quarta-feira, 30 de abril de 2008

Adilson pode chamar o Boca para jogar...aí o Boca joga.

Muita gente diz que o Boca Juniors não é mais o mesmo. O mesmo qual? O time do ano passado já não era um timaço que ganhava de todo mundo onde quer que fosse. Chegou a última partida da primeira fase precisando de goleada, e conseguiu quase o dobro dos 4 gols necessários. Nas oitavas, fez 3 a 0 no Vélez na primeira partida e quase caiu na segunda, perdendo de 3 a 1. Nas quartas-de-final, empatou com o Libertad em La Bombonera por 1 a 1 e deslanchou no Paraguai por 3 a 0. Na semifinal, tomou de 3 a 1 do Cúcuta na Colombia, e na Argentina conseguiu fazer 3 a 0 e se classificar.
O time do ano passado tinha o mesmo ótimo Riquelme, o mesmo centroavante que varia entre o grande Palermo e um grande palerma. Palácio é o mesmo, mas seu futebol não. Caiu muito. A defesa é o ponto fraco: Morel Rodriguez só deve jogar a segunda partida. Díaz foi negociado e Cáceres vem em má fase. Maidana é bom no ataque, mas não inspira confiança lá atrás. O time de 2007 tinha Banega, volante negociado com o Valência da Espanha por18 milhões de euros no final do ano. O time campeão em cima do Grêmio jogava com Bataglia (que joga hoje), Banega, Ledesma e Riquelme formando um losango. O time de 2008 tem Bataglia e Vargas protegendo os zagueiros, Dátolo hora joga como um meia bem aberto na esquerda, hora no meio e Riquelme joga onde ele bem entender. Palácio se movimenta para tabelar com Dátolo e Riquelme e Palermo fica na área trombando em quem aparecer por ali.
No Cruzeiro, Adilson pode tirar Guilherme do time. Pecado. Não que Guilherme tenha que ser títular, Domingues é mais rápido para jogar em contra-ataques e poderia cair nas costas de algum lateral e aproveitar lançamentos de Wágner. O problema é que o treinador deve promover a entrada de Fabrício. Com isso, o Cruzeiro deve jogar no 4-1-3-2. Marquinhos Paraná ou fica na direita ou vai ser o homem encarregado de colar em Palácio, Espinoza e Thiago Heleno trombam em Palermo e Jadilson joga pela esquerda. Provavelmente Henrique marca Riquelme porque o meia joga mais recuado. Charles fica em Dátolo, mas sem se prender tanto quanto os outros volantes e Fabrício protege os zagueiros. Ramires deve jogar como um marcador dos volantes e ser o elemento surpresa - que não vai ser tão surpreendente assim pela quantidade de gols que fez e pelo número de jogadores que o Cruzeiro deve atacar os argentinos. Por fim, Wágner cai pela esquerda e arma para Moreno, solitário na frente.
Se Adilson fizer isso, deixa o time muito recuado e chama o Boca pra cima, com um contra-ataque que não deve ter tantas peças para agredir.

Boca Juniors: Caranca, Gonzáles, Maidana, Cáceres e Monzón; Vargas e Bataglia; Dátolo e Riquelme; Palácio e Palermo.

Cruzeiro: Fábio, Marquinhos Paraná, Thiago Heleno, Espinoza e Jadilson; Fabrício; Henrique, Charles e Ramires; Wágner e Moreno.

Um comentário:

Victor Hugo Antinossi disse...

Depois de armar muito bem o Cruzeiro na final do Mineiro, Adílson mexeu muito mal no segundo tempo, e ainda deu sorte do volante Fabrício achar o gol que pode ser o da classificação cruzeirense.

Trocou Guilherme por Jonathan e Wágner por Marcinho. Duas substituições horríveis. Enquanto o bom Leandro Domingues sequer teve chance de jogar!