quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Santos dá sono e ainda não pode comemorar empate

O Santos que entrou em campo contra o Deportivo Táchira era o mais próximo do ideal que se considera titular em 2011. Adilson Batista apostou em Danilo como volante pela direita e Elano solto para jogar com Diogo e Neymar. Os venezuelanos só tinham o lançamento do lateral-esquerdo Yegües e a tentativa de chegada pelo meio de Hernandez.

Com Neymar apagado e Elano sem se encontrar a frente do losango formado no meio, o time não tinha criação. Chegou apenas com Danilo que finalizou na trave após contragolpe pela direita e depois com Diogo – em gol mal anulado por impedimento. Fora isso, uma cabeçada de Durval nos acréscimos do 2º tempo. Só. Três lances perigosos em 90 minutos. O Táchira foi ainda mais tímido. Uma finalização rente a trave, apenas.

Quando o meia Parra entrou no time venezuelano e o Táchira ganhou o meio-campo, Adilson tinha duas alternativas: ou colocava Adriano, resolvia o problema de marcação e continuava sem ninguém para criar; ou apostava em Maikon Leite e tentava ganhar o jogo no contragolpe. A substituição foi conservadora, o Táchira perdeu a posse de bola que tinha e o jogo voltou para o marasmo que se encontrava.

O empate só será um bom resultado caso Colo Colo e Cerro Portenho também tropecem na Venezuela. O futebol venezuelano não é tão ingênuo como já foi um dia. Em 2009, o Grêmio eliminou o Caracas nas quartas-de-final apenas pelo critério de gol marcado como visitante, após dois empates. Ano passado, o Cruzeiro empatou com o Deportivo Itália na fase de grupos.

Por mais que haja esforço e organização do lado do Táchira, o Santos tinha condições de dar uma vitória e também menos sono ao seu torcedor.

Um comentário:

Alberto disse...

Continuo achando que Libertadores é muito mais coração do que técnica.

Ontem, aos 92 minutos do jogo do Schalke 04, Raul dava piques atrás dos zagueiros do Valencia para mostrar à defesa que, se precisasse, ele daria sangue pelo time.

Isso fazia com que os chineses do Schalke corressem como se fossem etíopes no final de uma maratona.

Esse é o espírito.
Toque pra cá e pra lá funciona em competições onde dá tempo de recuperar em caso de tropeço.
Na Libertadores, isso não funciona.