Nem consistente, nem bom. Esse é o retrato do Palmeiras de Muricy Ramalho após seis meses de trabalho. O treinador havia encontrado no São Paulo uma forma segura de vencer os jogos: o time se defendia com absoluta tranqüilidade e conseguia superar os adversários com um bom conjunto.
Quando assumiu o Palmeiras, no final de julho, Muricy começou a alterar a forma do time jogar. Parecia claro que demandaria tempo para a equipe absorver a mudança do estilo de jogo rápido e ofensivo de Vanderlei Luxemburgo para a filosofia do novo comandante. A mudança pode ter custado o título brasileiro, embora Muricy não tenha pegado o time na liderança do campeonato.
Em 2010 já são sete jogos e o Palmeiras venceu três. Os triunfos sobre Monte Azul (1x0) e Bragantino (3x2) não mostraram um futebol vistoso e a equipe correu riscos. No teste mais efetivo que teve até aqui, contra o Corinthians, jogou mais de 80 minutos com um homem a mais e o domínio territorial do campo, poucas vezes se traduziu em domínio da partida.
As saídas de Obina e Vagner Love contribuíram para a dificuldade do início da temporada. A equipe se tornou ainda mais dependente de Diego Souza e Claiton Xavier no setor ofensivo enquanto a saída dos laterais deixa espaço demais para contra-ataques.
Até mesmo no São Paulo, Muricy não costumava começar bem o ano, mas seguro o Tricolor sempre foi. Sem a defesa sólida e um futebol apoiado na individualidade de seus dois principais nomes, o Palmeiras sai atrás na briga pela Copa do Brasil. Nem os três títulos brasileiros de Muricy, impedem de dizer: ele precisa mostrar a que veio.
Aproveitando o post para agradecer à Débora Carvalho pelo layout do blog!
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