quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O túnel da discórdia.

O cruzeirense vai dizer que o Cruzeiro sempre ficou no túnel da direita e mesmo assim o Atlético já ganhou e perdeu vários clássicos. Que é implicância de Alexandre Kalil brigar pelo vestiário e na verdade o que quer o clube alvinegro é pressionar o bandeira que corre a frente do banco.

O atleticano vai dizer que o túnel é usado pelo seu time em todos os jogos, exceto em clássicos, e que é direito do mandante ficar ali. Que o vestiário é mais amplo, que se o técnico e jogadores do Cruzeiro não pressionam o assistente, o Atlético também tem o direito de não pressionar.

Argumentos não faltam para os dois. O que não pode mais servir de justificativa – aliás, nunca deveria ter podido – é a questão da falta de segurança em ficar próximo a torcida adversária. E é exatamente o que argumenta o presidente Zezé Perrella. Ora, o Mineirão se prepara para receber uma Copa do Mundo, pleiteia a abertura do mundial e outros jogos importantes. Como premiar um estádio que não oferece segurança aos profissionais que trabalham nele?

O túnel tem que ser invertido porque os dois têm direitos iguais. Se Atlético ou Cruzeiro for prejudicado devido à hostilidade dos torcedores rivais, cabe ao STJD julgar e tirar o mando de campo do infrator. O mais importante mesmo é parar de brigar por vestiário e pressão sob o bandeira.

Alexandre kalil e Zezé Perrella deveriam estar pensando contra quem o Palmeiras vai jogar e que bom seria se o líder perdesse pontos. Deveriam se preocupar que ano que vem a Libertadores vai terminar após a Copa do Mundo e a falta de estádio com capacidade para mais de 30 mil pessoas pode fazer a diferença negativamente em uma eventual disputa de título.

É preciso pensar maior. É preciso deixar a rivalidade provinciana de lado e ter problemas de clubes grandes. O Inter sempre jogou no Olímpico e o Grêmio no Beira-Rio, assim como o Coritiba na Arena da Baixada ou o São Paulo no Parque Antarctica. Que a partir de hoje a discussão seja em quem marcará Gilberto, se Diego Renan ganha o duelo com Márcio Araújo. Se Carini e Jorge Luís vão passar no teste contra o primeiro grande time que vão enfrentar desde que chegaram, se o Cruzeiro vai estragar a arrancada do Atlético que fez 13 dos últimos 15 pontos.

É preciso pensar grande e fazer m grande clássico, independentemente se Celso Roth ou Adilson Batista vai estar próximo ao bandeira.

6 comentários:

Marcelo disse...

Não concordo com vc.. que diferença faz o lado do vestiário... Isso é culpa da mente pequena do Kalil que acha que vai ganhar no grito agora... Que se rasgue a tradição dos times ficarem perto das suas torcidas.. Só não reclamem quando o jogador for comemorar com o banco um gol e a torcida adversária achar que é gozação e não gostar..

Futebol Mineiro disse...

nao concordo também com o post, sempre foi assim, mudar pq agora?

sobre segurança em campo, é muito diferente, um jogo entre rivais estaduais que terá torcidas organizadas do que rivais mundiais que terá torcida do país. A torcida "organizada" é muito pior, joga pedaço de cadeira, radio, chiclete, tenta cuspir, joga chinelo.

Uma torcida de seleção não tem esse nível, pelo menos não a maioria.

Creio que um torcedor não vai caçar pagar 300 reais para tentar jogar algo em jogador rival.

Já um cara de torcida "desorganizada", que paga 15, ta nem ai pra policia.

Muito, muito diferente querer comparar um clássico desse com um jogo da copa do mundo.

Marcelo Machado disse...

RESPOSTA - PAULO: Paulo, a questão não é a torcida e sim o estádio. A obrigação é mostrar que o Mineirão é capaz de dar segurança a quem quer que seja que vá trabalhar ou torcer lá.

Em outros estádios que irão sediar a Copa existe segurança para o profissional e para o torcedor, um dos maiores estádios do Brasil precisa ter também.

Sempre foi assim porque sempre foi errado. Acho que é bobagem mudar, pressionar bandeira e tudo mais, mas que é do Atlético por direito é.

Glauco disse...

Concordo com as suas idéias, Marcelo. Apesar de tradicionalmente os times sempre terem ficado perto de sua torcida, isso não infuencia em absolutamente nada no decorrer do jogo e com certeza é um direito do Atlético, por ser o mandante, escolher onde quer ficar. Sou Cruzeirense e acho uma grande bobagem o time de preto e branco querer pressionar por essa mudança agora, mas enfim, é um direito deles. Pena que o futebol, que é o que importa, está ficando em segundo plano.

Obs: Parabéns pelo blog, suas idéias são muito bem desenvolvidas e não seguem a linha comum da imprensa. Acompanho já tem um certo tempo mas só agora vim comentar.

Bessas disse...

Também não concordo com o colega Paulo Faustini. O estádio é do estado não é do cruzeiro e nem do Atlético. Se sempre foi assim tá errado, talvez no anos anteriores as forças antagônicas que se rivalizavam eram desproporcionais, agora não. Kalil é visto por muitos como chato, mas na verdade não aceita em seu direito ser tratado de forma desigual, como é o caso. se o mando fosse do cruzeiro, tudo bem ele estaria errado, mas o mando de campo é do galo, inclusive a renda(aí já é outra discussão)!!

Alberto disse...

Concordo principalmente com o pensar grande.

A rivalidade entre Atlético e Cruzeiro deve ser dentro de campo.
As diretorias deveriam se unir para evitar que o campeonato brasileiro seja de cartas marcadas.
Um paulista ganhando a série A e um carioca ganhando a série B.

Os valores diferenciados em cotas de televisão, o apito amigo e a rivalidade estúpida farão do campeonato brasileiro o mesmo que os campeonatos europeus.
Todo mundo já saberá quem disputará o título.

Ano que vem cairá até a receita com bilheteria. Como manter os times?
Tudo isso pra garantir a abertura da copa? Em prejuízo dos times mineiros?

A discussão deveria ser essa.