O Santos entrou em campo do jeito que o torcedor queria. Com Zé Eduardo como centroavante, Neymar na ponta-esquerda e Diogo na armação. O Cerro Portenho tinha a postura clara: três zagueiros, Ivan Piris como lateral direito, mas sem passar do meio-campo, apenas marcando Neymar. Uma linha de quatro no meio com Iturbe a frente e Nanni isolado na frente.
O Santos não era ofensivo como se esperava. Ou pelo menos, não conseguia atacar como o torcedor imaginava. Simplesmente colocar as peças em campo, não fez o time de Marcelo Martelotte jogar. Mas deu o contra-ataque ao adversário. Burgos e Nuñez tinham campo para sair jogando e Iturbe era perigoso com o espaço cedido. No primeiro tempo, os paraguaios estiveram mais perto do gol.
Com Adriano marcando Iturbe, o perigo oferecido pelo adversário diminuiu. Diogo mais centralizado e Elano como meia direita, o Santos cresceu no segundo tempo. O gol sai de jogada de Diogo, por dentro, fazendo o passe para Zé Eduardo. Com o Cerro anulado, o Santos tinha condições de matar o jogo. Criou boas chances com Léo, Jonathan e Diogo. O gol de Nanni no final parece castigo pelo segundo tempo, mas o resultado é justo pelos 90 minutos.
Na Libertadores, competir é mais importante do que agradar. Jogar no ataque a qualquer custo não resolve os problemas do Santos. A culpa pelo empate não é de Marcelo Martelotte, assim como não era de Adilson. Hoje, a equipe não tem Ganso, nem Arouca. A comparação com o insinuante time de 2010 é ainda mais injusta. Wesley, Robinho e André não estão mais na Vila. O time passa por um processo de mudanças e poderia até jogar mais, mas a pressão pela imposição do tal “DNA ofensivo” vira fantasma. Tivesse competido mais, tivesse pensado que dentro das circunstâncias, vencer por 1 a 0 não é feio, não estaria hoje na situação desconfortável que se encontra dentro da competição.
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