompanhou sabe que não foi. Foi bom, poderia ter sido melhor. O grande erro de Roth, na opinião deste que escreve, foi não ter conseguido fazer o time jogar melhor quando chegaram Coelho, Benítez, Correa, Ricardinho e Renteria. Os jogadores qualificados chegaram e a equipe piorou, perdeu a sua principal característica e não manteve o mesmo desempenho que tinha.

Mas e aí? É o momento de se jogar na lata de lixo um trabalho surpreendente de seis meses e que não foi perfeito, mas foi bom? Definitivamente não. Ser sexto lugar é diferente de ser 12º, posição que no fim das contas também classifica o clube para a Libertadores.

A última vez que o Atlético terminou um campeonato brasileiro com um técnico e começou o seguinte com o mesmo comandante foi em 1991/92 com Jair Pereira. São 17 anos sem que haja continuidade, sem que um planejamento se confirme. Em 2007, Levir Culpi não quis continuar no time que montou e encorpou durante a Série B. Ainda em 2007, Leão não acertou a renovação e abandonou o grupo que ficou as 10 últimas rodadas sem perder. Os dois últimos bons trabalhos que mereciam mais tempo para se sonhar, efetivamente, com algo maior do que bons jogos.

É claro que existem trabalhos vitoriosos instantaneamente como o de Andrade no Flamengo (independentemente do resultado da última rodada), Dorival Júnior que levou o Cruzeiro à Libertadores ou o próprio Celso Roth, vice-campeão brasileiro com o Grêmio ano passado. A lógica, no entanto, é trabalho bem pensado, planejado e analisado mais do que com o coração.

Hoje o coração apaixonado da torcida quer Roth fora do Atlético. Será que o coração de Alexandre Kalil continua na arquibancada como ele costuma dizer? Eu acredito que não.

sábado, 28 de novembro de 2009

37ª rodada: informações e palpites

Goiás x São Paulo: ano passado, o Goiás empatou com o Flamengo no Maracanã na penúltima rodada e depois perdeu do São Paulo na última. O time goiano é o pior do segundo turno com 15 pontos em 17 jogos e tem a segunda pior defesa como mandante. O time paulista terá quatro desfalques, três deles do time titular. Nos últimos cinco jogos no Serra Dourada, o Goiás só venceu um. Na história do confronto, 16 vitórias são-paulinas, 10 empates e cinco do Goiás.
Palpite: São Paulo

Corinthians x Flamengo: o time paulista vem de derrotas para Avaí e Náutico. O jogo contra o Flamengo é encarado como a última chance de dar uma satisfação para a torcida na temporada. Ronaldo irá enfrentar o clube de seu coração pela primeira vez. O Fla não contará com Adriano com uma infecção no pé esquerdo. Com 19 dos 54 gols da equipe, o Imperador marcou mais de um terço dos gols do rubro-negro na competição. No primeiro turno, foi dele o gol da vitória sobre o Corinthians por 1 a 0, jogo em que mano Menezes “jogou a toalha”.
Palpite: empate.

Atlético-PR x Botafogo: o Furacão poderia ter praticamente escapado do rebaixamento caso não sofresse o gol de empate do Cruzeiro aos 45 do segundo tempo na última rodada. A dupla Paulo Baier-Marcinho marcou 18 dos 40 gols da equipe no campeonato. O Botafogo não terá Jobson, herói contra o São Paulo, que foi expulso após fazer o segundo gol. No primeiro turno, vitória do Atlético por 1 a 0 no Engenhão derrubou o técnico Ney Franco. Nos últimos cinco jogos, o Botafogo venceu quatro.
Palpite: Atlético-PR

Fluminense x Vitória: na 30ª rodada, a diferença entre as equipes era de 18 pontos. A partir daí, o Vitória perdeu cinco e venceu uma e o Fluminense venceu cinco e empatou outra. Com a vitória sobre o Barueri o time baiano não tem mais nenhuma aspiração no campeonato. Para se salvar do rebaixamento, o Flu ainda precisa vencer seus dois jogos. O time carioca jogou 11 vezes nos últimos 35 dias e fez três viagens para fora do país. O cansaço pode ser um adversário a mais.
Palpite: Fluminense

Santo André x Náutico: jogo onde certamente quem perder estará rebaixado, se acontecer empate caem os dois. Mesmo o vitorioso pode ser rebaixado caso Atlético Paranaense e Botafogo empatem e o Coritiba não perca para o Cruzeiro. O time paulista venceu seus últimos três jogos em casa. O Timbú derrotou o Corinthians no Pacaembu na última rodada, eram seis meses sem vencer fora de casa. Bruno Mineiro fez gol e foi expulso na última rodada e não joga.
Palpite: Santo André

Avaí x Santos: o Avaí se anima com a classificação para a Sul-Americana, mas o Santos não se empolga com a competição. Será a despedida de Silas na Ressacada, o treinador não continuará na equipe em 2010. Fora da Vila, o Peixe não vence desde o início de outubro quando derrotou o Sport na Ilha. Neymar será titular novamente. Ele foi o reserva mais utilizado do campeonato: entrou 19 vezes ao decorrer das partidas. No primeiro turno, o Santos vencia por 2 a 0 até o final do jogo, mas cedeu o empate.
Palpite: Avaí

Palmeiras x Atlético-MG: o time paulista fez seis pontos nos últimos 27 possíveis. Enfrentou os quatro times da zona de rebaixamento e só conseguiu um ponto. Pierre, Armero, Maurício Ramos, Obina e Maurício desfalcam a equipe que conta com o retorno de Claiton Xavier. O Atlético só tem o desfalque de Welton Felipe, mas Benitez retorna ao time. Celso Roth promete mudanças devido a elevada média de gols sofridos. Em 2007, o Atlético tirou o Palmeiras da Libertadores e em 2008 o Botafogo colocou os paulistas na pré-Libertadores – os dois próximos adversários do time de Muricy.
Palpite: Palmeiras

Sport x Internacional: já rebaixado, o Sport pensa no ano que vem. Nem mesmo a Ilha do Retiro foi o bastante para salvar a equipe. Nos últimos cinco jogos em casa, apenas uma vitória. O Leão tem o pior desempenho como mandante do campeonato. O Internacional vem de duas vitórias seguidas, foi o único dos sete primeiros a vencer na última rodada e volta a brigar diretamente pelo título. Uma vitória nos dois últimos jogos já garante os Colorados na Libertadores. Mário Sérgio terá força máxima pela terceira vez.
Palpite: Internacional

Cruzeiro x Coritiba: o Cruzeiro é o quinto pior time do campeonato dentro de casa. Nas duas últimas rodadas, perdeu para o Fluminense após estar vencendo por 2 a 0 e permitiu o empate do Grêmio aos 46 do segundo tempo. Sem Gilberto, suspenso, Adilson pode colocar três atacantes, mas Leandro Lima deve ser o titular. Kleber pode retornar ao time após cirurgia no púbis. O Coritiba se salva do rebaixamento com uma vitória. Ney Franco não terá quatro titulares. No primeiro turno, vitória celeste por 3 a 1 no Couto Pereira derrubou René Simões.
Palpite: Cruzeiro

Grêmio x Barueri: no Grêmio, Tcheco fará sua despedida após três temporadas no Olímpico. O time gaúcho pode conseguir um feito: ser o primeiro a terminar um brasileiro de pontos corridos sem perder como mandante. 44 dos 52 pontos da equipe foram conquistados em casa. O Grêmio tem o melhor ataque e a segunda melhor defesa da série A. Com 48 pontos, o Barueri ainda se esforça para chegar à Sul-Americana, um feito para o caçula da primeira divisão. Val Baiano, com 16 gols, ainda briga pela artilharia.
Palpite: Grêmio

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O Fluminense perdeu para a LDU não para a altitude.

Antes de se jogar a culpa nos 2800 metros de Quito é preciso avaliar os erros do Fluminense. Antes do jogo desta quarta-feira o time havia jogado 10 vezes em um mês e com duas viagens para fora do país no período. Era mais do que normal, o time cansar em um determinado momento. A altitude acentua o cansaço, mas o primeiro gol da LDU saiu graças à desatenção na cobrança da falta, no segundo Méndez pegou o próprio rebote e sozinho. No terceiro gol, vacilo de Kieza na lateral do campo e depois Maurício na marcação.

Nos lances capitais, a altitude não teve nada a ver com o fracasso de um time extenuado, desatento e que se atirava demasiadamente ao ataque. E tudo isso, contra uma equipe qualificada e que repete a tônica de 2008: velocidade e jogo vertical. Méndez, Reasco, Bieller, De La Cruz – todos agredindo o time brasileiro com toques rápidos e velozes.

Não é de se desprezar a lógica diferença que há jogar em condições normais e com a adversidade natural de Quito, mas acredito que em um campo neutro, o Fluminense também teria perdido.

Se o resultado da Sul-Americana influenciará no Brasileiro é algo para se conferir no domingo diante do Vitória, mas já é de se avisar: o time baiano encontrará um Fluminense ainda mais cansado.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

O "sim" de Adilson é sinal de um 2010 forte para o Cruzeiro.

Adilson Batista é o técnico que levou o Cruzeiro à decisão da Libertadores pela quarta vez na história do clube. Com o treinador no comando, o Cruzeiro foi terceiro colocado no Brasileiro de 2008; depois de 2003, o melhor desempenho dos últimos 10 anos. Em 2009 tem aproveitamento de 59% no campeonato brasileiro a partir da data estipulada por ele próprio “depois da Libertadores o campeonato começa para o Cruzeiro”. O líder São Paulo possui 57% nas 36 rodadas. É dele o melhor desempenho do Cruzeiro em 88 anos de clássico contra o Atlético – oito vitórias, um empate e uma derrota, além das duas maiores goleadas da Raposa no confronto, 5 x 0.

Para quem questiona os resultados de Adilson, o primeiro parágrafo bastaria. Mas em dois anos em um grande clube do futebol brasileiro, o paranaense não conquistou nenhum título de expressão. Assim como Palmeiras, Santos, Grêmio, Flamengo, Atlético-MG, Fluminense, Vasco, Botafogo e todos os outros menores, exceto São Paulo, Internacional e Corinthians.

É desnecessário lembrar e comparar qualquer trajetória a de Alex Ferguson frente ao Manchester United. Foram sete anos do escocês treinando a equipe e nenhuma conquista até 1993 quando, a partir daí, o clube venceu sete de dez campeonatos inglês – fora Liga dos Campeões, Copa da Inglaterra, etc. A comparação deve partir mais no caminho do São Paulo da década atual. Nos três primeiros anos de pontos corridos, o time paulista foi terceiro colocado – com técnicos diversos, é verdade. Mas o clube montava ali a base que deixava claro que a qualquer momento surgiria o campeão. Hoje no Brasil, é possível ver Palmeiras, Flamengo, Cruzeiro e o próprio São Paulo brigando pela terceira vez seguida pelas primeiras colocações.

A diferença na arrecadação dos times do eixo para os demais cria a necessidade de ser mais bem organizado, melhor planejado, para competir em grau de igualdade. A permanência de Adilson representa mais do que a manutenção de um bom técnico, é sinal que o Cruzeiro deve continuar brigando na parte de cima em 2010.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O pior campeão do mundo pode sair no melhor futebol do planeta.

Hoje, o torcedor de quase todo time grande no Brasil se lamenta “era o campeonato mais fácil de ser vencido”. O torcedor não está totalmente errado de pensar assim, mas ele se esquece que um time que tem Fred e Conca no elenco está na zona de rebaixamento, o primeiro rebaixado foi uma equipe que passou pelo grupo da morte e quase eliminou o Palmeiras – ainda candidato ao título – na Libertadores da América. Esquece ainda que o time que tem Ronaldo não passa de uma colocação mediana.

Antes de dizer que é o campeonato mais fácil para se ganhar, é preciso pensar que é o campeonato mais equilibrado que já se disputou – e consequentemente o melhor. O mais incrível é pensar que o equilíbrio é fruto justamente do desequilíbrio de cada um.

O São Paulo fez 11 pontos nas primeiras 10 rodadas até começar a série de oito vitórias em nove jogos, depois oscilou de novo antes da arrancada no final. Flamengo e Cruzeiro só acordaram no segundo turno. Palmeiras, Inter e Goiás despencaram na segunda metade do torneio, o Atlético-MG ficou sete jogos sem vencer e perdeu nas três últimas rodadas, o Grêmio não perde no Olímpico e não ganha fora dele. Cada equipe tem sua particularidade. Cada um, o seu motivo.


No final das contas, caso o São Paulo vença os dois jogos que restam, chegará ao título com 68 pontos, ou 58% de aproveitamento, melhor apenas do que os campeões de Gana e da China que tiveram 57% na última temporada. Nenhum outro clube que venceu um campeonato nacional por pontos corridos em 2008/09 teve um desempenho tão baixo, em todo o planeta.

Ou seja, se o título vier com menos de 65 pontos, poderemos afirmar: é do Brasil o pior campeão de 2009.


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O problema do meio-campo do Atlético.

Depois do jogo contra o Flamengo, decretou-se: “o problema do Atlético foi a entrada de Renan no lugar de Serginho ou Márcio Araújo”. Veio o jogo contra o Coritiba e os problemas se repetiram, mas com Araújo na equipe: dificuldade de penetração e a bomba estourando lá atrás na defesa.

No início do campeonato, discutiu-se aqui neste espaço, justamente a grande qualidade do Galo que teve aproveitamento de 70% nas primeiras dez rodadas: o time marcava muito bem, roubava a bola e saía em espantosa velocidade com Márcio Araújo, Carlos Alberto, Júnior e Éder e Tardelli. Hoje, o time de Celso Roth é quem ataca, é quem tenta rodar a bola e dá, consequentemente, campo ao inimigo.

Ora, quando precisa de toque de bola, Márcio Araújo, Carlos Alberto, Thiago Feltri e até Éder tem mais dificuldades. Quem deveria aparecer seria Ricardinho e Correa. O meia para dar o passe final e o volante para evitar a ligação direta. Acontece que Ricardinho ocupa a faixa do campo pela esquerda, onde fica muito mais difícil de servir um atacante com precisão. Correa não marca tanto quanto Jonilson e Renan, os volantes no início da competição. Resultado: o time demora mais para tomar a bola, o contra-ataque não é tão perfeito e é evidente que virá dos pés desses dois jogadores.

Foi assim que o Galo venceu o Atlético-PR: roubada de bola, lançamento de Correa e gol de Tardelli. Assim também surgiu o segundo gol contra o Barueri. Mas quando o adversário se fecha, falta mais movimentação. Ricardinho se planta na esquerda, Correa na direita e os volantes não penetram como meias.

Quanto mais difícil de criar, maiores as chances de contra-ataque, mais o time se abre. No primeiro gol do Coritiba, Werley saiu da área para fazer o papel de volante e depois faltou um zagueiro lá atrás. No segundo gol do Flamengo, ninguém acompanhou Maldonado que vinha de trás. Nos dois gols do Goiás, sobrou espaço na entrada da área.

Faltam três jogos para acabar o campeonato. Se não der tempo de corrigir os problemas táticos, o Galo vai ter que buscar a vaga na Libertadores na marra.

sábado, 14 de novembro de 2009

35ª rodada: informações e palpites.

São Paulo x Vitória: na última rodada, o time paulista assumiu a liderança pela primeira vez. Quando isso aconteceu em 2006, 07 e 08 o time não perdeu mais o primeiro lugar. Ricardo Gomes não vai poder contar com Borges, Dagoberto e Jean, expulsos no último jogo. Fora de casa, o Vitória não faz um gol sequer há quatro jogos. Nas últimas oito rodadas venceu apenas uma vez. No histórico entre as equipes, pelo brasileiro, 17 vitórias paulistas, quatro baianas e quatro empates.
Palpite: São Paulo

Coritiba x Atlético-MG: em casa, o Coritiba perdeu cinco vezes, mas só uma depois que Ney Franco assumiu. O Atlético é o segundo melhor visitante com sete vitórias e sete derrotas e tem o melhor ataque. O Coxa é o quinto melhor do segundo turno com dois pontos a menos que o próprio Atlético. Ano passado, na 34ª rodada, o Grêmio de Celso Roth tinha 63 pontos, o suficiente para ser líder com sobras. O Galo pode variar da primeira à sexta colocação nessa rodada. Ano passado, no Couto Pereira, Serginho sofreu sua primeira contusão no joelho.
Palpite: Coritiba

Cruzeiro x Grêmio: o time mineiro é o quinto pior mandante e o Grêmio o terceiro pior visitante. O Cruzeiro segue como líder do segundo turno. Wellington Paulista, artilheiro do time no brasileiro e na temporada, marcou quatro gols em três jogos contra o Grêmio. Se vencer e o rival Atlético tropeçar, o time de Adilson pode entrar no G-4, pela primeira vez no campeonato, antes do final da rodada. O Grêmio marcou 59 vezes, o melhor ataque da competição, mas fora de casa foram apenas 12, o pior entre os visitantes. Longe do Olímpico foram 13 derrotas, três empates e uma vitória. Souza, vice-artilheiro da equipe com 12 gols, fica de fora.
Palpite: Cruzeiro

Barueri x Botafogo: a novidade do time paulista fica por conta dos retornos de René e Val Baiano. Eles não enfrentaram São Paulo e Internacional, jogos em que a equipe somou apenas um ponto. Em casa, o Barueri só perdeu duas vezes no campeonato. Estevam Soares enfrenta a ex-equipe pela primeira vez. Depois do empate emblemático com o Fluminense por 0 a 0, o Botafogo disputou 30 pontos e ganhou 17. São três jogos seguidos sem sofrer gols. Mais quatro pontos e o time carioca chega aos 45, suficiente para se salvar em todos os outros Brasileiros com 20 equipes.
Palpite: Barueri

Avaí x Corinthians: o time catarinense vai completo, o Corinthians não terá quatro titulares. Apenas um ponto separa os dois na tabela. Nas últimas cinco rodadas, o Avaí fez 10 pontos e voltou a subir na classificação. Em casa, são sete vitórias nos últimos 10 jogos. Ronaldo estará em campo. Artilheiro do time com 11 gols marcados, o Fenômeno só marcou uma vez fora do Estado de São Paulo: na vitória por 2 a 1 sobre o Cruzeiro no Mineirão. A equipe pode cair para o 10º lugar com uma derrota.
Palpite: Avaí

Náutico x Flamengo: vice-lanterna com 35 pontos, uma derrota do Timbú e vitórias de Coritiba e Botafogo praticamente decretam o rebaixamento do segundo time pernambucano. Em casa, o Náutico venceu os três últimos jogos. 28 dos 35 pontos da equipe foram conquistados nos Aflitos. O Flamengo não terá os titulares Maldonado e Juan. Nos últimos 13 jogos, apenas uma derrota. Venceu cinco nas últimas seis rodadas. Adriano pode ser artilheiro isolado caso faça um gol e Diego Tardelli passe em branco.
Palpite: Flamengo

Internacional x Santos: o sexto lugar que ocupa é a pior classificação do Internacional em todo o campeonato. Desde que Mário Sérgio assumiu foram nove pontos em 21 disputados. Líder do primeiro turno, o Colorado é vice-lanterna na segunda metade do torneio. O Santos foi ao México essa semana disputar um amistoso contra o Santos Laguna e perdeu. No primeiro turno, empate por 3 a 3 na Vila Belmiro. Com Luxemburgo, foram 30 pontos em 22 rodadas.
Palpite: Internacional

Fluminense x Atlético-PR: nos últimos 10 jogos, o Fluminense fez 18 pontos, metade do que conseguiu nas outras 25 partidas. Fred voltou a nove jogos e fez nove gols. Para se salvar, faltam ainda três vitórias nos quatro jogos que restam. O time carioca tinha o pior ataque da competição até a volta do artilheiro, depois disso foram 12 gols em seis jogos. O Furacão tem o segundo pior ataque, com um gol a menos que o rival. Marcinho, artilheiro do time com 10 gols não joga. Fora de casa, o time venceu quatro vezes.
Palpite: Fluminense

Goiás x Santo André: o Goiás é o pior time do segundo turno, com 12 pontos conquistados. A equipe terminou a primeira metade do campeonato na terceira colocação e hoje é 10º. São apenas duas vitórias nos últimos dez jogos. Fernandão volta a ser titular. Com 35 pontos, o Santo André pode ser mais um a praticamente dar adeus à série A caso Coritiba e Botafogo vençam seus jogos. O Ramalhão marcou 36 gols, pior ataque da competição.
Palpite: Goiás.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Palmeiras: um ponto, dois apitos e vários problemas.

Marcos deixou o campo dizendo que foi um empate com sabor de derrota. Mais o que sabor, um ponto para o Palmeiras nesse momento pode de fato representar o mesmo que nada. Com 59 pontos e 11 empates, o time de Muricy perderá em critérios de desempate para todos os concorrentes, exceto o São Paulo que tem saldo de gols pior (14 a 12).

No final de semana, o Atlético-MG pode empatar com o Palmeiras em pontos e passar em número de vitórias. Mais um empate do time alviverde e Flamengo e Cruzeiro também poderão igualar a pontuação do rival. Até mesmo o Inter, com 53, pode chegar aos 56 ainda nessa rodada e mais um tropeço palmeirense poderá ser fatal.

O empate só é satisfatório no confronto contra o São Paulo. Em relaçãoaos outros cinco concorrentes, é derrota mesmo. Mais do que pensar no ponto que conseguiu ou nos dois que deixou pelo caminho, Muricy tem uma semana para mudar o que há de errado. O que é? Posicionamento na defesa, falta de cobertura nas duas laterais como ocorreu nos gols do Sport. Problemas psicológicos para aguentar a pressão de ser líder como foi. Problema de maturidade para entender o que vale ser campeão – como expôs Marcos após o jogo.

Nota: o Palmeiras empatou o jogo em um lance no qual o árbitro Elmo Alves Resende validou o gol em um erro mais absurdo do que o de Obina no domingo. Não foi só um apito, foram dois. No final de semana, a arbitragem tirou um ponto do Palmeiras e hoje devolveu esse ponto. Pra quem acredita em complô, para o lado que seja, deve estar difícil explicar tantos erros.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Time que quer ser campeão pode perder para o Fluminense?

Hoje a torcida do Palmeiras se lamenta e os mais revoltados dizem “é inadmissível um time que quer ser campeão perder ponto para o Fluminense”. Seguindo essa lógica, apenas o Santos, 12º no Brasileirão, pode comemorar o título, pois é o primeiro colocado entre os que não perderam nem um pontinho para o ex-lanterna.

Pela situação do Tricolor no geral o líder pode considerar o resultado desastroso. Pelos resultados e atuações recentes das equipes, nada mais do que normal. O campeonato possui 38 rodadas, não se perde o título apenas por um tropeço. O lugar-comum que o líder deve sempre ganhar de quem está lá atrás não vale, basta ver o que os concorrentes fizeram. O Fluminense venceu São Paulo, Atlético-MG e Cruzeiro, empatou com Flamengo e Inter durante a competição. Tirou pontos de todos que postulam o topo da tabela. Ganha-se o Brasileiro com a regularidade, isto é: recuperar-se mais rapidamente das fases ruins que se irá viver.

A derrota do time de Muricy Ramalho, antes de ser atribuída ao erro grotesco de Carlos Eugênio Simon, deve ser analisada como outro jogo em que o time foi muito mal. Tirando a partida contra o Goiás quando, sem Vagner Love, foi muito bem, já são seis rodadas sem vencer e com apenas quatro gols marcados. Faltam quatro jogos e a queda momentânea da equipe que começou contra o Avaí ainda não passou.

Se o Palmeiras perder o campeonato pode-se dizer tudo, menos que a culpa foi da derrota para o Fluminense ou o erro de Simon. São 38 jogos e muito mais motivos.

As finais de campeonato do Atlético

A sensação que tinham os mais de 60 mil torcedores do Atlético quando deixavam o Mineirão era de que o time havia perdido a final do campeonato para o Flamengo naquela tarde. Ou pelo menos, uma das finais. Ainda mais levando em consideração que o time mineiro poderia ter retomado a liderança do campeonato caso conquistasse a vitória.

É desnecessário falar sobre a importância do confronto direto, mas é bom lembrar o desempenho de cada equipe nesses jogos. Ainda restam Internacional e Palmeiras para encarar. O Colorado é o pior, entre os seis primeiros, nos jogos de seis pontos. Em aproveitamento, o time paulista é o segundo.

Absolutamente vivo na briga, o Atlético terá, como todos os outros, quatro finais. Mas duas delas são mais decisões que as outras.

Falando sobre o jogo, a mudança de Celso Roth, colocando Renan no meio-campo ao lado de Jonilson para tentar anular Zé Roberto e Petkovic e liberar Correa, não deu certo. No primeiro gol, Pet encontra o atacante sozinho na jogada que dá origem ao escanteio. No segundo, Zé Roberto tem espaço e os meias não acompanham a descida de Maldonado. A ideia pode ser boa, mas ficou claro que mudar a forma de jogar a cinco rodadas do fim não é a melhor opção.

Confira abaixo o desempenho dos seis primeiros nos confrontos diretos:

1º - Flamengo: 17 pontos (56%)
2º - Palmeiras: 15 pontos (55%)
3º - São Paulo e Cruzeiro: 13 pontos (43%)
5º - Atlético: 10 pontos (41%)
6º - Internacional: 9 pontos (33%)

sábado, 7 de novembro de 2009

Laterais: problemas e soluções do Cruzeiro.

Qual a jogada mais perigosa do Cruzeiro? A inversão rápida de bola de uma lateral para outra com Jonathan ou Diego Renan tabelando com um atacante ou homem de meio, fazendo dois contra um em cima do lateral rival. E a jogada mais perigosa contra o Cruzeiro? Exatamente nas costas dos laterais, que atacam ao mesmo tempo.

É verdade que do lado de Jonathan a marcação é definida com mais eficiência. Henrique costuma funcionar como zagueiro pela direita para as subidas do camisa 2. Do outro lado, Diego não tem a mesma cobertura.

Contra o Santo André, o primeiro gol da equipe paulista saiu nas costas de Caçapa que não tinha a cobertura do lateral. No segundo gol, Marquinhos Paraná funcionava como lateral, mas faltou um volante para marcar Júnior Dutra. O segundo e o terceiro gol do Fluminense foram marcados no setor de Diego.

Hoje contra o Sport, o mesmo problema. Diego e Jonathan avançam e a cobertura não funciona com eficiência. O primeiro gol saiu, inclusive, nas costas dos dois alas. Adilson Batista corrigiu colocando Paraná como terceiro zagueiro e segurando Henrique. Fabrício alterna durante o mesmo jogo momentos de meia direita e de volante pelo meio.

Jonathan é hoje o melhor lateral direito em atividade no país. Diego Renan pode ser a revelação do campeonato, mas precisam de um sistema de marcação mais sólido para que possam jogar. Foram sete gols em três jogos. Por outro lado, o time marcou oito vezes nessas partidas. Falta de equilíbrio e Libertadores não combinam. O Cruzeiro que vencia por 1 a 0 era mais seguro que o que vence por 3 a 2.

34ª rodada: informações e palpites.

Santos x Náutico: o time de Luxemburgo vive seu pior momento na competição com cinco jogos sem vencer. Nas últimas 10 rodadas foram apenas duas vitórias, contra Sport e Santo André. Kléber Pereira volta de suspensão; batedor de pênaltis da equipe, ele não enfrentou o Flamengo quando Ganso desperdiçou duas cobranças. O Náutico perdeu quatro das últimas cinco partidas que fez fora dos Aflitos. Com sete gols marcados, Bruno Mineiro já se aproxima de Carlinhos Bala e Gilmar, artilheiros da equipe com 10. com 58 gols sofridos, o Timbú tem a pior defesa do campeonato, ao lado do Goiás.
Palpite: Santos

Sport x Cruzeiro: o time pernambucano tem a tabela mais difícil até o final do torneio: enfrenta ainda Palmeiras, Fluminense, São Paulo e Internacional. Com 30 pontos, precisa de pelo menos quatro vitórias em cinco jogos para sonhar em ficar na série A. O Cruzeiro perdeu para o Flu na última rodada e tirou os cariocas da lanterna. A última derrota longe do Mineirão foi em agosto, para o Grêmio. Thiago Ribeiro e Wellington Paulista voltam a atuar juntos após quatro rodadas. O Cruzeiro fez gols em todos os jogos do returno. Em 2007, na penúltima rodada, o Cruzeiro brigava pela Libertadores e perdeu por 1 a 0.
Palpite: Cruzeiro

Vitória x Avaí: o time baiano perdeu as três últimas partidas por 1 a 0. O ataque que tinha o revezamento de Leandrão e Roger não terá nenhum dos dois. Neto Berola, autor de quatro gols, é a principal esperança da equipe. Nas últimas sete rodadas, apenas uma vitória – no mesmo período, o Avaí só perdeu uma vez. Com 47 pontos na competição, o time catarinense pode ganhar duas posições ou perder três na rodada. Willian, que fez um gol de bicicleta no último final de semana, admite estar sendo negociado. No primeiro turno, goleada do Avaí por 4 a 0.
Palpite: empate.

Fluminense x Palmeiras: o time carioca só perdeu uma nas últimas oito rodadas - foram 15 pontos conquistados, quase o mesmo tanto do que havia feito em 25 rodadas. Fred voltou há cinco rodadas e fez gols que garantiram três vitórias para a equipe. O Palmeiras não terá o goleiro Marcos, suspenso. Muricy assumiu a equipe contra o Flu, vitória por 1 a 0 no Parque Antarctica. Em 19 jogos, conseguiu 30 pontos. Fosse assim desde o início, o time poderia terminar o campeonato fora da Libertadores com 60 pontos. Uma derrota pode derrubar o Palmeiras para o terceiro lugar.
Palpite: Palmeiras

Corinthians x Santo André: Ronaldo, que marcou duas vezes contra o Palmeiras, vai jogar a terceira partida seguida. O atacante marcou 10 gols no Brasileirão. O Corinthians pode ganhar três posições se vencer. O Santo André venceu duas nas últimas três partidas e Nunes marcou quatro gols. Com 35 gols marcados, o Ramalhão tem o pior ataque do torneio. Se vencer e o Botafogo perder, o time paulista sai da zona de rebaixamento.
Palpite: Santo André

Atlético-MG x Flamengo: Renan ganha uma vaga no meio-campo e Jorge Luiz foi barrado na defesa. Diego Tardelli foi responsável direto por 33 pontos do Atlético com seus 18 gols. Adriano, que marcou 17, conseguiu 20 para o Flamengo. O jogo marca o encontro do terceiro contra o quarto, o artilheiro contra o vice, o campeão contra o vice de público. Sempre com vantagem para a equipe mineira. No histórico pelo Brasileiro são 17 vitórias do Galo, 16 do rubro-negro e ainda 10 empates. No Mineirão, o Galo só perdeu para o Cruzeiro e o Goiás. Fora do Rio de Janeiro, o Flamengo venceu Palmeiras, Santos e Santo André.
Palpite: Atlético-MG

Barueri x Internacional: o time paulista ainda não terá René e Val Baiano, suspensos. Apesar dos desfalques o time foi melhor que o São Paulo na última rodada. Na Arena, apenas duas derrotas. O Inter é o quinto colocado, sua pior posição no campeonato até aqui. Depois de perder em casa para o Botafogo, tenta se recuperar como visitante. Nas últimas doze rodadas, duas vitórias. Com 54 gols, o Colorado tem o terceiro melhor ataque e a diferença entre o artilheiro Alecsandro e os vices D’Alessandro e Nilmar é de 10 gols. 18 jogadores já marcaram pela equipe até aqui.
Palpite: Barueri

Atlético-PR x Goiás: sem vencer a três rodadas, o Furacão se vê ameaçado pelo rebaixamento. Na Arena, o time não perde desde julho – 3x1 para o Avaí. De lá pra cá, oito jogos com cinco vitórias. Com 36 gols é o segundo pior ataque do torneio. Marcinho com nove gols e Paulo Baier com sete são os artilheiros do time. O atacante que mais marcou é Wallyson com quatro. O Goiás é o pior time do segundo turno e não vence há sete jogos. com 58 gols sofridos é a pior defesa do campeonato. O último jogo sem sofrer gols foi contra o próprio Atlético, vitória por 3 a 0 no primeiro turno.
Palpite: Atlético-PR

Botafogo x Coritiba: nas últimas sete rodadas, o Botafogo venceu quatro, empatou uma e perdeu duas. 13 pontos que tiraram a equipe da zona de rebaixamento. O time carioca tem três pontos a menos que o Coritiba, mas mesmo se vencer fica atrás na tabela devido ao número de vitórias. Ney Franco reencontra seu ex-clube. Quando deixou o time carioca, a equipe tinha 19 pontos em 18 jogos, 35% de aproveitamento, inferior aos 38% que tem hoje. Em compensação, fez 25 pontos nos 45 possíveis pelo Coxa. Aproveitamento de 55% que o deixaria na zona da Libertadores.
Palpite: empate.
Nota: pro pessoal que gosta de acompanhar o blog, desculpe pela semana sem atualizações. Muita demanda na TV e alguns compromissos nesses dias me afastaram daqui.

sábado, 31 de outubro de 2009

O Flamengo de Bruno e Adriano: até quando será o bastante?

Jogar bem nesse momento decisivo pode ser encarado um luxo. O Flamengo que o diga. Mesmo com partidas ruins contra Botafogo, Barueri e Santos, o time de Andrade ainda conseguiu duas vitórias graças a Bruno e Adriano. E só.

Três pênaltis defendidos e dois gols marcados em jogadas que nem se quer foram bem trabalhadas, foi assim que o time carioca se manteve vivo na busca pelo título ou vaga na Libertadores até a 33ª rodada.

A queda física de Petkovic – e sua ausência contra o Barueri – o retorno apático de Juan à equipe, o braço indiscreto de Airton e a boa marcação sob Zé Roberto e Willians podem deixar os rubro-negros preocupados para as próximas rodadas. O Botafogo esteve mal no último domingo e mesmo assim quase saiu de campo com o empate. Hoje, o Santos sem forçar foi mais perigoso durante o jogo inteiro.

Ganhar jogando mal vale os mesmos três pontos, mas serve de alerta. Contra o Atlético-MG no Mineirão e o Náutico nos Aflitos (sem Maldonado, que servirá à seleção chilena), o Fla muito provavelmente precisará de mais do que Bruno e Adriano para vencer. Se quem parou de jogar não voltar, o Fla é um ótimo candidato a morrer na praia.

Vale ressaltar, aos adeptos da “teoria da conspiração” que pelo menos dois dos três pênaltis não existiram e o primeiro gol do Barueri foi irregular. Vamos parar com a história que o Flamengo é sempre beneficiado?

33ª rodada: informações e palpites.

Flamengo x Santos: no primeiro turno, o Fla surpreendeu e venceu na Vila Belmiro após 33 anos. O time conta com o retorno de Petkovic, de fora na derrota para o Barueri.. O rubro-negro que poderia ter sido líder se vencesse na última rodada, é hoje o sexto colocado. O Santos não conta com Kléber Pereira e Róbson, destaques no empate contra o Atlético-PR e que estão suspensos. Nas última 10 rodadas, o time de Luxemburgo venceu apenas dois. na última vez que o treinador enfrentou o Flamengo no Maracanã, derrota por 5 a 2 dirigindo o Palmeiras.
Palpite: Flamengo

Avaí x Atlético-PR: no primeiro turno, vitória do time catarinense na Arena, o que derrubou o técnico Waldemar Lemos. Aquela foi a última vitória do Avaí fora de casa. Nos dez últimos jogos na Ressacada, sete vitórias, dois empates e apenas uma derrota. O goleiro Eduardo Martini que fez um pênalti e falhou no 3º gol do Grêmio não joga,suspenso. O Furacão não terá três titulares: Valência, Rhodolfo e Marcio Azevedo. Paulo Baier renovou o contrato no meio da semana.
Palpite: Avaí

São Paulo x Barueri: o Tricolor pode, mais uma vez, assumir a liderança do campeonato, caso vença e o Palmeiras tropece. Rogério Ceni volta ao time após cumprir suspensão. Nas últimas cinco vezes que jogou no Morumbi, o Tricolor venceu duas, empatou duas e perdeu uma. No primeiro turno, Washington e André Dias marcaram os gols da vitória por 2 a 1. O Barueri não terá Val Baiano, artilheiro da equipe com 12 gols, e René, afastados pela diretoria. Se vencer, o time pode subir duas posições.
Palpite: São Paulo

Coritiba x Vitória: as equipes já se enfrentaram no Couto Pereira em 2009: vitória do Coxa por 2 a0 , mas os baianos levaram nos pênaltis, pela Copa Sul-Americana. Marcelinho Paraíba retorna ao time após cumprir suspensão. O Vitória vem de duas derrotas e só venceu duas vezes fora do Barradão no campeonato: Botafogo e Atlético-PR. Apodí volta ao time após duas partidas, mas Uelliton e Fabio Ferreira não jogam. Se conseguir os três pontos o Coxa pode passar o principal rival pela primeira vez na competição.
Palpite: Coritiba.

Internacional x Botafogo: com Mário Sérgio no comando, o Inter perdeu pontos para Atlético-PR, no Beira-Rio, e Fluminense. Vem de derrota para o São Paulo no Morumbi. Alecsandro não marca há dois jogos e se afastou da artilharia. O time carioca se afastou 3 pontos da zona de rebaixamento, mas como tem apenas sete vitórias, pode cair para a antepenúltima colocação caso Náutico e Santo André vençam seus jogos. Na história do Brasileiro, 36 jogos entre as equipes: 12 vitórias para cada lado e ainda 12 empates.
Palpite: Internacional

Palmeiras x Corinthians: esse ano, terceiro clássico fora da capital. No primeiro, 1 a 1, com o primeiro gol de Ronaldo pelo Timão. No segundo, 3 a 0 Palmeiras, três gols de Obina e a contusão do Fenômeno que o afastou dos campos por quase dois meses. Wagner Love volta ao time de Muricy. Sem maiores aspirações no campeonato, o Corinthians tem a chance de dar a sua torcida a última alegria em 2009. O alvinegro não vence o maior rival há três anos ou seis jogos. Defederico ganha a posição de Dentinho no ataque.
Palpite: Palmeiras.

Goiás x Atlético-MG: o Goiás é o pior time do segundo turno. A última vitória foi a mais de um mês, no dia 27 de setembro contra o Grêmio. Com 53 gols marcados, o time tem o terceiro melhor ataque e com 55 sofridos, a segunda pior defesa. O Atlético vem de derrota contra o Fluminense, mas pode ser vice-líder caso vença e o São Paulo pelo menos empate. O Atlético só perdeu para o Goiás e o Cruzeiro no Mineirão pelo Brasileiro. A última vitória do Galo no Serra Dourada foi em 2001: 2 a 1, jogo em que Marques marcou o milésimo gol do clube na história dos brasileiros.
Palpite: Atlético-MG

Santo André x Grêmio: o time paulista venceu o Palmeiras e depois por pouco não derrotou o Cruzeiro. Camilo e Wanderley que não puderam jogar no Mineirão, por força contratual, estão de volta à equipe. Com 33 gols marcados, o Ramalhão tem o pior ataque do campeonato. O Grêmio marcou 58 e é o melhor ataque da competição, mas Jonas e Máxi López estão machucados e Perea suspenso. Douglas Costa e Roberson, que ainda não marcaram no campeonato, formam o ataque. Além do melhor ataque, o Tricolor tem ainda a terceira melhor defesa. Só não briga pelo título ou Libertadores porque tem uma vitória em dezesseis jogos fora do Olímpico.
Palpite: empate.

Náutico x Sport: jogo que pode praticamente sepultar um dos dois pernambucanos no torneio. O Náutico conta com o retorno de Bruno Mineiro que marcou seis vezes em seis jogos. No primeiro turno, empate por 3 a 3 com dois gols de Carlinhos Bala derrubou Emerson Leão do comando do Sport. O time rubro-negro conta com Fabiano, autor de oito gols e que marcou no clássico do primeiro turno. Esse ano, em três confrontos, uma vitória do Sport e dois empates.
Palpite: Náutico

Cruzeiro x Fluminense: com 29 pontos dos 39 possíveis, o Cruzeiro é o melhor do segundo turno. A sequência positiva de seis vitórias e um empate coloca o time de Adilson em condições de entrar no G-4 pela primeira vez no campeonato. Thiago Ribeiro que marcou o gol da vitória nos dois últimos jogos no Mineirão está suspenso e não joga. Volta Wellington Paulista. O Flu não perde há cinco jogos no campeonato com duas vitórias e três empates. Fora de casa o time só venceu o Santo André. Rafael, suspenso, fica de fora. Fernando Henrique retorna após três meses. Entre 2004 e 2007 o time mineiro ficou nove jogos sem derrotar o Tricolor. Nos últimos quatro encontros, três vitórias e um empate. Fred enfrenta o ex-clube pela primeira vez.
Palpite: Cruzeiro.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O Atlético jogou como o Fluminense...e o Tricolor costuma perder.

Quando o vice-líder perde para o lanterna fica uma sensação de que tudo foi horrível. Foi exatamente isso o que aconteceu na noite desta quinta-feira quando o Fluminense derrotou o Atlético-MG no Maracanã.

O que faltou ao Galo foi saber ver o jogo. Nos primeiros 20 minutos, o time fez isso muito bem. Tocou a bola, Ricardinho e Corrêa ditavam o ritmo e o Flu começava a dar espaços. Era questão de tempo para o desespero bater e o time mineiro ter muito campo para jogar. A partida ficaria bem ao seu feitio.

Ao Fluminense restava fazer o que fez. Correr. Maycon, Conca, Mariano, Dieguinho. Todos corriam, quase sempre desordenados. Era só esperar, mas o Atlético quis dar também velocidade ao jogo. A partida ficou pouco pensada, a bola não passava por Ricardinho e um erro poderia acontecer de qualquer lado e ser decisivo Foi aí que Jorge Luiz saiu jogando mal e depois cometeu o pênalti que gerou o primeiro gol.

No segundo tempo, em uma desatenção o Tricolor ampliou e na falha de Rafael, Tardelli diminuiu. Era hora de por a bola nos pés. Envolver o Fluminense e esperar que o lanterna errasse. Novamente, nada feito. Tentando imprimir velocidade em um campo encharcado, o Atlético dava o contra-ataque e poderia ter sofrido mais gols. Ricardinho ainda não conseguiu jogar o que se espera. O meia dá mais cadência, mais clareza ao jogo do Galo, mas ainda não deu o passe final, ainda não foi o armador.

O Atlético perdeu para o Fluminense porque jogou como o Fluminense. Tivesse jogado como vice-líder, sairia do Maracanã novamente a um ponto do Palmeiras.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Diego Tardelli: o jogador mais decisivo do Brasileiro.

Que Diego Tardelli é um dos melhores jogadores do campeonato, ninguém questiona. A falta que faz ao Atlético-MG quando não joga é evidente. Mas o quanto os gols do artilheiro do Brasileiro são decisivos?

Dos 16 gols que Tardelli marcou até aqui, onze foram determinantes para que o Galo saísse de campo com a vitória em dez rodadas. A última vez que a equipe venceu sem a necessidade direta de um gol do camisa 9 foi contra o São Paulo no primeiro turno: 2 a 0 – Diego marcou um, mas o gol de Serginho resolveria o jogo. São oito vitórias seguidas com o artilheiro desempatando o placar.

Como comparação, Adriano, que também tem 16 gols, foi responsável direto por 17 pontos do Flamengo. Diego Souza, outro candidato a melhor jogador do campeonato, tem sete gols até aqui e cinco deles resultaram efetivamente em 15 pontos para o Palmeiras. Se será escolhido o melhor do campeonato, vai depender da subjetividade e dos critérios de cada um, mas Diego Tardelli é, sem dúvidas, o jogador mais decisivo do Brasileirão.

Confira os gols de Tardelli que foram determinantes para vitórias do Atlético nesse Brasileirão:

Atlético 2 x 1 Grêmio – 2º gol.
Santos 2 x 3 Atlético – 1º gol.
Atlético 2 x 1 Fluminense – 2º gol.
Atlético 3 x 2 Coritiba – 2º gol.
Santo André 1 x 2 Atlético – 2º gol.
Atlético 2 x 1 Atlético-PR – 2º gol.
Atlético 3 x 1 Santos – 2º e 3º gol.
Atlético 2 x 1 Barueri – 1º gol.
São Paulo 0 x 1 Atlético – 1º gol.
Atlético 1 x 0 Vitória – 1º gol.


Gols que não foram decisivos no desempate dos jogos.

Atlético-PR 0 x 4 Atlético – 2º gol.
Atlético 3 x 0 Náutico – 2º gol.
Barueri 4 x 2 Atlético – 1º e 2º gol.

O Cruzeiro está vivo e não é devido à sorte.

Assim que alguém pensar que o Cruzeiro teve uma boa parcela de sorte ao vencer o Santo André com um gol aos 46 minutos do segundo tempo, outro irá retrucar que contra Avaí e Vitória o time de Adilson deixou os três pontos escaparem nos últimos minutos. Vale lembrar também que no primeiro turno, diante do Sport, um gol de Kleber aos 45 da etapa final garantiu a vitória à equipe.

Em 38 rodadas dá tempo de tudo acontecer para todas as equipes. Ganhar no final, perder no final. Ganhar e perder ajudado e atrapalhado pela arbitragem. O jogo contra o Santo André só foi dramático devido às chances de gols perdidas, especialmente no primeiro tempo com Guerrón.

No segundo tempo, após o gol de Nunes, Jonathan virou meia, Marquinhos Paraná cobria a direita e o segundo gol do time paulista saiu com Júnior Dutra, na posição em que alguém deveria cobrir Marquinhos. Foi o erro tático do Cruzeiro, ansioso pelo resultado. No último lance do jogo, Jonathan fez sua segunda assistência na partida e Thiago Ribeiro marcou o seu sexto gol em doze jogos. Antes disso, cinco gols em 43 partidas.

A subida na produção do atacante se dá pela mudança de posicionamento. Hoje Thiago não é mais ponta. Entra em diagonal, aparece na área para concluir e se tornou um dos melhores jogadores da equipe na reta final do campeonato.

O Cruzeiro está vivo no Brasileirão e, voltando ao início, há gente que vai dizer que devido a uma boa parcela de sorte.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

32ª rodada: informações e palpites.

Atlético-PR x Santos: o Furacão vem de derrota no Atle-tiba e o Peixe no San-São. Na Arena, o time paranaense não perde há sete jogos, com cinco vitórias e dois empates. Desde que Antônio Lopes assumiu, o Atlético fez 24 pontos em 15 jogos. Luxemburgo assumiu o comando do Santos exatamente há um turno e conseguiu somar 27 pontos, aproveitamento de 47%. Em 2004, depois de 31 rodadas, Santos e Atlético-PR estavam empatados na liderança com 58 pontos, quatro a mais que o Palmeiras tem hoje.
Palpite: Atlético-PR

Botafogo x Náutico: as duas equipes estão empatadas com 32 pontos na zona de rebaixamento. O Botafogo não terá Lúcio Flávio, vilão na derrota para o Flamengo. O Náutico não conta com Bruno Mineiro que marcou seis gols em seis jogos pelo clube, mas está suspenso. A única vitória do Náutico fora de casa foi na 2ª rodada contra o Atlético-PR, fora isso apenas três empates fora de Recife, dois deles no Rio de Janeiro: 1 a 1 contra Flamengo e Fluminense.
Palpite: empate

Cruzeiro x Santo André: nas últimas seis rodadas, o Cruzeiro fez 16 pontos, já são quatro vitórias seguidas, em nenhuma delas a defesa sofreu gols.. As únicas derrotas no segundo turno foram em casa: São Paulo e Palmeiras. Se vencer os dois próximos jogos em casa e uma combinação improvável de resultados acontecer, o Cruzeiro assume a liderança do campeonato no domingo. O Santo André é o pior ataque do campeonato com 31 gols. Wanderley e Camilo pertencem ao Cruzeiro e não poderão jogar. Fora de casa, o time fez 14 dos 32 pontos que possui na competição.
Palpite: Cruzeiro

Grêmio x Avaí: no início do campeonato, o Grêmio era favorito ao título e o Avaí ao rebaixamento. Hoje os dois têm 44 pontos. No Olímpico, o Grêmio segue imbatível: 11 vitórias e quatro empates. Máxi López retorna após ter cumprido suspensão. Do outro lado, Willian, suspenso, fica de fora. As duas últimas partidas que fez como visitante, o Avaí saiu vencendo por 2 a 0, Botafogo e Palmeiras, e permitiu o empate. Em 2005, as equipes se enfrentaram pela série B e o Grêmio venceu na Ressacada por 3 a 1, no primeiro turno, vitória catarinense por 1 a 0.
Palpite: empate.

Barueri x Flamengo: o time paulista tem 64% de aproveitamento jogando na Arena. Perdeu apenas para São Paulo e Cruzeiro, mas nas últimas três partidas em casa não fez gol. Fernandinho, suspenso, não joga. Do lado do Flamengo, Petkovic fica de fora. O time carioca é o que está a mais tempo invicto no campeonato: 10 rodadas com 24 pontos conquistados. Uma vitória hoje pode levar a equipe de Andrade à liderança pela primeira vez. No primeiro turno, Cuca caiu após empate com o Barueri por 1 a 1.
Palpite: Barueri.

Vitória x Corinthians: com a derrota para o Atlético-MG, o time baiano praticamente saiu da disputa por uma vaga na Libertadores. Leandro, Magal e William estão suspensos e não jogam. Ramón retorna à equipe. Nos últimos cinco jogos como visitante, o Corinthians empatou três e perdeu dois. A última vitória foi em 19 de agosto, 2 a 1 no Internacional. Ronaldo vai jogar. A última vez que entrou em campo fora de São Paulo foi contra o Cruzeiro no Mineirão e fez um gol. No primeiro turno, contra o Vitória, ele marcou dois.
Palpite: empate

São Paulo x Internacional: quando se enfrentaram no primeiro turno, o Inter tinha nove pontos de vantagem. A diferença hoje é no número de vitórias. No segundo turno o Inter tem 15 pontos e o São Paulo 19 bem abaixo dos 26 do líder Cruzeiro. As duas equipes vêm de vitórias em clássicos regionais. Guiñazu desfalca o Colorado e Rogério Ceni o Tricolor. Depois da decisão da Libertadores foram seis jogos: três vitórias paulistas, duas gaúchas e um empate. Quem vencer pode ser líder e quem perder pode terminar a rodada fora do G-4.
Palpite: São Paulo.

Palmeiras x Goiás: no primeiro turno, o Goiás venceu com um gol aos 44 do segundo tempo, em pênalti inexistente marcado por Evandro Rogério Roman. Além de Maurício Ramos e Pierre, o time paulista não terá Claiton Xavier e Wagner Love. Nas últimas três partidas o time sofreu sete gols, não fez nenhum e perdeu as três. O time goiano não vence há cinco rodadas e tem seu pior aproveitamento de pontos desde a 12ª rodada. Ano passado, exatamente em um 29 de outubro, vitória palmeirense por 1 a 0, gol de Alex Mineiro.
Palpite: Palmeiras.

Sport x Coritiba: nos últimos cinco jogos na Ilha, o Sport venceu quatro e perdeu um. Mesmo com o retorno de Cyro, Péricles Chamusca mantém Arce e Wilson como titulares no ataque. Apesar de ter Magrão, reconhecidamente bom goleiro, o Sport tem a segunda pior defesa do torneio com 53 gols sofridos. O Coxa vem de vitória no clássico, mas não contará com quatro jogadores incluindo Marcelinho Paraíba e Marcos Aurélio, heróis no domingo. Com 37 pontos, uma vitória pode fazer o Coxa ultrapassar o maior rival, o que ainda não ocorreu nesse Brasileirão. Ano passado, vitória pernambucana por 4 a 3 na última rodada. Wilson marcou três vezes.
Palpite: Sport.

Fluminense x Atlético-MG: o Flu já não perde há quatro rodadas, sua melhor sequência no campeonato. Como mandante são cinco jogos sem perder com quatro empates e uma vitória. Desde que Fred voltou, há três rodadas, o time marcou dois gols por partida. Com 33 gols marcados, o time tem o segundo pior ataque da competição. O Atlético vem de duas vitórias seguidas e pode reassumir a liderança até mesmo com um empate. Nas últimas oito vitórias conquistadas, o Galo contou com gols decisivos de Tardelli em todas. Além de um dos artilheiros do campeonato, com 16 gols, ele é o jogador que mais contribuiu diretamente para os pontos de sua equipe no torneio.
Palpite: Atlético-MG.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

A arracanda que pode salvar o ano de Cruzeiro e Flamengo

Flamengo e Cruzeiro são hoje os melhores times do campeonato. Hoje. Quando se pega a tabela o mau negócio não é enfrentar o líder Palmeiras ou o desesperado Fluminense. Ruim mesmo é jogar contra os times de Andrade e Adilson.

Além deles, Atlético-MG, Goiás, São Paulo e Avaí já deram também as suas arrancadas. Apenas Palmeiras e Internacional tiveram bom aproveitamento desde o início. O bom momento levou o Cruzeiro à briga pela Libertadores e em um futuro próximo, pode aproximar os mineiros da disputa pelo título. A série invicta deixou o Fla a três pontos do líder.

Todos os outros tiveram quedas após a melhor sequência no campeonato. Avaí e Goiás saíram da disputa. São Paulo e Atlético deixaram o G-4 e após novos bons resultados retomaram o que pode ser o caminho do título. Faltam sete rodadas, se Cruzeiro e Flamengo não perderem o bom ritmo, podem chegar onde ninguém esperava. Pelo menos até um mês atrás.

Confira as seis principais arrancadas do campeonato:

Avaí: 11 jogos. 81%
10ª rodada: 7 pontos, 20ª colocação.
21ª rodada: 34 pontos, 5ª colocação.

Flamengo: 10 jogos. 80%
21ª rodada: 27 pontos, 14ª colocação.
31ª rodada: 51 pontos, 5ª colocação.

São Paulo: 9 jogos. 92%
11ª rodada: 11 pontos, 16ª colocação.
20ª rodada: 36 pontos, 3ª colocação.

Atlético-MG: 7 jogos. 81%.
1ª rodada.
7ª rodada: 17 pontos, 1ª colocação.

Cruzeiro: 6 jogos. 89%.
25ª rodada: 32 pontos, 13ª colocação.
31ª rodada: 48 pontos, 6ª colocação.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Quando o campeonato começou, o Cruzeiro foi melhor que o líder.

Que dia começou o campeonato brasileiro? 09 de maio? Para o Cruzeiro não. Como disse Adilson Batista, muito mais explicando do que desafiando, a competição começaria para o time da Toca após o dia 19 de julho. Teve que começar no próprio dia 19 devido à necessidade de reagir.

A declaração não teve desdém. O Cruzeiro jogou a semifinal da Libertadores contra o Grêmio no Mineirão sem lateral-esquerdo porque Gérson Magrão, Sorín, Athirson e Fernandinho estavam machucados. Na mesma partida, Leonardo Silva e Thiago Heleno jogaram contundidos porque o time mineiro não tinha outros zagueiros disponíveis no elenco devido às lesões de Gustavo, Léo Fortunato e Anderson. No ataque, Thiago Ribeiro e Soares estavam machucados. Ora, se para jogar a Libertadores faltava gente para colocar em campo, como conciliar duas competições?

Antes de enfrentar o Corinthians em 19 de julho, o Cruzeiro tinha 10 pontos em 10 jogos, contra 21 do líder Atlético-MG. O rendimento celeste era de 33% e o do rival era de 70%, mais do que o dobro. Nos 21 jogos seguintes, o time de Adilson Batista fez 38 dos 63 pontos possíveis. O aproveitamento é de 60%. Com 54 pontos nas 31 rodadas, o Palmeiras, líder de hoje, tem 58%.

Mantendo o mesmo desempenho até o final, o Cruzeiro chegará aos 60 pontos. Insuficiente para chegar à Libertadores. Ou seja, para conseguir seu objetivo, ser melhor do que o líder é pouco para a equipe mineira.

sábado, 24 de outubro de 2009

Marques: ele ainda pode ser útil.

Foram pouco mais de 25 minutos em campo. Dois contra-ataques puxados e um cruzamento perfeito para Evandro. Enganou-se quem pensava que Marques só jogaria em caso da partida estar definida, para fazer a festa do torcedor. O ídolo da torcida atleticana mostrou que ainda pode ser útil, entrando no segundo tempo.

Com Rentería, Tardelli joga mais longe da área e, diferentemente do que se imaginava, rende menos com um jogador de área ao seu lado. A movimentação do colombiano tira o espaço do camisa 9 que não consegue o mesmo desempenho jogando entre os zagueiros e volantes. O gol saiu em uma roubada de bola de Coelho e tabela com Diego que, no momento, ocupava o lugar do centroavante.

Com Marques em campo, Tardelli se desloca mais pelo lado e entra em diagonal para tabelar. Foi assim no treino de quarta-feira e foi assim no jogo contra o Vitória. Em 25 minutos, o veterano foi melhor do que Rentería em 65.

Em uma partida que o Atlético não jogou bem e o resultado poderia ter sido decepcionante para os 57 mil torcedores que estiveram no Mineirão, Roth teve o alento que, se precisar, Marques ainda pode ser útil na reta final do campeonato.

31ª rodada: informações e palpites.

Náutico x Bareuri: no último jogo nos Aflitos, o Náutico venceu o Palmeiras por 3 a 0. bruno Mineiro marcou cinco gols em cinco jogos pelo Timbú. Dos últimos seis gols da equipe, Bruno só não fez um. Semana passada o Barueri venceu o Coritiba no Couto Pereira, foi a segunda vitória da equipe fora de casa. Nos últimos seis jogos o time paulista fez apenas três gols. Val Baiano fica no banco novamente.
Palpite: Náutico

Atlético-MG x Vitória:
nos últimos três jogos no Mineirão, a exceção do clássico, o Atlético venceu todos com gols decisivos de Diego Tardelli. A última partida do artilheiro no estádio foi em três de outubro contra o Barueri. Com mais de 47 mil ingressos vendidos, o Galo já garante seu quinto maior público no campeonato. O Vitória não terá meio time titular. O time baiano é o 3º do returno com 19 pontos, um a mais do que a equipe mineira.
Palpite: Atlético-MG

Santos x São Paulo: Vanderlei Luxemburgo não conta com cinco titulares, mas tem o retorno de Paulo Henrique Ganso, que estava com a seleção Sub-20. nas últimas seis rodadas, o Santos venceu apenas um jogo, já são três partidas de jejum na Vila Belmiro. O São Paulo tem 13 vitórias do campeonato, 9 delas conquistadas na subida que começou contra o Santos no Morumbi. Fora essa arrancada, foram apenas quatro triunfos nos outros 20 jogos do campeonato. Mesmo assim, se vencer fica a dois pontos do líder.
Palpite: São Paulo

Coritiba x Atlético-PR: depois de vencer o Inter e fazer um dos melhores jogo no campeonato contra o São Paulo, o Coxa vem de duas derrotas seguidas e está a dois pontos da zona de rebaixamento. O Atlético está uma posição e cinco pontos acima. Fora da Arena, o time de Antônio Lopes vem de um empate contra o Inter, vitória sobre o Corinthians e derrota para o Palmeiras – todas jogando melhor que os adversários. Nos Atle-tibas no Couto Pereira, pelo Brasileiro, o Coxa não vence desde 2003. Em 25 clássicos entre as equipes, o Coritiba venceu nove, foram oito empates e oito vitórias do Furacão.
Palpite: Coritiba

Internacional x Grêmio: depois que Mário Sérgio assumiu a equipe foram dois empates e uma vitória contra Náutico, Atlético-PR e Fluminense. Com o gol marcado no Maracanã, Alecsandro chegou pela primeira vez a artilharia do campeonato. No 2º turno, o Inter só fez um ponto a mais que o Fluminense que tem o pior aproveitamento. O Grêmio não terá o capitão Tcheco, Jonas, que não joga mais esse ano, e Maxi Lopez que marcou o gol da vitória no primeiro turno. Se vencer, o Grêmio diminui para dois a vantagem do maior rival.
Palpite: empate.

Goiás x Fluminense: no segundo turno, as equipes estão empatadas com 11 pontos em 11 jogos. Mesmo sem contar com Léo Lima, Hélio dos Anjos deixa Fernandão no banco. Já são quatro jogos sem vencer. O Fluminense já não perde há três jogos, com cinco pontos conquistados. No primeiro turno, uma derrota para o Goiás derrubou Vinicius Eutrópito do comando da equipe. Com a saída de Joel do comando da África do Sul, Cuca fica mais pressionado no comando da equipe. Para não cair, o Flu precisa fazer, pelo desempenho do 16º colocado hoje, mais 14 pontos dos 24 que restam.
Palpite: Goiás

Avaí x Sport: o time catarinense já não perde há cinco rodadas, com três empates por 2 a 2 (dois deles depois de estar vencendo por 2 a 0). Sem Muriqui, artilheiro da equipe com nove gols, o time conta com Léo Gago, Willian e Marquinhos. O trio marcou 17 gols na competição. O Sport é o time que ficou mais tempo na zona de rebaixamento: 28 das 30 rodadas. Fora de casa, o time vem de dois empates em jogos difíceis: Grêmio, 3x3, e Goiás, 1x1.
Palpite: Avaí

Botafogo x Flamengo: o Botafogo voltou a zona de rebaixamento graças a vitória do Santo André. Estevam Soares vai manter o quarteto ofensivo, mas Reinaldo ganha a vaga de Victor Simões. O Flamengo é o time invicto há mais tempo no campeonato. A última derrota foi há dois meses, em 23 de agosto para o Avaí. Se vencer, o time carioca entra no G-4 pela primeira vez na competição e pode chegar à vice-liderança. Será o primeiro jogo entre os clubes no Engenhão. Nos quatro clássicos disputados em 2009, três empates e uma vitória do Flamengo.
Palpite: empate.

Corinthians x Cruzeiro: nas últimas seis rodadas, o Corinthians tem uma vitória, dois empates e três derrotas, sendo duas delas no Pacaembu. Ronaldo volta ao time após cumprir suspensão. No Mineirão, o atacante perdeu um pênalti e fez um gol contra o ex-clube. Sem perder fora de casa desde o dia 2 de agosto, o Cruzeiro é o melhor visitante do campeonato com 49% de aproveitamento. No ano passado, o grande problema do time de Adilson era não vencer fora do Mineirão. O Cruzeiro é o melhor time do segundo turno com 23 pontos dos 33 possíveis. Sem centroavante, Guerrón e Thiago Ribeiro voltam a formar o ataque da equipe.
Palpite: empate.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Pintou o vice-campeão?

Quando o líder vence um jogo difícil é normal que se imagine ‘pintou o campeão’. Mas o que acontece se o líder só conquista um ponto contra Avaí, Náutico, Flamengo e Santo André? E se o líder tiver vencido jogos como o do Cruzeiro, Barueri e Atlético-PR jogando pior que seus adversários? Pintou o vice-campeão?

A rodada do final de semana poderá decretar o fim da gordura que o Palmeiras adquiriu durante o campeonato. Para ser campeão, poderá precisar literalmente vencer a final contra o Atlético-MG.

O pior momento do time no campeonato coincide com a ausência de Diego Souza nos jogos contra Avaí e Náutico e depois em seu retorno pífio da seleção. Sem marcar gols há três partidas fica evidente a dificuldade do time em criar sem o brilho de seu principal jogador.

Se o Palmeiras for campeão, muito terá de Diego Souza na conquista. Se for vice, muito terá da falta que o bom futebol do meia faz na reta final do torneio.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A reação de Atlético e Cruzeiro em sete rodadas.

No dia 8 de setembro, depois que São Paulo, Inter e Palmeiras abriram vantagem sobre o Atlético-MG, eu disse, neste espaço, que os três brigariam pelo título porque conseguiram superar mais rapidamente os problemas que todas as equipes têm durante o campeonato. Três dias depois, disse também que o Cruzeiro não chegaria à Libertadores, devido ao mau desempenho nas dez primeiras rodadas da competição.

Pode ser que aconteça do Atlético não ser campeão e do Cruzeiro não ficar com uma das quatro vagas, mas os dois estão a quatro pontos de desvantagem dos objetivos e restando oito rodadas.

O que aconteceu depois do início de setembro foi a arrancada do Cruzeiro com cinco vitórias e um empate em sete rodadas. No mesmo período o Galo venceu quatro, empatou um e perdeu dois jogos. Além do bom rendimento dos mineiros, os adversários estão com desempenho bem abaixo do que tiveram durante todo o campeonato: o Palmeiras fez 10 pontos em sete jogos, o São Paulo nove e o Inter apenas seis.

A fase ruim que vivem os três pode passar e nem com um bom aproveitamento o Atlético conseguir conquistar o título ou o Cruzeiro a vaga na Libertadores. Se em quarenta dias e sete rodadas tanta coisa mudou, ainda faltam 47 dias e oito jogos para cada um terminar o Brasileirão. Não dá para cravar quem chega aonde, dá pra dizer que Atlético e Cruzeiro vão sim, brigar até o final.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Essa Argentina vai à Africa...e só.

A Argentina está na Copa. Maradona está dando peixinho e xingando a imprensa argentina de tudo o que pode e o que não pode. Uma das seleções mais tradicionais do mundo fez sua obrigação em uma eliminatória na qual 5 de 10 se classificam. No mundial, caso queira fazer um papel minimamente decente a seleção alvi-celeste precisa melhorar, e não é pouco.

O time não tem velocidade, a defesa parece muito mais velha do que experiente, Maxi Rodrigues e Jésus Navas são muito mais operários do que engenheiros na hora de armar uma jogada e talvez o pior: o melhor jogador do mundo parece um corpo estranho na equipe. Messi joga em diagonal, tentando tabelar ou romper sozinho as defesas adversárias. Não há um esquema definido, alguém que atraia a marcação para que ele jogue ou mesmo quem se apresente como opção para receber a bola.

De todos os problemas que a Argentina tem, o que não se pode colocar como preponderante para o time ter sido quarto lugar em uma competição tão fraca é a falta de qualidade. Ficou claro ontem contra o Uruguai quem tinha mais time e quem tinha mais jogadores. O principal problema da equipe está no banco. Maradona foi craque, é ídolo, emblemático, mas não é técnico. O antigo treinador, Alfo Basile, caiu muito mais pelos fracassos contra o Brasil do que pelo o que vinha jogando a Argentina.

Se quiser chegar à África do Sul e brigar como time grande, o próximo grande feito de Maradona deve ser dizer aos dirigentes da AFA: “Muito obrigado”.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Quem pode sobrar na briga pela Libertadores

No final da 26ª rodada a classificação do campeonato brasileiro tinha: Palmeiras 50, Goiás e São Paulo 45, Internacional e Atlético 44 e depois Grêmio e Vitória com 39. parecia claro: cinco times brigariam por quatro vagas na Libertadores. Três rodadas depois, o G-4 avançou 3 pontos e os líderes do segundo turno, Cruzeiro e Flamengo, tentam encostar.

A pergunta, que antes era qual dos cinco ficará de fora da Libertadores, agora parece ser quais dos cinco podem ser os “cavalos paraguaios” e surpreender negativamente e perder a vaga para quem nem estava cotado.Vamos aos candidatos para deixar a briga, excluindo o Palmeiras que jogou mal os dois últimos jogos muito em função da ausência de Diego Souza.

1- São Paulo: após a reação com nove vitórias em 10 jogos, vem jogando mal. Venceu apenas uma nas últimas cinco rodadas e olha que enfrentou Náutico, Coritiba e Santo André.

2 – Internacional: time que dava mostras concretas de planejamento demitiu o técnico faltando 10 jogos para acabar o campeonato. Fez 5 pontos nas últimas seis rodadas. Sente falta de Giuliano na seleção sub-20 e de Nilmar, negociado no final de agosto.

3 – Atlético-MG: havia feito 13 pontos nas últimas cinco rodadas até perder Tardelli para a seleção. O que dificulta a vida do Atlético é a sequência: dos nove jogos que restam, cinco são confrontos diretos: São Paulo (f), Goiás (f), Flamengo (c), Internacional (c) e Palmeiras (f),

4 – Goiás: o time não tem ambição. Briga para chegar à Libertadores, mas se não conseguir sentirá menos que os demais. Nos últimos 10 jogos, só venceu três vezes. O cansaço do time envelhecido também pode pesar na reta final.

E quem chega?
O Flamengo chegou devido à organização que Andrade deu ao sistema defensivo com as entradas de Maldonado e Álvaro. O time entende que Petkovic não marca ninguém e Adriano vive grande fase e Zé Roberto vem se recuperando. Dos últimos oito jogos, cinco foram no Maracanã e o Fla venceu todos. Nas nove rodadas seguintes, jogará cinco vezes fora de casa.

O Cruzeiro tem, após a Libertadores, aproveitamento de 58%. Desde o início do campeonato, o rendimento deixaria o time na vice-liderança. Melhor time do segundo turno, o Cruzeiro não perde fora de casa há mais de dois meses. Se acertar também o jogo dentro do Mineirão pode brigar.

O clássico dos confrontos individuais.

Em 15 minutos, o Cruzeiro sufocou o Atlético e decidiu o jogo justamente quando o rival tentou atacar e Jonílson perdeu a bola para Fabrício no ataque. No lance do gol, Wellington Paulista cabeceou sozinho devido ao mau posicionamento de Benítez. O que foi determinante para a vitória, no entanto, foram os confrontos individuais entre a defesa celeste e o ataque alvinegro.

Leonardo Silva ganhou todas de Rentería, Diego Renan se portou bem contra Carlos Alberto, Henrique e Fabrício evitaram que Márcio Araújo e Evandro dessem velocidade ao jogo. Éder Luís, claramente sacrificado, tinha problemas com Marquinhos e Gil. Sobrava Corrêa e era por ali que o Atlético criava no primeiro tempo. Ora tabelando, ora tendo espaço para carregar a bola.

A entrada de Elicarlos na vaga do machucado Gilberto poderia ter corrigido os problemas de marcação e liberado mais Jonathan e Diego para se aproximarem dos atacantes para contra-atacar. A pressão do Galo no segundo tempo se deu pelo fato de Eli cobrir Diego mas, com os volantes totalmente recuados, o time não saía para jogar. Adilson não errou na substituição, tinha mesmo que acabar com a sobra ofensiva do rival. O problema foi que o time não conseguia cumprir o planejado. A saída para assustar o gol de Carini poderia ter sido a entrada de Leandro Lima, mas o meia não se entendeu com Guérron nem uma vez.

Do outro lado, Celso tentou lançar mais um atacante e trazer Éder para buscar o jogo, fugindo do confronto com Gil. Rentería inofensivo deu lugar a Pedro Oldoni. A troca deveria acontecer, o problema é que o rendimento seguiu baixo. Alessandro tentava confundir a defesa abrindo para jogar e deixando de ser referência. Não deu certo. A entrada de Ricardinho não mudou nada. O meia, ainda muito longe do Ricardinho que se espera, dá mais qualidade ao passe, mas não conseguiu ser agudo nenhuma vez.

A apreensão da torcida pelo que fizeram os técnicos é natural. O torcedor pensa que se sai um meia deve entrar outro e que a simples entrada de um volante recuará o time. O torcedor pode pensar que é inadmissível ter um jogador da categoria de Ricardinho no banco, ainda mais se o time está perdendo e precisando de alguém para fazer algo diferente na hora de vencer uma defesa fechada. Na arquibancada o torcedor pensa isso, vendo o jogo com a emoção. No campo, o técnico tem que pensar no jogo em geral e esperar que os atletas vençam seus duelos individuais.

Diferentemente da maioria que esteve no Mineirão, eu penso que Adilson Batista e Celso Roth foram bem, mas principalmente Leonardo Silva, Marquinhos Paraná e Diego Renan melhores que os atleticanos e Benítez perdeu uma para Wellington Paulista. Daí o 1 a 0.

domingo, 11 de outubro de 2009

Atlético x Cruzeiro: dessa vez não há favorito.

Sempre que se aproxima um clássico, especialmente em Belo Horizonte onde a rivalidade é mais acirrada, o palpiteiro fica em cima do muro: “em clássico não há favorito”. Há sim. Ou alguém vai negar os números que o Cruzeiro da década de 60 vencia a maioria dos confrontos com o Atlético? Ou o Galo do final dos anos 70 e da década de 80 costumava passar tempos e tempos sem perder do rival? O mesmo acontece da segunda metade da década de 90 pra cá, mas a favor dos celestes.

Claro, nesses períodos o imponderável prevaleceu algumas vezes. Talvez por se tratar de um clássico, sim. Mas também por se tratar de futebol. Afinal, não é clássico, mas o Avaí segurou o Atlético no Mineirão. Não é clássico e mesmo assim o Barueri venceu o Cruzeiro. Todo jogo, independente dos fatores que o cercam, estão sujeitos ao mais fraco derrotar o mais forte.

Amanhã Atlético e Cruzeiro medirão forças novamente. Apesar da diferença de 8 pontos na tabela todos sabem das circunstâncias que passaram as equipes durante o campeonato e dessa vez é possível dizer: não há um favorito. O alvinegro não terá Diego Tardelli, seu principal jogador, o rival não conta com Kleber, artilheiro da equipe na temporada. Gilberto é dúvida de um lado e Éder Luís do outro.

Outro fator de equilíbrio: se o Palmeiras mantiver o aproveitamento que tem, o Atlético precisará somar mais 27 pontos dos 30 possíveis para ser campeão. Se o Atlético, quarto colocado, mantiver o aproveitamento, o Cruzeiro precisará de 26 pontos nos últimos 30 jogos para conseguir uma vaga na Libertadores.

Embora mesmo os mais experientes afirmem que se trata de um campeonato a parte, acho difícil que o fator emocional seja decisivo. Os dois times têm hoje jogadores acostumados à situação. O que pode fazer a diferença é a qualidade. Sem Tardelli e Éder vejo o Atlético com menos potencial individual de decidir uma partida. Sem Gilberto e Kleber, o Cruzeiro me parece menos consistente e organizado em campo do que o adversário.

O jogo pode ser decidido em uma falta de Corrêa ou Ricardinho. Em uma arrancada de Diego Renan ou Jonathan. Em um lance de oportunismo de Rentería ou Wellington Paulista. O imponderável pode acontecer e uma goleada sair para qualquer lado, mas dessa vez, torcedor, vá ao estádio sabendo que o jogo será equilibrado.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Diego dependência

Já são 28 rodadas e eles são um dos jogadores que mais atuaram na competição. Diego Tardelli foi titular em 23 e Diego Souza participou de 25, sendo um deles saindo do banco.

Foram poucos os jogos quem que Atlético e Palmeiras não contaram com seus principais jogadores, mas foram o suficiente para fazer falta. Com Tardelli em campo, o time mineiro somou 44 dos 47 pontos que tem no Brasileirão. O aproveitamento do time de Celso Roth com Tardelli é de 64%.

Diego Souza participou da conquista de 53 dos 54 pontos do Palmeiras. Sem ele, derrotas para Vitória, Coritiba e empate com o Avaí. O camisa 7 estava no banco de reservas contra o Coritiba, anda na primeira rodada do campeonato. Entrou no segundo tempo e participou do gol de Keirisson que deu a vitória ao time paulista.

Na próxima rodada, o Atlético sem Tardelli enfrenta o Cruzeiro e o Palmeiras não terá Diego Souza contra o Náutico. Pela diferença dos adversários, pode ser que o Galo sinta mais o desfalque, mas está provado a falta que os Diegos fazem às suas equipes.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O túnel da discórdia.

O cruzeirense vai dizer que o Cruzeiro sempre ficou no túnel da direita e mesmo assim o Atlético já ganhou e perdeu vários clássicos. Que é implicância de Alexandre Kalil brigar pelo vestiário e na verdade o que quer o clube alvinegro é pressionar o bandeira que corre a frente do banco.

O atleticano vai dizer que o túnel é usado pelo seu time em todos os jogos, exceto em clássicos, e que é direito do mandante ficar ali. Que o vestiário é mais amplo, que se o técnico e jogadores do Cruzeiro não pressionam o assistente, o Atlético também tem o direito de não pressionar.

Argumentos não faltam para os dois. O que não pode mais servir de justificativa – aliás, nunca deveria ter podido – é a questão da falta de segurança em ficar próximo a torcida adversária. E é exatamente o que argumenta o presidente Zezé Perrella. Ora, o Mineirão se prepara para receber uma Copa do Mundo, pleiteia a abertura do mundial e outros jogos importantes. Como premiar um estádio que não oferece segurança aos profissionais que trabalham nele?

O túnel tem que ser invertido porque os dois têm direitos iguais. Se Atlético ou Cruzeiro for prejudicado devido à hostilidade dos torcedores rivais, cabe ao STJD julgar e tirar o mando de campo do infrator. O mais importante mesmo é parar de brigar por vestiário e pressão sob o bandeira.

Alexandre kalil e Zezé Perrella deveriam estar pensando contra quem o Palmeiras vai jogar e que bom seria se o líder perdesse pontos. Deveriam se preocupar que ano que vem a Libertadores vai terminar após a Copa do Mundo e a falta de estádio com capacidade para mais de 30 mil pessoas pode fazer a diferença negativamente em uma eventual disputa de título.

É preciso pensar maior. É preciso deixar a rivalidade provinciana de lado e ter problemas de clubes grandes. O Inter sempre jogou no Olímpico e o Grêmio no Beira-Rio, assim como o Coritiba na Arena da Baixada ou o São Paulo no Parque Antarctica. Que a partir de hoje a discussão seja em quem marcará Gilberto, se Diego Renan ganha o duelo com Márcio Araújo. Se Carini e Jorge Luís vão passar no teste contra o primeiro grande time que vão enfrentar desde que chegaram, se o Cruzeiro vai estragar a arrancada do Atlético que fez 13 dos últimos 15 pontos.

É preciso pensar grande e fazer m grande clássico, independentemente se Celso Roth ou Adilson Batista vai estar próximo ao bandeira.

domingo, 4 de outubro de 2009

Atlético: a vitória da qualidade.

É claro que o “se” não joga e por isso mesmo, analisando apenas os lances cruciais do jogo, chega-se a conclusão que o Atlético venceu pela qualidade. A partida contra o Barueri teve poucos lances de perigo para os dois lados, não fosse por Carini e depois Corrêa o Atlético poderia ter não vencido o jogo.

Fosse o jogo no 1º turno, o time paulista poderia ter tido melhor sorte. Afinal, na primeira metade do campeonato o Atlético não tinha um goleiro com a qualidade do uruguaio. Assim como não tinha um meio-campo com a precisão de Corrêa para cobranças de falta. Quem já o viu treinar sabe: o aproveitamento é assombroso.

Em um campeonato com 38 rodadas, ganha-se e perde-se por erros de arbitragem, por sorte e azar, mas chega ao título o mais competente. E competência está muito ligada à qualidade.

O Atlético precisa fazer mais 27 pontos nos 33 que restam para ser campeão. Vai precisar de jogos como esse, em que tudo vai parecer igual, até a qualidade fazer a diferença.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

27ª rodada: informações e palpites.

Atlético-MG x Barueri: nos últimos quatro jogos, o time mineiro fez 10 pontos. Apenas com Serginho no DM e sem problemas de suspensão, Roth mantém o mesmo time que derrotou o Santos, com Ricardinho no banco. O Galo pode terminar a rodada até mesmo na terceira colocação, caso Inter e Goiás tropecem. Nas últimas seis partidas longe da Arena, cinco derrotas e um empate. Dono do terceiro melhor ataque do campeonato, o Barueri fez apenas quatro gols nos últimos quatro jogos. Fernandinho, Thiago Humberto e Márcio Careca, principais armas ofensivas da equipe, estão fora.
Palpite: Atlético-MG

Corinthians x Atlético-PR: depois de estrear Defederico, Mano Menezes saca o argentino do time para promover a estreia de Edno. Ronaldo que não treinou durante a semana porque foi à Madri, não joga. Nos últimos 10 jogos, o Corinthians perdeu apenas dois, mas como só venceu três não conseguiu se aproximar dos líderes. O Furacão vem de quatro derrotas seguidas fora de casa, embora tenha jogado bem contra Palmeiras e Atlético-MG. Sem Alex Mineiro, machucado, Antonio Lopes escala Wesley na frente e volta ao 4-4-2 com Nei na lateral. No histórico, nove vitórias para cada lado e oito empates.
Palpite: Corinthians

Santo André x Vitória: nos últimos cinco jogos em casa, o Ramalhão venceu um e perdeu quatro. O jejum de vitórias já dura cinco rodadas. Marcelinho Carioca volta ao time após cumprir suspensão. O time baiano é o líder do segundo turno com 14 pontos em 21 disputados. A última derrota aconteceu no dia 22 de agosto, para o Sport. Vagner Mancini não conta com cinco jogadores, mas Roger (12 gols), Leandro Domingues (6), Neto Berola (4), Uelliton (3) e Apodí (3) jogam. Juntos, os cinco jogadores fizeram 28 dos 41 gols da equipe no campeonato.
Palpite: empate.

Goiás x Botafogo: depois de vencer Corinthians e Grêmio, o time esmeraldino chegou à vice-liderança do campeonato. Dono do segundo melhor ataque do campeonato com 48 gols, Hélio dos Anjos prepara um time super ofensivo com Fernandão, Léo Lima, Iarley e Felipe na frente. Além dos alas Vitor e Júlio César. O Botafogo empatou 13 vezes, metade do campeonato. Sete delas nos 12 jogos que fez fora do Rio de Janeiro. São apenas quatro derrotas como visitante – sem contar os clássicos. No primeiro turno, goleada do Goiás: 4 a 1 no Engenhão que deixou o Fogão na lanterna.
Palpite: Goiás.

Santos x Palmeiras: o Santos não sofre gols na Vila há quatro jogos. Kléber Pereira tem 47 gols pela equipe em campeonatos brasileiros e se marcar se torna o maior artilheiro do clube na história da competição. Antes de Luxemburgo, o aproveitamento do time era de 39%. O treinador conseguiu 52% dos pontos disputados. O Palmeiras conta com Diego Souza pela última vez antes de servir à seleção. Sem Diego, o Palmeiras de Muricy ainda não venceu. Se mantiver o aproveitamento de 64% até o final do campeonato, terminará com 73 pontos. Ou seja, quem quiser ser campeão, terá de fazer pelo menos 74.
Palpite: Palmeiras

Grêmio x Sport: Paulo Autuori poderá escalar o time principal. Apenas Grêmio, Palmeiras e São Paulo ainda não perderam dentro de casa. Péricles Chamusca tem sete desfalques, sendo três no ataque: aRce, Wilson e Cyro não jogam. Vandinho, que fez o gol da vitória sobre o Santo André formará dupla com o meia Paulinho. Fora da Ilha do Retiro, apenas 3 empates em 13 jogos conseguiu o Sport. Se vencer, o Sport deixa a zona de rebaixamento pela 1ª vez no campeonato. Pela série A, são 17 jogos entre as equipes no Olímpico, 15 vitórias do Grêmio e dois empates.
Palpite: Grêmio

Coritiba x Internacional: com 30 pontos, 5 a mais que o Santo André, o Coritiba nunca esteve tão longe da zona de rebaixamento. Marcelinho Paraíba tem 12 gols, se o gol de falta contra o Náutico fosse validado, seria um dos artilheiros do campeonato. O Inter fez 7 pontos em 7 jogos no returno, terceiro pior aproveitamento. Com três jogos sem vitórias no brasileiro e mais dois na Sul-Americana a equipe tem seu maior jejum na temporada. O único desfalque de Tite é o meia Giuliano, na seleção sub-20. Em maio, vitória do Coxa por 1 a 0 na Copa do Brasil, mas o Inter se classificou.
Palpite: Coritiba

Avaí x Cruzeiro: Silas não conta com Willian e Luís Ricardo, então terá que escalar Leonardo, terceira opção de ataque do time catarinense. Nos últimos sete jogos em casa, o Avaí perdeu apenas para o Internacional, quando não contou com Luís Ricardo e Willian. O Cruzeiro tem 18 pontos conquistados fora de casa, contra 17 em Belo Horizonte. De fato, o time é melhor como visitante do que como mandante. Wellington Paulista volta ao time. Depois de marcar três contra o Náutico, se machucou duas vezes e atuou em apenas 10 minutos contra o São Paulo. São 40 dias fora da equipe.
Palpite: Cruzeiro

Flamengo x Fluminense: nos últimos três jogos do Fla no Maracanã, três vitórias por 3 a 0. No estádio, a equipe só perdeu para Palmeiras e Cruzeiro. A defesa não sofre gols há cinco rodadas, desde a estreia de Álvaro (que não joga) e Maldonado. Com 38 pontos, precisaria vencer 9 dos 12 jogos que restam para chegar a Libertadores, caso o quarto colocado mantenha o rendimento. O Flu venceu o Avaí e o Alianza, a última vez que venceu 3 seguidas foi em fevereiro, pelo campeonato estadual. Três triunfos consecutivos só aconteceram duas vezes na temporada. Nos 5 FlaxFlus do ano, quatro empates e uma vitória do rubro-negro.
Palpite: Flamengo.