Esperava-se um grande jogo no Camp Nou. O que foi escrito, neste mesmo blog na última semana, sobre a qualidade do Real Madrid não se apaga. José Mourinho transformou o Real em um time de verdade, mas que obviamente, mostrou ainda não estar no nível da equipe rival. O clube da capital brigará por títulos na temporada, apesar do chocolate da Catalunha.
Em campo, o Barcelona de sempre. Quando o adversário o espera dentro da própria área, roda a bola até entrar. O Real Madrid subiu a linha defensiva, encurtou o campo e obrigou o time de Guardiola a jogar longo, em profundidade. A senha para Xavi, Iniesta e Messi acabarem com o jogo em enfiadas perfeitas para quem vinha entre os zagueiros.
Taticamente o Barça foi perfeito. Tecnicamente também. Ninguém faz 5 a 0 em um time como o Real Madrid sem ser absolutamente fora do tom. Poderia ter sido mais, os catalães tiraram o pé do acelerador e os madrilistas não tiraram o pé das divididas – muitas vezes, desleais. O Barcelona fez o adversário apelar para os pontapés.
O time azul-grená faz muito mais do que isso. Faz você, leitor, desanimado com o final do campeonato brasileiro e a chatice do “entrega-não-entrega”, sorrir. É impossível não gostar de ver os comandados de Guardiola jogar. Faz renascer, em cada um, o gosto pelo futebol bonito, plástico, bem jogado e ainda competitivo.
Por razões políticas, sociais e culturais, o Barcelona se auto-intitula “mais que um clube”. Pela simplicidade que atropela o principal rival, o Barcelona é mais que um time.
Um comentário:
Fala Marcelo! De acordo com o seu texto o Cruzeiro é 'mais que um clube' ao quadrado. Afinal, foram duas goleadas de 5 a 0 no maior rival um ano após o outro. Abraços!
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