quarta-feira, 11 de março de 2009

A contusão de Fernandinho é um problema para o time inteiro.

A contusão de Fernandinho é a pior que o Cruzeiro poderia ter não por questão técnica, mas por motivo tático. Vi os dois jogos de Sorín na temporada e o que sempre aconteceu, vai ocorrer com ainda mais frequência: os espaços deixados em suas costas.

Como tem a característica de não guardar posição e aparecer na área para finalizar, a equipe corre o risco de ter, em certos momentos, Sorín e Ramires como centroavantes e ninguém para fazer o cruzamento do lado esquerdo. No jogo contra o Tupi, ainda no primeiro tempo, Wagner se deslocava sempre para o fundo enquanto o ídolo argentino fechava pelo meio. Sem Fernandinho, o Cruzeiro não tem mais um jogador específico para ocupar o setor esquerdo do campo.

Alternativas não faltam para Adilson Batista, mas nenhuma delas é, ainda, confiável, nem mesmo a simples entrada de Sorín, mesmo 100% fisicamente, pelos espaços que vai proporcionar ao adversário. Jonathan pode inverter o lado e Jancarlos entrar na equipe, no entanto o time perderia um jogador em franca ascensão pela direita. Marquinhos Paraná também pode ser utilizado, mas não tem força ofensiva. Por último, o que me parece mais viável, Gerson Magrão pode ser recuado, porém em todas as oportunidades em que atuou como ala, tomou cartão amarelo.

Há ainda uma outra situação que pode ser testada por Adilson. O treinador já cogitou mudar o esquema para o 3-5-2 e deslocar Wagner para a ala e deixar o posto de armador com Ramires. Parece ser a pior das quatro. Ramires é meia, mas não é organizador, não dita o ritmo do Cruzeiro que ficaria acéfalo, além de não atuar bem de costas para a marcação.
O certo é que o Cruzeiro vai precisar de alguém para o lugar de Fernandinho e ao que parece, esse alguém ainda não está na Toca. A contusão não poderia ser pior para a Raposa.

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