Por mais que a LDU não seja essa surpresa toda que se pintou, por ter conquistado 5 dos últimos 10 campeonatos equatorianos, por ter participado - e bem - das últimas cinco edições da Libertadores e por ser um clube estável, bem administrado, que construiu seu estádio há apenas 10 anos e investiu 6 milhões de dólares em contratações na última temporada, nem por tudo isso acredito que seja o melhor da América.
O Fluminense eliminou os dois melhores, sem ser também o mais credenciado a vencer. Afinal, Boca Juniors e São Paulo são melhores que o tricolor carioca.
O Fluminense para brilhar contou sempre com a individualidade de seus jogadores. No confronto contra o São Paulo, Rogério falhou, Thiago Silva jogou muito bem e Washington fez um gol marcado por três aos 48 do segundo tempo. Conjunto, o time não mostrou.
Contra o Boca, Fernando Henrique fez pelo menos quatro milagres na Argentina, impedindo uma goleada, e novamente o goleiro adversário falhou, garantindo um empate. No Maracanã, Dodô entrou e brilhou nos três gols, mais uma vez achei que o time de Renato Gaúcho foi inferior.
No primeiro jogo contra a LDU, um passeio, especialmente no primeiro tempo. No segundo jogo, Thiago Neves arrasou com a partida e por isso a disputa foi para os penaltis.
Em nenhum desses três confrontos, percebeu-se conjunto no Fluminense, mas por qualidade técnica de seus jogadores, o time conseguiu resolver seus jogos.
Quem é o melhor jogador da LDU? Guérron? Semana passada, postei nesse blog sobre o erro de Renato Gaúcho de deixar o meia confrontar com Júnior César que não sabe marcar. No lance do gol no Maracanã, era Ygor quem fazia a cobertura, mas foi infantilmente seduzido por Guérron que o puxou para o meio antes de levar para a ponta. O Fluminense que teve tanto cuidado para marcar o melhor do Boca, Riquelme, subestimou o melhor da LDU.
Já a Liga, mostrou-se um time sem medo, sem pudor e sem responsabilidade muitas vezes. Foi assim contra o San Lorenzo, contra o América e mais do que nunca contra o Fluminense. Um time que joga com uma linha de quatro atrás e praticamente uma linha de seis na frente. Um espaço tremendo entre o meio e a defesa, que foi bem explorado por Thiago Neves no segundo jogo. O time marca a saída de bola, e só. Depois só volta a dar combate dentro da própria grande área. Um time mais organizado, como Boca e São Paulo teria sabido ser competitivo contra essa audácia dos equatorianos.
Há 2 semanas
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