terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Para golear de novo, Cruzeiro teve de ser diferente


Foi mais uma goleada. Nove gols em duas partidas. As atuações foram diferentes. Embora o Cruzeiro tenha tido méritos contra o Guarani, a grande partida aconteceu diante do Estudiantes.

Diante dos paraguaios, o Cruzeiro teve mais dificuldade para achar os espaços e cedeu campo para o contragolpe. Foram quatro faltas duras no 1º tempo, mostra de como o time de Cuca chegava atrasado. Montillo não era acionado e a bola longa para área não chegava a Wellington Paulista, ilhado entre os zagueiros. O gol sai de Wallyson, após rebote em escanteio.

No segundo tempo, o jogo mudou. A equipe brasileira teve posse de bola e não correu riscos, mas teve dificuldade de agredir. Com grande passe de Montillo, Wallyson marcou o quinto gol dele em seis jogos na temporada.

Para jogar no 4-2-3-1, com Roger, Montillo e Wallyson atrás do centroavante, vale a pena abrir mão da movimentação de Wellington e utilizar uma peça fixa, que faça melhor o pivô para a chegada da linha de armadores. Mesmo com 2 a 0 no placar, o Guarani seguia fechado, mas o Cruzeiro conseguia jogar mais próximo da área, sempre utilizando Farias – autor do terceiro gol.

Quem fecha a goleada é Thiago Ribeiro, batendo de fora da área, pela esquerda. É assim que Thiago prefere jogar, abrindo espaço pelo meio para poder finalizar. Assim rende mais e pode fazer mais gols. Os centroavantes do Cruzeiro são pouco eficazes, Thiago Ribeiro pode ser mais útil batendo de fora do que cruzando para o meio da área.

Com circunstâncias diferentes, outra goleada. Se não foi contundente como a primeira, mostrou outro repertório. Ainda precisando de ajustes, o Cruzeiro continua mostrando que é forte.

3 comentários:

m. reis disse...

Olá, Marcelo.

Sei que me repito no comentário que fiz anteriormente, mas há que se destacar a volta do Marquinhos Paraná ao meio do Cruzeiro. A qualidade no passe e percepção na hora de girar o jogo fazem a diferença sobretudo quando o adversário está muito fechado.

Gostaria de saber o que você acha da dupla de zaga. Como você vê a entrada de Victorino? Léo, que joga na direita como o uruguaio, deve mesmo ficar no banco? Algum dos dois pode ser sacrificado na direita e o Gil ficar de fora?

Grande abraço.

Alberto disse...

No primeiro tempo, o 4-2-3-1 não funcionava porque nem Roger nem Walysson abriam para as laterais para deslocar a marcação e gerar espaço na defesa. Todos queriam finalizar e se embolavam com a defesa que recuava toda e não criava os mesmos espaços que a defesa do Estudiantes.
Ficava um buraco no meio de campo que tinha que demorava pra ser preenchido pelos volantes. O gol de escanteio foi acaso.

No segundo tempo houve mais abertura de jogadas com infrutíferos cruzamentos errados. Mas, que conseguiram deslocar a defesa do time paraguaio. Ai, foi questão de tempo para que os gols saissem.

Falta, agora, o time ser testado na defesa. Até agora, os adversários jogaram com meias marcando volantes e atacantes marcando laterais. É claro que isso facilitou para o Cruzeiro. Vamos ver quando isso se inverter, se é que o Cruzeiro vai cair nessa de segurar empates. Dentre as grandes mudanças nas invenções entre Adilson e Cuca, ressalta-se que as do Cuca foram para tornar o time mais ofensivo.

izabela disse...

Concordo com você Marcelo e acho que vale a pena destacar que o repertório do Cruzeiro hoje é bem mais vasto do que do ano passado. Afinal quando o lado direito era marcado o time se perdia! Com o Roger a equipe tem mostrado variações muito interessantes.