O segundo empate da Copa deve ser mais lamentado pelos franceses do que uruguaios. A equipe de Oscar Tabarez carece de qualidade técnica para servir os atacantes Suárez e Forlán – bons, mas sem quem os abasteça. O Uruguai é lento e não tem criatividade. Da Celeste Olímpica não se pode esperar muito mais do que o mostrado. À França cabia montar seu jogo para que Ribéry, tecnicamente o melhor do time, pudesse jogar.
Não foi o que fez Raymond Domenech. Com o ponta do Bayern de Munique isolado na esquerda longe de Anelka e Govou, a França carecia de diálogo entre os atacantes. Chegava bem no primeiro tempo somente quando Diaby arrancava do meio eu direção ao trio de ataque. Mesmo jogando mal, Govou e Gourcuff demoraram a deixar o campo de jogo. Alternativa boa para melhorar a movimentação e aproximação do meio-campo seria Nasri, do Arsenal, que Domenech preferiu não convocar.
O primeiro jogo da insegura França aponta para os problemas que o treinador tem em montar a equipe e dar conjunto a um grupo que utiliza muito pouco o seu principal jogador. Nasri, pela movimentação e aproximação que proporciona, fez falta contra os uruguaios. Henry, preferido entre os jogadores, merece a titularidade na vaga de Govou. Em suma, os Blues foram mal convocados, mal escalados e mal treinados. Problemas não faltam para Domenech e o treinador parece longe de saber como resolve-los.
Um comentário:
Pelo histórico com o Brasil e a mão do Henry, torço para que a França não se classifique neste grupo.
O problema são os adversários.
Acho que o Uruguai, por já ter jogado com a França, pode ser um dos classificados.
Torço para que a África do Sul, com o apoio da torcida, também se classifique.
Sem Zidanne, a França não é sombra da equipe da última copa.
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