Arsenal e Barcelona é o confronto mais técnico das oitavas-de-final da Liga dos Campeões. Esperava-se um jogo franco em Londres. Esperado e confirmado. Enquanto o Barcelona fazia bem o que se propunha a impor, com 69% de posse de bola ao final do primeiro tempo, o time londrino, mesmo em casa, saia no contragolpe e era sempre perigoso. O Arsenal mostrou que o Barcelona não é invencível ou infalível e que é possível enfrentar a equipe de Pep Guardiola também com futebol.
Se o Barcelona lamenta o gol perdido por Messi, cara-a-cara com Szczęsny, o Arsenal teve boa oportunidade com Van Persie. A saída da equipe inglesa, nas costas de Dani Alves, já era percebida no primeiro tempo. O gol de Villa, depois de excelente jogada e assistência de Messi não mudou o panorama da partida. Os dois conseguiam jogar, embora só o Barça tivesse a bola.
As mudanças de Arsene Wenger no segundo tempo, trocando o lado em que a jogada deveria acontecer, fez o Arsenal crescer. Arshavin dá mais qualidade do que Walcott, mas não faz o time perder a velocidade. O empate, com Van Persie, vem em jogada no setor de Dani Alves e a virada, via Arshavin, tem finalização mais uma vez pela direita da defesa – embora a jogada tenha sido criada pelo outro lado, com Nasri, presente o jogo inteiro.
Não se podia esperar outra coisa das duas equipes. O jogo não seria vencido pelo que errasse menos, mas pela equipe que tivesse mais virtudes na fria noite londrina. O Barcelona não conseguiu criar como sempre, não teve o volume ofensivo de costume, nem o Messi inspirado como em praticamente todas as partidas. Mesmo assim, quase conseguiu vencer uma grande equipe e que se superou. No jogo de volta, na Catalunha, o Arsenal precisará de ainda mais cuidados e terá de ser ainda mais letal quando tiver a chance de contra-atacar. Os Gunners precisarão ser precisos, letais. Acertar o tiro certeiro para matar o ainda favorito Barcelona.
Um comentário:
Não vi o primeiro tempo do jogo, mas no segundo, o Arsenal tentou tirar a bola do Barcelona de todo o jeito.
Sem a bola, Xavi e Iniesta são bons volantes. Marcam bem, mas não conseguem ser o diferencial da equipe junto com o Messi.
Só que o Arsenal insistia em dar um toque a mais na bola, um drible, dar um passe perfeito para a conclusão. Isso dava tempo para a recuperação da defesa do Barcelona.
O gol de Van Persie foi o contrário de tudo que fez o ataque do Arsenal durante todo o jogo.
O segundo gol foi um excelente contra-ataque que deve ser a arma do Arsenal no jogo de volta.
Se derem a bola para o Barcelona, eles perdem a classificação.
Se fizerem como os times de futebol americano e valorizarem a posse de bola para deixar o quaterback do adversário assistindo ao jogo, terão grande chance.
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