Portugal só se defendeu é verdade, mesmo assim a Espanha pouco produziu depois que a marcação sobre o lado esquerdo do ataque foi corrigida pelo time de Carlos Queirós. A dificuldade espanhola para jogar de forma objetiva chegou ao quarto jogo no mundial e, apesar da classificação, fica claro que o futebol que se esperava ainda não apareceu.
Vincente del Bosque arma o time ofensivamente com Busquets e Xabi Alonso como volantes e homens da saída de bola. Xavi centralizado à frente deles, David Villa aberto pela esquerda entrando em diagonal e Iniesta se movimentando sem guardar posição. Do lado direito, Sérgio Ramos joga sozinho e na frente Fernando Torres não faz bom mundial, tanto que a equipe melhorou após a entrada do apenas regular Lloriente.
A Espanha do toque de bola é também o time que sai com mais gente para atacar de uma vez só no mundial. Puyol e Piqué tem praticamente o apoio apenas de Busquests quando a equipe é contra-atacada. O problema de rodar demais a bola e não conseguir definir o lance é encontrar um adversário que aproveite os espaços deixados – como fez a Suíça na primeira rodada.
Alternativas para mudar a forma do time jogar, del Bosque tem. Fabregas é o jogador do passe mais aprofundado, David Silva, Pedro ou Jesús Navas podem jogar pelos lados do campo, encostando em Sérgio Ramos e criando alternativas também pela direita. Quem sai? Busquets seria a melhor opção. Xabi Alonso pode funcionar como primeiro volante e Xavi como segundo.
Pelas alterações promovidas durante a Copa, o treinador parece distante de pensar assim. A Fúria ainda não mostrou força de favorita, mas está viva e pode chegar à primeira semifinal de um mundial em sua história.
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