A manchete do Estado de Minas dessa segunda-feira traz claramente quem é o vilão da derrota do Cruzeiro no Morumbi. Mas qual foi a culpa de Adilson? Eu também não entendi a entrada de Maurinho no lugar de Thiago Ribeiro. Não deu tempo. Um minuto depois o Cruzeiro levou um gol de cabeça, jogada que o São Paulo vinha explorando desde o início da partida e a defesa sempre levou desvantagem. O Cruzeiro levria o gol de cabeça e depois o gol de falta com ou sem Thiago Ribeiro no time.
A intenção de Adilson talvez fosse adiantar Wagner, que vinha sendo muito bem marcado por Jean, e evitar o contato dos dois. Maurinho iria prender Jorge Wagner na defesa e evitar a maioria dos cruzamentos do São Paulo. A entrada do lateral resolveria o problema da bola alçada e ainda seria uma arma para os contra-ataques. A idéia, se fosse essa, parecia ser boa, não fosse o gol de André Dias um minuto depois.
Acredito que a derrota do Cruzeiro se deu mais pela falha de marcação no jogo aéreo do que na mudança do treinador. 10 dos 31 gols que o Cruzeiro sofreu no campeonato foram de cabeça. Talvez aí esteja a culpa do treinador e de seu auxiliar Ivair Júnior que faz trabalhos específicos com o sistema defensivo. Não se pode deixar de considerar, no entanto, que o técnico não pode controlar o jogador dentro de campo. Se Fabrício, que marcava André Dias nas bolas paradas, conseguiu anular o adversário em todos os lances, mas chegou atrasado em um, esse um foi o suficiente pro gol.
Assim como é costume no futebol algumas “muletas” de comentaristas que na dúvida dizem que “é preciso jogar pelas laterais”, que “é preciso arriscar mais de fora da área”, que “o time não pode se intimidar com o adversário e precisa ir pra cima de qualquer maneira”, virou “muleta” criticar Adilson por toda e qualquer derrota do Cruzeiro.
Há 2 semanas
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