segunda-feira, 11 de maio de 2009

Ramires: agora atacante?

Seis horas depois do término da partida já é repetitivo dizer que o Cruzeiro venceu na vontade. Vamos aos detalhes, que podem ser importantes para entender o comportamento das equipes durante o campeonato.

O Flamengo carece de um substituto a altura e com a liderança de Fábio Luciano. É evidente que vai depender muito dos gols de Adriano, mas mostrou que pode ser, se finalizar melhor, um time poderoso fora de casa. A equipe montada por Cuca joga em alta velocidade, explora bem os laterais e se conseguir manter Ibson, terá um jogador que distribui muito bem o jogo. Vencer como visitante fez a diferença no ano passado e se a superioridade dos mandantes continuar, os cariocas podem se dar bem.

Já o Cruzeiro lutou e se desdobrou em campo. Por que vencer o Flamengo era tão importante? Porque a equipe parece ter percebido mais cedo que em 2008 a importância dos confrontos diretos. Ano passado, no primeiro turno, venceu apenas um (o próprio Flamengo) dos quatro principais adversários ao título.

Adilson Batista perdeu, por três meses, Soares. Hoje a única opção de velocidade para o ataque é Thiago Ribeiro. Após a saída de Kleber, Wagner ficou mais centralizado e Ramires aparecia pela direita. Quando Wagner saiu, o camisa 8 virou, de fato, atacante. Quando perguntei sobre a possível opção que Ramires pode dar ao time, jogando ainda mais avançado, o técnico desconversou e não respondeu. Possivelmente querendo esconder dos adversários o que planeja fazer na seqüência.

Não foi a primeira vez que Ramires se comportou como homem de frente. Contra o próprio Flamengo no ano passado, após a saída de Jajá, ele encostou em Thiago Ribeiro e, na atual temporada, quando Thiago foi expulso contra o Atlético, (ainda na primeira fase do mineiro) Ramires fez dupla com Wellington Paulista.

Ramires não é atacante, mas pode virar durante o jogo.

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