Não é preciso que o Qatar seja eleito sede da Copa do Mundo para pensar que o futebol é o único critério que determina onde será o mundial. Copa do Mundo é muito mais do que bola no pé, gols, dribles e rivalidade. Aliás, é até isso. O evento envolve política, politicagem, cultura e é claro, muito dinheiro.
A Rússia tem tradição no futebol, é um país imenso que se recupera de anos de isolamento no regime comunista. A Rússia pode tanto quanto os Estados Unidos, Japão, Coréia ou África do Sul. A pergunta é: o que o Qatar faz na Copa do Mundo? Ou, o que a Copa do Mundo vai fazer no Qatar?
Esqueça o fator futebol – mesmo que estejamos falando do maior torneio do planeta. O país nunca disputou sequer uma partida de Copa do Mundo. O Kuwait já. República do Congo também. Assim como Trinidad & Tobago, Haiti e Indonésia. Dinheiro não falta ao país do Oriente Médio. Talento, sim.
“Ocidentalizado” pelo mercado, o Qatar pode oferecer uma Copa do Mundo híbrida no que se refere aos costumes e tradição de um povo que não se interessa pelo esporte a tal ponto. É difícil pensar em outro motivo, que não os rios de dinheiro, para que o Qatar sedie um mundial.
Futebol é negócio e isso não é de hoje. A escolha da FIFA só torna isso claro e evidente para quem não queira entender desta maneira. Vivemos o tempo em que a cada rodada do campeonato brasileiro fala-se menos de futebol e mais de mala branca, supostas entregadas, erros de arbitragem, esquemas pró A ou B. Tempo que o Qatar se torna o centro do futebol mundial.
Eu, por pura preferência, vivo no tempo do Barcelona de Messi, Xavi e Iniesta. No clube que acredita ser mais que um clube. É uma opção. Sou mais feliz assim.
2 comentários:
Marcelo, ontem vc foi brilhante no seu comentário , programa panorama esportivo, sobre o chororô dos cruzeirenses e imprensa azul com as arbitragens.
Vc a cada dia mostra sua total independência
E há quem defenda a Copa do Mundo como o grande momento do futebol. No aspecto marketing certamente é, e só. No mais, continuas brilhante. Amplexos e ósculos.
José Augusto
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