Para se defender, o São Paulo montava uma linha com Cicinho, Xandão, Alex Silva e Richarlyson, Rodrigo Souto à frente deles e Dagoberto, Hernanes, Marlos e Júnior César em uma segunda linha. Avançado, Fernandão. Quando tinha a posse da bola, Richarlyson não saía, mas Cicinho sim, Dagoberto e Marlos abriam nas costas dos laterais cruzeirenses e o time paulista funcionava no 3-6-1. Deu certo.
Como foi publicado neste espaço, antes da partida, Ricardo Gomes atribuía ao Cruzeiro a vantagem de ter o time titular e a forma de jogar definidos há mais tempo. O treinador usou a virtude do rival como arma para si próprio. Anulou a velocidade de Thiago Ribeiro com Richarlyson, tirou espaço dos jogadores do meio-campo celeste, armou o bote nas costas dos laterais. Se o trunfo dos mineiros era a qualidade do sistema de jogo, Gomes o transformou em defeito e futebol previsível.
Adilson Batista tentou mudar, dar mais velocidade e forçar a expulsão de Richarlyson com a entrada de Guerrón, dar mais qualidade a saída de bola com Fábio Santos na vaga do cansado Fabrício e maior movimentação com Roger no lugar de Gilberto. O Cruzeiro melhorou nos 25 minutos finais, criou, mas esbarrou em duas grandes defesas de Rogério, um gol anulado e uma bola nas duas traves no mesmo lance.
Para o jogo no Morumbi, Adilson admite mudar a forma de o time jogar, torna-lo mais ofensivo, mas sem fazer a equipe virar “time de índio”, como definiu, sem cuidados defensivos. Para chegar às semifinais, o Cruzeiro precisará de mais do que isso: terá de fazer história. Nunca, em 74 anos de existência, o São Paulo deixou escapar uma vantagem de dois gols de diferença em um mata-mata.
4 comentários:
Parabéns pela sua análise da partida ela é perfeita. Ainda bem que a imprensa mineira, tem um jornalista como você, que sabe o que diz, e não solta palavras ao vento.
futebolemdiscussaominas.blogspot.com
Ehhhhhh
Vou falar o que?
Mas não gostei das entradas do Guerron e principalmente do Fabio "Vida Loka".
Novamente o Fabinho no banco, um cara com experiencia e qualidade, e é preterido por um cara que "estava mancando um pouquinho".
Aff ...
Fazer o que né?
Improvavel, mas não impossivel!
Realmente muito boa sua análise do jogo.
Também achei inócua a entrada de Guerrón (como sempre é) e pra mim um dos nossos maiores problemas foi com a atuação do Gilberto que simplesmente se poupou. Jonathan tbém não conseguiu marcar o Júnior César, mas ainda achei que o Cruzeiro jogou bem só que tava numa noite sem inspiração e como vc disse o esquema tático do R.Gomes foi feito pra anular nossos recursos, no que obteve PLENO sucesso.
Parabéns pela análise.
Postar um comentário