Foram 10 partidas até o início da tarde de segunda-feira e 16 gols marcados na Copa do Mundo. A média é a menor da história dos mundiais, levando-se em consideração os primeiros dez jogos. A Copa do Chile, em 1962, apresentava a pior média: 20 gols foram anotados e a média final do torneio foi de 2,78. No caminho inverso, 48 marcados nas primeiras dez partidas no mundial de 1934.
A pouca quantidade de gols pode ser explicada pela entrega tática e o sistema da moda com quatro defensores que se arriscam pouco ou nada e cinco jogadores no meio-campo.
A formação visa dificultar a saída de bola, utilizando os meias para bloquear os lados do campo, o atacante e o meia que joga centralizado atrapalham zagueiros e volantes a tocar a bola pelo meio. Na defesa, a linha com quatro homens tem sempre alguém na sobra caso um adversário leve vantagem no confronto individual. Os volantes protegem essa linha e contam ainda com a recomposição dos que atrapalham o início das jogadas.
A Alemanha tem, em sua linha de frente, Podolsky, Muller, Ozil e Klose. A equipe que melhor funcionou até aqui se aproveitou do confronto tecnicamente menos equilibrado da Copa.
A formação já era parecida em algumas seleções de 2006. A França, vice-campeã mundial, com nove gols marcados e três sofridos em sete jogos, tinha Henry na frente com Malouda, Zidane e Ribery atrás, Makelele e Vieira protegendo Sagnol, Gallas, Thurram e Abidal. A média de gol dos jogos envolvendo os franceses foi de 1,7.
A Internazionale de José Mourinho venceu a Liga dos Campeões com Milito na frente, Eto’o, Sneijder e Pandev na armação, Cambiasso e Thiago Motta à frente da defesa e Maicon, Lúcio, Samuel e Zanetti na primeira linha. Nos mata-matas, 13 gols em sete jogos da Inter. Média de 1,85 - sendo apenas três sofridos.
O Barcelona, por vezes, se utiliza do sistema com Ibrahimovic na frente, Iniesta pela esquerda, Messi no meio e Pedro pela direita. Xavi e Busquets (ou Touré, ou Keita) logo atrás. Na defesa, Dani Alves, Pique, Puyol e Maxwell. Altamente ofensivo, o Barça é exceção. Libera os laterais, Xavi joga como meia e Messi procura por espaço em qualquer setor próximo à grande área. Para jogar como o time de Guardiola, mais do que obediência tática, é necessária qualidade técnica.
O esquema 4-2-3-1, que varia para o 4-1-4-1, não precisa necessariamente ser defensivo, mas mostra que o normal é apostar em jogos de poucos gols.
Confira o número de gols nos dez primeiros jogos das 19 Copas e a média final de cada mundial.
2010: 16 gols. Média: - -.
2006: 25 gols. Média: 2,30
2002: 29 gols. Média: 2,52
1998: 26 gols. Média: 2,67
1994: 23 gols. Média: 2,71
1990: 25 gols. Média: 2,21
1986: 22 gols. Média: 2,54
1982: 32 gols. Média: 2,81
1978: 27 gols. Média: 2,68
1974: 21 gols. Média: 2,55
1970: 28 gols. Média: 2,97
1966: 27 gols. Média: 2,78
1962: 20 gols. Média: 2,78
1958: 35 gols. Média: 3,5
1954: 46 gols. Média: 5,38
1950: 31 gols. Média: 4,00
1938: 45 gols. Média: 4,66
1934: 48 gols. Média: 4,12
1930: 28 gols. Média: 3,89
3 comentários:
O Dunga usou a seguinte receita para fazer 3 gols nos EUA na final da copa das confederações:
1 - Dois atacantes dentro da área para não deixar os zagueiros com sobra.
2 - Um meia rápido (Kaká) bem aberto para fazer jogadas de linha de fundo e puxar a marcação de um zagueiro direto e outro na cobertura.
3 - Colocar um volante entrando dentro da área para puxar a marcação dos volantes.
4 - Contar com a retranca do adversário e desguarnecer o meio de campo enquanto está atacando.
5 - Torcer para o cruzamento ser preciso e a competência dos atacantes.
É a jogada de pressão da seleção.
De resto, são contra-ataques e jogadas de bola parada.
Um ponto positivo para o Dunga são os treinos fechados. Se ele usou para treinar jogadas ensaiadas de bola parada...
Elas serão fundamentais em jogos mais disputados.
A média foi de 2,87 gols em 2002 e 2,43 em 2006. Alguém realmente acha que o nível técnico caiu tanto assim de lá pra cá? Ou que a filosofia de jogo ficou tão mais defensiva? Na minha opinião, a culpa é dessa JABULANI horrorosa, assassina de jogadas. Só quem é craque aprende a jogar com uma bola tão diferente em 2 semanas. Detalhe q a liga alemã usou ela na última temporada, o q justifica em parte o desempenho da Alemanha.
quero dizer, a bola tem uma certa parcela de culpa
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