domingo, 11 de outubro de 2009

Atlético x Cruzeiro: dessa vez não há favorito.

Sempre que se aproxima um clássico, especialmente em Belo Horizonte onde a rivalidade é mais acirrada, o palpiteiro fica em cima do muro: “em clássico não há favorito”. Há sim. Ou alguém vai negar os números que o Cruzeiro da década de 60 vencia a maioria dos confrontos com o Atlético? Ou o Galo do final dos anos 70 e da década de 80 costumava passar tempos e tempos sem perder do rival? O mesmo acontece da segunda metade da década de 90 pra cá, mas a favor dos celestes.

Claro, nesses períodos o imponderável prevaleceu algumas vezes. Talvez por se tratar de um clássico, sim. Mas também por se tratar de futebol. Afinal, não é clássico, mas o Avaí segurou o Atlético no Mineirão. Não é clássico e mesmo assim o Barueri venceu o Cruzeiro. Todo jogo, independente dos fatores que o cercam, estão sujeitos ao mais fraco derrotar o mais forte.

Amanhã Atlético e Cruzeiro medirão forças novamente. Apesar da diferença de 8 pontos na tabela todos sabem das circunstâncias que passaram as equipes durante o campeonato e dessa vez é possível dizer: não há um favorito. O alvinegro não terá Diego Tardelli, seu principal jogador, o rival não conta com Kleber, artilheiro da equipe na temporada. Gilberto é dúvida de um lado e Éder Luís do outro.

Outro fator de equilíbrio: se o Palmeiras mantiver o aproveitamento que tem, o Atlético precisará somar mais 27 pontos dos 30 possíveis para ser campeão. Se o Atlético, quarto colocado, mantiver o aproveitamento, o Cruzeiro precisará de 26 pontos nos últimos 30 jogos para conseguir uma vaga na Libertadores.

Embora mesmo os mais experientes afirmem que se trata de um campeonato a parte, acho difícil que o fator emocional seja decisivo. Os dois times têm hoje jogadores acostumados à situação. O que pode fazer a diferença é a qualidade. Sem Tardelli e Éder vejo o Atlético com menos potencial individual de decidir uma partida. Sem Gilberto e Kleber, o Cruzeiro me parece menos consistente e organizado em campo do que o adversário.

O jogo pode ser decidido em uma falta de Corrêa ou Ricardinho. Em uma arrancada de Diego Renan ou Jonathan. Em um lance de oportunismo de Rentería ou Wellington Paulista. O imponderável pode acontecer e uma goleada sair para qualquer lado, mas dessa vez, torcedor, vá ao estádio sabendo que o jogo será equilibrado.

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