O Internacional foi campeão da Libertadores pela segunda vez graças aos gols do predestinado Giuliano contra Banfield, Estudiantes, São Paulo e Chivas. Por conta também da chegada de Celso Roth que fez Taíson reencontrar o bom futebol e Kleber voltar a jogar bem. Além de Sandro, Guiñazu, D’Alessandro e a dupla Bolívar e Índio também fundamentais.
Por tudo isso, o Colorado foi campeão da América, mas por conta da administração séria e competente de Fernando Carvalho e Vitório Pífero, conseguiu a segunda conquista da Libertadores em cinco anos. 2010 aparece como auge de um trabalho que já dura oito temporadas e começou com a reconstrução do clube. Em 2002, o Inter quase foi rebaixado para a segunda divisão do campeonato brasileiro – salvo com gol de Maicon Librelato contra o Paysandu na última rodada.
A virada veio com o programa de sócios que possui mais de 100 mil torcedores que geram receita de aproximadamente 40 milhões de reais por ano. Contasse o Colorado apenas com receitas de patrocínio, cota de televisão e materiais esportivos, seria o 11º colocado em arrecadação anual no futebol brasileiro - de acordo com Fernando Gavini, da ESPN Brasil. A salvação econômica que garante investimentos dentro do clube e na contratação de reforços vem da força de sua torcida.
Hoje o Brasil vê Luís Álvaro de Oliveira, presidente do Santos, usar muita criatividade para tentar manter Neymar na Vila – abrindo mão, por hora, do retorno financeiro. É hora do restante dos dirigentes perceberem que não há como competir com o dinheiro estrangeiro, mas existem alternativas para mudar o panorama do esporte no país. Seja com sócios, ações de marketing ou outros invetimentos.
O Internacional merece ser elogiado pelo que se tornou, mas para haver melhora do futebol no país, o Colorado precisa, principalmente, ser observado.
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