sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Eu errei, o Símon não.

Todo brasileiro é técnico e, pelo visto, árbitro de futebol também. Assisti a Cruzeiro e Flamengo pela televisão e na hora do lance entre Léo Fortunato e Diego Tardelli não tive dúvidas: pênalti. À medida que via o replay do lance, pelos diversos ângulos que a Globo posssibilita, minha convicção só aumentava. Até que na quarta-feira a noite, assistindo ao Sportscenter na ESPN, vi a imagem por um ângulo da linha de fundo e mudei de opinião: não houve falta.
A discussão sobre Símon, pênalti, Flamengo e arbitragem se encerra com essa imagem. Acerto do juiz e erro dos diretores, jogadores e técnico do Flamengo que jogam para debaixo do tapete erros e mais erros cometidos por eles durante o campeonato, deixando a culpa para a arbitragem.
O que tudo isso me fez pensar é sobre a idéia de se colocar recursos eletrônicos para desfazer dúvidas em lances polêmicos. Eu, mesmo com o recurso da TV, errei por quatro dias a respeito de um lance capital para o campeonato e o futuro do ano seguinte de duas grandes equipes do país. Repito, errei mesmo com o recurso da TV. Símon acertou acreditando em seus olhos. Assim como poderia ter errado, e já errou.
A questão é que nem mesmo as imagens nos garantem com convicção o que de fato ocorreu em diversos lances. Se o jogo houvesse sido paralisado e todos no estádio esperassem pelo replay para saber se aconteceu ou não o pênalti, o Flamengo possivelmente teria empatado o jogo. Até que dias depois uma outra imagem mostraria outra versão da história e retiraria o possível gol aos 47 do segundo tempo?
Assim como os árbitros erram, as imagens também podem nos enganar. Que acertem ou errem os árbitros, mas com convicção. Parabéns Símon.

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