quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O Atlético não precisa ser rebaixado

Desde que Renato Gaúcho marcou de barriga o gol do título estadual do Fluminense em cima do Flamengo se fala em "maldição do centenário" no Brasil. O Grêmio quase caiu em 2003 e o Botafogo retornou à Série A em 2004 e por pouco não foi bi-rebaixado. Dentre os clubes grandes, só o Vasco quebrou a escrita: foi campeão da Libertadores em 1998.
O Atlético desse ano perdeu o Mineiro com uma goleada de 5 a 0 aplicada pelo maior rival - a maior já sofrida em clássicos. Do dia 27 de abril até 27 de agosto, o Atlético ainda sofreu 5 x 1 do São Paulo, 4 x 0 e 5 x 2 do Botafogo, 6 x 1 do Vasco e ainda 4 x 0 do Grêmio.
Seis goleadas em quatro meses. Se excluirmos janeiro, uma vez que o Galo só jogou uma vez (e perdeu pro Democrata de Sete Lagoas) é quase uma goleada a cada 30 dias. Por outro lado, o time fez 4 a 0 no Atlético-PR e 4 a 2 no Ipatinga, placares mais expressivos contra times da primeira divisão.
São 70 gols sofridos em 45 jogos, a pior média da história do clube.

No campeonato brasileiro, restam 16 rodadas e se conquistar 17 pontos, o Atlético não será rebaixado. Com Geninho, Gallo ou Marcelo Oliveira o time sempre teve aproveitamento maior que os 33% necessários para se salvar.

Agora responda: depois de tanta humilhação no ano mais festivo de sua vida, o Atlético ainda precisa ser rebaixado?

Um comentário:

Anônimo disse...

Começo a entender o tal “fanatismo” da torcida do Galol. Não fossem seus torcedores fazendo questão de nos lembrar que essa porra existe absolutamente ninguém notaria. Quase uma lenda urbana passada de pai para filho, mantendo-se viva de algum jeito através das gerações. A diferença é que se vc procurar bem, descobre que ela lamentavelmente existe, para espanto e consternação geral.

Nem o fracasso dos fracassos leva o nome do Clube Atlético Mineiro. Compreender a sua pequeneza exige esforço descomunal, beirando os limites da mente humana. Fenômeno incompreendido tanto pela ciência como pela religião. A menor parte do nada possui a extensão do tudo posta ao seu lado. Um instante perdido num átimo perdido num momento, um vácuo dentro de outro vácuo, o contrário do infinito. Não há como se definir o Clube Atlético Mineiro.