segunda-feira, 9 de março de 2009

Ronaldo: emoção x badalação.

Quem achava que Ronaldo não tinha mais o que fazer no futebol, vai ter que repensar suas opiniões, o craque arrebentou e mostrou que é iluminado.

A frase é de Tadeu Schmidt, no Fantástico de ontem. A intenção não é criticar a imprensa que supervaloriza o que aconteceu em Presidente Prudente. Foram duas situações distintas a cerca dos trinta minutos em que Ronaldo esteve em campo. A primeira: a emoção, a satisfação, o gosto pelo gol, a esperança que ele volte a ser o Fenômeno, o filme que passou pela cabeça do craque no momento. A segunda é pensar que Ronaldo deve estar na convocação de Dunga para o jogo contra o Equador pelas eliminatórias, que o craque arrebentou porque fez um gol de cabeça, que já está melhor do que os atacantes que atuam no país.

O que deve ficar do clássico de ontem é a primeira situação. Deve ficar a emoção do gol e não a badalação em cima de Ronaldo. Grande jogador, craque, o melhor do mundo, isso ele já provou que é, mas não por fazer um gol de cabeça dentro da pequena área, chutar uma bola na trave ou fazer um bom cruzamento. Mesmo fora de forma, o camisa 9 é melhor que Souza, seu concorrente e que nada produz. Diego Tardelli marcou 14 gols em 12 jogos esse ano, Keirrison, Hernanes e Ramires mostram o melhor futebol do país. Se formos deixar a história de lado e julgar só o que houve dentro de campo, fizeram muito mais.

Eu tenho 22 anos e sou de uma geração que tem como o maior ícone, Ronaldo. Pessoalmente torço para que ele ainda mostre muito do que sabe. Técnica nunca lhe faltou, a minha torcida é para que o Fenômeno não se machuque, não se envolva em confusões fora do campo, perca peso e que todos possam se emocionar com os gols, dribles e grandes jogadas de um das melhores da história. Mas, repito: isso ainda não foi mostrado contra o Palmeiras.

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