terça-feira, 29 de junho de 2010

Análise e palpites das quartas-de-final da Copa.

Brasil x Holanda: o time de Dunga joga o futebol mais seguro da Copa. A boa defesa corre poucos riscos durante os jogos. O contra-ataque funciona, como se viu contra Chile e no segundo tempo contra Costa do Marfim. Robinho, Kaká e Luís Fabiano podem decidir em um lance furtuíto. Individualidade e contragolpe: é no que o torcedor brasileiro mais pode contar contra o holandeses.

O time europeu é muito técnico e rápido. Melhorou após a entrada de Robeen e a ida de Kuyt para o lado esquerdo do ataque. Teve dificuldades de encontrar espaços durante a Copa e dos sete gols que marcou, três foram nos 10 últimos minutos de jogo, justamente quando o adversário saía para jogar. Não marca tão forte e tem a defesa lenta, especialmente pelo lado esquerdo com Gio.

Palpite: Brasil.

Uruguai x Gana: o time sul-americano sofreu apenas um gol na Copa, após falha de Muslera contra a Coreia do Sul. Oscar Tabárez mudou a forma do time jogar após o empate contra a França, recuando Fórlan e colocando Cavani no time. Fórlan faz a equipe jogar e Cavani abre espaço para Luís Suárez dentro da área. Tabárez ainda não sabe se contará com Godin que saiu machucado contra a Coreia. A última vez do Uruguai nas semifinais foi em 1970 quando perdeu para o Brasil, jogo do lance histórico da finta de corpo de Pelé sobre Mazurkiewicz.

A equipe ganesa faz história, chega a uma quarta-de-final em sua segunda Copa do Mundo e pode ser o primeiro africano entre os quatro primeiros. Em 2010, só marcou dois gols uma vez: contra os EUA e mesmo assim precisou da prorrogação. Também não levou dois gols em nenhuma partida. Ayew e Mensah, suspensos, ficam de fora. Gyan, com dores no tornozelo direito ainda é dúvida.

Palpite: Uruguai.

Alemanha x Argentina: o jogo do conjunto contra a individualidade. A Alemanha de Joachim Low é quem melhor utiliza o 4-2-3-1, com Muller, Ozil e Podolsky jogando em diagonal com velocidade. Pode ser a arma letal contra a Argentina que ataca de forma quase irresponsável e tem a defesa lenta. Muller e Podolsky devem jogar em cima de Henzie e Otamendi, que saem pouco para o jogo, mas tem pouca proteção dos meias. Se Ozil conseguir fugir de Mascherano na faixa central, os alemães terão espaço para tabelar à frente da defesa e servir Klose.

Caso consiga deter os avanços do adversário, a Argentina conta com Messi, Di Maria, Tévez e Higuaín para decidir o jogo. O lado esquerdo da defesa alemã, com Boateng, já mostrou falhas e Neuer não é seguro. Com 10 gols no mundial, o time de Maradona tem o melhor ataque da Copa e pode ser ainda mais efetivo se Messi passar a aproveitar as oportunidades que cria.

Palpite: Alemanha.

Paraguai x Espanha: é, na teoria, o confronto mais desequilibrado das quartas-de-final. O time paraguaio chega com o pior ataque entre os oito finalistas. Fez apenas três gols e está a duas partidas sem marcar. É um time armado para jogar na defesa e o faz com qualidade. Sofreu apenas um gol, contra a Itália após falha do goleiro Villar em cobrança de escanteio. Nunca havia ido tão longe em uma Copa.

A Espanha, mais uma vez, encontrará um time fechado e que tentará derrotá-la em contragolpes. O time de Vincente del Bosque é quem mais tem a posse de bola na Copa, mas tem dificuldades de criar situações de gol. De um lado do ataque, Fernando Torres, que chegou para ser protagonista, ainda não marcou. Do outro, David Villa tem quatro gols, é artilheiro ao lado de Vittek e Higuaín e se marcar mais três chega a 45 com a camisa da Espanha, ultrapassando Raúl e se tornando o maior artilheiro da história da seleção. A Fúria nunca chegou a uma semifinal.

Palpite: Espanha.

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