Quando o jogo começou no Mineirão, o Atlético já vencia por 1 a 0. Ok, dois minutos depois, aí sim o placar foi aberto. Na primeira bola que teve o time mineiro, virada rápida para a direita e o chute cruzado de Carlos Alberto que encontrou Diego Tardelli se antecipando ao zagueiro.
Atrás no placar, o Santos tentava fazer seu jogo de passes rápidos e ultrapassagem, mas Vanderlei Luxemburgo tinha o antídoto: recuou Muriquí quando não tinha a posse da bola, formando uma linha de quatro no meio-campo com Correa e Fabiano centralizados e ainda Ricardinho pela esquerda. Mais recuado, Zé Luís e por último alinha de defensores. Muriquí acompanhava Pará e Ricardinho vigiava George Lucas, que não sobe tanto. Travado e sem conseguir encurralar o adversário, o Peixe se arriscava pelo meio facilitando a vida dos três volantes atleticanos e oferecendo a eles o contra-ataque.
Com a bola, Muriquí voltava a ser atacante e Diego Tardelli, em noite infernal, fez três gols. Mesmo sem ser centroavante, dois deles marcados de puro oportunismo. Nove gols do artilheiro em nove jogos desde que Obina se contundiu e saiu do time. Antes disso, 10 jogos e cinco gols. Como já foi dito neste espaço outras vezes, não é preciso ser um poste para ser homem-gol. A figura do centroavante é importante, mas não indispensável.
Com Robinho e André jogando menos do que já fizeram em 2010, graças a ótima atuação de Jairo Campos e Werley, e sem conseguir parar o camisa 9 atleticano, o Santos jogou pior que o adversário, durante toda a partida, pela primeira vez na temporada. O time de Dorival teve bons momentos depois que sofreu o primeiro gol até a metade do primeiro tempo e nos 15 minutos finais de jogo, especialmente após a entrada de Renan Oliveira que não conseguiu nem conter as subidas de Pará e tão pouco percebeu a intensidade do jogo.