quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Brasil trava no primeiro teste e Argentina quebra tabu de cinco anos

Foi para a Argentina, a primeira derrota de Mano Menezes a frente da seleção. O gol de Messi quebra um jejum de cinco jogos e também cinco anos sem vitória argentina sobre o time brasileiro. A última, por 3 a 1 em junho de 2005, no Monumental de Nuñez pelas Eliminatórias da Copa da Alemanha.

O Brasil começou o jogo com a iniciativa. Daniel Alves em velocidade pela direita e André Santos pela esquerda. Ambos, sempre em diagonal. Sem centroavante, cabia à seleção jogar com a bola no chão e foi o que tentou fazer. Ronaldinho Gaúcho, centralizado, participava pouco, mas distribuía bem o jogo. O antídoto argentino era com Messi e Pastore, nas costas de Elias e Ramires. Batista tentava fazer a equipe funcionar com passes curtos, como Barcelona. Para Messi, ser o Messi da Espanha. Para isso, no entanto, faltava marcar pressão, ter laterais bem-avançados e encurralar o adversário. Sem nada disso, a pressão começava, mas morria a frente da área.

No segundo tempo o Brasil apertou a saída de bola, marcou a frente e foi bem. Pastore e Messi recebiam a bola já quebrada e não rendiam. Lavezzi, aberto no setor de André Santos, era a principal alternativa e evidenciou o problema de marcação pelo lado esquerdo da defesa brasileira. A seleção roubava a bola no campo de ataque, mas com Mascherano não dando espaços a Ronaldinho, não havia criação.

O jogo era administrado até Douglas perder a bola do jogo no meio do campo. Fatal para Messi marcar pela primeira vez, na seleção principal, contra o Brasil. Em renovação tanto Brasil quanto Argentina tinham o principal teste pós-Copa. Mano Menezes mudou mais sua equipe, em relação a que disputou o mundial. Na Argentina, os jovens já haviam sido inseridos para a disputa na África do Sul. Higuaín, Di Maria, Romero estiveram na Copa. O Brasil demora mais para se armar com Neymar, David Luís, Lucas e Elias.

Em um jogo de tantas semelhanças, fez a diferença o talento de um jogador decisivo que hoje o Brasil não tem.

Um comentário:

Alberto disse...

A diferença mesmo foi o erro no final. Tudo bem que era amistoso e já no final do jogo.

Mas será que essa turma nova não viu o Cerezo e o Luisinho tocarem bola na copa de 82?

Se for pra deixar o tempo passar e segurar o empate, que vá para a bandeirinha de escanteio.

Acho que Douglas (que já foi descartado pelo Mano no Corinthians) não volta nunca mais.

Realmente falta um 10 na seleção.