O Ipatinga tem o segundo pior ataque do campeonato com 29 gols marcados. Se passar em branco contra o Cruzeiro vai atingir a média de 1 gol por partida. O time não marcou pelo menos um gol em 11 jogos nesse Brasileirão. Vários argumentos apontam para a fragilidade do setor ofensivo do Tigre, mas uma curiosidade: o Ipatinga é, ao lado do São Paulo, a equipe que mais marca gols no final das partidas. Quase metade dos gols da equipe mineira saíram após os 30 minutos do segundo tempo.
Foram 13, sendo que três valeram vitórias (2 contra o Fluminense e um contra o Internacional) e mais três valeram empates (contra Goiás, São Paulo e Santos). São 9 pontos conquistados dessa maneira. Os outros sete não interferiram diretamente no resultado das partidas. Quatro desses gols foram anotados por jogadores que saíram do banco de reservas. Adeílson, artilheiro da equipe com seis, marcou somente dois na primeira uma hora de jogo (contra Vasco e Atlético-MG).
O atual bicampeão brasileiro também marcou 13 gols nos últimos minutos. Venceu o Botafogo e o Cruzeiro (dois) e empatou com Atlético-PR, Palmeiras e Figueirense. Assim como o Ipatinga conquistou nove pontos. O artilheiro do "apagar das luzes" no Tricolor é Éder Luís que marcou todos os seus cinco gols no campeonato após os 30 minutos do segundo tempo. Cinco jogadores que não começaram jogando marcaram nesse período da partida.
Os motivos pelos quais os gols saem é que me parecem ser diferentes: enquanto o Ipatinga precisa se atirar desesperadamente contra seus adversários para buscar os resultados, enche o time de atacantes e conta certas vezes com o relaxamento dos rivais, o São Paulo é um time mais consciente, maduro, com bom preparo físico e opções no banco de reservas. Tanto que os 13 gols marcados pelo Tricolor representam 28% dos 46 marcados pela equipe em toda a competição. No Tigre, somam 45%.
Há 2 semanas
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