domingo, 15 de agosto de 2010

Enfim, Atlético vence como um time,

Qual a diferença do Guarani que começou a rodada na nona colocação para o Atlético-MG que era o 19º? A qualidade de Diego Tardelli, Diego Souza, Ricardinho, Cáceres e Fábio Costa é maior que a de uma equipe que tem no ascendente Mazola sua principal atração. O que faz a equipe paulista estar mais bem colocada é o fato do Guarani ser um time – o que os comandados de Vanderlei Luxemburgo ainda não conseguiram formar.

No primeiro tempo, jogo equilibrado com uma bola na trave para cada lado e um gol perdido cara-a-cara com o goleiro pelas duas equipes. O Atlético não precisava do jogo franco, não precisava ceder o campo que dava ao Guarani para ser perigoso e foi o que Luxemburgo mudou para a etapa final. Colocou Jataí, volante, e impediu que o passe alcançasse Ricardo Xavier. Serginho passou a jogar com Rafael Cruz pela direita e Tardelli participou mais do jogo, próximo à área como goleador que é – chegou a 23 na temporada e 63 em 92 jogos com a camisa do Galo.

Para vencer o Guarani, o Atlético precisou ser um time. O jogo aberto do primeiro tempo se transformou em pressão no segundo quando o time passou a ser mais competitivo com um marcador a mais, não permitindo que o Bugre o agredisse. Se a ideia for brigar na parte de cima da tabela, o alvinegro precisa se acostumar a ser um conjunto organizado. Mais do que isso, precisa recuperar o tempo perdido nas treze primeiras rodadas.

Da partida contra o Santos, na próxima rodada, até 10 de outubro quando serão disputadas 15 jogos. Na 29ª rodada de 2009, o Flamengo tinha 47 pontos e o Cruzeiro 42. O Atlético tem que fazer 29 pontos em 15 jogos para chegar ao final da sequência que se aproxima em condições iguais a do Cruzeiro, quarto colocado no final do campeonato anterior. Para ter a pontuação que tinha o campeão, a nove jogos do fim da competição, a equipe de Luxemburgo pode perder 11 pontos nos próximos 15 jogos.

Parece muito difícil para quem, somente no meio de agosto, dá a sensação de ser um time em evolução. Se a arrancada não for espetacular, o atleticano vai precisar olhar cada vez mais para a tabela da Sul-Americana e se preocupar em ser melhor que o 17º colocado do Brasileirão.

2 comentários:

Marina Oliveira disse...

Oi, Marcelo!

Bom, pela leitura da sua coluna, entende-se que não há muito o que se fazer pelo Campeonato Brasileiro, então, né? Porque ao mesmo tempo em que muita coisa pode acontecer nas próximas rodadas, o Atlético deve contar muito com a sorte para subir na tabela. E ainda tem a Sul-americana. Na minha opinião, já que não tem mais nada a perder. o time deve investir muito bem nos dois, tanto Brasileirão quanto Sul-americana, sempre com muita cautela...

Aurélio disse...

Marcelo, o time apático e desorganizado do primeiro tempo você coloca na conta do Luxemburgo. O que eu vejo é que os técnicos são tudo farinha do mesmo saco, depois que têm projeção nacional se perdem nesses conhecimentos táticos que eles adoram falar na televisão.
Colocar três zagueiros da maneira como foi é ridiculo. Se a desculpa é falta de jogador (o que não procede, pois o Jataí é da posição) escala o Lima como volante.
Eu acho que pra quem ganha mais de 600 mim reais por mês e fez o clube investir nesse tanto de jogador, está passando da hora do Luxemburgo mostrar a que veio.
E analisando os jogadores, espero que o Rafael Cruz mantenha o nível. Cansei de criar expectativa em cima de jogador que joga a bem a primeira partida.
Abraços e até o próximo jogo.