Tudo que se viu e se falou do Cruzeiro em 2010 não vale para o jogo de ontem contra o Vélez Sarsfield. Apenas a ponderação para as atuações ainda discretas de Marquinhos Paraná e Gilberto. Segura na defesa, a equipe brasileira não deu chances para Santiago Silva e Lopez. O Vélez apostava em Moralles pela esquerda do ataque, nas costas de Jonathan. O problema, para os argentinos, é que o lateral é cada dia menos lateral. Henrique e Fabinho se encarregavam de anular o camisa 10 – de onde sai a bola longa para os centroavantes.
Ofensivamente, Thiago Ribeiro fez a diferença por deixar de ser referência para a marcação por zona com duas linhas de quatro homens. Quando o Cruzeiro rodava e atacava pela direita, Thiago e Jonathan pegavam Papa sozinho, do outro lado a dificuldade com Diego Renan era maior porque Cubero auxiliava Diaz. Em jogada individual o camisa 11 desmontou a marcação que impedia o clube brasileiro de penetrar.
Nos 30 primeiros minutos, o Cruzeiro mostrou a mesma dificuldade de outros jogos: valorizava bem a bola, mas agredia pouco. Ontem, no entanto, o time foi mais paciente. Com o Vélez buscando o jogo franco no 2º tempo, a Raposa fez o que sabe melhor: decidiu a partida com passes rápidos e saída veloz pelos lados com Henrique no segundo gol e Diego Renan no terceiro.
No 18º jogo da temporada, Adilson Batista mostrou o que a maioria já desconfiava: o time continua forte. Alguém vai se lembrar que ano passado o Cruzeiro venceu um argentino por 3 a 0 no Mineirão na primeira fase da Libertadores e depois sucumbiu na final. O jogo contra o Vélez foi diferente. Mais seguro e maduro por parte da Raposa. Na estreia em 2009, o Cruzeiro foi uma avalanche, fez três gols em 10 minutos de um jogo complicado em todo o resto.
O adversário de 2010 não parece ter a mesma força que tinha (e tem ainda mais) o Estudiantes, mas o que fica é a segurança. É mais competitivo ser seguro que insinuante. É mais fácil apostar no Cruzeiro se fizer sempre o que fez ontem, do que se repetir a atuação da vitória sobre o Estudiantes.
2 comentários:
Concordo demais com vc...foi muito bom ver futebol de verdade dentro de campo. Acho que esse é o verdadeiro Cruzeiro.
Oi Marcelo.
Na minha opinião o time do Velez armou o contra-ataque no lado direito, para agredir após as subidas do Diego Renan.
Saia da direita da defesa para a esquerda do ataque.
A jogada era tentada com tanta frequencia que ficou previsível demais.
Como o Cruzeiro tinha o antídoto, teve confiança para martelar o jogo inteiro e fazer os gols.
O time jogou bem contra um adversário que tinha apenas uma jogada já prevista pelo Adilson e neutralizada.
Quem dera se todo o time que viesse ao Mineirão tivesse esta postura.
Abraços.
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