Enquanto no Brasil e na América as equipes se degladiaram no meio da semana - em casos como o da Libertadores parecia mesmo uma batalha, já que os visitantes precisavam de proteção de escudos para cobrar escanteios - na Europa não foi diferente. Fora de campo sim. A organização perfeita de sempre.
Jogos em altíssima velocidade como os da Liga dos Campeões com um Barcelona decadente encarando um ascendente Manchester de igual para igual com Cristiano Ronaldo sumindo na hora de decidir. Zambrota foi péssimo no lance do gol, Messi jogou sozinho e o Barça mostrou-se despedaçado com Deco, Xavi, Henry e o próprio Messi sem condições perfeitas para jogar. É estranho e triste ver um time que prima por jogar bonito abrir mão de Ronaldinho Gaúcho, "machucado", como dizem que o craque está e, de fato, pode ser que esteja. O melhor Ronaldo da história do futebol não tem mais como prioridade ser o melhor do mundo. Nós que assim como ele abriamos largos sorrisos com seus dribles desmoralizantes procuramos por aí alguém que ocupe seu espaço, mas vai demorar para aparecer.
Na outra semifinal, um jogaço. O Chelsea chegou a 82 jogos de invencibilidade no Stamford Bridge. Desde 2004, os Blues não perdem em casa. Os poucos ingleses que entraram em campo na quarta-feira (8 dentre os 28 atletas utilizados) mostraram-se bem. Lampard e Gerrard fazem suas melhores temporadas comandando suas equipes. Terry e Carragher estão entre os melhores zagueiros do mundo. É uma pena a Inglaterra ter ficado de fora da Eurocopa. Essa geração de bons jogadores que sabe fazer bem mais do que mandar a bola na área para um grandalhão cabecear não conquistou nada para seu país. Nem chegou perto. Daqui a 20 dias, Chelsea e Macnhester vão decidir o campeonato de futebol mais importante do mundo. Sim, mais que o mundial interclubes ou até a Copa do Mundo.
Já na Copa da Uefa, a segundona da Europa, um tal de Zenit bateu em quem apareceu pelo seu caminho. E não foi em qualquer um não: o Villareal, vice-líder na Espanha, o Olimpique de Marselha, terceiro na França e nos alemães Bayer e finalmente Bayern. O Leverkusen, quarto na Alemanha, apanhou de 4 a 1, e o Bayern de Munique tomou 4 a 0. Por trás de um clube sem a menor tradição está Alexander Dukov, magnata da St.Petersburg Oil Terminal, uma das maiores exploradoras de petróleo do mundo. Dinheiro é o que não vai faltar ao Zenit se seu presidente assim entender. Do outro lado da decisão, o Rangers da Escócia que segurou a Fiorentina por 230 minutos e venceu nos penaltis.
Tanto na Liga dos Campeões quanto na Copa da Uefa, os tradicionais enfrentam os pré-fabricados. O Manchester tem, só comparando títulos nacionais, 16 contra 3 do Chelsea. Do outro lado, a diferença é ainda maior. O Rangers pode não ser lá muito popular no Brasil, mas tem 51 títulos escoceses. O maior vencedor nacional do mundo. O Zenit tem só um título, conquistado em 2007. Por isso, que vençam os melhores e que os melhores sejam os maiores.
Há 2 semanas
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