quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Com Tirone, Palmeiras terá paz política, mas o futebol ainda preocupa

O fato do pleito para presidente do Palmeiras ter três candidatos, sendo dois da situação, mostra a divisão existente dentre os conselheiros do clube. A desunião é grande ao ponto de Osório Furlan, candidato a vice de Salvador Hugo Palaia, dizer que negociaria Valdivia com o Fluminense caso a chapa saísse perdedora. Venceu a oposição de Arnaldo Tirone e Roberto Frizzo. A escolha parece a melhor do ponto-de-vista político. Tirone parece ter mais habilidade para lidar com a confusão política instalada dentro do clube. Um pouco de paz faz bem ao Palmeiras nesse momento. Para gerir o futebol, Paulo Nobre parecia ter ideias mais concretas.

No ano passado, o Palmeiras foi 11º colocado no Campeonato Paulista, 10º no Brasileiro, foi eliminado da Copa do Brasil pelo Atlético-GO (16º no campeonato nacional), e caiu na Sul-Americana para o rebaixado Goiás. O clube não contratou um reforço convincente, mas mesmo assim Tirone se disse otimista em relação ao desempenho do time – em entrevista à Rádio Globo antes das eleições.

Diante da afirmação, ainda o questionei: “Esse time vai brigar pelo o quê em 2011?”. O novo presidente disse que com mais dois ou três reforços, o Palmeiras será candidato ao título em todos os campeonatos que disputar. A não ser que o perfil das contratações mude, é difícil ser tão otimista quanto Tirone.

O futebol deve ser a base de formação de um círculo virtuoso dentro de um clube. Um bom time resulta na valorização de seus jogadores, no aumento da arrecadação com venda de ingressos e produtos do clube, com maior exposição na mídia e, consequentemente, melhores contratos de patrocínio. Vale o exemplo do Santos, que montou um bom time e, além das propostas por suas principais estrelas, recebe boas ofertas pelos coadjuvantes como Wesley e Zé Eduardo.

Tirone fala em investir nas categorias de base e não se desfazer dos principais jogadores – Kléber e Valdívia. A ideia é boa, mas o modelo não é original. Vai depender de uma boa safra de jovens – o que não aparece no clube há algum tempo. Ainda que a projeção não seja exatamente otimista, há um lado positivo: com um presidente definido, o ano finalmente começa para o Palmeiras.

Um comentário:

enzo disse...

SERÁ...VC VIU A DE ONTEM....