terça-feira, 30 de junho de 2009

Corinthians ou Inter?

O Corinthians completo e com dois gols de vantagem é ainda mais perigoso do que no Pacaembu, com o apoio do torcedor e no campo em que está acostumado a jogar. O time é armado para contra-atacar. Elias e Cristian à frente da zaga com Jorge Henrique pela esquerda, Dentinho na direita e Douglas centralizado, Ronaldo no centro do ataque. André Santos sai em alta velocidade e Alessandro tem bom passe.

Mano Menezes tem, normalmente, o time pronto para surpreender em jogadas de alta velocidade. Foram assim os dois gols em São Paulo. O primeiro com uma roubada de bola de Douglas e o segundo com uma falta cobrada rapidamente – com a bola em movimento – que pegou a defesa desprevenida. Foi assim que o time venceu o Fluminense nas quartas-de-final, Santos e São Paulo no campeonato paulista.

Ao Inter resta atacar e para isso, volta a contar com Nilmar. Apesar de ter quase a metade de gols que Taíson tem na temporada (12 a 23), o atacante é o principal jogador do time e foi a ausência mais sentida no mês negativo que viveu a equipe gaúcha. Sem Sandro, machucado, Tite pode optar por Andrezinho, Glaydson ou ainda Giuliano. Glaydson é primeiro volante, Giuliano terceiro homem de meio e Andrezinho, meia mais agudo.

Colocando Andrezinho no jogo, O Colorado ganha criatividade e poder ofensivo, perde em marcação. Guiñazu e Magrão ficam mais atrás, tomando conta do contra-ataque. Com Glaydson ou Giuliano, os dois titulares saem mais pro jogo e o risco de serem surpreendidos é maior, apesar de o time estar mais contido, na teoria.

Por mais que o Inter tente, faça mistério e crie alternativas, é difícil ver o título escapar do Corinthians. Nos mata-matas Fluminense, São Paulo e Santos, o time de Mano foi bem no ataque e na defesa. Os gaúchos, contra Flamengo e Coritiba mostraram falhas que não podem acontecer no jogo de amanhã. Para o Inter tudo tem que dar certo e para o Corinthians tudo tem que ir errado.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

O Brasil evoluiu e agora falta pouco para a Copa.

O Brasil conseguiu superar seus problemas para vencer a Copa das Confederações. Apesar do jogo ruim contra a África do Sul, quando a equipe foi totalmente anulada, a seleção demonstrou desenvoltura contra adversários fechados, soube variar jogadas pela esquerda e pela direita e continuou fortíssima no contra-ataque.

Antes da competição, o que mais me preocupava no time de Dunga era a falta de evolução no futebol da equipe quando o time se reunia por muito tempo. Mas o time progrediu. Antes, duas linhas de quatro jogadores paravam facilmente a seleção. Foi assim que Bolívia, Colômbia e Argentina vieram ao Brasil e não sofreram gols pelas Eliminatórias.

Depois de estar perdendo por 2 a 0 para uma equipe que se defendia com qualidade e conseguir reverter o placar com justiça, a equipe brasileira mostrou competência e variação de jogadas.

Mais do que comemorar mais um título, a Copa das Confederações serve como o grande teste faltando um ano para a Copa do Mundo. O Brasil passou no teste e agora Dunga tem doze meses para definir seu lateral-esquerdo, o companheiro de Kaká na armação de jogadas e administrar alguns problemas que surgirão.

Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Adriano farão uma boa temporada? Os dois últimos atuam no Brasil, contra adversários teoricamente mais frágeis que seus concorrentes e, se jogarem bem, serão “jogadores de grupo”, uma vez que o próprio treinador se mostrou surpreso com a paz vivida na África?

Com um time quase pronto, o treinador tem um ano para resolver poucos problemas.

A rodada do Cruzeiro e o momento do Atlético.

O Atlético entrou com Júnior na lateral e Evandro no meio. Como deu errado, a escolha de Celso Roth não foi a mais acertada. Evandro não deu a velocidade que a equipe tinha e Júnior foi vulnerável pela esquerda. Os dois gols trabalhados do Barueri nasceram do lado direito e terminaram na esquerda da defesa alvinegra, expondo que todo o setor defensivo não esteve bem.

No ataque, quando conseguiu trabalhar as jogadas com velocidade, o Atlético conseguiu criar, apesar da reação ter acontecido graças a uma infantilidade do adversário e depois um pênalti duvidoso.

O Cruzeiro teve a vontade dos garotos e a postura de comandante de Ânderson, Henrique e Andrey que passaram tranquilidade para os juniores que enfrentaram o Avaí. Dudu foi o destaque ofensivo, mas ainda não é jogador para um futuro próximo. Luisão foi o melhor, entre os novatos. Marcou bem, é rápido e sabe sair jogando. Deve-se levar em conta, a fragilidade do ataque catarinense.

O Atlético tem três jogos seguidos em casa sendo o primeiro contra o lanterna do campeonato e o segundo contra o rival (possivelmente voltado para as finais da Libertadores), o Galo tem ótimas oportunidades de se manter líder.

O Cruzeiro teve mais de um time de problemas sendo que Adilson previu, no campeonato mineiro, a necessidade de preservar os atletas para o momento decisivo. Mesmo com rodízio, o treinador certamente não imaginava tantos problemas próximo ao mês mais cheio do calendário nacional.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

8ª rodada: informações e palpites.

Atlético-PR x Corinthians: o Furacão fez, contra o Corinthians pela Copa do Brasil, seu melhor jogo na temporada e venceu por 3 a 2. A equipe ainda não venceu na Arena da Baixada no Brasileirão. Foram três derrotas e um empate em Curitiba. O Corinthians, que ainda não venceu fora do Pacaembu, vai atuar com o time inteiro reserva, visando a finalíssima da Copa do Brasil, no meio de semana.
Palpite: Atlético-PR.

G. Barueri x Atlético-MG: o time paulista já está invicto há quatro rodadas e não perdeu jogando em casa na competição. Com os dois gols que fez contra o Cruzeiro, Pedrão é o artilheiro isolado da competição com seis gols marcados. O Atlético tem três vitórias seguidas fora de casa, a equipe marcou 12 gols como visitante, média de três por partida. Alex Bruno vai fazer sua estreia. Mesmo se perder, o Galo deve seguir líder, pos tem três pontos e nove gols de saldo a mais que o Internacional, segundo colocado.
Palpite: Atlético-MG

São Paulo x Náutico: o Tricolor vai ter a estreia de Ricardo Gomes no comando, o treinador já começa a impor seu estilo e vai escalar o time no 4-4-2. Nos últimos 10 jogos, a equipe venceu apenas duas vezes. O Náutico vem de quatro jogos sem vencer, ainda não conseguiu nenhum triunfo sob o comando de Márcio Bittencourt. Nos dois últimos jogos que fez fora dos Aflitos, perdeu por 3 a 0 para Grêmio e Atlético-MG.
Palpite: São Paulo.

Botafogo x Goiás: o Botafogo só venceu uma vez no campeonato, mas nos dois últimos jogos, o ataque fez cinco gols. Foram 10 marcados nas últimas sete partidas. No ano passado, o Fogão venceu por 2 a 0, dois gols de Túlio. O Goiás só perdeu uma vez esse ano jogando fora do Serra Dourada. Foi no campeonato estadual, 2 a 1 para o Mineiros. No Brasileirão, empatou com Grêmio e Santos e venceu o Coritiba.
Palpite: Goiás.

Cruzeiro x Avaí: o time mineiro tem quatro laterais esquerdos, todos estão machucados. Tem cinco zagueiros, só Ânderson está liberado para jogar. São 13 desfalques no total. Adilson Batista ainda vai poupar os outros titulares. Três jogadores do júnior devem estrear pela equipe profissional. O Avaí venceu a primeira no campeonato, na última rodada, 3 a 2 sobre o Fluminense. Fora de casa, empate com o Flamengo e derrota para Barueri e Internacional.
Palpite: Avaí.

Internacional x Coritiba: o Colorado vive a pior fase na temporada. São seis jogos sem vencer, e quase cinco sem marcar gols. O último foi de Magrão aos 5 minutos de jogo contra o Cruzeiro. Contra o Coxa, pela Copa do Brasil, vitória por 3 a 1, em casa. Já a equipe paranaense vem reagindo. Vem de três vitórias seguidas, uma delas sobre o Inter e duas no Brasileirão. Ariel, que estava suspenso, volta à equipe.
Palpite: Internacional.

Palmeiras x Santos: apesar de seis posições separarem as equipes, são apenas três pontos de vantagem para o Palmeiras que, em casa, venceu os três jogos que fez no campeonato. Já o Santos vem de duas derrotas seguidas. No ano passado, o alviverde venceu por 4 a 3 e no Paulista desse ano, 4 a 1. Contra o Peixe, Keirrison já marcou 10 vezes, nas cinco vezes em que atuou. Será o reencontro entre Diego Souza e Domingos.
Palpite: Palmeiras.

Vitória x Santo André: o Vitória tem 100% de aproveitamento dentro do Barradão. Nove jogadores deixaram a equipe no decorrer da semana, por opção do técnico Carpegiani. O lateral-esquerdo Leandro Silva deve re-estrear pelo clube que defendeu até 2002. O Santo André tem cinco pontos nos quatro jogos que fez fora de casa. É uma das equipes com terceiro melhor aproveitamento como visitante. Nunes, artilheiro da equipe com três gols, está suspenso e não joga.
Palpite: Vitória.

Sport x Grêmio: o Sport perdeu nas duas vezes que foi dirigido por Emerson Leão. Na Ilha do Retiro, são quatro jogos, com apenas uma vitória. A dupla de zaga titular não vai poder jogar: Igor e Durval estão suspensos. O Grêmio, visando a Libertadores, deve entrar com time reserva. Nos três jogos que fez fora de casa pelo brasileiro, o time gaúcho perdeu dois com gols no último minuto e empatou com o Fluminense por 0 a 0.
Palpite: Sport.

Fluminense x Flamengo: o jogo marca o duelo entre Fred e Adriano, a despedida de Thiago Neves e a 170ª partida de Bruno com a camisa do rubro-negro. Fred e Adriano têm quatro gols na competição. O Flu não vence o rival há quatro partidas, desde os 4 a 1 do estadual de 2008, com três gols de Thiago Neves. O Tricolor tem o pior ataque do Brasileirão e o rival, a terceira pior defesa.
Palpite: Flamengo.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Vídeo: racismo não é comum, Autuori.

A entrevista de Paulo Autuori foi ridícula. Dizer que existem coisas mais importantes para se preocupar e que casos de racismo são comuns. Tentando entender o lado do treinador, realmente é uma hipocrisia esconder que há racismo no país, mesmo que velado. O que é inadmissível é ficar alheio a isso e não repugnar toda manifestação.

O que temos, para efeitos legais, são as palavras de Máxi contra Elicarlos. Pouco importa. Ninguém se enfureceria como fizeram os cruzeirenses para inventar uma situação.

Provocações, cusparadas, até mesmo agressões são comuns no futebol, mas todo negro se sente ofendido – e com absoluta razão – quando é menosprezado por sua cor. Quem é negro sabe, desde os primeiros anos de vida, que o tratamento não é igual aos outros.

Os outros jogadores gremistas deveriam ter repreendido Máxi e não o apoiado. Autuori deveria ter mostrado postura de comandante e não defendido o atacante. E Máxi deveria saber que ninguém é pior porque é negro e o outro é loiro.

Veja abaixo a matéria completa exibida no programa Jogada de Classe, da TV Horizonte, desta quinta-feira, 25/06/09.

Imagens: Sidnei Mesquita

Reportagem: Marcelo Bechler Machado.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A derrota da Espanha é ruim para o Brasil.

Nada contra o comentarista Júnior, mas discordo que a derrota da Espanha para os Estados Unidos seja boa para o Brasil. Ganhar todo campeonato é bom, mas a Copa das Confederações serve muito mais como uma das últimas chances de se testar uma seleção antes do mundial do que um torneio a ser vencido, custe o que custar.

O resultado nem coloca a Espanha em cheque. Foi um dia que Fernando Torres escorregou mais que jogou e todos os carrinhos dos norte-americanos encontraram a bola que iria em direção ao gol.

Enfrentar os campeões europeus em uma partida competitiva poderia ser, para o Brasil, o melhor teste até a Copa do Mundo para comprovar a evolução que o time de Dunga vem mostrando, desde o jogo contra o Uruguai.

Com os Estados Unidos no caminho, o Brasil enfrentará apenas a Argentina, das equipes de ponta, até a Copa. Mesmo assim, o jogo será na casa do adversário e com a pressão dos rivais de conseguir se recuperar nas Eliminatórias, situação bem diferente de jogar uma competição em campo neutro e preparatória.

Para a Copa das Confederações, ótimo. O caminho do título está aberto, mas para o Mundial, o grande foco, o Brasil perdeu uma grande chance de ver onde de fato está bem e em que setores ainda precisa melhorar.

Cruzeiro e Grêmio não são mas os mesmos.

Se o confronto de hoje fosse realizado no início do ano, seria mais fácil saber o que esperar de cada equipe. Além de não viverem seus melhores momentos, Cruzeiro e Grêmio tentam adequar a forma de jogar com as peças que têm à disposição.

O Grêmio, com Paulo Autuori, vem atuando no 4-4-2 e com as saídas de Willian Magrão e Rafael Carioca, perdeu pegada no meio-campo. Com um zagueiro a menos, e dois volantes diferentes, o time perdeu a forte marcação que tinha com Celso Roth e, mesmo com um meia a mais, não consegue ser mais criativo do que antes.

O Cruzeiro perdeu velocidade. As ausências de Ramires, Thiago Ribeiro e Soares, para as entradas de Henrique e Wellington Paulista, deixam o time mais lento. Adilson tenta compensar com Gerson Magrão e Jonathan, que participam cada vez mais do jogo.

O time mineiro não perdia em casa desde o dia 14 de setembro, o Grêmio não é derrotado no Olímpico desde 23 de setembro. Os dois são fortíssimos em seus domínios e o gol marcado fora de casa pode fazer a diferença, caso nenhum dos dois resolva seus problemas.

terça-feira, 23 de junho de 2009

A velocidade faz a diferença.

O segredo do Atlético, líder do campeonato, é a velocidade. Como já foi dito aqui. O Atlético tem um time capaz de recuperar a bola e chegar rapidamente ao gol adversário. Os dois laterais, mais Márcio Araújo, Éder e Tardelli são os responsáveis por acelerar o jogo. Júnior é quem cadencia mais.

A velocidade da equipe desapareceria se o alvinegro fizesse muitas faltas, mas o papel dos zagueiros e volantes no desarme têm sido quase perfeito. Em sete rodadas, na defesa e no ataque, o time esteve praticamente perfeito. Os números provam.

Jogar em contra-ataques é a tendência dos times grandes, não dos pequenos. Os mais fracos, se defendem mais não conseguem sair com qualidade. A grande virtude do Corinthians é a retomada de bola e a velocidade do meio-campo. Os dois gols na final da Copa do Brasil saíram em jogadas rápidas. Foi assim que a equipe derrotou São Paulo e Santos na final do Estadual. A arma do Cruzeiro, desde 2007, é a movimentação de Ramires, Wagner, Jonathan e os atacantes.

Apesar dos 17 pontos em 21 disputados, o Atlético mostrou dificuldades quando precisou pressionar os adversários. O Internacional é quem se aposta para destoar. Apesar do mau momento, o time gaúcho tem a qualidade do contra-ataque, mas também é muito forte quando parte pra cima do adversário. Os mais de 90 gols na temporada falam por si.

Enquanto o Inter não se acerta sem os principais jogadores, o Atlético aproveita o momento. Mesmo se perder nas próximas duas rodadas, o Galo terá aproveitamento de 66% no campeonato. Desempenho de campeão. Celso Roth deu padrão, motivação, velocidade e gordura ao time.

sábado, 20 de junho de 2009

7ª rodada: informações e palpites.

Atlético-PR x Palmeiras: na última rodada, o Furacão venceu pela primeira vez no campeonato. O Palmeiras, apesar de ter vencido apenas duas vezes nos últimos oito jogos, é terceiro colocado. Fora de casa, o time de Luxemburgo perdeu uma e empatou outra. O Furacão perdeu as três que jogou na Arena. No ano passado, o Palmeiras venceu por 1 a 0, Diego Souza marcou um dos gols mais bonitos do campeonato.
Palpite: Atlético-PR

Santo André x Sport: em casa, o Santo André ainda não venceu: empatou com Santos e Botafogo e perdeu para o Flamengo. O Sport fez um ponto nos dois jogos fora de casa. Os recém-contratados Hugo, Élder Granja e Fabiano podem estrear pelo time de Emerson Leão. No Ramalhão, o artilheiro Nunes, que já marcou três gols, retorna de suspensão.
Palpite: Santo André

Vitória x Botafogo: as duas vezes que a equipe baiana jogou no Barradão venceu por 1 a 0. Nas duas vezes que jogou fora do Rio, conquistou um ponto. As duas equipes seguem sem seus principais homens de frente: Neto Baiano, do Vitória, está suspenso e Reinaldo, do Botafogo, machucado. Com cinco gols cada, estão empatados como segundo pior ataque do campeonato, à frente apenas do Fluminense.
Palpite: Vitória

Náutico x Coritiba: o Náutico já não vence há três rodadas, vem de duas derrotas por 3 a 0 fora de casa. O Coxa venceu a primeira logo após ser eliminado da Copa do Brasil: 5 a 0 no Flamengo no último final de semana. O Coritiba tem a pior defesa com 13 gols sofridos e o Timbú a quarta mais vazada, com 12.
Palpite: empate.

Grêmio x Goiás: visando a Libertadores, Paulo Autuori deve poupar as principais peças. Maxi Lopes, Tcheco, Souza, Fabio Santos e Leo não devem começar jogando. O nome da semana no Goiás foi Everton: o clube perdeu o título goiano no TJD-GO por ter escalado o meia de forma irregular. Everton, por sua vez, pegou 120 dias de suspensão por agressão a Ronildo, na semifinal do estadual. O Goiás venceu o Grêmio em 16 de setembro de 2008 no Olímpico, última derrota do Tricolor nos seus domínios.
Palpite: Grêmio.

Avaí x Fluminense: rei do empate, o Avaí é o único time que ainda não venceu. Em casa, empatou com Atlético-MG, Coritiba e Goiás. O Fluminense também tem quatro empates. Fora de casa, o Flu jogou duas vezes e empatou as duas. O Avaí perdeu seu principal atacante durante a semana: Evando foi negociado com a Ponte Preta. Mesmo com Fred, Thiago Neves e Conca, a equipe carioca tem o pior ataque da competição: marcou três vezes.
Palpite: Fluminense.

Flamengo x Internacional: nos últimos dois jogos, o Flamengo sofreu nove gols. É uma das equipes com a pior defesa do campeonato: 13 gols sofridos. O Inter não vence, somando a Copa do Brasil, há quatro partidas. Desde que Nilmar foi para a seleção, o Colorado marcou apenas três vezes em cinco jogos. No confronto, no Maracanã, empate por 0 a 0. Como a finalíssima da Copa BR é só daqui há 10 dias, Titte não vai poupar titulares.
Palpite: Internacional.

Cruzeiro x Grêmio Barueri: priorizando a Libertadores, Adilson deve poupar vários titulares, além dos machucados. Jonathan, Gérson Magrão, Elicarlos, Henrique, Fabrício Wagner e Kléber não devem jogar. Fabinho estreia. Na quinta, a Raposa venceu um time brasileiro fora do Mineirão, o que não acontecia desde 23 de setembro. A última derrota em casa foi em 7 de setembro: 1 a 0 para o Palmeiras. O Barueri vem de vitória, a primeira no campeonato. Fora de casa, foram dois empates e uma derrota.
Palpite: Cruzeiro.

Santos x Atlético-MG: o jogo é entre os melhores ataques do campeonato: 14 gols para cada equipe. Os alvinegros têm também os artilheiros: Éder Luís e Kléber Pereira: quatro gols. Aranha, do Atlético, ainda não sofreu gols no Galo, mas sofreu três do centroavante santista na última rodada do campeonato paulista. A equipe mineira é o melhor visitante do campeonato. Ano passado, venceu o Santos na Vila e quebrou um tabu que já durava 59 anos.
Palpite: Santos.

Corinthians x São Paulo: as equipes se enfrentaram três vezes esse ano. Duas vitórias do Corinthians e um empate. O São Paulo volta a fazer um jogo sem técnico depois de mais de quatro anos. A última vez foi no empate com o Paraná Clube, em 30 de abril de 2005. Paulo Autuori assumiu em um clássico contra o Corinthians. Ricardo Gomes, novo comandante, ainda não fica no banco. Ronaldo jogou duas vezes no Brasileiro, nos dois jogos, o Timão passou em branco. O atacante está relacionado para o clássico.
Palpite: Corinthians.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Venceu o mais tranquilo.

O Cruzeiro está nas semifinais primeiramente porque sabia cada passo que o São Paulo iria dar dentro do campo. Parte disso culpa de Muricy e seu time, absolutamente previsíveis. A outra parcela é de Adilson, Atibaia e os jogadores. Conscientes, concentrados e inteligentes. Os dias no interior paulista fizeram muito bem à equipe.

O Cruzeiro foi liderado por Marquinhos Paraná e Leonardo Silva. O zagueiro parou a única jogada paulista: a bola aérea para Washington.

Depois de anular, o Cruzeiro solucionou o primeiro problema. O segundo era atacar. Wagner, Kléber e Wellington Paulista estiveram muito longe dos homens de trás. Depois da expulsão de Eduardo Costa, sobrou espaço, aí apareceu Marquinhos que ditou o ritmo da equipe.

Maduro, como normalmente não é fora de casa, a equipe soube aproveitar os espaços e teve calma para matar o jogo. Antes do jogo, imaginei que o título do post seria “Perdeu o pior”, pelos momentos das equipes. Me enganei. Venceu o mais tranquilo.

O Cruzeiro que não vai bem longe do Mineirão no Brasileiro, na Libertadores venceu três dos cinco jogos que disputou. Se quiser ser campeão, faltam mais dois.

Em tempo: Renato Silva pisou em Kléber sem bola e Borges chutou o atacante, também fora do lance. A partir de agora, vamos contar: 2 a 0 para os adversários. Veremos se o artilheiro é caçado ou não.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Faltou decisão.

Qual a diferença do Palmeiras eliminado quando era favorito daquele Palmeiras que sobreviveu ao mau início e eliminou o Sport nas oitavas-de-final? A diferença foi o poder de decisão.

Na primeira fase, o time de Luxemburgo alternou bons jogos como contra o Sport na Ilha (com grande atuação de Diego Souza) e Colo Colo no Chile, e outros ruins, como os que fez no Parque Antarctica. Para se classificar precisou de um gol espetacular nos minutos finais contra os chilenos.

Nas oitavas, o confronto poderia ter sido definido no Palestra, onde o Sport pouco arriscou. Em Recife, Marcos brilhou no tempo normal e nos pênaltis, garantindo a equipe na fase seguinte.

Diego Souza, Claiton Xavier e Marcos. Cada um num determinado momento foram os expoentes da equipe. Na hora de decidir, não apareceu um valor individual para fazer a diferença e o que vinha garantindo a vida do Palmeiras na competição não ocorreu.

A equipe poderia ter tirado forças e aprendido lições das fases anteriores, amadurecendo para o momento final do torneio. Não foi o que aconteceu. Sem individualidade, o Palmeiras não mostrou nada mais.

Será que esse ano escapa?

O Corinthians deu um passo grande para a conquista da Copa do Brasil. Em campeonato que o gol na casa do adversário tem peso diferenciado, não sofrer gols e vencer como mandante é fundamental.

O nome da partida poderia ter sido Elias, o dono das roubadas de bola e do contra-ataque, mas foi Felipe quem salvou pelo menos três bolas dificílimas. Ao Inter, que soube tocar a bola, atacou e sabia da importância de marcar gols no Pacaembu, faltou seu melhor atacante. Embora Taíson seja o artilheiro da temporada e tenha 23 gols contra 12 de Nilmar, o jogador da seleção fez muita falta.

O Inter só havia passado em branco seis vezes na temporada e sofrido dois ou mais gols em três jogos. O Corinthians derrubou o time mais efetivo do Brasil. E Ronaldo? Fez o que se espera dele. Se não dá pra ser brilhante a todo o momento, o atacante serve para definir em um lance isolado. Foi o que aconteceu. Segundo gol do Fenômeno no ano ganhando dos zagueiros na velocidade, o outro foi contra o São Paulo.

Se ano passado o Sport reverteu a vantagem corintiana no segundo jogo, em 2009 a missão do Inter parece mais difícil.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Vídeo: o lado B da rescisão "amigável" de Juninho.

Como prometido ontem, a matéria completa sobre a saída de Juninho.

Reportagem: Marcelo Bechler Machado.

Imagens: Sidnei Mesquita.



Matéria exibida no programa Jogada de Classe, da TV Horizonte, de hoje: 17/06/2009.

terça-feira, 16 de junho de 2009

O lado B da rescisão "amigável" de Juninho.

Juninho não pertence mais ao Atlético. O que todos já sabiam agora é oficial, o acerto foi feito de forma amigável. Apenas as versões da saída do jogador são diferentes. Terça-feira passada, a informação passada na Cidade do Galo foi a de que o goleiro pediu para se reunir com o presidente Alexandre Kalil para definir sua situação, uma vez que não havia ficado no banco de reservas na partida contra o Atlético Paranaense, deixando a entender que não havia ficado satisfeito com a opção do técnico Celso Roth.

Em entrevista concedida a este jornalista, o goleiro negou a informação. “Treinei pela manhã e o supervisor (Carlos Alberto Isidoro) me disse que o presidente queria falar comigo na sede, por isso eu estava liberado do treino da tarde. Não tem nada de insatisfação da minha parte, fiquei no banco do América de Natal que não tem o tamanho do Atlético, por que seria diferente aqui?”

Juninho garante que gostaria de ter permanecido no clube e brigado por posição com o recém-contratado Aranha. “Achei que a disputa ia ser nos treinos, mas eu saí do time por imposição do presidente”. Segundo o jogador, Alexandre Kalil teria colocado a situação para o técnico Celso Roth dizendo que não gostaria mais de ver o goleiro atuando, após a chegada do concorrente. Roth, por sua vez, reuniu os jogadores e disse, segundo Juninho, que a saída do goleiro não se dava por motivos técnicos ou físicos.

O fato é um só, o que podemos discutir são as versões, o que não mudará nada. O certo é que de amigável a rescisão teve pouca coisa.

Amanha, aqui no blog, você confere a matéria completa do Jogada de Classe sobre a saída de Juninho.

domingo, 14 de junho de 2009

A mesma história, repetida de novo.

Se você cruzeirense não viu o jogo contra o Palmeiras, a resposta para sua dúvida é: sim, o Cruzeiro repetiu os mesmos erros de sempre. Falta de concentração nos três gols, falha de posicionamento, dificuldade de trocar passes objetivos, precipitação.

A equipe mineira é a única que ainda não pontuou como visitante. Não marcou nenhum ponto, sofreu oito gols e só marcou um. Segundo pior ataque e terceira pior defesa fora de casa.

O jogo contra o Palmeiras só tem o atenuante de o Cruzeiro só ter entrado jogando com três titulares e ter sofrido dois gols logo após as mudanças, enquanto o time buscava se re-posicionar dentro de campo. O ponto positivo foi a entrada de Bernardo, que já havia jogado bem contra o Internacional.

Muito pouco. Se não melhorar em quatro dias, o time de Adilson Batista dificilmente vai resistir ao São Paulo, apesar do tricolor viver o pior momento da era Muricy.

Reconstruído em seis rodadas.

Foram sete jogos com Celso Roth no comando e já é visível: o Atlético é outro. Não entra ainda como concorrente ao título, embora seja líder. Faltam rodadas de bom futebol e bons resultados para consolidar o que se percebe. Um time rápido para sair em contra-ataque.

Celso Roth conseguiu fazer mais que Leão. O antigo treinador armava o time para explorar a dupla de frente. Agora os atacantes dão opções para o meio-campo jogar. Velocidade de Márcio Araújo, Thiago Feltri e Carlos Alberto. Inteligência e posicionamento preciso de Júnior. Roubada de bola de Welton Felipe, Renan e Jonilson.

O Atlético tem hoje um contra-ataque mortal. Tanto que 10 dos 17 gols marcados depois da chegada de Roth foram em velocidade. O time foi praticamente igual nos últimos cinco jogos. Tempo suficiente para criar entrosamento.

Vai durar? Pode. Não se esperava muito do Grêmio ano passado. O Cruzeiro, que brigou pelo título em 2007, começou o campeonato sem ter nem uma base formada. O Atlético precisa melhorar, mas pode chegar.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

6ª rodada: informações e palpites.

São Paulo x Santo André: o São Paulo não passa por um bom momento, venceu apenas uma vez das últimas oito em que entrou em campo. O goleiro Bosco, recuperado de contusão, pode ser a novidade, mas Denis sofreu apenas dois gols nos quatro jogos em que atuou. O Santo André jogou duas vezes fora de casa e conquistou quatro pontos. Não vai ter Nunes, seu principal atacante, suspenso. No campeonato paulista, o Ramalhão venceu no Morumbi por 2 a 0, gols de Onsy e Júnior Dutra.
Palpite: São Paulo.

Botafogo x Santos: Lúcio Flávio, de volta ao Botafogo, enfrenta o ex-clube pela primeira vez. O Botafogo ainda não venceu no campeonato e fez apenas três gols, pior ataque da competição. O Santos, fora de casa, empatou duas vezes e venceu uma, justamente no Rio de Janeiro – 4 x 1 sobre o Fluminense. Wagner Diniz deve fazer sua estreia pela equipe paulista.
Palpite: Santos.

Sport x Atlético-PR: o Sport terá Emerson Leão comandando a equipe pela primeira vez. A equipe pernambucana conseguiu sua primeira vitória no campeonato na última rodada. O Furacão vai estrear o técnico Waldemar Lemos, ex-Náutico, que enfrentou o Sport duas vezes na temporada com um empate e uma derrota. Paulo Baier, ex-Sport, faz sua primeira partida pelo time paranaense, justamente contra seu ex-clube.
Palpite: Sport.

Coritiba x Flamengo: jogo de desfalques importantes. O Coxa não vai poder contar com Pereira, Marcio Gabriel, Marcelinho Paraíba e Carlinhos Paraíba. Todos titulares. O time carioca não terá Emerson, Leo Moura, Willians e Kleberson. Das três vezes que o Fla jogou fora de casa, foram duas derrotas e uma vitória. Ano passado, o Flamengo perdeu por 1 a 0, primeiro jogo da equipe sem Marcinho. Foi o primeiro da sequência de sete jogos sem vencer que tirou os cariocas da liderança.
Palpite: Flamengo.

Atlético-MG x Náutico: o jogo contra o Náutico sempre é marcante para os goleiros do Atlético. No 1º turno do ano passado, Juninho perdeu a posição. No segundo, foi Édson quem deixou de ser titular. Agora, Juninho deixa o grupo às vésperas da partida contra o Timbú. Se vencer, o Galo pode ser líder, o que só aconteceu em uma rodada desde que o campeonato passou a ser disputado em pontos corridos. O Timbú terá Márcio Bitencourt como treinador. Já são dois jogos sem vencer.
Palpite: Atlético-MG.

Goiás x Corinthians: o último jogo entre as equipes no Serra Dourada foi em 2007. 1 a 1, confronto direto contra o rebaixamento. Em cinco jogos, o Goiás empatou três. Ainda não venceu em casa, nas três partidas que fez. O Corinthians jogou duas vezes como visitante, perdeu uma e empatou outra. Ronaldo, que ainda não marcou no brasileiro, volta à equipe.
Palpite: empate.

Fluminense x Grêmio: o Flu conseguiu suas duas vitórias no Maracanã, ambas por 1 a 0. A semana foi tumultuada novamente: Fred e Luiz Alberto discutiram e quase chegaram às agressões. Ano passado, as equipes empataram por 0 a 0 no Rio com grande atuação de Victor. O Grêmio não terá quatro jogadores titulares. Victor, Rever, Pereira e Ruy. A equipe gaúcha perdeu as duas partidas que fez como visitante: Atlético-MG e Vitória. Ambas no último minuto de jogo.
Palpite: empate.

Barueri x Avaí: jogo dos que mais empataram no campeonato. Nas cinco rodadas disputadas, cada um tem quatro pontos ganhos, sem nenhuma vitória. Ano passado, na série B, as equipes mostraram que são boas de empate: 2 a 2 em São Paulo. Enquanto o Barueri conta com seu artilheiro, Pedrão, o Avaí não terá Evando, principal atacante da equipe.
Palpite: Barueri.

Palmeiras x Cruzeiro: o Palmeiras terá força máxima e o Cruzeiro, mesmo se não optar por poupar jogadores pode ter apenas Fábio, Leonardo Silva, Henrique e Marquinhos Paraná de titulares. Desde que saiu do Cruzeiro, em 2004, Luxemburgo nunca perdeu para o ex-clube. São nove partidas. Jogando como visitante, o Cruzeiro é o pior do campeonato. Perdeu as duas, não marcou gols e entre as equipes que atuaram duas vezes como visitante, tem a pior defesa. Ano passado, perdeu 11 das 18 partidas que fez fora do Mineirão.
Palpite: Palmeiras.

Internacional x Vitória: o Inter perdeu na última rodada o 100% de aproveitamento e, se não vencer, pode deixar de ser líder. O ataque segue formado por Taíson, Alecsandro e Andrezinho. Os dois últimos são reservas, mas têm 10 gols na temporada cada. O Vitória, como visitante, perdeu as duas: Palmeiras e Cruzeiro. O principal artilheiro da equipe, Neto Baiano, segue fora. Ano passado, o Inter venceu por 1 a 0, no Beira-Rio.
Palpite: Internacional.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Galácticos de novo?

Florentino Pérez voltou ao Real Madrid e com ele um time cheio de estrelas. Até algum tempo atrás quando se pensava em um time recheado de craques, logo se pensava ser impossível perder, ou se isso acontecesse, seria jogando bem. Aí se viu a seleção brasileira em 2006, o Real Madrid no início da década, o Flamengo de Romário, Sávio e Edmundo, o Corinthians da MSI em 2006, a Sele-Galo na década de 90 em Minas Gerais e por aí vai.

Simplesmente encher um time de bons jogadores não ganha jogo, nem garante futebol bonito. Continuo evitando comentar contratações antes que os jogadores mostrem futebol dentro de campo.

O que dá para tirar das contratações de Cristiano Ronaldo e Kaká são duas situações: a primeira é que o Real ficou 18 rodadas invicto no Espanhol, quase um turno, só não foi completo pelas derrotas para o Barcelona por 2 a 0 no Camp Nou e o massacre de 6 a 2 no Santiago Bernabéu. Durante o período de invencibilidade, duas derrotas para o Liverpool, sendo uma delas por 4 a 1. Ficou evidente: a equipe precisava de jogadores capazes de decidir contra os grandes.

A segunda são os holofotes. No início da década, Pérez contratou o então melhor do mundo, Figo. Na temporada seguinte, repetiu o ato: Zidane. Em 2002, Ronaldo foi o melhor da Copa (embora o prêmio tenha ido para Oliver Kahn). Terminado o mundial, o Fenômeno foi jogar na Espanha. No seu retorno aos merengues, o presidente contrata o melhor do mundo de 2007 e 2008, em um intervalo de dois dias.

Para isso foram gastos mais de 150 milhões de Euros. Será que é preciso tanto para formar um time vencedor? E quem garante que com apenas duas peças (por mais que sejam os melhores do mundo), o Real vai vencer? Afinal, a defesa tomou seis gols do Barcelona em seu estádio e outros quatro do Liverpool em Anfield Road – e quem se recorda do jogo sabe que poderia ter sido muito mais.

No campo teremos essas respostas, mas se não der certo poderá ser o exemplo definitivo que jogar bonito e vencer não tem ligação com quantos melhores do mundo você consegue colocar em uma equipe.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Política de contratações.

Foram 17 contratações em 2009. Quase a metade não vingou no primeiro semestre, tanto que sete jogadores já deixaram o clube. O Atlético deve mudar a política de contratações? Mas mudar para qual? Para aquela que trazia Marcelo Pelé, Sidnei e Bruno Barros (sem desrespeito aos profissionais, mas admitindo que não têm condições de atuar em um clube grande)?

É óbvio que a diretoria pensa em contratar os melhores jogadores e os que melhor se encaixem no esquema que o treinador pretende adotar. Se vai dar certo ou errado, só o tempo pode dizer. Algumas podem até ser mais prováveis que vão fracassar; como a de Lopes, que ninguém entendeu.

Mesmo assim, poderia ter dado certo. Aqui no blog nunca se comentou uma contratação antes do jogador ter oportunidades em campo de mostrar seu valor. Com o enxugamento no plantel desta semana, Celso Roth pode dedicar mais atenção aos que ficaram e o clube certamente terá um alívio financeiro. Por outro lado, o campeonato é longo e um grupo numeroso é importante.

Não penso é que a política esteja errada. A mesma política que trouxe Lopes, trouxe Tardelli. Fabiano e Carlos Alberto. Élder Granja e Júnior. O clube mais rico do país contratou, no início do ano, Wagner Diniz, Júnior César, Eduardo Costa que ainda não deram o retorno esperado. Já havia feito o mesmo com Reasco, Frédson, Jadílson e outros.

O Cruzeiro, que tem a diretoria conhecida por fazer bons negócios, investiu alto em Wellington Paulista, trouxe ainda Jancarlos, Sorín, Gustavo e Ânderson.

Contratações dão certo ou errado. Independentemente da política e do poder aquisitivo. Para ter sucesso, não basta os valores individuais, mas a força coletiva. Em um time forte e organizado é mais fácil se sobressair.

Abaixo, a lista de contratados em 2009:
Aranha, Alex Bruno, Élder Granja (L), Júnior, Carlos Alberto, Renan, Jonilson, Júnior Carioca (L), Fabiano (L), Hugo (L), Lopes (L), Evandro, Carlos Júnior (L) Diego Tardelli, Trípodi (L), Alessandro, Júlio César.

(L) Liberados.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Nada de defesa.

Não tentei aqui, no post anterior, defender a atitude de Kleber no fatídico lance de domingo. A discussão nem era essa. O que eu considero é que o pisão foi muito mais para provocar o goleiro do que para agredi-lo.

Sobre o empurrão, valia no máximo um aviso do árbitro, como no caso que acontece logo a seguir entre Gérson Magrão e Magrão, do Inter. A questão proposta era sobre a ineficiência do STJD para corrigir injustiças, não restrita apenas ao lance de Kleber e Lauro. Tanto que o episódio emblemático é o de Christian no jogo entre Corinthians e São Paulo.

Não acho um absurdo Kleber ter sido expulso. Acho que pode haver outra interpretação assim como eu, e outras pessoas com que conversei, acham que pode ser interpretado como provocação. Airton, do Flamengo, pisou em Nilmar caído. Fez um estrago na barriga do atacante. Tomou amarelo e depois foi absolvido. Entendo que sejam lances diferentes, mas a punição poderia ser a mesma.

Para terminar, penso que toda expulsão ou lance que gere discussão precisaria ser julgado com maior agilidade pelo tribunal, para que clubes e jogadores não sejam lesados pela lentidão da justiça brasileira. Expulsões comuns podem esperar, lances polêmicos não.

Veja abaixo os lances polêmicos da partida entre Cruzeiro e Inter.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Pra quê serve o STJD?

O tribunal não deve servir para punir, simplesmente, e sim, para julgar. No lance envolvendo Kleber, Marcelo Cordeiro e Lauro, é injusto que o atacante do Cruzeiro tenha sido expulso pelo empurrão no lateral adversário. Pelo pisão, talvez, embora o ato represente muito mais uma provocação do que uma agressão, como foi a de Lauro.

Kleber não é tão inocente quanto se considera, mas tem razão em lamentar a ausência no jogo contra o Palmeiras, assim como faz a diretoria do clube mineiro.

Aí é que entra (ou deveria entrar) o tribunal. Se os julgamentos acontecessem antes da partida seguinte, injustiças deixariam de ser cometidas. O exemplo definitivo é o de Christian na semifinal do campeonato paulista. O jogador fez gestos obscenos para a torcida são-paulina após o gol aos 48 minutos do segundo tempo. Poderia ter sido expulso, não foi e na partida seguinte foi decisivo.

Se o tribunal o julgasse antes poderia ter sido reparado um erro da arbitragem. Assim como o tribunal poderia entender que Kleber provocou, mas não agrediu e merecia o amarelo. Assim como o tribunal não precisa julgar Marcinho, do Atlético-PR essa semana, porque a expulsão foi óbvia, e evidentemente o jogador deve desfalcar o Furacão na próxima rodada.

A função do STJD deve ser a de reparar erros, corrigir injustiças e manter a ordem. A demora impede o trabalho eficiente.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Complemento da quinta rodada.

Corinthians x Coritiba: o alvinegro tem até aqui o pior ataque da competição. Passou em branco em dois dos quatro jogos disputados. Pela segunda vez, Mano Menezes deve escalar força máxima, a exceção de Ronaldo e Jorge Henrique. O Coxa somou apenas um ponto no campeonato, tem a pior defesa. Sofreu pelo menos dois gols em todas as partidas. Fora da Copa do Brasil, a equipe volta a encarar o brasileiro com o time titular.
Palpite: Corinthians

Palmeiras x Vitória: a equipe paulista já não vence há cinco jogos. Na última rodada, chegou a abrir 2 a 0, mas permitiu a reação do Grêmio Barueri. Willians, do Palmeiras, e Thiago Gomes, Willian e Washington do Vitória dependem de acordo entre os clubes para jogar, devido a clausula no contrato de empréstimo. Neto Baiano depende de efeito suspensivo. Em casa, o Vitória venceu os dois jogos que fez. Fora, vem de derrotas para o Vasco pela Copa do Brasil e Cruzeiro.
Palpite: Palmeiras

Sport x Flamengo: ano passado, o Fla venceu na Ilha do Retiro por 2 a 1, dois gols de Obina. Na temporada atual, o time de Cuca vem de duas vitórias e um empate pelo Brasileirão. Sem Kleberson, com a seleção, Toró retorna ao time titular. O Sport terá Emerson Leão como observador, apenas. Na Ilha, apenas um ponto conquistado até aqui. Na última rodada, os pernambucanos começaram bem, fizeram 2 a no Botafogo, mas permitiram o empate.
Palpite: empate.

Avaí x São Paulo: o Avaí perdeu a primeira no Brasileirão para o Inter, em Porto Alegre. São três empates. Na Ressacada, a equipe saiu vencendo os dois jogos que fez, mas permitiu reação do Coritiba e Atlético-MG. O São Paulo não vencia há quatro jogos até derrotar o Cruzeiro por 3 a 0. Longe do Morumbi, a última vitória foi em 25 de março, sobre o Noroeste. Hernanes deve seguir na reserva, mas Jorge Wagner volta ao time.
Palpite: São Paulo

Atlético-PR x Atlético-MG: ano passado, o jogo marcou a estreia dos técnicos Roberto Fernandes e Alexandre Gallo, respectivamente no paranaense e mineiro. A partida terminou com empate em 1 a 1. Na Arena, o Furacão perdeu os dois jogos que fez: Vitória e Náutico. O Galo venceu o Sport na Ilha e empatou com o Avaí na Ressacada. A equipe paranaense conta com Zé Antônio, Rafael Moura e Rafael Miranda (que não pode jogar) revelados no rival mineiro. Além do técnico Geninho. O Galo tem Evandro e Júlio César, com passagens pelo Furacão.
Palpite: empate.

Fluminense x Botafogo: os clássicos no campeonato carioca deste ano tiveram uma vitória para cada lado. Ano passado, dois empates pelo Brasileirão. O Botafogo já não vence há seis jogos, desde 16 de abril. O Flu venceu apenas duas vezes nas últimas treze vezes que entrou em campo. A pressão de torcedores, essa semana, foi no Botafogo, com pixações nos muros.
Palpite: Fluminense

Cruzeiro x Internacional: a última vitória do Colorado sobre a Raposa no Mineirão, em partidas válidas pelo brasileiro, foi na semifinal de 1987. De lá pra cá 12 vitórias mineiras e quatro empates. É o confronto entre os melhores ataques do país na temporada: O Inter fez 92 e o Cruzeiro 78. Os gaúchos não contam com Kleber e Nilmar na seleção e D’Alessandro deve ser poupado. No Cruzeiro, Ramires na seleção, Athirson, Thiago Ribeiro vetados e Wagner volta de contusão. O jovem Bernardo deve estrear no Brasileirão.
Palpite: Cruzeiro.

Goiás x Barueri: sempre forte no Serra Dourada, o Goiás busca a primeira vitória diante do seu torcedor: empatou com o Náutico e perdeu para o Inter. O atacante Felipe, artilheiro do campeonato com quatro gols, é a principal esperança de gols. Rafael Tolói, zagueiro que vem se destacando, não joga; assim como Amaral. Vitor ainda é dúvida. O Barueri, busca a primeira vitória. Dos quatro gols marcados pela equipe, três foram de Pedrão. Será o primeiro jogo entre as equipes na história.
Palpite: Goiás.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

5ª rodada: informações e palpites

Grêmio x Náutico: o Tricolor vem de dois jogos sem vitória fora de casa. Sem Victor, defendendo a seleção, o Grêmio vai ter Marcelo Grohe no gol. O novo titular atuou em quatro jogos na temporada e sofreu um gol. O Timbú venceu o Atlético-PR e empatou com o Goiás nas duas partidas que fez fora de casa. É um dos quatro times invictos da competição.Derley, destaque nas primeiras rodadas, fica de fora por suspensão.
Palpite: Grêmio

Santo André x Santos:
em casa, o Santo André conquistou apenas um dos cinco pontos que possui na competição. O técnico Sérgio Guedes não vai poder contar com Marcelinho Carioca, expulso contra o Atlético-MG. Pelo campeonato paulista, o Ramalhão perdeu na Vila Belmiro por 3 a 0. O Santos tem, até aqui, o melhor ataque do campeonato, com 11 gols marcados. Jogando como visitante, empatou com o Grêmio e venceu o Fluminense.
Palpite: empate.
As informações dos outros jogos serão postadas amanhã à tarde.

O perigoso "não" de Alexandre Kalil.

Estava na Cidade do Galo e ouvi o “não” de Alexandre Kalil à proposta de quatro milhões de Euros oferecidos por Renan Oliveira. O presidente garantiu que só negocia o jogador por um valor “um pouco maior que o dobro”.

Não sei das atuais condições financeiras do Atlético, certamente Kalil sabe o que está fazendo, mas comparando com outras negociações, dificilmente o Galo terá uma oferta parecida pelo jogador.

Alex, do Internacional, foi vendido no início do ano por cinco milhões de Euros, o jogador tinha status de ser um dos melhores do país. O Cruzeiro acaba de acertar a transferência de Ramires por 7,5 milhões. Ramires tem um nome já consolidado no cenário nacional, vem de duas boas temporadas e disputou as Olimpíadas. Renan não tem, ainda, nada do que Ramires e Alex conquistaram.

O Atlético corre dois riscos: o positivo que é conseguir uma valorização esperada por seu presidente e negociar o camisa 10 por mais de oito milhões de Euros. E o negativo, de não chegar outra oferta parecida e depois precisar vender o jogador mais barato. Acredito que Renan não vale hoje o que o dirigente espera dele. Pode ser que valha um dia. Tem potencial para tanto. Assim como Guilherme (do próprio Atlético), Hernane, Reinaldo (contemporâneo de Ronaldo) também tinham.

Mais recentemente, no final de 2007, Éder Luís poderia render ao alvinegro 4,5 milhões de Euros. Em novembro do ano passado, depois de não ter sucesso no São Paulo, a proposta foi de 2,8 milhões de dólares.

Assim como no caso de Éder, e dos outros, Renan pode valer menos ou mais. O que fica claro é que Kalil acertou a vida financeira do Atlético, pois não precisa vender jogadores constantemente, como faz o rival. Se não for isso, o dirigente pode ter errado perigosamente.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Kléber x Liverpool x Cruzeiro

Por enquanto, o Cruzeiro nega qualquer proposta feita ao atacante Kleber. Na partida contra o Vitória, há 10 dias, entrevistei o presidente Zezé Perrella que garantiu que, após a venda de Ramires, apenas “uma proposta astronômica” tiraria o atacante da Raposa.

O dirigente garantiu também que essa proposta teria que ser bem superior a 8 ou 10 milhões de Euros, o que já é maior que a suposta oferta feita pelo Liverpool.

Por outro lado, Kleber sempre disse que quer fazer carreira, conquistar títulos e ser ídolo em seu país. Que não tinha a intenção de deixar o Cruzeiro. O interesse de um grande clube do futebol mundial pode ter mudado a opinião do atleta que já admite ser necessário conversar com o clube mineiro.

Os próximos dias podem ser decisivos, mas perder Ramires e depois Kleber será catastrófico para as preensões de título brasileiro para a Raposa.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Haja gordura.

Para entender como é bom o momento do Internacional no campeonato brasileiro, deve-se primeiro olhar para a ponta da tabela e ver os gaúchos com 100% de aproveitamento, na liderança. Depois, olhar para a zona intermediária e ver que o Colorado com seis pontos de vantagem para o Cruzeiro, sete para São Paulo e Palmeiras e oito para Grêmio e Corinthians, teoricamente, seus principais adversários na corrida pelo título.

Mais do que de ter vencido os quatro jogos que disputou, o time de Tite derrotou o Goiás no Serra Dourada e o Corinthians no Pacambu, pontos dificílimos de serem conquistados pelos concorrentes.

Se no final do campeonato, o Inter for campeão com um gol ilegal (poderia ser gol aos 48 do segundo tempo, gol contra, qualquer um, mas os gols ilegais são os mais reclamados pelos rivais) não terá sido ele que fez a diferença e sim, o inicio do campeonato.

Enquanto os outros tentam engrenar, o Colorado já está a todo vapor. Já são seis pontos de vantagem nos 12 possíveis até aqui. Haja gordura acumulada.