sexta-feira, 2 de abril de 2010

Fabiano: muito mais que o genro de Luxemburgo.

Já são sete gols na temporada, nada mal para um volante. Volante? Do total, Fabiano marcou seis como autêntico centroavante - apenas um de fora da área. O jogador começou a carreira no São Paulo como quarto homem de meio-campo, mas nunca foi armador clássico. Já jogou de segundo atacante, terceiro homem de meio, segundo volante e até ala direita. Talvez até por tanta versatilidade, é difícil escala-lo em determinada posição e esperar que Fabiano não ocupe o espaço de outro jogador.

O Atlético de Vanderlei Luxemburgo atua no 4-2-2-2 com Zé Luís e Fabiano a frente da defesa, Júnior/Ricardinho e Renan Oliveira na armação, Diego Tardelli e Obina na frente. Tardelli sai da área mais do que o fazia em 2009, faz menos gols também, mas requer a mesma preocupação. Obina prende os zagueiros com ele e sobra espaço para quem vem de trás.

Enquanto houve disputa contra a Chapecoense, o volante era a melhor opção. Com Muriquí e Diego Tardelli abertos, sobrava espaço da defesa catarinense. Tímido, Renan Oliveira apareceu pelo meio apenas na jogada do primeiro gol em que Fabiano, sem inibição, penetrou livre.

A preocupação de Vanderlei Luxemburgo é com os espaços que a equipe alvinegra não pode, mas cede com o avanço do jogador. Coelho e Leandro são lentos na recomposição e, para um adversário mais rápido e qualificado, esperar o Atlético pode ser fatal. Se quiser continuar “pagando os 10%” ao genro, como tem brincado Vanderlei, o treinador vai precisar se preparar melhor para não ser surpreendido.

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