segunda-feira, 31 de agosto de 2009

2010 do Cruzeiro começa domingo.

O Cruzeiro volta de dois jogos fora sem ter perdido, mas com dois dos seis pontos disputados na bagagem. Para um time que ainda quer brigar no campeonato, o Cruzeiro perdeu quatro e não ganhou dois pontos. Contra o Botafogo, pelo o que poderia ter feito e contra o Vitória pelo o que poderia ter evitado.

Todo time do campeonato perde pontos considerados fáceis: o Palmeiras empatou com o Botafogo em casa, o Internacional empatou no Beira-Rio com o Vitória e o São Paulo foi um dos três times derrotados pelo Fluminense.

Perder pontos fáceis é normal, o Cruzeiro vai agora atrás dos difíceis, nas próximas oito rodadas enfrenta os oito primeiros colocados: São Paulo, Inter, Palmeiras, Barueri, Avaí, Goiás, Atlético-MG e Corinthians. No primeiro turno (mesclando o time e com inúmeras contusões, é verdade) o Cruzeiro conseguiu quatro pontos nos 24 disputados.

Com 29 pontos, faltam 36 para chegar à Libertadores, restam 48 a ser disputados. Ou seja, se vencer cinco dos oito primeiros, o time de Adilson ainda terá que vencer sete nas oito rodadas finais. Além de difícil na matemática, dentro do campo o time não dá mostras que tenha força para o feito. Tenho ou não motivos para pensar que ano que vem o Cruzeiro disputará a Copa do Brasil?

Márcio Araújo e Serginho: que falta fazem

Celso Roth falou ontem pela primeira vez o que já é visível há algum tempo: as ausências Serginho e Márcio Araújo foram cruciais para a queda de rendimento do Atlético.

Em um meio-campo com dois homens que praticamente só marcam como Renan e Jonilson e outro que praticamente só apóia como Júnior, Renan Oliveira ou Evandro, é o terceiro homem que tem o papel de ligar defesa e ataque e os dois vinham fazendo isso como ninguém.

Mais do que perder peças importantes, Roth precisou mexer na estrutura do time nas últimas partidas: colocar Marcos Rocha na direita e voltar Carlos Alberto para o meio; arriscar dar mais qualidade ao passe com Tchô no meio, mesmo perdendo em velocidade ou recuar Éder Luís – não para armar, mas parar conduzir a bola até perto da grande área. Nada disso deu certo. O time perdeu a saída extremamente veloz que tinha, perdeu o elemento surpresa e o jogador com a capacidade de destruir a marcação do adversário, deixando os atacantes menos sobrecarregados e com maior liberdade para finalizar.

Para quem vê Éder e Tardelli com nove gols no campeonato cada, não imagina que dois volantes, carregadores de piano, fazem tanta diferença, mas fazem.

sábado, 29 de agosto de 2009

22ª rodada: informações e palpites.

Coritiba x Avaí: o Coritiba venceu duas das três partidas que fez sob o comando de Ney Franco. O atacante Marcos Aurélio, suspenso, é o principal desfalque da equipe, mas Ariel retorna ao ataque. O Avaí perdeu seu último jogo há 11 rodadas: para o Botafogo de Ney Franco. William e Luís Ricardo, machucados, não jogam, assim como Emerson, suspenso. O principal trunfo do time catarinense é a continuidade da equipe. Nenhum jogador se lesionou seriamente na competição.
Palpite: Coritiba

Flamengo x Santo André:
o time rubro-negro tem sete desfalques do time considerado titular. O ataque será formado por Zé Roberto e Dennis Marques; Adriano está suspenso e Emerson foi negociado. A equipe venceu apenas duas vezes em nove jogos, depois que Andrade foi efetivado. O Santo André vem de duas vitórias seguidas. No primeiro turno, vitória do Flamengo por 2 a 1, com dois gols de Josiel e despedida de Obina. As equipes voltam a se enfrentar no Maracanã após a final da Copa do Brasil de 2004 em que o time paulista saiu vencedor.
Palpite: Flamengo

Náutico x Atlético-PR: o Náutico não terá seus três zagueiros: Asprilla, Wagner e Anderson Santana estão suspensos. O Furacão não conta com Paulo Baier, vice-artilheiro da equipe no campeonato, com cinco gols. Alex Mineiro volta após seis rodadas fora. No primeiro turno, vitória do Náutico por 3 a 2 na Arena da Baixada. O rubro negro venceu cinco dos últimos seis jogos.
Palpite: Atlético-PR

Santos x Fluminense: depois de chegar a aproveitamento de 67% sob o comando de Luxemburgo, o Santos fez um ponto nos últimos dois jogos e perdeu a chance de se aproximar do grupo da frente. A equipe não conta com Kléber Pereira que chegou aos nove gols na competição. O volante Emerson deixou o coletivo mais cedo e sua estreia é dúvida. O Flu, com 16 pontos, precisa fazer 30 pontos nos 51 que restam para não cair. É vencer 10 em 17 jogos. Em 21, o time venceu quatro até aqui.
Palpite: Santos.

São Paulo x Palmeiras: a primeira vez que Muricy enfrenta o ex-clube. Na campanha do tricampeonato são-paulino, o rival venceu apenas uma vez. Ricardo Gomes tem aproveitamento de 69% à frente do São Paulo, em 14 jogos. Muricy tem 57% em sete partidas pelo Palestra. O Tricolor joga completo e Claiton Xavier é o único desfalque do alviverde.
Palpite: São Paulo

Atlético-MG x Sport: o Galo venceu apenas uma vez nas últimas sete rodadas. Contra o Sport, desde 2006 na série B, são três vitórias no Mineirão. Ano passado, 2x1 com gols de Marques e Gedeon e ainda um de Roger. Depois do Sport, a equipe enfrenta Santo André, Atlético-PR e Náutico, times da parte de baixo da tabela, boa chance para voltar a brigar. A equipe pernambucana vem de vitória o que quebrou um tabu de 40 dias, ou nove rodadas. Fabiano, artilheiro da equipe com seis gols, não joga por força contratual. Além dele, Élder Granja, Renan e Eduardo também estão impossibilitados.
Palpite: Atlético-MG

Internacional x Goiás: além de São Paulo e Palmeiras o outro confronto do G-4. O Colorado não terá Taíson e Alecsandro, o ataque titular. Bolaños e Léo formarão a dupla ofensiva. O time de Tite não vence há três jogos, mesmo assim segue entre os quatro primeiros. O Goiás pode ter Fernandão enfrentando o clube em que é ídolo pela primeira vez. Se vencer e o Palmeiras não derrotar o São Paulo, o clube esmeraldino vai liderar o brasileirão pela primeira vez em 2009.
Palpite: empate.

Vitória x Cruzeiro: o Vitória não vai poder contar com jogadores que pertencem ao Cruzeiro: Apodí e Leandro Domingues, mesmo assim o time baiano tem três ex-Cruzeirenses: Ramon, Jackson e Leandro Silva. No Cruzeiro, Leonardo Silva enfrenta o ex-clube pela primeira vez. Fábio viaja à Salvador e joga; Wellington Paulista ainda é dúvida. Viáfara retorna ao gol do Vitória. Marquinhos Paraná, suspenso pela primeira vez na temporada, fica de fora.
Palpite: Vitória

Botafogo x Grêmio: o Botafogo é o pior mandante do campeonato com 12 pontos conquistados em nove jogos. Por outro lado, o Grêmio é o pior visitante: tem 7% de aproveitamento, com dois pontos conquistados em 30 possíveis. Túlio volta ao Engenhão para enfrentar o ex-clube. No Botafogo, Eduardo que foi punido pela diretoria, volta ao time. Ano passado, vitória carioca por 2 a 1, a última do Grêmio antes da série invicta de 11 jogos.
Palpite: Grêmio.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O futebol do Rio não acabou quando o Maracanã parou.

O torcedor mineiro está preocupado com a demora do início nas obras do Independência, uma vez que o Mineirão ficará inativo por três anos. Uma coisa parece certa: em 2010 não teremos jogos de futebol em Belo Horizonte. Péssimo, sem dúvidas.

O que não é certo é comparar o que pode sofrer o futebol do Estado com o que sofreram os grandes do Rio de Janeiro quando o Maracanã fechou para obras em 2005, visando o Pan-Americano. Por que não é certo comparar? Porque o futebol carioca não sofreu nada. Claro, em termos econômicos e em conforto para o torcedor, sim. Mas tecnicamente, dentro de campo, não. Veja o histórico:

Foi com o Maracanã à disposição que o Botafogo foi rebaixado em 2002 e subiu em 2003 (jogando em Caio Martins). No Maior do Mundo, o alvinegro quase caiu em 2004. No ano seguinte, jogando na Ilha do Governador, terminou em nono lugar. Pouco? Talvez, mas foi o segundo melhor aproveitamento do Botafogo na década.

2003: não disputou.
2004: 20º, 36% de aproveitamento.
2005: 9º, 47% de aproveitamento.
2006: 12º, 45% de aproveitamento.
2007: 9º, 55% de aproveitamento.
2008: 11º, 45% de aproveitamento.


Mesmo jogando no Maracanã, o Fluminense brigou para não cair em 2003 e 2008, mas foi jogando em Volta Redonda, em 2005, que o Tricolor conseguiu seu melhor desempenho na era dos pontos corridos, terminando em quinto lugar, e perdendo a vaga na Libertadores na última rodada, em confronto direto contra o Palmeiras, fora de casa.

2003: 19º, 38% de aproveitamento.
2004: 9º, 49% de aproveitamento.
2005: 5º, 54% de aproveitamento.
2006: 15º, 39% de aproveitamento.
2007: 4º, 53% de aproveitamento.

O Flamengo sim, sentiu. Desde 2003, o ano sem o Maracanã foi o de segundo pior desempenho, mas no ano anterior, o time já estava mal: teve 39% de aproveitamento em 2004 e 44% em 2005. No ano seguinte, 46%. A virada veio em 2007 com Joel Santana e o melhor aproveitamento como mandante do campeonato – o Maraca fez a diferença.

2003: 8º, 48% de aproveitamento.
2004: 17º, 39% de aproveitamento.
2005: 15º, 44% de aproveitamento.
2006: 11º, 46% de aproveitamento.
2007: 3º, 53% de aproveitamento.
2008: 5º, 56% de aproveitamento.

Elenco: a bola da vez, de novo.

Como já foi dito aqui e quase em todos os outros lugares, “é preciso ter elenco para brigar no campeonato brasileiro”. A frase já cansou você leitor, eu sei. Mas por falar em elenco, o do Cruzeiro sempre tão elogiado – e com razão – deu mostras de fraqueza contra o Botafogo.

Com os vetos a Wellington Paulista e Kléber, Adilson não tinha a disposição nenhum atacante de área e teve que escalar Guerrón e Thiago Ribeiro. No segundo tempo, Jancarlos (bom reserva para Jonathan) cansou devido ao fato de estar voltando de contusão. Adilson não tinha um terceiro lateral para colocar em campo. Marquinhos foi deslocado, enfraquecendo o meio. Gilberto, também sem ritmo, saiu extenuado. Entrou Vinicius, zagueiro. Dudu está com a seleção sub-17 e Bernardo mal fisicamente.

Sinal que o Cruzeiro não tem elenco? Não. Sinal que é impossível prever tantos atropelos nas mesmas posições. A sequência do Cruzeiro, após o Vitória, conta com São Paulo, Inter, Palmeiras, Barueri, Avaí, Goiás e Atlético-MG, todos que brigam na parte de cima da tabela.

Para chegar à Libertadores o time de Adilson precisa ganhar todos os pontos fáceis (como teoricamente seria os do jogo contra o Botafogo) e ainda vários difíceis. Depois do clássico mineiro ainda faltarão nove rodadas para o fim do campeonato. Como são confrontos diretos, ou a Raposa estará na briga de vez, ou poderá pensar efetivamente em 2010 a partir de outubro. Ou seja, pensar no elenco.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Vem aí o melhor do mundo.

Falar antes é complicado, mas a empolgação com a Liga dos Campeões começa assim que os grupos são sorteados. Na verdade, começa antes: Arsenal x Celtic, Fiorentina x Sporting, Atlético de Madri x Panathinaikos. Bons jogos para esquentar.

Dos oito grupos, a maioria conta com dois grandes favoritos, um médio correndo por fora e um candidato à zebra. A chave teoricamente mais equilibrada é a do Manchester com as presenças de CSKA Moscou, Besiktas e o campeão alemão Wolfsburg.

A primeira fase já contará com encontros empolgantes como Barcelona x Internazionale com direito a Ibra e Eto’o nos novos clubes, Real Madrid x Milan com Kaká em campo, Bayern x Juventus e Liverpool x Lyon.

A primeira fase começa no dia 15 de setembro e vai até 9 de dezembro. Me arrisco a dizer que está para começar o principal torneio de futebol do mundo. Sim, eu gosto mais da Champions do que da Copa do Mundo, talvez os jogadores também.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O dia do "Fico" representa a ambição.

Atlético e Cruzeiro tiveram o dia do “Fico”. Ontem Alexandre Kalil garantiu que Tardelli não será vendido, hoje foi a vez de Zezé Perrella dar um basta nas propostas e garantir Kléber no clube. Os principais jogadores do futebol mineiro estão garantidos até dezembro em suas equipes. O que isso significa? Ambição.

Quando o Atlético contratou Renteria, o presidente declarou “estou me permitindo sonhar com o título”. Por outros motivos, o time caiu e rendimento e hoje é mais sensato pensar em Libertadores, mesmo sonhando com o topo. Agora, em entrevista ao Superesportes, o presidente do Cruzeiro garante: “Com o Kléber no time, somos mais fortes para brigar por essa vaga na Libertadores”.

Manter os grandes jogadores apostando no sucesso da equipe é sinal de confiança para correr riscos. Assim como fez o São Paulo ano passado: não vendeu Hernanes, foi campeão brasileiro e a má fase do primeiro semestre esfriou o interesse dos grandes clubes pelo jogador. Acontece. Assim como acontece também do time deslanchar e a valorização ser ainda maior. O exemplo é o mesmo São Paulo que manteve o zagueiro Breno na equipe até o final da temporada de 2007 e depois o negociou com o Bayern por 18 milhões de euros.

Os mineiros apostam as fichas em seus destaques para chegar à Libertadores de 2010. Se conseguirem o objetivo, precisarão deles para brigar pelo título da América. Vamos ver até onde vai a ambição.

domingo, 23 de agosto de 2009

A história da camisa azul do Palmeiras.

Não, você não assistiu a Cruzeiro x Internacional na noite de sábado. O Palmeiras lançou seu terceiro uniforme que, diferentemente do verde “marca-texto”, é cheio de história.

Para começar, o escudo é a chamada “Cruz de Savóia”. Foi a família Savóia que protagonizou a unificação da Itália como Estado na segunda metade do século XIX. A cruz vermelha e branca é o brasão da família. O primeiro escudo do Palmeiras foi o PI, utilizado em 1914 e 1915. A Cruz de Savóia fez parte do uniforme principal do clube em 1916.

A cor em azul faz referência à squadra azzurra e não diretamente à seleção italiana de futebol (que faz, por sua vez também, referência à squadra). O azul era a cor oficial da realeza italiana e o exército adotou o mesmo tom, ficando conhecido como a squadra azzurra, ou o esquadrão azul. Por este motivo, em todas as modalidades esportivas, a cor adotada pelas equipes que representam a Itália é o azul.

O uniforme azul do Palmeiras foi utilizado na década de 20 e posteriormente em alguns jogos nos anos 50. O time perdeu o título paulista de 1954 para o Corinthians atuando de azul e também o campeonato “Quarto Centenário” quando São Paulo completou 450 anos. Nas duas ocasiões, o time não perdeu com a camisa azul, mesmo assim ficou sem o título.

Em tempo, o Palmeiras passa, dentro de campo, por um período de transição entre o time de Luxemburgo e o time de Muricy. Com dois atacantes fortes trombando nos adversários e dois volantes que protegem bem a defesa.

Para vencer o Inter, o time paulista contou com duas belas jogadas individuais de Diego Souza que resultaram no pênalti convertido por Obina e no rebote do gol de Ortigoza. O Colorado que teve mais posse de bola só conseguiu pressionar nos primeiros 20 minutos do segundo tempo e depois do gol de Giuliano. Se Alecsandro não estivesse tão mal e Diego Souza tão bem na noite de ontem, o resultado seria diferente.

Ainda acredito que o Palmeiras irá vacilar neste período transitório, mas enquanto isso só o São Paulo dá pinta de que pode se aproveitar.

Créditos: Folha Imagem.



Camisa azul com a Cruz de Savóia: é história e não moda.

sábado, 22 de agosto de 2009

21ª rodada: informações e palpites.

Palmeiras x Internacional: confronto direto pelo título. O Palmeiras tem quatro pontos a mais, mas jogou duas vezes a mais que o Colorado. No primeiro turno, o Inter, com o time misto, venceu por 2 a 0. O time paulista tem cinco desfalques na defesa. No ano passado, vitória do Palmeiras por 2 a 1 com gols de Denílson e Alex Mineiro.
Palpite: empate.

Santo André x Coritiba: no meio da semana o Santo André venceu seu primeiro jogo sob o comando de Alexandre Gallo. Desde 15 de julho a equipe não consegue uma vitória atuando em casa. O Coritiba venceu duas vezes nos dois jogos em que Ney Franco comandou a equipe. Marcelinho Paraíba, suspenso, fica de fora. Ele é o artilheiro do campeonato ao lado de Val Baiano e Adriano com 10 gols.
Palpite: Santo André.

Sport x Vitória: o time pernambucano fez dois pontos nos últimos 10 jogos. A última vitória aconteceu no dia 12 de julho: 1 a 0 sobre o Goiás. No mesmo período o time baiano fez 9 pontos. Na quarta-feira, venceu o Atlético-PR, primeiro triunfo sob o comando de Vagner Mancini. No primeiro turno, vitória baiana por 1 a 0 no Barradão.
Palpite: Sport.

Corinthians x Botafogo: depois de cinco jogos sem vencer, o Corinthians vem de duas vitórias seguidas e está a 6 pontos do líder, mas Mano Menezes já disse que desistiu de ser campeão em 2009. O Botafogo trocou de técnico e Estevam Soares conseguiu um ponto nos dois jogos em que comandou a equipe. O time carioca está de volta à zona do rebaixamento.
Palpite: Corinthians.

Atlético-PR x São Paulo: o Atlético vinha de quatro vitórias seguidas, mas na última rodada perdeu para o Vitória. O São Paulo não perde há nove rodadas com oito vitórias e um empate. Nos 10 jogos realizados entre as equipes na Arena da Baixada, o Atlético venceu oito e aconteceram dois empates. O São Paulo pode assumir a liderança do campeonato pela primeira vez. Em 2007 e 2008, quando foi liderou não perdeu o posto até ser campeão.
Palpite: São Paulo.

Grêmio x Atlético-MG: o Grêmio é o pior visitante, mas também o melhor mandante da competição. No Olímpico foram 10 jogos com oito vitórias e dois empates. Além disso, tem o melhor ataque entre os mandantes e a segunda melhor defesa. A dupla de ataque titular segue fora. O Atlético venceu apenas uma vez nos últimos seis jogos e saiu do G-4. Fora de casa são três derrotas e um empate nos últimos quatro jogos. A última vez que venceu foi contra o Santos, na Vila Belmiro.
Palpite: Grêmio

Fluminense x Barueri: Renato Gaúcho assumiu a equipe em 19º lugar há oito rodadas, fez cinco pontos e continua em 19º, aproveitamento de 21%. Quando assumiu, o aproveitamento da equipe era de 28%. O Barueri venceu no meio da semana, a primeira sem o atacante Fernandinho. Val Baiano que retornou à equipe no meio da semana, marcou na vitória sobre o Sport e voltou à liderança da artilharia.
Palpite: Fluminense.

Goiás x Santos: o time goiano pode chegar à liderança pela primeira vez se conseguir bater o Santos e São Paulo e Palmeiras tropeçarem. A equipe venceu as últimas quatro no Serra Dourada. Ano passado, Hélio dos Anjos estreou com goleada na Vila: 4x0. No segundo turno, voltou a golear o Peixe: 4x1. Sob o comando de Luxemburgo, o Santos disputou 7 jogos e fez 14 pontos. Aproveitamento de 67%, considerado de campeão.
Palpite: empate.

Cruzeiro x Náutico: o time mineiro tenta vencer duas seguidas pela primeira vez no campeonato. No Mineirão, as equipes se enfrentaram 10 vezes com oito vitórias do Cruzeiro e dois empates. O Náutico vem de três vitórias nos últimos quatro jogos, mas mesmo assim segue na zona de rebaixamento. Acosta fará seu segundo jogo no campeonato. Em 2007, empate por 2 a 2 com dois gols do uruguaio.
Palpite: Cruzeiro.

Avaí x Flamengo: sem perder há 10 jogos, o Avaí pode entrar no G-4 pela primeira vez no campeonato. O time carioca, se perder, pode cair mais duas posições. Sob o comando de Andrade foram 10 pontos conquistados em sete jogos. Com Cuca, 17 pontos em 13 partidas. O aproveitamento de Andrade é melhor. No primeiro turno, empate por 0 a 0 no Rio.
Palpite: Avaí.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Êxodo: a meta não é evitar o inevitável.

PVC está lançando nesta terça-feira o livro “Bola Fora – A História do Êxodo do Futebol Brasileiro”. Assim que chegar às livrarias de BH irei comprar o meu. A obra reabre a discussão (que, aliás, nunca foi fechada) do triste destino do futebol nacional.

Qual foi o jogador que se destacou no país e demorou para ser negociado? Talvez Robinho que deixou o Santos em 2005, mesmo assim, antes dos 21 anos. Não consigo me lembrar do grande jogador, no auge de sua carreira, que passou três anos no Brasil. Sejamos realistas: é impossível concorrer com o Milan, Barcelona, Real Madrid, Manchester United e as demais grandes potências.

Não só pela questão financeira, mas porque todos querem jogar em grandes clubes, nos melhores do mundo. Mas sejamos sinceros mais uma vez: não temos jogadores para perder aos montes para esses clubes. Os craques, aqueles realmente diferenciados, irão.

A discussão que deve existir entre CBF e clubes é o porquê de perdermos jogadores para os times médios ou os mercados periféricos do futebol. O Internacional perdeu Alex, considerado um dos melhores do país, para o Spartak da Rússia, mesmo time que tirou Íbson do Flamengo (embora o jogador pertencesse ao Porto). André Santos, titular da seleção brasileira, optou jogar no Fenerbahçe da Turquia, mesmo clube que levou Alex, ex-Cruzeiro, na melhor fase de sua carreira. Nilmar foi para o Villareal, quarta ou quinta força na Espanha.

Perder para os grandes é inevitável. Ganhar dos pequenos deve ser a meta dos dirigentes brasileiros. O torcedor agradece.

Aumentou a responsabilidade

É o primeiro tópico em um ano e quatro meses de blog, quase 300 postagens, na qual o assunto não é o esporte em si

Ontem o colega e amigo Mário Marra adicionou esta página entre seus favoritos. Entrei no blog dele para conferir o que havia de bom e além dos ótimos e sensatos comentários, me vi ao lado junto de ninguém menos que Lédio Carmona, PVC, Mauro Cézar Pereira, Alex Escobar, Maurício Noriega, Victor Birner e Paulo Júlio Clement

Esse post não traz nenhuma informação nova para você que me acompanha, é só para expressar publicamente a alegria que o trabalho feito com amor e dedicação proporciona.
Valeu Mário!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Cruzeiro e Mineirão: acabou o encanto?

Os números expostos aqui no blog em julho impressionavam: o Cruzeiro não perdia no Mineirão há oito meses, quase 30 jogos, estava entre as 10 maiores invencibilidades da história do clube em casa. O aproveitamento com Adilson Batista era de 82%.

Aí vieram as derrotas para Barueri, Atlético-MG, Estudiantes, Corinthians e Atlético-PR. O que havia acontecido em um ano e seis meses – cinco derrotas – aconteceu no período de dois meses. Sendo justo: nas duas primeiras, o time não era o principal.

Ainda assim, mesmo nos jogos em que não perdeu, como diante do Santos, fica evidente a mudança. O motivo pode ser a falta de velocidade. Sem Wagner, Ramires, Gérson Magrão e Thiago Ribeiro o time perde quase todas as saídas em velocidade. Só sobra Jonathan.

Time lento é sinal de time previsível. Marcar o Cruzeiro no Mineirão ficou fácil. O que ajuda a explicar as dificuldades de Fabrício e Marquinhos Paraná no apoio, a exposição da defesa e a evidente lentidão de Thiago Heleno, antes escondida por volantes que protegiam os zagueiros. A solução pode estar na inteligência de Gilberto e na velocidade de Guerrón. Pelo o que parece, Adilson sabe e não vê a hora.

O que é ter elenco?

Para vencer campeonato brasileiro é preciso ter elenco. A frase é dita desde 2003 como receita para o sucesso na competição por pontos corridos. De fato, é necessário. O que não quer dizer, no entanto, que o jogo contra o Corinthians – o pior do Atlético no campeonato – seja a mostra que o clube mineiro não tenha peças de reposição à altura.

Ter elenco é conseguir substituir peças em eventuais situações e foi o que Celso Roth conseguiu fazer em 17 dos 18 jogos disputados no turno. Quando perdeu Márcio Araújo, tinha Serginho. Sem Carlos Alberto, Araújo foi para a direita. Quando Werley não joga, Alex Bruno entra.

Ter dois volantes suspensos, um machucado e outro impedido de jogar por força contratual não é erro de planejamento ou falta de elenco qualificado, é azar. Ainda mais se dois desses volantes fizerem as vezes de lateral-direito.

O Atlético tem elenco sim. Quando o Corinthians (tido como um dos melhores times do Brasil) perdeu seis jogadores, se enfraqueceu. O mesmo acontece com Palmeiras, Inter, São Paulo ou qualquer outro. Ter elenco para suprir a falta de oito jogadores - sendo cinco titulares - ninguém tem e mesmo assim alguém terá de ser campeão em 2009.

sábado, 15 de agosto de 2009

19ª rodada: informações e palpites.

Palmeiras x Botafogo: com Muricy no comando o Palmeiras ainda não marcou dois gols em uma única partida, a equipe vem de dois empates seguidos. Edmilson volta ao time após cumprir suspensão. O alvinegro estreia Estevam Soares que nesse Brasileirão já arrancou um empate do Palmeiras no jogo contra o Barueri: 2 a 2. na última rodada do Brasileirão do ano passado, vitória carioca, o que mandou o Palmeiras para o grupo da morte da Libertadores.
Palpite: Palmeiras.

Avaí x Náutico: já são oito jogos sem perder do time catarinense. O último revés foi no dia 11 de julho contra o Botafogo. De lá praça foram 13 posições conquistadas. Na Ressacada, foram três jogos, venceu os três e não sofreu gols. O Náutico vem de duas vitórias seguidas, mas não terá o artilheiro Gilmar. Com 35 gols sofridos tem a pior defesa do campeonato, ao lado do Sport.
Palpite: Avaí

Santo André x Internacional: mesmo com a mudança de treinador, o Ramalhão segue sem vencer, já são 7 jogos com seis derrotas e um empate. Com 37% de aproveitamento, o Santo André é o pior mandante do torneio. O Inter tem dois jogos a menos que a maioria dos adversários, caso consiga vencer as partidas atrasadas chegará à liderança da competição. Depois de vencer as duas primeiras como visitante, o Colorado só conseguiu mais um resultado positivo fora do Beira-Rio.
Palpite: Internacional.

Sport x São Paulo: o time pernambucano vive o maior jejum da competição: são oito jogos com apenas dois pontos conquistados. Mesmo se vencer, o rubro-negro termina o turno na zona de rebaixamento. O São Paulo conquistou, nos últimos sete jogos, 19 pontos. O grande jogador da reação, Dagoberto, não joga. No período, Washington marcou cinco gols dos seis que possui no Brasileirão. Em 2007, o São Paulo poderia ter sido campeão na Ilha do Retiro, mas o empate por 1 a 1 adiou a festa para o Morumbi.
Palpite: São Paulo.

Corinthians x Atlético-MG: o jogo dos desfalques. Além dos negociados Christian, André Santos e Douglas, o Corinthians fica sem Ronaldo, Alessandro e Souza. O Atlético não terá oito jogadores, sendo que cinco são titulares, mas Diego Tardelli volta. O zagueiro Marcos pode reaparecer na equipe. Ele não joga desde a final do campeonato mineiro, contra o Cruzeiro. O Corinthians não vence há cinco rodadas e o Atlético não consegue uma vitória como visitante desde o jogo contra o Santos em 21 de junho. Depois disso, 10 rodadas sendo sete delas no Mineirão.
Palpite: empate.

Fluminense x Coritiba: depois de quatro jogos sem vencer sob o comando de Renato Gaúcho, o Fluminense goleou o Sport e empatou com o Vitória fora de casa. O Coxa só venceu o Náutico como visitante. A equipe paranaense contará com a estreia de Ney Franco. O treinador enfrentou o Flu três vezes na temporada: venceu uma e perdeu duas. Quem vencer tem chance de virar o turno fora da zona de rebaixamento.
Palpite: Fluminense

Grêmio x Flamengo: confronto direto de equipes que tentam se aproximar do G-4. O Grêmio segue disparado como o melhor mandante do campeonato. Tem 85% de aproveitamento e o melhor ataque com 24 gols em nove jogos. Mas o Tricolor não terá Maxi López, Herrera e Souza. Já o Flamengo tem 12 pontos conquistados como visitante. Everton será o substituto de Kleberson que só deve voltar no final da competição. Adriano marcou gol nos três últimos jogos do Fla fora de casa.
Palpite: Grêmio.

Goiás x Vitória: o time goiano é dono do segundo melhor ataque do campeonato e vem em terceiro lugar graças à arrancada que foi interrompida com a derrota diante do São Paulo no domingo passado. O Vitória vai reestreiar o técnico Vagner Mancini. No Brasileiro já são oito rodadas sem vitórias e fora de casa apenas um triunfo e dois empates nos nove jogos que fez.
Palpite: Goiás.

Atlético-PR x Barueri: o Furacão vem de duas vitórias seguidas e como visitante após a chegada de Antônio Lopes. O Atlético tem, ao lado do Cruzeiro, o pior ataque do campeonato. O Barueri não vai contar com Fernandinho, seu principal jogador, que teve o contrato encerrado durante a semana. Na sequência de quatro jogos sem vencer pela qual passou a equipe, Fernandinho estava machucado. Com a saída de Estevam Soares, Mário Sérgio é o preferido da diretoria para assumir o cargo.
Palpite: empate.

Cruzeiro x Santos: o Cruzeiro tem a volta de Kleber que, com a ausência de Thiago Ribeiro, volta a fazer dupla com W. Paulista. Desde que Luxemburgo deixou a equipe em 2003, não perdeu mais para o time mineiro. A Raposa tenta vencer duas seguidas pela primeira vez no campeonato. O Santos tem o quarto melhor ataque e a terceira pior defesa do campeonato. George Lucas, que atuou pelo Atlético-MG, fará sua estreia.
Palpite: Cruzeiro.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Vídeo: empresário nega propostas por Kléber

Assista ao vídeo referente ao post abaixo.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Giuseppe Dioguardi: “O Kléber não recebeu nenhuma proposta"

A entrevista com Giuseppe Dioguardi aconteceu minutos antes do jogo entre Atlético e Palmeiras no Mineirão. Pepe foi categórico: “O Kléber não recebeu nenhuma proposta para sair do Cruzeiro”.

O empresário do jogador mais especulado do último mês reafirmou o desejo do atacante em ser ídolo no Brasil e que não só dinheiro motivará Kléber a deixar o país. A proposta deve vir também de um clube grande de um centro importante da Europa.

Giuseppe ainda desmentiu que tenha dito ao jornal português Record que existam “negociações adiantadíssimas” com um clube europeu. O empresário garantiu que houve um erro de interpretação do jornalista de Portugal. “Tudo o que existiu até agora foram sondagens. O clube vem e me pergunta até quando vai o contrato, quanto ele ganha, mas não passou disso”, afirma.

As declarações de ontem podem ser para não atrapalhar uma possível negociação em andamento, mas enquanto Pepe, Zezé Perrella e Kléber estão negando qualquer oferta e o jogador continua treinando e jogando pelo Cruzeiro, é possível acreditar que Kleber não sai do Brasil até o final do ano, pelo menos.
Veja a entrevista de Giuseppe Dioguardi, no Jogada de Classe dessa quinta-feira.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

O América dos acessos é imbatível no Independência.

A receita do acesso em 1997 com Givanildo Oliveira se repete agora no América: a força dentro do Independência. Basta uma vitória contra o Brasil de Pelotas para voltar à segunda divisão, hoje uma vitrine importante do futebol brasileiro.

Na Série B de 97 foram 11 jogos dentro de casa, com 10 vitórias e um empate. Naquela oportunidade o time marcou 17 gols e não sofreu nem um. Na temporada atual, cinco partidas e cinco vitórias. 11 gols a favor e apenas um contra.

O acesso do América depende de mais um bom resultado dentro de casa. Os números não colocam o clube na segunda divisão, mas são um bom indicador que se não der Coelho, é zebra.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

As insjustiças da dança das cadeiras.

Um no domingo e dois na segunda-feira. Com as quedas de René Simões, Ney Franco e Paulo César Carpegiani o número de troca de treinadores chega a 17 em 18 rodadas do campeonato. Média idêntica a de 2009.

A demissão de René se dá pelo fato do Coxa estar na zona de rebaixamento no ano de seu centenário e a equipe não mostrar poder de reação a algum tempo na competição. Carpegiani criticou o elenco publicamente, ficou sem clima e o Vitória só venceu uma nas últimas oito rodadas. O último triunfo foi sobre o Santos – o que causou a queda de Wagner Mancini à época.

O que não dá para entender é a saída de Ney Franco. Ney montou o time do Botafogo sem dinheiro e sem bons jogadores. Foi vice-campeão estadual e depois disso perdeu seu principal jogador – Maicosuel – e ao mesmo tempo, o melhor atacante, Reinaldo. Com Lúcio Flávio, André Lima e o próprio Reinaldo, que começaram a disputar o Brasileiro já com algumas rodadas disputadas, o time engrenou ficou sete jogos sem perder, fazendo 13 pontos. Uma derrota para o São Paulo e outra para o Atlético-PR foram suficientes para jogar por terra o planejamento do ano inteiro.

Com Ney Franco o Botafogo brigaria para não cair. Sem ele, o que pretende o clube da estrela solitária? Uma vaga na Sul-Americana, no máximo? O novo técnico terá os mesmos problemas de Ney e talvez não conte com as mesmas soluções de quem estava a um ano no cargo.
Confira as 17 mudanças de treinador do Brasileirão:
Atlético-PR: Geninho – Valdemar Lemos – Antônio Lopes
Botafogo: Ney Franco – ?
Coritiba: René Simões - ?
Flamengo: Cuca – Andrade
Fluminense: Parreira – Renato Gaúcho
Grêmio: Marcelo Rospíde (era interino, mas sem o acerto com Autuori, ficou mais de um mês no cargo) – Paulo Autuori
Náutico: Valdemar Lemos – Márcio Bitencourt – Geninho
Palmeiras: Vanderlei Luxemburgo – Jorginho (comandou o time em sete jogos contra oito de Luxemburgo e três de Muricy, até aqui) – Muricy Ramalho
Santo André: Sérgio Guedes – Alexandre Gallo
Santos: Vagner Mancini – Vanderlei Luxemburgo
São Paulo: Muricy Ramalho – Ricardo Gomes
Sport: Nelsinho Batista – Emerson Leão – Péricles Chamusca.
Vitória: Paulo César Carpegiani – Vagner Mancini

O Corinthians diz "não" ao Brasileiro.

Ainda restam 20 rodadas, mas um grande não brigará pelo título: o Corinthians. Pelo menos é o que garante o seu treinador, Mano Menezes. Depois da derrota para o Flamengo, Mano disse que “com esse time não temos condições”. De fato, não tem.

O problema do Corinthians, em 2009, foi a falta de ambição. Tivesse Andrés Sanches feito como Beluzzo no Palmeiras que garantiu que nenhum jogador sairia até o final do campeonato, o time alvinegro poderia brigar para ser penta.

Com as saídas de André Santos, Christian e Douglas e a contusão que tira Ronaldo de quase 30% do campeonato, o time é outro. É lento, não rouba a bola e o contra-ataque desapareceu. Tivesse o presidente convencido os jogadores a ficar, buscar maior valorização conquistando o título brasileiro e brigando também pela Libertadores, teríamos um forte candidato que não teremos mais.

De agosto a dezembro o Corinthians vai pensar em montar o time para a competição sul-americana do ano que vem. Em 2010, a equipe irá fazer como todas: poupar titulares na fase mais aguda da competição. Pode dar certo, mas com o ótimo time que tinha, não precisava abrir mão de dois campeonatos brasileiros para disputar uma Libertadores só.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A venda do jogador que não evoluiu com Adilson.

Na entrevista de quarta-feira, quando consegui terminar minha pergunta à Adilson Batista, o técnico disse que fez vários jogadores evoluírem no Cruzeiro (pura verdade), à exceção de um, mas que não citaria o nome.

No dia seguinte, o presidente Zezé Perrella anuncia a venda do jogador. Wagner. O camisa 10 disputou o Campeonato Brasileiro de 2005 à 2008, sendo que no primeiro ano jogou como ala após a saída de Athirson. Em 2007, chegou durante a competição porque estava no futebol do Oriente Médio. Nas duas outras temporadas foi Bola de Prata da Placar.

O meia poderia ser o jogador mais importante do Cruzeiro nos últimos anos, mas não amadureceu. É um dos que jogam mal longe do Mineirão e tem dificuldades com marcação individual.

Adilson tentou fazer Wagner ser o que se espera dele, não conseguiu. Os problemas do armador entram na conta das explicações evasivas do técnico durante as entrevistas como “tentamos corrigir algumas situações durante o jogo” ou “temos que administrar situações internamente”, “só quem está lá dentro, no dia a dia para saber”. As frases não são só sobre Wagner, mas são também. A culpa parece muito mais do jogador do que do técnico.

O bom meia que poderia ser ótimo ainda tem 24 anos, pode crescer. Mas na Rússia vai ser difícil.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O Goiás te surpreende?

O Goiás está surpreendendo? Talvez por ocupar o 3º lugar, fruto das cinco vitórias consecutivas da equipe. O que não pode ser considerado uma surpresa é a boa campanha.

Desde a reação com Cuca em 2003, o Goiás sempre fez boas trajetórias à exceção de 2007, quando ficou um ponto acima da zona de rebaixamento. Nos anos restantes, o clube sempre ficou na parte de cima da tabela e com aproveitamento de 50% dos pontos conquistados. Mediano? O 5º melhor dos pontos corridos, atrás apenas de São Paulo, Cruzeiro, Santos e Internacional. Em 2005 foi terceiro lugar, melhor classificação da história do clube.

O time de Hélio dos Anjos foi montado no ano passado com a base de Harlei, Rafael Marques, Vítor, Ramalho e o trio ofensivo com Romerito, Iarley e Paulo Baier. Em 2009, a receita foi mantida: time bem fechado com três zagueiros, dois volantes e velocidade dos alas e atacantes. Fruto disso é o melhor desempenho como visitante do campeonato: são 71% de aproveitamento fora do Serra Dourada.

Quando se olha para o elenco do Goiás e dos concorrentes, é difícil imaginar que a equipe tenha forças para chegar à Libertadores. Com a presença de Fernandão, a forma com que se olha para a equipe pode mudar.

Chega de dizer que é “inadmissível perder para o Goiás em casa”. Não se pode mais considerar a equipe esmeraldina mediana e sim, uma equipe que na média é muito boa.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O campeonato da "tela quente"

Já são sete rodadas jogando no final e no meio da semana serão mais cinco até 23 de agosto, quando as partidas passam a ser realizadas apenas nos finais de semana novamente. Doze no total, um turno

Quem está se dando bem com a maratona? Quem já vinha embalado e manteve o ritmo? O técnico Celso Roth não gostou da paralisação de 10 dias até o jogo contra o Palmeiras.

Equipes que vinham mal e precisando de ajustes sofrem mais por não terem tanto tempo para treinar? O Avaí é o vice-líder da corrida.

Adilson Batista diz que “é nesse período que o campeonato se decide”. Pode ser que sim, mas não necessariamente. Ano passado, o Grêmio fez 28 pontos nas 14 rodadas disputadas a cada três dias. O São Paulo fez 24 - três a menos, mas terminou o campeonato com três de vantagem.

São 12 rodadas, 30% de um campeonato de sete meses, disputados em 40 dias. O calendário mal feito ajuda os que conseguiram engrenar naquele período (como Avaí e São Paulo) e podem tirar da disputa aqueles que sofrem com falta de sequencia, seja por suspensões, contusões ou transferência - como Cruzeiro, Barueri e Corinthians.

Veja abaixo a classificação do campeonato no período “tela quente” e a classificação geral, entre parênteses.

Palmeiras 18 (34)
Avaí 16 (23)
Goiás 15 (29)
São Paulo 14 (24)
Atlético-MG 13 (31)
Grêmio 12 (24)
Botafogo 12 (19)
Corinthians 11 (25)
Flamengo 10 (24)
Barueri 8 (22)
Vitória 8 (24)
Atlético-PR 7 (15)
Cruzeiro 7 (17)
Santo André 7 (18)
Internacional 7 (27)
Santos 7 (20)
Coritiba 6 (16)
Sport 5 (13)
Náutico 4 (12)
Fluminense 1 (11)

domingo, 2 de agosto de 2009

Lá vem o Tricolor

São quatro vitórias e um empate nos últimos cinco jogos. Nesse período, o São Paulo enfrentou o Inter em Porto Alegre – desperdiçou pênalti e sofreu dois gols irregulares – o Barueri que não perdia há 10 rodadas e o Vitória, que tinha seis vitórias e um empate no Barradão.

Em jogos difíceis, o São Paulo se deu bem. A defesa sólida voltou a funcionar, com cinco gols sofridos. O ataque conta com Dagoberto, em seu melhor momento desde que chegou ao clube. Jorge Wagner está jogando bem novamente, com assistências e levando perigo nas bolas paradas.

O São Paulo está encostando no G-4 e o filme dos anos anteriores começa a passar na cabeça dos adversários.

sábado, 1 de agosto de 2009

16ª rodada: informações e palpites.

Botafogo x Barueri: o Botafogo não perde desde a goleada de 4 a 1 sofrida contra o Goiás. Com o gol que fez contra o Coritiba, Victor Simões é o artilheiro da equipe no campeonato, ao lado de Juninho, com quatro gols. O Bareuri, que não perdia há 10 jogos, vem de duas derrotas seguidas. Val Baiano, artilheiro do campeonato com nove gols, fica de fora, machucado.
Palpite: Botafogo

Corinthians x Avaí: o time paulista não vence há dois jogos e além do desfalque de Ronaldo, não contará também com Dentinho. Com as cinco vitórias seguidas que possui, o Avaí tem confronto direto com o Timão. A equipe catarinense tem apenas dois pontos de desvantagem. O atacante Muriqui e o volante Ferdnando desfalcam o time de Silas.
Palpite: empate.

Sport x Palmeiras: nas últimas 10 rodadas a equipe pernambucana venceu apenas duas vezes. Péricles Chamusca, novo técnico, não comanda a equipe no confronto de hoje. O Palmeiras, líder pela primeira vez do campeonato, vai completo para o duelo. Será o quinto confronto do ano entre as equipes. O Palestra venceu duas, o Sport uma e ainda ocorreu um empate.
Palpite: empate.

Vitória x São Paulo: o time baiano tem seis vitórias e um empate em casa. Assim como no jogo contra o Atlético-MG, o Vitória terá desfalques na defesa. Uelinton e Victor Ramos foram expulsos contra o Avaí. O São Paulo venceu três e empatou uma nos últimos quatro jogos. O único desfalque será o zagueiro Miranda com três cartões amarelos. Ano passado, grandes atuações de Éder Luís e Dagoberto e vitória tricolor por 3 a 1.
Palpite: empate.

Atlético-PR x Fluminense: o Furacão demitiu no meio da semana Waldemar Lemos e vai à procura do terceiro treinador. Nos últimos cinco jogos, a equipe fez um ponto. Alex Mineiro é desfalque, machucado, e mais meio time foi afastado para aprimorar a parte física. O Fluminense, de Renato, empatou uma e perdeu duas partidas, embora tenha jogado melhor que com Parreira. Roni deve ser titular. Ano passado, vitória do Fluminense por 3 a 1 na Arena.
Palpite: Fluminense.

Flamengo x Náutico: após vencer o líder, o rubro-negro enfrenta o lanterna. Andrade foi efetivado e é o novo técnico da equipe. Em 10 jogos contra o Timbú no Maracanã o Flamengo venceu nove e aconteceu um empate. A equipe pernambucana não vence há 12 jogos e não terá Carlinhos Bala, vice-artilheiro do time com quatro gols marcados. Com 33 gols sofridos, média superior a dois por jogo, o Náutico tem a pior defesa do campeonato.
Palpite: Flamengo.

Atlético-MG x Coritiba: sem vencer há dois jogos, o Galo perdeu a liderança na última rodada. De volta ao Mineirão, a equipe ainda não está definida. Márcio Araújo não joga, mas Carlos Alberto volta. Éder Luís e Aranha são dúvidas. Depois do jogo de amanhã, o Atlético terá 10 dias para recuperar os machucados até a partida diante do Palmeiras. O Coxa conta com o retorno de Marcelinho Paraíba, mas terá quatro desfalques. Fora de casa, apenas uma vitória em oito jogos na competição.
Palpite: Atlético-MG.

Santo André x Goiás: o Ramalhão terá Gallo no comando pela primeira vez. Nos últimos quatro jogos, conquistou apenas um ponto. O armador Antônio Flávio foi negociado e não defende mais a equipe. Em casa, venceu apenas duas das oito partidas que fez. O Goiás entrou no G-4 depois de vencer o Atlético-PR, fora de casa venceu quatro dos sete jogos disputados. A equipe não contará com cinco titulares.
Palpite: Goiás.

Grêmio x Cruzeiro: o Tricolor está invicto em casa: são seis vitórias e dois empates. O Grêmio não tem desfalques para o jogo de amanhã. O jovem Douglas Costa pode ganhar chance no ataque ao lado de Máxi López. O Cruzeiro conquistou sete pontos nos doze possíveis após a Libertadores. Com sete cartões vermelhos, o Cruzeiro é o mais indisciplinado da competição ao lado de Sport e Fluminense. Kléber desfalcará a equipe.
Palpite: Grêmio.