segunda-feira, 9 de novembro de 2009

As finais de campeonato do Atlético

A sensação que tinham os mais de 60 mil torcedores do Atlético quando deixavam o Mineirão era de que o time havia perdido a final do campeonato para o Flamengo naquela tarde. Ou pelo menos, uma das finais. Ainda mais levando em consideração que o time mineiro poderia ter retomado a liderança do campeonato caso conquistasse a vitória.

É desnecessário falar sobre a importância do confronto direto, mas é bom lembrar o desempenho de cada equipe nesses jogos. Ainda restam Internacional e Palmeiras para encarar. O Colorado é o pior, entre os seis primeiros, nos jogos de seis pontos. Em aproveitamento, o time paulista é o segundo.

Absolutamente vivo na briga, o Atlético terá, como todos os outros, quatro finais. Mas duas delas são mais decisões que as outras.

Falando sobre o jogo, a mudança de Celso Roth, colocando Renan no meio-campo ao lado de Jonilson para tentar anular Zé Roberto e Petkovic e liberar Correa, não deu certo. No primeiro gol, Pet encontra o atacante sozinho na jogada que dá origem ao escanteio. No segundo, Zé Roberto tem espaço e os meias não acompanham a descida de Maldonado. A ideia pode ser boa, mas ficou claro que mudar a forma de jogar a cinco rodadas do fim não é a melhor opção.

Confira abaixo o desempenho dos seis primeiros nos confrontos diretos:

1º - Flamengo: 17 pontos (56%)
2º - Palmeiras: 15 pontos (55%)
3º - São Paulo e Cruzeiro: 13 pontos (43%)
5º - Atlético: 10 pontos (41%)
6º - Internacional: 9 pontos (33%)

2 comentários:

Unknown disse...

Olá Marcelo, quem comenta é Edson novamente, o mesmo da semana passada. Foi legal esta rodada pois mostrou que o Flamengo tem mais elementos surpresas que somente Bruno e Adriano. Ontem o que vimos foi um time envolvente, que levou perigo em todas as vezes que desceu. Adriano não esteve na sua melhor tarde, longe disso, mas levou sempre dois zagueiros com ele, deixando um buraco na cabeça de área do Atlético; além do GOL, com marca de artilheiro, nas costas do zagueiro, aparecendo de surpresa. Bruno defendeu bem quando foi utilizado. Pet já valeria o ingresso pelo Gol olímpico, mas um passe de primeira pro Zé Roberto aos 8 min e toda a disposição que mostrou, mesmo machucado, vindo marcar o Tiago Feltri (e não foi penalty, ele tocou primeiro na bola) foram bônus, um presente. Zé Roberto foi sempre perigoso e matou o Carlos Alberto. Teria uma placa no Mineirão se tivesse feito aquele gol onde ganhou na raça e na bola de três defensores. Maldonado é o jogador mais regular do segundo turno. É elegante, clássico, não faz faltas, mal aparece, não erra passes, não reclama e ainda te cacoete de atacante para driblar com o corpo o zagueiro e bater no canto que o goleiro deixou aberto. Alvaro e Ronaldo Angelim não podem ser comentados em separado, pois formam um miolo de zaga que joga sério, na bola, sem violência. Enfim, o Flamengo mostrou ser muito mais que apenas Adriano e Bruno. Não acredito em título ainda e mesmo a Libertadores pode escapar com apenas um vacilo, mas temos time, que joga pra cima, agredindo, mesmo contra 60mil rivais.
Abraço,
Edson

Marcelo Machado disse...

EDSON: concordo plenamente. O Fla é muito mais do que Adriano e Bruno. Mas, nos últimos três jogos, só os dois jogaram em alto nível e garantiram a vitória. O time que ficou 10 rodadas sem perder mostrou muito mais qualidades.

Em sua análise, acho que poderia ter incluído o fato de Andrade conseguir dar duas caras ao time: um que marca bem e sai em contra-ataques como fez ontem e contra o Palmeiras e outro que agride seus adversários como fez contra São Paulo, Coritiba, Sport...

Um abraço!