A partida Ceará x Atlético-MG teve, na teoria, o Vozão pressionando, atacando com todas suas armas, sufocando o Galo em seu campo. Por outro lado, os mineiros tentavam se fechar, se defender com qualidade e surpreender em contragolpes, apostando em velocidade para vencer o adversário. Tudo na teoria.
Na prática, o que se viu foi o Ceará que quanto mais tentava atacar, quanto mais chances criava, quanto mais podia definir o jogo, mais deixava claro como seu poder ofensivo é fraco e pode comprometer o trabalho de um campeonato praticamente inteiro de boas atuações da defesa. Dentro da proposta de jogo do Atlético, quanto mais a equipe se fechava, quanto mais tentava evitar o ataque adversário e se lançar nos espaços que tinha, mais deixava claro o quanto se defende mal e não tem o mínimo de organização – o trabalho de dois dias de Dorival Jr. ainda não pôde ser percebido dentro de campo.
O resultado era evidente: quanto mais se aproximava o final do jogo, mais claro ficava que ninguém poderia sair vencedor. Um ponto é exagero para o que mostraram Ceará e Atlético. O Vozão fez 14 pontos pós-Copa. 24% de aproveitamento. Se for assim até o final, chega aos 40 pontos e será um possível rebaixado. O Atlético é, dentro do campo, o pior time do campeonato e só não está na lanterna pelos pontos que o Grêmio Prudente perdeu no STJD. Precisa vencer oito dos doze jogos restantes para se salvar.
Quanto mais o tempo passa, mais claro fica que a reação está demorando demais...