segunda-feira, 7 de julho de 2008

Impressões sobre a nona rodada do Brasileirão.

O São Paulo é pra mim o principal favorito ao título, mas precisa manter-se concentrado em ser campeão. O time que jogou bem fora de casa contra o Cruzeiro e muito bem contra o Flamengo é bem diferente do time que jogou pouco contra o Sport e nada contra o Ipatinga no Morumbi.

Ontem fui ao Mineirão ver pela primeira vez "in loco" o time de Alexandre Gallo e conferir se o Palmeiras tinha a cara de Vanderlei Luxemburgo. Me decepcionei em dose dupla. O Atlético até melhorou em relação aos outros jogos, com dois atacantes Danilinho joga mais recuado e cai pelos dois lados ficando menos previsível do que aquele jogador que só arrisca pela direita e venceu muitas vezes o duelo com Pierre. O time combateu muito pouco. O Palmeiras não conseguia penetrar, é verdade, mas acredito que mais por conta de sentir falta de Valdívia e kléber do que por boa postura dos mineiros. Faltou combate para sair no contra-ataque mais vezes como aconteceu no lance do gol e em todas as jogadas de perigo, especialmente no primeiro tempo. Do lado do Palmeiras, um time muito lento e burocrático, sentindo falta dos laterais que são a válvula de escape quando Valdívia não joga e sentiu mais falta ainda de seu camisa 10. Ontem, Diego Souza ficava perdido no meio, muito lento ao lado dos igualmente lentos Martinez e Léo Lima.

No sábado, o Cruzeiro fez um belo primeiro tempo contra o Sport e mereceria vencer o jogo pela primeira etapa que fez. Boas jogadas do trio ofensivo em alta velocidade, duas ou três defesas estupendas de Magrão e uma bola na trave de Wágner. No segundo tempo, Adilson errou ao tirar Jadilson que realmente não marcava bem e o Sport se aproveitava para avançar no espaço que o lateral deixava. No entanto, Adilson Batista poderia ter tentado corrigir a postura de seu time ao invés de sacar o jogador. Sem ter que se preocupar com Jadilson, o time pernambucano pode olhar melhor para Wágner e Ramires que sozinhos não conseguiam puxar os contra-ataques. O Cruzeiro ficou previsível e foi anulado na segunda etapa.

Destaco ainda a boa partida feita pelo Ipatinga. Apesar da apatia do São Paulo, pela segunda vez seguida, e fora de casa, o time mineiro merecia a vitória. Rogério Ceni foi o melhor em campo e os ótimos Miranda e Alex Silva sofreram com Adeilson e companhia. As chegadas de Léo Silva, Sandro (se jogar) e Marinho podem dar novo ânimo ao Ipatinga, mas fugir do rebaixamento ainda é tarefa difícil. O jogo de ontem vai ter que se repetir várias vezes para que o Ipatinga permaneça na série A.

No mais, o Grêmio já mostrou que sente falta demais de Roger. Tcheco, que pode suprir sua ausência, joga a partir de agosto, mas até lá vão ser disputadas 9 rodadas. O Flamengo continua fortíssimo no Maracanã, além de já ter mostrado também qualidade fora dele. Os laterais são os melhores do Brasil e pelo menos contra o Náutico, Kléberson foi Ibson. O Fluminense ainda não acordou para a "brincadeira do Brasileiro", mas o Goiás já. O time com Iarley e Romerito é bem melhor daquele das primeiras rodadas. E o Internacional começa a ganhar a cara de Tite. Um time bem mais competitivo do que o de Abel Braga, venceu três e empatou uma no Beira Rio, além de merecer maior sorte no Gre-nal. Pra finalizar, palmas para o Vitória que mandou 11 jogadores embora depois da primeira rodada e deu certo: nos últimos 15 pontos disputados ganhou 13 e joga em casa contra o Botafogo no meio de semana. Não acredito que esse rubro-negro brigue por título ou Libertadores, mas enfrentá-lo nesse momento é um péssimo negócio.

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