sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Cruzeiro: onde está o racha?

Quem dentro do Cruzeiro jogaria contra Adilson? Do time titular, o treinador indicou homens de sua confiança, além de boa qualidade técnica: Henrique, Marquinhos, Paraná, Fabrício, Leonardo Silva e Gilberto. Além disso, revelou Diego Renan e por que não dizer o Jonathan, de crescimento vertiginoso desde que assumiu a posição em agosto do ano passado. São pelo menos sete jogadores.

A questão não é procurar quem está contra e sim questionar: que jogo pareceu que o Cruzeiro perdeu por corpo mole ou falta de espírito de grupo? Eu não consigo apontar nenhum. O grupo pode ter jogadores que não são melhores amigos, assim como no meu ambiente de trabalho ou no seu.

Não há desculpas, não é por haver ou não racha, não é porque Kléber gosta do Palmeiras ou porque Adilson é ríspido nas respostas à imprensa. Não é por nada disso que o Cruzeiro está em 13º lugar e a 10 pontos do G-4.

O motivo da colocação aquém das expectativas é que o campeonato começou para o Cruzeiro na 11ª rodada. Quando acabou a Libertadores, absolutamente priorizada pelo clube (e mesmo assim, cinco jogadores contundidos na decisão), o time mineiro tinha 10 pontos em 11 jogos. Depois disso fez 19 em 12 partidas, aproveitamento de 53%. Colocando o aproveitamento nas 23 rodadas, o Cruzeiro teria somado 36 pontos.

Nada mal para um time que vendeu seus dois meias, um deles da seleção brasileira, teve jogadores expulsos em 10 jogos e não teve zagueiro pra colocar em campo em parte do campeonato. Poderia ser melhor? Sim. Como dito no blog no início da semana, Palmeiras, Inter e São Paulo superaram seus problemas e vão brigar pelo título. O Cruzeiro não conseguiu, ou não conseguiu superar tanto quanto à expectativa que se espera dele. Não há fantasmas, há um time em reformulação que começou mal a disputa porque priorizava outra.

O Cruzeiro, na minha opinião, não disputa a Libertadores do ano que vem, mas o problema não é racha, nem Adilson. O problema é ter começado o campeonato dez rodadas depois.

3 comentários:

Daniel Reis disse...

Particularmente acho que tem sim um racha no grupo. Eu tenho notado que quando o Kléber está em campo, o restante do time não joga junto com o gladiador, e o mesmo acontece por parte do camisa 33. A desavença mais nítida pra mim, é entre o Fabrício e o Kléber. Um não toca a bola para o outro, e isso já ficou claro para mim. Temos que analisar também que a crescente azul nas últimas 7 partidas, em sua maioria, não teve o Kléber presente... Por quê será que o time subiu de produção? E a comemoração dos gols? Não sinto união entre os atletas... Eu acho que o ciclo do Adilson e do Kléber no Cruzeiro, infelizmente acabou. Que ano que vem possamos montar um time mais "unido", assim como o de 2003, focado realmente em ser campeão, e que prêmios não sejam discutidos em véspera de finais, e que assim, o Cruzeiro possa voltar para o lugar de origem: O topo.

Blog do Marra disse...

Ótima análise! Ainda questiono a qualidade do elenco. Não acho que seja tudo o que é dito. São bons jogadores, mas, são tão decisivos assim?

Alberto disse...

O Adilson fez um bom trabalho, tirou leite de pedra.

Não é fácil levar um time com Gerson Magrão, Jonhathan, Tiago Heleno, Henrique, Welington Paulista e Tiago Ribeiro à final da libertadores.

Mas também erra. No jogo contra o São Paulo, o Gérron entrou e fechou a melhor jogada do Cruzeiro naquele jogo: o avanço do Jonhathan.
O Marlon entrou pra jogar nas costas do lateral e saiu o gol de empate.
Ponta? Cadê o centroavante?

O maior mérito dele é aprender com os erros. O segundo é escolher bons jogadores para o elenco.

É bom treinador. Não tem melhor que ele dando sopa por ai.