Tudo bem que o adversário era a Caldense, fraquíssima equipe de Poços de Caldas, mas Renan Oliveira fez uma partida emblemática: jogou mal os primeiros 40 minutos, depois acordou, fez um gol, participou de outros dois e foi substituído ovacionado pelo torcedor que ainda acredita no seu potencial. Renan, de 20 anos, viveu em 65 minutos tudo que sua carreira no Atlético foi até hoje.
O caso de Renan é o típico exemplo da promessa que ainda não se encontrou. Tecnicamente é muito bom, indiscutivelmente. O que o garoto definitivamente não tem é o direito de se desligar do jogo. Até teria, se fosse ótimo como Riquelme ou Alex – só para comprar com jogadores de características e movimentação parecidas. Renan Oliveira não é ótimo como os dois, não tem a capacidade para decidir a qualquer momento. Para ser tão bom quanto a maioria sabe que ele pode ser, precisará de mais esforço e tranquilidade.
Tranquilidade que sobrou no segundo tempo, após o gol. Esforço para superar marcações cada vez mais pesadas à medida que seu futebol crescer. Hoje, Renan Oliveira é bom, tem qualidades para ser bem melhor, precisa de esforço para ser o craque que disseram que ele pode vir a ser. Duas coisas não lhe faltam: técnica e tempo. Afinal, Alex foi “Alexotan” 25 anos quando se firmou no Cruzeiro. Sem querer comparar, Renan precisa o mesmo que conseguiu Alex com Vanderlei Luxemburgo no Cruzeiro: acordar.
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