A chuva que caiu no Morumbi foi descomunal. Uma hora depois do horário programado, o campo oferecia condições, mesmo que não fossem as ideais. Quando a bola rolou, o jogo foi o que se esperava. O São Paulo tinha o segundo melhor ataque e o Palmeiras a defesa menos vazada da competição. O desenho era óbvio. Dagoberto, Fernandinho e Lucas não só jogavam, como não deixavam o Palmeiras sair. Quando Kléber ou Valdivia recebiam a bola, não tinham com quem dialogar na frente.
O primeiro tempo foi vencido pelo Tricolor, com golaço de Fernandinho. O São Paulo tinha o contra-ataque, mesmo com o adversário arriscando pouco. A entrada de Adriano Michael Jackson ajudou o time de Scolari a crescer. Luan entra menos em diagonal do que o autor do gol de empate.
A justa expulsão de um inexplicável Alex Silva fez o São Paulo se fechar e abrir mão do contra-ataque com Xandão, Rivaldo e William José nas vagas do trio rápido Fernandinho, Lucas e Dagoberto. O gol de empate sai de jogada cantada e que havia acontecido minutos antes: Valdivia para Kléber, daí para Michael Jackson em diagonal.
Mesmo com um a mais, o Palmeiras teve de se superar para chegar ao empate. O time de Scolari está mais próximo de seu limite do que o rival. Mas enquanto Carpegiani encontra o melhor São Paulo “sem querer”, como ele mesmo definiu, Felipão sabe muito bem o que pode tirar de seu grupo. Hoje, os valentes palmeirenses têm mais méritos do que os qualificados são-paulinos.