Desde o primeiro jogo a frente da seleção, Dunga precisou provar que tinha condições de permanecer. O Brasil venceu a Argentina duas vezes por 3 a 0, goleou Portugal e agora derrotou a Itália, jogando muito bem, especialmente no primeiro tempo. O maior problema do treinador tem sido montar o time para jogar contra equipes de menor expressão que se fecham e não dão espaços ao Brasil.
Acredito que em amistosos e jogos de eliminatórias quando os jogadores se reúnem faltando pouco tempo para as partidas seja difícil identificar se o problema é o técnico ou não. Sigo com a má impressão deixada nas Olimpíadas, na Copa América (apesar do paradoxo de uma grande exibição na final) e no mês que a seleção ficou reunida entre a vitória contra o Canadá e o empate contra os argentinos no Mineirão. Nesses três períodos, o Brasil não evoluiu em nada, técnica e taticamente. Isso é o que preocupa, visando uma Copa do Mundo.
A cotação de Dunga certamente subiu após as duas últimas exibições. Vencer a Itália e jogando bem vai render boas noites de sono ao treinador, ainda mais após a saída de Felipão do Chelsea - apesar do treinador não ter dito, ou deixado pistas, que pretende voltar ao comando da seleção.
Os próximos compromissos do Brasil serão contra o Equador, em Quito, e o Peru, em Porto Alegre. Depois vem o teste de fogo: Uruguai em Montevidéu, o líder Paraguai (possivelmente no Mineirão) e na sequência a Copa das Confederações, com Itália, EUA e Egito no grupo. Junho será decisivo na gangorra de Dunga na Seleção.
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