G-4 pode se transformar em G-3

Com a confirmação da Conmebol que a Copa Sul-Americana dará vaga para a pré-Libertadores do ano seguinte, o país da equipe campeã perderá uma vaga na competição. Atualmente a entidade garante duas vagas diretas para Uruguai, Chile, Paraguai, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Peru e México, quatro para Brasil e Argentina e ainda uma para o atual campeão. As cinco restantes vão para os classificados da pré-Libertadores. Como o Estudiantes é o atual campeão, em 2010 a Argentina teve três vagas diretas e mais duas a serem disputadas no primeiro mata-mata.

Esta configuração não será alterada para 2011. Caso São Paulo ou Internacional vençam a Libertadores, o terceiro e o quarto colocados no campeonato brasileiro terão que disputar a fase pré. E caso um dos brasileiros seja o campeão da Sul-Americana, a quarta vaga do país será ocupada por ele e apenas campeão, vice e terceiro lugar no Brasileirão disputarão a Libertadores no ano seguinte.

A CBF poderá ter ainda que administrar um problema: Santos e Vitória podem ser campeões da Copa do Brasil e Sul-Americana além de ficar entre os três melhores Brasileiro.

A competição nacional termina em 5 de dezembro e a finalíssima da Sul-Americana está marcada para o dia 8. O quarto colocado poderá ter que esperar três dias para comemorar a vaga conquistada. Até lá, você verá sites, jornais, TVs e rádios separando os quatro primeiros do resto da classificação. Mas ser quarto colocado no campeonato brasileiro, a partir de 2010, não é mais um lugar seguro.

Sai Gilson Kleina e Ipatinga troca de técnico pela 16ª vez em quatro anos.

Antes da partida contra o América, o presidente Itair Machado garantiu: Gilson Kleina não seria demitido caso o Ipatinga fosse derrotado. Após a goleada de 4 a 0, o presidente manteve sua palavra, mas o treinador pediu para sair.

Entre pedidos e demissões, o clube do Vale do Aço mantém a sina de não dar continuidade ao trabalho dos técnicos. Em 2005, Ney Franco assumiu o time, foi campeão mineiro e mantido no cargo até 2006 quando se transferiu para o Flamengo. Um ano e cinco meses de trabalho. O máximo que conseguiu um treinador no clube de 12 anos de vida.

Da saída de Ney Franco até a queda de Gilson Kleina, o Ipatinga trocou de técnico quinze vezes em quatro anos. A chegada do próximo treinador, possivelmente Léo Condé que fez bom campeonato mineiro pelo Tupi, corresponderá à décima sexta mudança de comando. O recorde foi em 2008, quando estava na primeira divisão do Brasileiro e foi rebaixado no Estadual e teve seis treinadores.

Confira abaixo a lista dos técnicos do Ipatinga desde Ney Franco.

2006: Ney Franco

Ney da Matta

Valter Ferreira

Alexandre Barroso

2007: Flávio Lopes

Gilson Kleina

Emerson Ávila

2008: Emerson Ávila

Moacir Jr.

Giba

Ricardo Drubscky

Márcio Bitencourt

Enderson Moreira

2009: Enderson Moreira

Marcelo Oliveira

Emerson Ávila

Flávio Lopes

2010: Flávio Lopes

Gilson Kleina

Campeonato brasileiro - 5ª rodada: informações e palpites.

Flamengo x Grêmio: na última rodada do ano passado, jogo do título para o Fla. Do time que entrou em campo aquele dia, a defesa é a mesma. Além deles apenas Petkovic é titular. No meio da semana o Grêmio conseguiu sua primeira vitória: 3 a 0 sobre o Avaí. Jonas marcou dois e chegou a 22 na temporada, mesmo número de Vagner Love. O artilheiro do Brasil é Neymar com 27. Nos últimos 10 confrontos no Maracanã, o Flamengo venceu sete, perdeu um e aconteceram dois empates.

Palpite: Flamengo

Palmeiras x G. Prudente: com o Palestra Itália em obras, o Palmeiras faz sua estreia na Arena Barueri, sua nova casa e onde o Prudente mandava seus jogos até mudar de sede. Cleiton Xavier ficou de fora do clássico contra o São Paulo e retorna à equipe. Ano passado, na Arena, empate por 2 a 2 com dois gols de Obina pelo Palmeiras. Em seis jogos, o Prudente (ou Barueri) nunca venceu o clube da capital. O Prudente jogou duas vezes fora de casa e sofreu nove gols.

Palpite: Palmeiras

Avaí x Vitória: o Avaí vem de derrota por 3 a 0 para o Grêmio, mas em casa venceu os dois jogos. Marcos, lateral-direito, será improvisado na esquerda. O Vitória tem o retorno de Júnior, autor de 18 gols na temporada, que entra na vaga de Schwenck – autor de três gols no meio da semana. Evandro que fez o gol da vitória contra o Atlético-MG começa como titular. Ano passado, grande partida de Muriquí e vitória catarinense por 4 a 0 na Ressacada.

Palpite: Avaí

Corinthians x Santos: jogo do líder contra o segundo colocado. É o reencontro de Neymar e Chicão após o polêmico chapéu do santista no campeonato paulista. Dos sete gols marcados pelo Corinthians até aqui, cinco saíram de bolas paradas. O Santos vem de duas vitórias seguidas. Ronaldo, machucado, só atuou na primeira rodada e só volta aos campos após a Copa do Mundo. no meio da semana, o Santos chegou a marca de 50 gols sofridos na temporada em jogos oficiais. A equipe de Dorival Júnior já marcou 117,

Palpite: empate.

Guarani x São Paulo: o Bugre perdeu a primeira no campeonato na quarta-feira: 3 a 1 para o Santos. O Tricolor jogou duas vezes com o time titular e venceu as duas: Palmeiras e Internacional. O Guarani não vence o São Paulo desde 1997 quando fez 2 a 0, gols de Gilson e Paulo Isidoro, pelo campeonato paulista – o técnico do Bugre era Muricy Ramalho. São 21 jogos de tabu. A equipe de Campinas não terá o capitão Renan e a dupla de atacantes Mazola e Roger porque pertencem ao São Paulo. O Tricolor não conta com os titulares Cicinho, Miranda, Richarlyson, Rodrigo Souto e Marlos, machucados.

Palpite: São Paulo.

Atlético-MG x Fluminense: o Galo não terá Correa, fora dos planos porque não terá o contrato renovado. O garoto João Pedro deverá fazer sua estreia. O Atlético venceu os dois jogos que fez em casa. Fora do maracanã, o Flu perdeu para Corinthians e Ceará, ambos por 1 a 0. Fred retorna ao Mineirão. Ano passado, se contundiu seriamente contra o Atlético na derrota por 2 a 1. Curado, marcou dois na virada Tricolor sobre o Cruzeiro por 3 a 2. Muricy Ramalho nunca perdeu para o Atlético, como jogador ou técnico, no Mineirão: duas vitórias e seis empates.

Palpite: empate.

Internacional x Atlético-PR: o Colorado vem sem técnico depois da demissão de Jorge Fossati. Enderson Moreira, técnico do Inter B, comandará a equipe. O Inter foi o único que perdeu os dois jogos que fez como mandante. O Atlético não terá os titulares Alex Mineiro e Wagner Diniz, o Furacão perdeu as duas que jogou fora da Arena. Em 2004, 6 a 0 Inter: maior derrota da história do Atlético-PR em brasileiros. A última vitória paranaense em Porto Alegre aconteceu em 1998: 1 a 0.

Palpite: Internacional

Ceará x Cruzeiro: 4º contra o 3º colocado, jogo de invictos. O Vozão venceu Fluminense e Vitória por 1 a 0 jogando em casa. Fora de casa, o Cruzeiro não perde no campeonato brasileiro desde 2 de agosto do ano passado quando foi goleado por 4 a 1 para o Grêmio. São 15 jogos de invencibilidade. PC Gusmão tem apenas uma dúvida: se Washington, machucado, não puder jogar, entra Wellington Amorim. Adilson Batista deve repetir a equipe que venceu o Botafogo por 1 a 0. O último jogo entre as equipes foi em 1979, empate por 1 a 1, partida que foi interrompida aos 36 minutos do primeiro tempo.

Palpite: Ceará

Atlético-GO x Ceará: o Atlético perdeu os quatro últimos jogos que disputou, três pelo brasileiro e um pela Copa do Brasil. O Goiás conseguiu seu primeiro ponto na quinta-feira com o empate por 0 a 0 com o Ceará. Os dois são os únicos que não venceram ainda no Brasileiro. Pelo campeonato goiano, o Atlético venceu duas vezes: 2 a 1 e 4 a 2. Emerson Leão se reencontra com Edson e Welton Felipe, seus ex-comandados no Atlético-MG em 2009.

Palpite: empate.

Botafogo x Vasco: o Botafogo tem o retorno da dupla Caio e Herrera, suspensos na última rodada. Túlio Souza pode ganhar a vaga de Sandro Silva no meio-campo. O Vasco não conta mais uma vez com Carlos Alberto, machucado. A vitória de virada por 3 a 2 sobre o Internacional foi a primeira no campeonato. Esse ano, o Vasco venceu por 6 a 0 na primeira fase da Taça Guanabara e depois perdeu por 2 a 0 na decisão. Ano passado, dois empates por 1 a 1 pelo Brasileiro.

Palpite: Botafogo

Como técnico ou jogador, Muricy Ramalho nunca perdeu para o Atlético em Belo Horizonte

Vanderlei Luxemburgo e Muricy Ramalho se enfrentam amanhã no Mineirão. A frase é reducionista e o confronto entre Atlético e Fluminense é maior do que o duelo entre os treinadores. Ano passado, pelo brasileiro, o Palmeiras de Muricy empatou com o Santos de Vanderlei por 1 a 1 no Palestra Itália e depois venceu de virada por 3 a 1 na Vila Belmiro. Pelo campeonato paulista, vitória são-paulina por 1 a 0 em cima do Palmeiras. A última vitória individual do pentacampeão brasileiro Luxemburgo sobre o tri Muricy foi em 20 de abril de 2008: Palmeiras 2 a 0 São Paulo.

Além de poder quebrar o tabu individual que já dura dois anos, Vanderlei Luxemburgo pode conseguir um feito: Muricy Ramalho, como jogador ou técnico, nunca perdeu para o Atlético em Belo Horizonte. Foram sete jogos como treinador com duas vitórias e cinco empates. Enquanto jogou pelo São Paulo, na década de 70, o cabeludo Muricy atuou uma vez em Belo Horizonte: empate por 1 a 1 em 1975, jogo válido pelo campeonato brasileiro.

Confira abaixo a lista dos jogos da invencibilidade de Muricy sobre o Atlético.

09/11/1975 – Atlético 1 x 1 São Paulo

03/10/2002 – Atlético 0 x 2 Figueirense

09/11/2003 – Atlético 1 x 2 Internacional (jogo no Independência)

25/09/2004 – Atlético 1 x 1 Internacional

25/09/2005 – Atlético 1 x 1 Internacional

05/09/2007 – Atlético 0 x 0 São Paulo

03/09/2008 – Atlético 1 x 1 São Paulo

12/08/2009 – Atlético 1 x 1 Palmeiras

14 dos 38 gols sofridos pelo Atlético na temporada saíram de jogadas aéreas.

A falha do goleiro Marcelo foi pontual. Não se domina no peito uma bola tão mal recuada. O erro do terceiro gol do Vitória dificilmente se repetirá. O mesmo não pode ser dito sobre o segundo gol. Egídio cruza da intermediária e Schwenck, sozinho entre os zagueiros, cabeceia para o gol.

O Atlético sofreu 38 gols na temporada. 14 deles em jogadas aéreas. Sempre que é questionado sobre o assunto, como o foi contra o Democrata em Ipatinga ou contra o Vasco, Vanderlei Luxemburgo prefere enaltecer a qualidade do adversário.

A defesa do Galo é baixa. Jairo Campos mede 1,80m e Werley 1,84m. Além deles apenas Zé Luís (1,82m) e Fabiano (1,81m) passam da casa dos 1,80m. A média de altura do time titular é de 1,77m. Werley, mais alto da equipe, é fraco no alto.

Por um lado, Vanderlei tenta não expor a principal fragilidade do Atlético na temporada, por outro os adversários seguem se aproveitando da deficiência do time. Se não tem jogadores tão altos, a melhor maneira para evitar os gols é com bom posicionamento. Ficou claro, dessa vez contra o Vitória, que Luxemburgo ainda tem muito trabalho pela frente.

Cruzeiro: Adilson confia em quem está mal. E é com eles que o bom futebol pode voltar.

Tivesse o Botafogo mais qualidade ou simplesmente seu ataque titular em campo e teria derrotado o Cruzeiro. Essa foi a impressão que passou o jogo da noite de ontem no Mineirão. A parte da torcida que protesta não poupa jogadores, técnico e diretoria. O grupo é o mesmo que fez grande segundo turno no ano passado. O treinador também e a política dos dirigentes idem.

O que muda é o momento de peças importantes que não têm na temporada atual desempenho próximo ao que já mostraram pelo clube. Marquinhos Paraná vive sua pior fase, Gilberto que marcou sete gols no último brasileiro não rende como em 2009, Leonardo Silva, bem ofensivamente, não é tão seguro atrás – muito em função da fragilidade de seus companheiros, Diego Renan que apareceu como solução não repete as boas atuações. Fabrício jogou 30 vezes no último brasileiro, mas convive com lesões e não tem sequência em 2010.

Quem destoa é Fábio que defendeu contra o Botafogo o seu nono pênalti desde que chegou ao clube e Thiago Ribeiro autor do gol da vitória – seu 14º na temporada, artilheiro da equipe ao lado de Kléber. O Gladiador marcou cinco de pênalti e Thiago fez gols de bola parada apenas cobrando falta. Foram três.

Adilson confia nos jogadores que não estão bem. Confia tanto que acredita que pode recupera-los durante o campeonato.

A 18 dias da Copa, parte física e técnica do setor ofensivo devem ser a maior preocupação

A seleção já está convocada, reunida e treinando para o Mundial que começa em 18 dias. Não há mais o porquê de se discutir quem deveria ou não estar na lista de Dunga. Há por que se preocupar com a fase vivida por alguns jogadores, especialmente no setor ofensivo.

O preparador físico Paulo Paixão, depois de um dia convivendo com Kaká e Luís Fabiano, garantiu que os dois estarão bem durante a Copa. Com um dia de trabalho, nem a qualidade e experiência do preparador podem garantir que o meia do Real Madrid fará o que não fez na temporada.

Kaká atuou durante 90 minutos apenas cinco vezes em 2010. Média de um jogo por mês. Foram 32 jogos pelo clube e nove gols marcados na temporada 09/10. Desempenho físico e técnico aquém do que se espera do jogador de maior talento da seleção. Luís Fabiano jogou 16 das 32 partidas do Sevilla no ano e fez oito gols. Mesma situação de Kaká.

A forma física dos dois jogadores de que mais se espera da seleção preocupa. Comparando com os convocados de outras seleções, a técnica também. Luís Fabiano marcou 17 gols na temporada, mesmo número de Grafite. Nilmar fez 12 pelo Villareal e Robinho 11 no Santos.

Dos seis atacantes convocados por Diego Maradona, Messi fez 44 gols na temporada, Higuaín 29, Milito 28, Tevez 27, Palermo 26 e Aguero 16. O ataque titular da Espanha tem Fernando Torres que fez 22 gols (e tenta se recuperar fisicamente) e David Villa com 27.

O que é mais preocupante? As lesões dos principais jogadores ou o rendimento técnico mostrado na última temporada? Eu fico com as duas respostas.

Cruzeiro 2010: dez jogos com expulsões, duas vitórias.

Não penso que o Cruzeiro tenha sido eliminado pelo São Paulo exclusivamente pela expulsão de Kléber. O resultado do Mineirão era, como mostra a história, dificílimo de ser revertido.

Mas a expulsão do atacante contribuiu para o jogo absolutamente aquém de qualquer competitividade que a equipe mineira fez na noite de ontem. Expulsões que já são 11 em 2010, em 10 partidas, e que o Cruzeiro conseguiu vencer apenas duas: Caldense e Nacional-URU. Sete cartões vermelhos foram mostrados ainda no primeiro tempo e apenas quatro resultaram do segundo cartão amarelo.

Em 2009, durante o campeonato brasileiro, a equipe recebeu 15 cartões vermelhos em 13 jogos, conquistando 16 pontos.

O ano mudou, a história não. Em 2009, 13 jogos com expulsões em 38 rodadas. Na temporada atual, 10 partidas com time incompleto das 29 vezes que entrou em campo. Média de um jogo a cada três com jogadores a menos.

Confira a lista de expulsões da temporada:

Real Potosí 1 x 1 Cruzeiro - Gilberto expulso aos 21’.

Ipatinga 3 x 0 Cruzeiro – Thiago Heleno expulso aos 20’.

Vélez Sarsfield 2 x 0 Cruzeiro – Gilberto expulso aos 2’ e Gil aos 37’.

Caldense 0 x 2 Cruzeiro – Wellington Paulista expulso aos 8’.

Dep. Itália 2 x 2 Cruzeiro – Kléber expulso aos 85’.

Cruzeiro 2 x 2 Uberaba – Pedro Ken expulso aos 65’.

Cruzeiro 1 x 3 Ipatinga – Thiago Heleno expulso aos 67’

Nacional 0 x 3 Cruzeiro – Leonardo Silva expulso aos 53’.

Cruzeiro 2 x 2 Avaí – Leonardo Silva expulso aos 17’.

São Paulo 2 x 0 Cruzeiro – Kléber expulso aos 2’.

Santos, Cruzeiro e Flamengo: você aposta em alguma virada?

O Flamengo precisa vencer o Universidad do Chile por dois gols de diferença em Santiago. O mesmo precisa fazer o Cruzeiro no Morumbi (desde que faça mais do que dois gols) e o Santos precisa fazer um gol de diferença contra o Grêmio.

Das difíceis missões que cada um tem esta semana, o Santos talvez seja a aposta mais fácil de se fazer: dos 16 jogos que fez como mandante na temporada marcou gol em todos e fez apenas um gol duas vezes. É natural imaginar que o Peixe fará gol e o Grêmio vai precisar de pelo menos três. Nos mesmos 16 jogos, em apenas cinco a defesa ficou invicta.

O São Paulo defende no Morumbi um tabu: sempre, em sua história, que venceu um jogo de mata-mata por 2 a 0 terminou vencedor do confronto. A virada que o Cruzeiro precisa hoje nunca aconteceu com o Tricolor. A Raposa nunca venceu o rival por três gols de diferença em São Paulo e conseguiu quatro vitórias por dois gols, no campo do adversário, desde o primeiro confronto em 1943. Some-se a história o fato de o time de Ricardo Gomes ter sofrido dois gols na Libertadores, estar a sete sem ser vazado e ter o retorno de Miranda.

O Flamengo enfrenta o invicto Universidad do Chile que conseguiu cinco vitórias e quatro empates na Libertadores de 2010. a equipe de Santiago perdeu quatro vezes por diferença de dois gols em sua história na competição: 6 x 0 para o Milionários em 1960, 5 x 1 para o Santos em 1965, 2 x 0 para o Cerro Portenho em 2001 e ano passado foi derrotada pelo Grêmio por 2 a 0.

Santos x Grêmio, São Paulo x Cruzeiro e Univ. Chile x Flamengo. Aposto no Santos pela força ofensiva, no São Paulo pela solidez defensiva e na Universidad pela vantagem conquistada no Maracanã.

2ª rodada: informações e palpites.

São Paulo x Botafogo: pela segunda vez, o São Paulo não entrará em campo com a força máxima. Apenas Rogério Ceni e Alex Silva, dos titulares, devem jogar. O Botafogo enfrenta, mais uma vez, um time misto: na primeira rodada empatou com o Santos por 3 a 3. Em São Paulo, o Botafogo não vence o Tricolor desde 1995 pelo brasileiro: 2 a 0.

Palpite: Botafogo

Fluminense x Atlético-GO: as equipes se enfrentaram duas vezes na história do Brasileirão: uma vitória carioca e um empate. Muricy fará sua estreia no Maracanã. Por outro lado, Geninho poupará titulares pensando no jogo contra o Vitória pela Copa do Brasil. O clube goiano é o que tem a menor receita do campeonato: 3,9 milhões dentre patrocinador, cota de TV e material esportivo. O Fluminense recebe oito vezes mais: 32,5 milhões – segundo Fernando Gavini, da ESPN Brasil.

Palpite: Fluminense

G. Prudente x Atlético-MG: ex-Barueri, o Prudente joga pela primeira vez na nova cidade, pelo campeonato nacional. Na primeira rodada, goleada sofrida para o Avaí por 6 a 1. Paulão e Carlos Eduardo foram expulsos. No Atlético, Luxemburgo colocará três zagueiros. Com o esquema o Galo venceu o Sport na Ilha do Retiro. Ricardinho perde lugar no time. Ano passado, vitória dos paulistas em Barueri por 4 a 2.

Palpite: Atlético-MG

Grêmio x Corinthians: mesmo entre os confrontos com o Santos, Silas colocará força máxima no domingo. O time gaúcho tem o melhor desempenho entre os 20 da série A em 2010 com 23 vitórias, três empates e quatro derrotas. O Corinthians aposta no Brasileirão para salvar o ano do centenário. Ronaldo, vetado, está fora do jogo. Desde 99 a equipe paulista não vence no Olímpico. Em brasileiros, foram 5 derrotas e um empate com apenas um gol marcado e 17 sofridos.

Palpite: Grêmio

Goiás x Internacional: o Goiás está no terceiro técnico na temporada: Hélio dos Anjos, Jorginho e agora Emerson Leão. Os últimos cinco jogos foram contra equipes da série A: três derrotas e dois empates. São 10 derrotas em 2010, equipe da primeira divisão que mais perdeu até aqui – ao lado do Guarani. O Inter deverá ter time reserva mais uma vez. Ano passado, poupando titulares, vitória do Colorado no Serra Dourada por 1 a 0.

Palpite: empate.

Vitória x Flamengo: mesmo envolvidos em Copa do Brasil e Libertadores, as duas equipes devem atuar com titulares no Barradão. Ano passado, Zé Roberto marcou no último minuto e evitou a derrota carioca. O Fla não vence no Barradão desde 2002 pelo campeonato brasileiro. O Vitória perdeu as últimas quatro partidas que disputou. Em casa, os baianos foram derrotados apenas uma vez na temporada.

Palpite: empate

Santos x Ceará: Dorival irá poupar apenas Léo e Robinho, a equipe conta com o retorno de Neymar que não enfrentou o Grêmio. Nos últimos cinco jogos que disputou, o Peixe venceu apenas um e sofreu 14 gols. Em 30 jogos na temporada, o Ceará venceu 16, perdeu oito e empatou seis. Enfrentou apenas um time da série A, justamente na estreia do brasileiro. Um jogo entre as equipes na Vila Belmiro: vitória santista por 2 a 1 em 1978.

Palpite: Santos

Vasco x Palmeiras: derrotado na primeira rodada, o Vasco sofre pressão da torcida que não aceita o técnico Gaúcho. Com Antônio Carlos no comando, o Palmeiras jogou 18 vezes: 10 vitórias, cinco derrotas e três empates. Na estreia, gol de Lincoln e vitória magra sobre o Vitória. Em 2008, Alex Mineiro e Kléber marcaram e os paulistas fizeram 2 a 0 em São Januário.

Palpite: empate.

Cruzeiro x Avaí: pensando na Libertadores, Adilson Batista deve poupar alguns titulares: Kléber, Fabrício, Diego Renan e Gilberto são os mais cotados. Também sem o time completo, a Raposa venceu o Inter na estreia. Ano passado, com apenas Henrique de titular, o Cruzeiro venceu por 1 a 0 no Mineirão. Foi a única vitória em sete jogos com time misto. Nos últimos 10 jogos que fez, o Avaí venceu oito, empatou um e perdeu outro.

Palpite: Cruzeiro

Atlético-PR x Guarani: o Furacão não terá Paulo Baier e o goleiro Neto, expulsos na estreia contra o Corinthians. O Atlético perdeu três vezes no estadual: o suficiente para perder o título; uma na Copa do Brasil e foi eliminado e mais uma no brasileiro. O Bugre terminou a segunda divisão paulista em 14º com seis vitórias, oito derrotas e cinco empates em 19 jogos. Nos confrontos em Curitiba, uma vitória paulista, em 2000, quatro vitórias do Atlético e quatro empates.

Palpite: Atlético-PR

Gomes usou a vantagem do Cruzeiro como arma para o São Paulo.

Para se defender, o São Paulo montava uma linha com Cicinho, Xandão, Alex Silva e Richarlyson, Rodrigo Souto à frente deles e Dagoberto, Hernanes, Marlos e Júnior César em uma segunda linha. Avançado, Fernandão. Quando tinha a posse da bola, Richarlyson não saía, mas Cicinho sim, Dagoberto e Marlos abriam nas costas dos laterais cruzeirenses e o time paulista funcionava no 3-6-1. Deu certo.

Como foi publicado neste espaço, antes da partida, Ricardo Gomes atribuía ao Cruzeiro a vantagem de ter o time titular e a forma de jogar definidos há mais tempo. O treinador usou a virtude do rival como arma para si próprio. Anulou a velocidade de Thiago Ribeiro com Richarlyson, tirou espaço dos jogadores do meio-campo celeste, armou o bote nas costas dos laterais. Se o trunfo dos mineiros era a qualidade do sistema de jogo, Gomes o transformou em defeito e futebol previsível.

Adilson Batista tentou mudar, dar mais velocidade e forçar a expulsão de Richarlyson com a entrada de Guerrón, dar mais qualidade a saída de bola com Fábio Santos na vaga do cansado Fabrício e maior movimentação com Roger no lugar de Gilberto. O Cruzeiro melhorou nos 25 minutos finais, criou, mas esbarrou em duas grandes defesas de Rogério, um gol anulado e uma bola nas duas traves no mesmo lance.

Para o jogo no Morumbi, Adilson admite mudar a forma de o time jogar, torna-lo mais ofensivo, mas sem fazer a equipe virar “time de índio”, como definiu, sem cuidados defensivos. Para chegar às semifinais, o Cruzeiro precisará de mais do que isso: terá de fazer história. Nunca, em 74 anos de existência, o São Paulo deixou escapar uma vantagem de dois gols de diferença em um mata-mata.

O Cruzeiro está mais pronto do que o São Paulo para a decisão.

O técnico Ricardo Gomes admitiu, durante a semana, a diferença que existe hoje entre Cruzeiro e São Paulo: Adilson Batista tem um time pronto há mais tempo. O treinador foi no ponto fundamental de desequilíbrio entre as equipes.

Coloque os 11 titulares do time paulista: Rogério, Cicinho, Miranda, Alex Silva e Richarlyson; Rodrigo Souto, Hernanes, Jorge Wagner e Marlos; Dagoberto e Fernandão, frente ao time mineiro: Fábio, Jonathan, Leonardo Silva, Gil e Diego Renan; Fabrício, Henrique, Marquinhos Paraná e Gilberto; Thiago e Kleber. Se equivalem individualmente.

Gomes nunca usou a formação acima, uma vez que Fernandão acaba de chegar do Goiás, mas a esboçou pela primeira vez na estréia na Libertadores contra o Monterrey, com Cléber Santana na vaga de Marlos, Júnior César na esquerda e Fernandinho ao lado de Dagoberto.

Ora com Jean na direita ou Washington no ataque, a base foi mantida em mais sete jogos: vitórias sobre Santo André, Botafogo-SP e Once Caldas, duas derrotas para o Santos e dois empates contra o Universitário, pelas oitavas-de-final da Libertadores.

O treinador encontrou o time, mas ainda não consegue fazer com que ele jogue. Washington tem 12 gols na temporada, apenas dois a menos que Kléber, artilheiro do Cruzeiro, mas Dagoberto marcou seis – o mesmo de Hernanes - e Fernandinho cinco, sendo quatro em uma única partida.

O fato do artilheiro da equipe, com o dobro de gols do vice, ser reserva e a base dos titulares ter atuado junta oito vezes no ano reflete o que Gomes quis dizer: o Cruzeiro é, desde o início do ano, um time mais pronto para decidir a Libertadores em maio do que o São Paulo.

Roma já tem mais convocados para a seleção do que o Grêmio em mundiais.

Assim como em 2006 a convocação da seleção brasileira para a Copa do Mundo conta com 20 jogadores que atuam fora do Brasil e três de clubes nacionais. Com a abertura do mercado europeu na década de 80, o êxodo de jogadores fez aumentar também o número de convocados estrangeiros para os mundiais.

Em 1982 foram dois atletas: Falcão, da Roma, e Dirceu, do Atlético de Madri. Em 1986 mais dois. Na Itália, em 1990, domínio estrangeiro: 12 contra 10 de clubes brasileiros. Em 1994, mais uma vez 12 a 10 para quem jogava no exterior. Na Copa seguinte, 13 a 9 para os estrangeiros. No Japão e Coréia, Luís Felipe Scolari foi campeão com 13 atletas que atuavam no Brasil e nove de outros países.

A mudança no perfil das convocações já mostra os clubes internacionais ganhando espaço na história da seleção. A Roma de Doni, Juan e Júlio Baptista chegou ao número de oito convocações e ultrapassou o Grêmio assumindo o 11º lugar na lista dos clubes que cederam mais atletas para a seleção brasileira em mundiais – empatada com o Internacional. Inter de Milão, Milan e Real Madrid estão ao lado do tricolor gaúcho com sete.

O Botafogo é a agremiação que mais cedeu jogadores desde 1930: foram 46. Pode demorar, mas parece ser questão de tempo para que o alvinegro carioca perca este posto.

Os prováveis convocados de Dunga e o porquê.

Seja você torcedor de seleção, apenas de clube, advogado, jornalista, empresário ou médico. Em algum momento desta segunda-feira, é bem provável que você tenha se pegado anotando 23 nomes. Ou para tentar prever o que Dunga vai fazer ou para mostrar que a sua lista é melhor do que a que será anunciada às 13h desta terça-feira.

Fui um dos que tentei adivinhar o que o treinador irá fazer. Mais, adivinhar os motivos que levaram Dunga a chegar em 23 jogadores. Não concordo com nomes certos como Josué, Doni e, o não mais tão certo, Adriano.

Pode contar. Existem 22 nomes: três goleiros, quatro zagueiros, quatro laterais, três volantes, quatro meias e quatro atacantes. A vaga que resta pode ser de mais um volante para ser o reserva de Felipe Melo. O nome da última convocação foi Kleberson, hoje reserva no Flamengo.

A vaga que resta pode também ser de mais um armador. Dunga já disse que não haverá surpresas. Ronaldinho Gaúcho seria, portanto, mais cotado que Ganso, por exemplo.

Faltando poucos momentos para a convocação, o lugar que parece sem dono pode ser importantíssimo. Kaká tem problemas físicos, imagine que Júlio Baptista seja titular em um jogo decisivo e vá mal no primeiro tempo. O técnico olha para o banco e vê: Ramires, Elano, Nilmar e, se não houver uma surpresa, Adriano. Quem é capaz de mudar o jogo?

Qual risco o Brasil corre de perder um jogo na África do Sul se não levar Kleberson? Ou ainda, como o volante poderá mudar significativamente uma partida e fazer o que Josué ou Ramires não fazem? E qual a chance de Ganso ou Ronaldinho serem uma alternativa para Dunga?

São questões que o treinador deveria pensar, mas sinto que não vai.

Vamos à lista:

Júlio César: jogou 36 vezes com Dunga, é considerado um dos melhores do mundo. Incontestável.

Doni: titular em 10 jogos pela seleção, sofreu nove gols. Atuou em sete jogos no campeonato italiano. Foi titular na Copa América. Por isso vai à Copa.

Victor: esteve presente na Copa das Confederações, ano passado. Teve menos chances que Gomes e Hélton, mas parece mais próximo do mundial.

Maicon: atuou em 44 jogos, marcou quatro gols. Ótimo na Inter. Incontestável.

Dani Alves: participou de 34 partidas com Dunga, só não é titular absoluto porque nasceu no mesmo país de Maicon. Pode jogar pela esquerda ou no meio-campo. Arma do Barcelona. Convocado.

Michel Bastos: fez três jogos pela seleção. Atua como meio-campo pela direita em uma linha de quatro do Lyon. Oposto da lateral-esquerda. Como os concorrentes não convenceram, estará na lista.

Gilberto: jogou 22 vezes com Dunga, 20 como titular. Esteve na Copa América. Atua como meia no Cruzeiro e tem pouca mobilidade. Esteve na última convocação, mas deve ir à Copa pela confiança de Dunga.

Lúcio: titular em 34 jogos, um dos melhores zagueiros do mundo.

Juan: se machucou muito, mas vive boa fase na Roma. Fez 27 jogos completos na temporada. Em 2010, jogou regularmente.

Luisão: reserva imediato da dupla titular. Fez 22 jogos e já foi a uma Copa. Estará em sua segunda.

Alex: foi convocado mais vezes que os concorrentes Thiago Silva e Miranda. Jogou mais que os dois também. Foi titular na Copa América. Acredito que será o quarto nome para a defesa.

Gilberto Silva: 47 jogos pela seleção – o que mais jogou. Disputará seu terceiro mundial.

Felipe Melo: vai à Copa porque joga na seleção o que não faz na Juventus. Colecionou 17 cartões amarelos e dois vermelhos na temporada. Na seleção jogou 16 vezes e fez dois gols.

Josué: titular em 5 jogos da Copa América, participou durante 4 minutos da Copa das Confederações. Tem 26 jogos com Dunga. Acrescenta pouco ao grupo, mas é um dos jogadores nos quais o treinador confia. Estará na África do Sul.

Ramires: disputou as Olimpíadas e foi convocado pela primeira vez para a Copa das Confederações. Fez 11 jogos. joga como segundo volante ou terceiro homem de meio-campo. Deverá ser convocado.

Elano: líder em assistências na Era Dunga. Jogou 39 vezes na seleção e vem atuando de forma diferente na Turquia. Concorre com Dani Alves e Ramires pela vaga de titular.

Kaká: 34 partidas com Dunga no comando. Jogou 32 vezes na temporada (Messi tem mais de 50) e, em 2010, apenas cinco vezes ficou em campo 90 minutos. Pouco e preocupante. Obviamente será convocado.

Júlio Baptista: participou da Copa América e fez gol na final, contra a Argentina, além de um grande jogo. Jogou 26 vezes pela seleção, 11 como titular. Como comparação, Ronaldinho tem 20 jogos, com Dunga, sendo 15 desde o início da partida. Júlio marcou seis vezes e o meia do Milan, 5. Foi titular cinco vezes em 2010 pelo campeonato italiano, mas estará no mundial.

Robinho: 47 jogos na Era Dunga. Jogador mais vezes convocado e vice-artilheiro da seleção desde 2006 com 16 gols.

Luís Fabiano: participou de 24 jogos pela seleção de Dunga e fez 19 gols.Recuperado de lesão, jogou 14 vezes em 2010, oito dos últimos 10 como titular. Parece fisicamente recuperado.

Nilmar: muito bem nas oportunidades que teve, fez 7 gols nos 10 jogos que participou. Fez um jogo excelente contra a Inglaterra no ano passado. Poderá ameaçar a vaga de titular de Robinho durante a preparação.

Adriano: jogou apenas 12 vezes com Dunga e fez dois gols. Faltou 12 vezes aos treinos em 2010 e está acima do peso, o que pode pesar na convocação – com o perdão do trocadilho. A questão psicológica, o isolamento e confinamento da Copa do Mundo podem afetar o comportamento do atacante.

Internacional vai às quartas graças a lampejos. Sobram problemas para Fossati.

D’Alessandro assustou primeiro chutando de fora da área, aproveitando boa jogada de Andrezinho. Com dificuldades de penetração foi do argentino o ótimo passe, em jogada isolada, para Andrezinho entregar a Alecsandro.

Sem Kleber e com Fabiano Eller na esquerda, o Inter parecia torto no primeiro tempo. Na segunda etapa, em um raro momento de apoio, Fabiano Eller cruzou na cabeça de Walter. Gol do Inter classificado.

Com dois centroavantes, dois meias que atuam na faixa central do campo e sem lateral pela esquerda, o time de Jorge Fossati não finaliza, mas também não cria. Precisa de lampejos de D'Alessandro, Andrezinho ou bola aérea para Alecsandro e Walter. Mostra mais problemas que a equipe de Tite em 2009.

Tentar prever o que vai acontecer em uma disputa mata-mata é puro exercício de imaginação. O Flamengo, pior segundo colocado, eliminou o Corinthians, equipe de melhor campanha na primeira fase. Por exemplos assim, é temeroso apostar que o Estudiantes passa pelo Internacional, apesar da diferença no futebol apresentado pelas duas equipes até aqui em 2010. Vale lembrar: o Estudiantes está invicto há 16 jogos.

O Atlético chegou ao limite?

Na Vila Belmiro, o Atlético não conseguiu repetir a boa marcação do Mineirão. No primeiro gol, a bola sai de Arouca, passa por Ganso, Robinho, Neymar, de novo Ganso, até chegar a Neymar, impedido, que cruza para André. Os principais jogadores do time paulista trocaram passes sem serem incomodados.

Na frente, Diego Tardelli brigava por ele e Muriqui, tão apagado quanto Ricardinho. O jogo na baixada era de velocidade, passes rápidos, alta intensidade. Ricardinho é o jogador da posse de bola, da cadência, de fazer o jogo girar. Ontem, a partida não era essa.

No segundo tempo, com Júnior no meio e Leandro na lateral, Luxemburgo tentava segurar o avanço de Pará e dar mais velocidade à saída de bola. Antes de conseguir se organizar veio o gol de Wesley. Depois, o time mineiro tentava atacar e não conseguia, o Santos contra-atacava e errava. Tivessem finalizado melhor Arouca e Robinho e o placar teria mostrado uma diferença que não existiu no somatório dos dois jogos, mas se mostrou na segunda metade do jogo em São Paulo quando o Galo precisou agredir.

Vanderlei Luxemburgo disse, após a conquista do Estadual, que o Atlético ainda não pode ser considerado um dos melhores times do Brasil. Sem parâmetros no mineiro, esperava-se ver em que nível está o Atlético nos jogos contra o Santos: está abaixo do time de Dorival Júnior, mas consegue encarar o time mais empolgante do país.

A impressão que fica é que a equipe precisa jogar no limite e contar com Diego Tardelli inspirado para brigar no campeonato brasileiro, por outro lado mostra crescimento em cinco meses. As rodadas iniciais servirão para se ter uma ideia melhor. Aí a competição para e Vanderlei terá um mês para ajustar tudo o que o Estadual pode esconder.

Thiago Ribeiro: o jogador mais decisivo do Cruzeiro em 2010.

Thiago Ribeiro praticamente eliminou o Nacional no primeiro jogo. Três gols em 45 minutos e a vantagem confortável para jogar no Uruguai. Em Montevidéo, o camisa 11 sofreu a falta e fez o primeiro gol da partida – seu terceiro cobrando falta em 2010.

O atacante chegou a 13 na temporada, um a mais o que Kléber, batedor oficial de pênalti. Cada vez menos ponta e cada dia mais aproveitando os espaços deixados pelo companheiro de ataque, Thiago vive sua melhor fase desde que chegou a Belo Horizonte.

A boa sequência começou em 28 de julho do ano passado quando marcou no empate por 1 a 1 com o Botafogo. Três dias depois, empate com o Vitória por 3 a 3 e mais dois gols. Foram 21 gols a partir do jogo no Engenhão dos 25 que tem com a camisa do Cruzeiro.

Além de encerrar, pelo menos por enquanto, a discussão sobre a titularidade de Wellington Paulista, Thiago Ribeiro também se transformou na melhor opção ofensiva do time de Adilson Batista. Quem decide hoje é Thiago e não Kléber.

Três zagueiros é preocupação com bola aérea, mas a média de altura do Cruzeiro é maior.

Adilson Batista se preocupa com a bola aérea do Nacional. Para o jogo de hoje, pode escalar Thiago Heleno no lugar de Diego Renan. O time não atuaria no 3-5-2. A intenção é fazer uma linha com Jonathan, Gil, Leonardo Silva e Thiago Heleno. Depois, mais uma com quatro jogadores: Fabrício, Henrique, Marquinhos Paraná e Gilberto. O camisa 10 pode atuar nessa segunda linha e entrando em diagonal se juntando a Kleber e Thiago Ribeiro.
O treinador quer evitar o abafa do Nacional, mais fraco tecnicamente, mas que deve usar a bola alçada como principal tentativa de se classificar. O campo do Parque Central tem 98 metros de comprimento por 68 de largura. O Mineirão tem dimensões de 110 por 75 metros. Campo menor é sinal de mais jogadas terminando em arremesso lateral ou escanteio. Para quem conta quase exclusivamente com a criatividade de Angel Morales ou cruzamentos na área, o campo é o ideal. A média de altura não.
O Nacional, com o mesmo time que jogou no Mineirão, tem média de 1,78 metros. Do meio-campo para frente, nenhum jogador acima de 1,80 m. O Cruzeiro, também com a mesma escalação, tem média de 1,80 m. Leonardo Silva, Gil, Gilberto e Thiago Ribeiro são os mais altos.
O receio de Adilson se deve mais ao fato de não precisar correr riscos do que acreditar em uma jogada mortal do time uruguaio. Thiago Heleno era, até a ida para Montevidéu, o titular do treinador para a partida de logo mais.