Na Vila Belmiro, o Atlético não conseguiu repetir a boa marcação do Mineirão. No primeiro gol, a bola sai de Arouca, passa por Ganso, Robinho, Neymar, de novo Ganso, até chegar a Neymar, impedido, que cruza para André. Os principais jogadores do time paulista trocaram passes sem serem incomodados.
Na frente, Diego Tardelli brigava por ele e Muriqui, tão apagado quanto Ricardinho. O jogo na baixada era de velocidade, passes rápidos, alta intensidade. Ricardinho é o jogador da posse de bola, da cadência, de fazer o jogo girar. Ontem, a partida não era essa.
No segundo tempo, com Júnior no meio e Leandro na lateral, Luxemburgo tentava segurar o avanço de Pará e dar mais velocidade à saída de bola. Antes de conseguir se organizar veio o gol de Wesley. Depois, o time mineiro tentava atacar e não conseguia, o Santos contra-atacava e errava. Tivessem finalizado melhor Arouca e Robinho e o placar teria mostrado uma diferença que não existiu no somatório dos dois jogos, mas se mostrou na segunda metade do jogo em São Paulo quando o Galo precisou agredir.
Vanderlei Luxemburgo disse, após a conquista do Estadual, que o Atlético ainda não pode ser considerado um dos melhores times do Brasil. Sem parâmetros no mineiro, esperava-se ver em que nível está o Atlético nos jogos contra o Santos: está abaixo do time de Dorival Júnior, mas consegue encarar o time mais empolgante do país.
A impressão que fica é que a equipe precisa jogar no limite e contar com Diego Tardelli inspirado para brigar no campeonato brasileiro, por outro lado mostra crescimento em cinco meses. As rodadas iniciais servirão para se ter uma ideia melhor. Aí a competição para e Vanderlei terá um mês para ajustar tudo o que o Estadual pode esconder.
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