terça-feira, 15 de setembro de 2009

O Madrid ainda não é real.

Até os 40 do segundo tempo, o jogo estava 3x2, se terminasse assim seria injusto. Assim como não é correto pensar que o Real deu show, por isso fez cinco gols. O que se viu em campo foi ótimos jogadores, muito pouco de um time.

O posicionamento dos meias do Real ainda é estranho. Gago e Xabi Alonso são os volantes, Kaká compõe o meio pela esquerda e Cristiano Ronaldo na direita. Posições inversas as que se destacaram no Milan e Manchester United. Na frente, Raúl fica entre os zagueiros e Higuaín tenta abrir espaços. Na defesa, Arbeloa pela direita praticamente só defende, Denthre pela esquerda praticamente só ataca, Albiol e Pepe são os zagueiros.

Os volantes ainda se apresentam pouco na frente, Denthre quase não dialoga com Kaká, mas corre muito. Apenas no segundo tempo, Kaká e Ronaldo se aproximaram e tentaram trocar passes. A impressão que fica é que o Real tem dois times. Um que joga pela esquerda com o brasileiro, outro que joga pela direita com Ronaldo. Nenhum problema de relacionamento entre as estrelas, apenas posicionamento.

Os gols do Real saíram ou de falhas do goleiro adversário, ou jogadas esporádicas, como no caso do gol de Raúl. Além disso, a equipe de Mauro Pelegrini sofreu dois gols em dois minutos... e do Zurich. Na defesa, apesar de não ter passado mais sustos durante toda a partida, ainda não dá para confiar.

Por enquanto o Real ganha na individualidade de seus ótimos jogadores, se virar um time, é favorito a tudo que disputar.

2 comentários:

Alberto disse...

Oi Marcelo.

Não vi o jogo. Por isso fica difícil comentar.
Você deve estar correto. Mas achar que um time se faz em um mês é pedir demais.

Os nomes são bons, devem resolver a maioria dos jogos nesta primeira etapa.

O treinador tem que conhecer o elenco, treinar situações, fazer os jogadores entenderem a filosofia, eles devem se encontrar em campo, para que, em um jogo decisivo de verdade, joguem como um time.

O risco é não se preparar para estas situações e achar que os nomes decidirão todos os jogos.

Este é o maior problema quando há a troca de treinador e a reformulação do elenco.

Abraços.

Marcelo Machado disse...

Alberto: concordo plenamente e foi o que eu disse no final. Se o Pelegrini conseguir fazer virar um time, ótimo, vai brigar. O post foi mais para se conter a euforia pela goleada, gols do C. Ronaldo, etc.

Abraços