Adilson Batista é o técnico que levou o Cruzeiro à decisão da Libertadores pela quarta vez na história do clube. Com o treinador no comando, o Cruzeiro foi terceiro colocado no Brasileiro de 2008; depois de 2003, o melhor desempenho dos últimos 10 anos. Em 2009 tem aproveitamento de 59% no campeonato brasileiro a partir da data estipulada por ele próprio “depois da Libertadores o campeonato começa para o Cruzeiro”. O líder São Paulo possui 57% nas 36 rodadas. É dele o melhor desempenho do Cruzeiro em 88 anos de clássico contra o Atlético – oito vitórias, um empate e uma derrota, além das duas maiores goleadas da Raposa no confronto, 5 x 0.
Para quem questiona os resultados de Adilson, o primeiro parágrafo bastaria. Mas em dois anos em um grande clube do futebol brasileiro, o paranaense não conquistou nenhum título de expressão. Assim como Palmeiras, Santos, Grêmio, Flamengo, Atlético-MG, Fluminense, Vasco, Botafogo e todos os outros menores, exceto São Paulo, Internacional e Corinthians.
É desnecessário lembrar e comparar qualquer trajetória a de Alex Ferguson frente ao Manchester United. Foram sete anos do escocês treinando a equipe e nenhuma conquista até 1993 quando, a partir daí, o clube venceu sete de dez campeonatos inglês – fora Liga dos Campeões, Copa da Inglaterra, etc. A comparação deve partir mais no caminho do São Paulo da década atual. Nos três primeiros anos de pontos corridos, o time paulista foi terceiro colocado – com técnicos diversos, é verdade. Mas o clube montava ali a base que deixava claro que a qualquer momento surgiria o campeão. Hoje no Brasil, é possível ver Palmeiras, Flamengo, Cruzeiro e o próprio São Paulo brigando pela terceira vez seguida pelas primeiras colocações.
A diferença na arrecadação dos times do eixo para os demais cria a necessidade de ser mais bem organizado, melhor planejado, para competir em grau de igualdade. A permanência de Adilson representa mais do que a manutenção de um bom técnico, é sinal que o Cruzeiro deve continuar brigando na parte de cima em 2010.
Um comentário:
Oi Marcelo.
Você que lida com os bastidores dos clubes, sabe dizer o nível de interferência da diretoria no trabalho do Adilson?
É importante saber se ele toma decisões de campo baseado apenas em sua cabeça ou se atende a exigências da diretoria.
Acho o Adilson muito bom. Realmente tira leite de pedra.
Minha impressão é de que ele quando errou foi escalando jogadores que logo foram vendidos. Como Gérson Magrão, Ramirez e Wagner (este escalado fora de forma)
O mais grave pra mim foi não ter colocado o Sorin na final da Libertadores. Experiência naquela partida valia mais que forma física ou ritmo de jogo.
Bom, pode ser que ele fez isso pra manter o controle do grupo, valorizar quem vinha jogando etc.
Mas que fica a impressão de que estava seguindo órdens, isso fica.
Abraços.
PS: Se o Adilson entrar em uma piscina com água até a cintura...
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